A educação em sentido amplo é congênita à própria humanidade que tem a cultura como sua segunda natureza, mas a escola para pessoas comuns, nem nobres, nem clérigos, surge no contexto histórico da modernidade, da cidade, da indústria, a partir da incorporação do conhecimento sistematizado nas práticas produtivas e nas práticas sociais em geral, o que tornou necessários, àquelas pessoas, a leitura, a escrita, o cálculo. O debate sobre a função social da escola nessa sociedade evidencia diferentes visões de homem e de mundo, anseios por diferentes projetos de sociedade. De acordo com Cortella (2011), as posições nesse debate estão “na dependência da compreensão política” que se tem da “finalidade do trabalho pedagógico, isto é, da concepção sobre a relação entre Sociedade e Escola” que se adote. Ele apresenta três concepções sobre essa relação, as quais representam “posturas predominantes em vários momentos de nossa Educação e que, de alguma maneira, convivem (...) nas escolas e, muitas vezes, em cada educador.” O autor é adepto da concepção que reconhece o movimento dialético, de interdependência, entre escola e sociedade para a transformação social, ou seja,