Questões de Concurso
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Leia atentamente as tabelas e o texto a seguir para responder à questão.
TEXTO
“Charlot (2002, p. 432-433) assinala que, historicamente, a questão da violência na escola não é tão nova, tendo sido registrada ainda no final do século XIX. As formas que ela assume é que são novas, sendo importante considerar a violência na escola ou que se produz dentro do espaço escolar sem estar ligada à natureza das atividades de ensino, diferente da violência contra a escola, que visa atingir a instituição e aqueles que a representam, e também distinta da violência da escola, institucional, simbólica e que incide sobre os estudantes via imposição curricular, modos de organização das classes, avaliação autoritária e outras formas de controle, discriminação e humilhação. [...] Portanto, a temática da violência na escola constitui um desafio que se impõe e do qual não se pode escapar quando se pretende contribuir para subsidiar a discussão de questões relativas à realidade da Escola Básica com a finalidade de construir alternativas para a melhoria do ensino público e a formação de professores.”
Fonte: MATTOS, C. L. G.; COELHO, M. I. M. Violência na escola: reconstruindo e revisitando trajetórias e imagens de pesquisas produzidas por no Núcleo de Etnografia em Educação entre 1992 e 2007. In: MATTOS, C. L. G.; CASTRO, P. A. (orgs.). Etnografia e educação: conceitos e usos. Campina Grande: EDUEPB, 2011
TABELA 1 - Proporção de alunos*, por percepção das consequências da violência na escola sobre o seu desempenho escolar, segundo capitais das Unidades da Federação 2000
TABELA 2 - Proporção de membros do corpo técnico-pedagógico, por percepção das consequências da violência na escola sobre o seu desempenho profissional, segundo capitais das Unidades da Federação 2000
No texto, as autoras elencam três formas de manifestação de violência na escola na atualidade.
Já nas tabelas I e II, apresentam-se dados que de maneira mais detalhada exploram algumas
consequências provocadas pela violência no ambiente escolar. Com base nessas informações, só
NÃO é possível afirmar que:
É inegável a diversidade humana. A escola, embora seja um espaço sociocultural em que as diferenças estão presentes, nem sempre considerou sua existência ou atentou para a sua complexidade, em todos os elementos do processo pedagógico.
As informações a seguir evidenciam aspectos importantes a serem analisados no que se refere à inclusão escolar.
Igualdade é dar às pessoas as mesmas oportunidades.
Equidade é adaptar as oportunidades deixando-as justas.
Refletindo sobre as práticas da inclusão, é correto
afirmar que:
A Política Nacional de Educação Especial na perspectiva inclusiva (2008), assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos alunos que possuem:
I. Deficiências.
II. Transtornos globais do desenvolvimento.
III. Superdotação / altas habilidades.
IV. Dificuldade socioeconômica.
Seria correto afirmar que a oferta do referido atendimento deve acolher:
A diversidade cultural brasileira tem sido alvo de inúmeros estudos, na última década, no cenário educacional. Cada vez mais conceitos como diversidade, diferença, igualdade e justiça social têm se configurado por parte daqueles que lutam por uma educação verdadeiramente cidadã.
Assinale a opção que NÃO aborda a diversidade cultural como eixo norteador da afirmativa.
A violência relacionada a práticas discriminatórias resultantes de pré-concepções quanto à raça mostra-se evidente na comunidade escolar. Os relatos a seguir foram dados coletados de uma pesquisa realizada em escola pública de Florianópolis.
“A minha filha sofre preconceito na escola, mas é o inverso. A maioria dos alunos são negros e minha filha é branca. Aí por ser branca, ela é completamente discriminada na escola. Já ameaçaram até de cortar o cabelo dela, que tem o cabelo liso, comprido e loiro.” “_ o que essa loira aguada tá fazendo aqui?” (grupo focal de pais de escola pública em Florianópolis).
“De fato, existe, por parte de vários alunos, de membros do corpo técnico-pedagógico e de pais, o reconhecimento de que há preconceito racial na escola. Isso frizado principalmente pelos que foram vitimizados, aos quais são dirigidas expressões como negona, molambo, fedorenta e cabelo de Bombril.”
(ABRAMOVAY, M. ; RUA. M. das G. pág. 46).
