Questões de Concurso Para câmara de campinas - sp

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Q2566009 Raciocínio Lógico
Considere a seguinte informação publicada em uma agência estadual de notícias:

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) investiu R$ 880,3 milhões, no primeiro semestre de 2023, na melhoria do saneamento básico. Esse montante é 15,3% maior do que o montante investido na melhoria do saneamento básico, no mesmo período do ano anterior.

(https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Sanepar-amplia-em-15- investimento-no-1o-semestre-para-aumentar-o-saneamento. Adaptado)

Com base nas informações apresentadas, é correto afirmar que o montante investido na melhoria do saneamento básico, pela Sanepar, no primeiro semestre de 2022, ficou entre
Alternativas
Q2566007 Português
Leia um trecho do romance “A gorda”, da escritora portuguesa Isabela Figueiredo, para responder à questão.



Já estamos habituados a cães abandonados que vêm parar à nossa rua. O Bobi também viveu quase duas décadas no pátio das traseiras do prédio. Do alto do sexto andar víamo-lo acoitar-se debaixo dos carros, fugindo à chuva. A certa altura, o papá comprou-lhe uma casota de cimento, que a loja veio entregar. O Bobi era quase como se fosse nosso, mas vivia na rua. Alguma vizinhança assomou à janela e apreciou o feito do papá. Mas estamos no mundo e, como de costume, outros censuraram. Eu e o papá temos fama de proteger os animais. E é má. Reclamam que ladram, que podem morder e transmitem doenças. Que somos os culpados de não se irem embora porque os alimentamos. Nas nossas costas há sempre alguém a enxotá-los ou a magoá-los. Pessoas que se cruzam conosco fingindo ser do bem, mas nos impugnam pelas costas. Denunciam a presença do cão vadio à câmara e a carroça costuma aparecer de madrugada, com homens súbitos que procuram caçá-lo com redes. Quando não consegue escapar, o Bobi é levado para o canil municipal. Na manhã seguinte, eu e o papá deslocamonos ao canil e confirmamos a sua presença atrás das grades. Seguimos para a Câmara, pagamos a multa e voltamos para o resgatar. Fazemos o caminho a pé para casa, calmamente; ele ao nosso lado. O Bobi não entra em carros. Eu e o papá vamos-lhe pedindo que tenha cuidado com as doenças que as pessoas podem transmitir-lhe. Explicamos que a picada ou mordedura dos humanos é mortal. Embora nos ríamos da conversa que entabulamos, eu e o papá estamos fartos de gente.


(Isabela Figueiredo. “A gorda”. Editora Todavia, 2021. Adaptado)
Considere as frases.

•  Meu pai escolhera uma casa feita de cimento para Bobi, e a loja _______ ao condomínio.

•  Sabendo de sua captura, vamos ao canil onde _______  que Bobi está atrás das grades.

•  No retorno para casa, converso com o cão e _______ de que as pessoas podem ser perigosas.


Atendendo à norma-padrão de emprego e de colocação dos pronomes, as lacunas das frases devem ser preenchidas, respectivamente, por:
Alternativas
Q2566002 Português
Um filme revolucionário


    Para muitos, a época do Natal é o momento da suprema hipocrisia. Durante 24 horas, ou talvez 48, os sorrisos são forçados, os sentimentos são de plástico e a gentileza, se merece o nome, não consegue esconder completamente a profundidade do ressentimento contra amigos ou familiares.

   Mas será que os mortais ainda se lembram do sorriso franco, dos sentimentos limpos e de uma gentileza genuína? Será que sentem saudades?

    Para esses nostálgicos, aconselho o filme “A Menina Silenciosa”, de Colm Bairéad, inspirado no livro “Foster”, de Claire Keegan. É o meu filme do ano, para usar a linguagem gasta dos balanços jornalísticos.

   A história é simples, ou parece simples: Cáit (espantosa Catherine Clinch) é uma criança de nove anos que sobrevive (é o termo) numa família que a ignora e despreza. O seu método de sobrevivência é o silêncio, a quietude e a observação. Para usar uma palavra clássica, Cáit é uma “enjeitada”. A mãe é uma figura exausta e ausente. O pai alcoólatra tem a delicadeza própria das bestas. E as irmãs mais velhas são espectros sem rosto e sem voz.

    Mas então os pais, que esperam uma nova criança e não têm tempo para Cáit, decidem enviá-la para a casa de Eibhlín e Seán, familiares distantes, só para passar o verão, e a garota é assim levada para um ambiente estranho. Decisão milagrosa, pois eles acolhem-na e, logo nos primeiros momentos, entendemos que algo mudou. Uma diferença nos gestos, digamos assim. Gestos de quem cuida.

    Naquele verão, Cáit conhece essa coisa extraordinária: uma família, partilhando com ela as suas alegrias e tristezas, as suas rotinas, as suas conversas. Lentamente, a “menina silenciosa” vai saindo do seu casulo. “A Menina Silenciosa” é um filme revolucionário por tratar do mais revolucionário dos temas: a bondade humana.

     Não é uma daquelas virtudes mentirosas para ser exibida nas redes sociais e que apenas serve para alimentar a vaidade do suposto virtuoso. Também não é uma mera proclamação ideológica, abstrata, ideal, própria de quem ama a humanidade, mas despreza o ser humano comum.

      Como lembrava Emmanuel Levinas*, a bondade é uma virtude interpessoal. Ela só acontece face a face. A bondade nada exige, nada espera, nada impõe. É pura hospitalidade. É abertura e reconhecimento. E, como no filme, talvez seja um dia reciprocidade.


(João Pereira Coutinho. ‘A Menina Silenciosa’ é um filme revolucionário ao tratar da bondade humana. www.folha.uol.com.br/colunas, 22.12.2023. Adaptado)


*Emmanuel Levinas: filósofo francês (1906-1995)
Os parênteses empregados no quarto parágrafo sinalizam observações do autor que são
Alternativas
Respostas
169: A
170: E
171: A