Nos relatos apresentados, são evidenciadas
formas de discriminação. Os valores invadem a
escola e não sendo discutidos educativamente
contribuem para a formação de preconceito. Neste
sentido, é correto afirmar que preconceito pode se
caracterizar como um:
“Violência é um ato de brutalidade física e/ou psíquica contra alguém e caracteriza relações interpessoais descritas como de opressão, intimidação, medo e terror. A violência pode se manifestar por signos ou por símbolos, preconceitos, metáforas, desenhos, isto é, por qualquer coisa que possa ser interpretada como aviso de ameaça.”
(Cadernos de educação/FaE/PPGE/UFPel).
Para Bourdieu, a violência se expressa na imposição legítima e dissimulada, com a interiorização da cultura dominante, havendo uma correlação entre desigualdades sociais e escolares. Nesta perspectiva, Bourdieu se refere à violência:
A mudança de paradigma na sociedade contemporânea advinda da revolução tecnológica interfere diretamente no cotidiano escolar. “O desenvolvimento e os usos das tecnologias digitais provocam transformações nas maneiras de perceber o mundo e intervêm nas formas de socialização e em diferentes setores da vida social, inclusive na Educação”, afirma Becker (2016, p. 150). Nesse sentido, a mídia apresenta-se como componente importante na formação de sujeitos. Por esse motivo, cabe à educação escolar “avançar estimulando a interpretação dos textos midiáticos e a compreensão de que estes não são reflexos da realidade, mas construções que direcionam a criação de vínculos e identidades” (BECKER, 2016, p. 150).
No que se refere à relação entre educação e mídia, é correto afirmar que:
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei n° 13.146 de 6 de julho de 2015) prescreve o dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade em “assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação”. Para tanto, prevê a instituição e a oferta de “profissionais de apoio escolar” nas instituições de ensino básico e superior. De acordo com o Art. 3º, inciso XIII, das disposições gerais da legislação, entende-se como “profissional de apoio escolar”:
“XIII – profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de ______, ______ e ______ do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas”.
Assinale a opção em que constem as atividades a serem desempenhadas por este cargo, de acordo com o texto da lei.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069 de 13 de julho de 1990) garante ao menor de idade o direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer, prevendo alguns dos incisos a seguir:
I. Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria.
II. Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio.
III. Atendimento educacional especializado e gratuito aos portadores de deficiência, obrigatoriamente em rede especial de ensino.
IV. Obrigatoriedade e gratuidade em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade.
V. Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um.
VI. Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador.
VII. Atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
Assinale a opção em que constem os incisos corretos
que, de acordo com o Estatuto (art. 54), prescrevem
os direitos assegurados pelo Estado à criança
e ao adolescente.
“No livro O Mundo como Vontade e Representação, o filósofo Arthur Schopenhauer (1788-1860) propõe uma metáfora interessante sobre as relações humanas. Ele conta que um grupo de porcos-espinhos perambulava num dia frio de inverno. Para não congelar, chegavam mais perto uns dos outros. Mas, no momento em que ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar com seus espinhos. Então se dispersavam, perdiam o benefício do convívio próximo e recomeçavam a tremer. Isso os levava a buscar novamente companhia e o ciclo se repetia na luta para encontrar uma distância confortável entre o emaranhamento e o congelamento. Adolescentes não são porcos-espinhos, mas experimentam, na puberdade, uma condição que os aproxima dos mamíferos descritos por Schopenhauer: a convivência em um grupo. Afinal, ao fazer parte de uma reunião de pessoas que têm algo em comum, o jovem consegue “calor” na forma de aceitação e acolhimento. Ao mesmo tempo, precisa se defender dos “espinhos”, posicionamentos que se chocam contra a sua individualidade e podem degenerar em preconceito e agressividade”.
MARTINS, Ana Rita. Revista Nova Escola Abril, 2010.
A adolescência é caracterizada por inúmeros elementos, dos quais pode-se considerar:
I. a perda do corpo infantil, dos pais da infância e da identidade infantil.
II. a reorganização de novas estruturas e estados de mente.
III. a entrada na fase oral.
IV. a apropriação do novo corpo; a vivência de uma nova etapa do processo de separação-individuação.
V. a construção de novos vínculos com os pais, caracterizados por menor dependência e idealização.
É correto o que se afirma em: