Questões de Concurso Para câmara de santana de parnaíba - sp

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Q679004 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Apresenta-se como atribuição do primeiro secretário da Câmara Municipal de Santana de Parnaíba
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Q679003 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
A respeito das sessões extraordinárias da Câmara Municipal de Santana de Parnaíba, pode-se afirmar que 
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Q679002 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Assinale a alternativa correta que indica uma das Comissões Temporárias que podem ser instituídas junto à Câmara Municipal de Santana de Parnaíba. 
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Q679001 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Dependerá do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal de Santana de Parnaíba, a aprovação do(a)
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Q679000 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
O Vereador que descumprir os deveres inerentes ao seu mandato ou praticar ato que afete a sua dignidade, estará sujeito, dentre outras, a medida disciplinar de 
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Q678999 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Para fins de subsidio, não será considerada a licença do Prefeito, como se em exercício estivesse, na hipótese de licença 
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Q678998 Legislação dos Municípios do Estado de São Paulo
Segundo expressa disposição contida no Regimento Interno da Câmara Municipal de Santana de Parnaíba, o arquivamento do processo de cassação do mandato do prefeito, por falta de conclusão no prazo previsto, 
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Q678997 Raciocínio Lógico
Celso, Walter, Milton e Miriam são quatro irmãos. Um dos homens é casado com uma mulher,20 anos mais jovem, outro com uma 5 anos mais nova e o outro tem a mesma idade da sua esposa. Miriam é divorciada. O mais velho dos irmãos tem um ano mais que um de seus irmãos, 8 anos mais que o segundo e 10 anos mais que sua irmã. Aquele que é casado com a mulher mais jovem não é o mais jovem entre os irmãos e o casado com a esposa de mesma idade que ele, que é o Milton, não é o mais velho entre os homens. A esposa de Celso é 16 anos mais velha que a mais nova entre as cunhadas, que está com 51 anos de idade. Miriam completou 62 anos. Pode-se concluir, que Walter tem 
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Q678996 Raciocínio Lógico
A distância da Lua até a Terra é de aproximadamente 384 mil km. Considere que a luz viaja a uma velocidade de 300 mil km por segundo. Um raio laser emitido na Terra reflete na superfície lunar e é recebido de volta na Terra numa faixa 
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Q678995 Raciocínio Lógico
O número correspondente aos pontos (...) na sequência 2, 5, 10..... 26, 37 e 50 é
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Q678994 Raciocínio Lógico
Se A é o mais jovem entre os alunos de uma classe, B é uma garota, C é afrodescendente e D tem um Ql superior a 135, pode-se concluir que 
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Q678993 Raciocínio Lógico
Uma classe em determinada faculdade tem 30 alunos dos quais 8 têm menos de 1,60 m de altura, 12 têm entre 1,60 e 1,69 m, 5 têm entre 1,70 m e 1,80 m e os outros 5 têm mais de 1,80 m. Sorteando-se 5 alunos aleatoriamente a probabilidade de que o time de basquete constituído de 5 jogadores tenha apenas alunos com alturas superiores a 1,80 m estará numa faixa 
Alternativas
Q678992 Raciocínio Lógico
Um baralho perfeitamente embaralhado e constituído de 52 cartas, sendo 4 naipes (espadas, paus, copas e ouros) e 13 cartas por naipe (ás, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,10, valete, dama e rei). Considere ás como carta de valor 1, valete como 11, dama como 12 e rei como 13. A probabilidade da soma das duas primeiras cartas retiradas ser igual a 3 está numa faixa 
Alternativas
Q678991 Raciocínio Lógico
Preocupado em cumprir o prazo de um contrato importante um empresário superdimensionou seus quadros de funcionários. No entanto, após 50% do prazo estabelecido cerca de 85% da obra já foi feita. Como não há premiação para a entrega antes do prazo, o empresário decide cortar parte do quadro dessa obra para terminá-la exatamente no prazo. Sabendo-se que a velocidade da obra é proporcional à quantidade de funcionários, o percentual de funcionários a ser demitido ou realocado em outras obras estará numa faixa
Alternativas
Q678990 Raciocínio Lógico
Antônio pesa 5 Kg a mais que Patricia. Esta é 8 Kg mais leve que Joana. A média do peso dos três é de 65 Kg. O peso de Joana está numa faixa
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Q678989 Português

    Caso de recenseamento

    Carlos Drummond de Andrade


    O agente do recenseamento vai bater numa casa de subúrbio longínquo, aonde nunca chegam as notícias.
    — Não quero comprar nada.
    — Eu não vim vender, minha senhora. Estou fazendo o censo da população e lhe peço o favor de me ajudar.
    — Ah moço, não estou em condições de ajudar ninguém.
    Tomara eu que Deus me ajude. Com licença, sim? 
    E fecha-lhe a porta.
    Ele bate de novo.
    — O senhor, outra vez?! Não lhe disse que não adianta me pedir auxílio?
    — A senhora não me entendeu bem, desculpe. Desejo que me auxilie, mas é a encher este papel. Não vai pagar nada, não vou lhe tomar nada. Basta respondera umas perguntinhas.
    — Não vou respondera perguntinha nenhuma, estou muito ocupada, até logo!
    A porta é fechada de novo, de novo o agente obstinado tenta restabelecer o diálogo.
    — Sabe de uma coisa? Dê o fora depressa antes que eu chame meu marido!
    — Chame sim, minha senhora, eu me explico com ele. 
    (Só Deus sabe o que irá acontecer. Mas o rapaz tem uma ideia na cabeça: é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário).
    — Que é que há? — resmunga o marido, sonolento, descalço e sem camisa, puxado pela mulher.
    — E esse camelô aí que não quer deixar a gente sossegada! 
    — Não sou camelô, meu amigo, sou agente do censo.
    — Agente coisa nenhuma, eles inventam uma besteira qualquer, depois empurram a mercadoria! A gente não pode comprar mais nada este mês, Ediraldo! 
    O marido faz-lhe um gesto para calar-se, enquanto ele estuda o rapaz, suas intenções. O agente explica-lhe tudo com calma, convence-o de que não é nem camelô nem policial nem cobrador de impostos nem enviado de Tenório Cavalcanti. A ideia , de recenseamento, pouco a pouco, vai se instalando naquela casa, penetrando naquele espírito. Não custa atender ao rapaz, que é bonzinho e respeitoso.
    E como não há despesa nem ameaça de despesa ou incômodo de qualquer ordem, começa a informar, obscuramente orgulhoso de ser objeto, pela primeira vez na vida, da curiosidade do governo.
    — O senhor tem filhos, seu Ediraldo?
    — Tenho três, sim senhor.
    — Pode me dizer a graça deles, por obséquio? Com a idade de cada um?
    — Pois não. Tenho o Jorge Independente, de 14 anos; o Miguel Urubatã, de 10; e a Pipoca, de 4.
    — Muito bem, me deixe tomar nota. Jorge... Urubatã... E a Pipoca, como é mesmo o nome dela?
    — Nós chamamos ela de Pipoca porque é doida por pipoca.
    — Se pudesse me dizer como é que ela foi registrada...
    — Isso eu não sei, não me lembro.
    E, voltando-se para a cozinha:
    — Mulher, sabes o nome da Pipoca?
    A mulher aparece confusa.
    — Assim de cabeça eu não guardei. Procura o papel na gaveta.
    Reviram a gaveta, não acham a certidão de registro civil.
    — Só perguntando à madrinha dela, que foi quem inventou o nome. Pra nós ela é Pipoca, tá bom?
    — Pois então fica se chamando Pipoca, decide o agente.
    Muito obrigado, seu Ediraldo, muito obrigado, minha senhora, disponham!

    Assinale a alternativa correta que apresente um exemplo de conjunção adversativa.
    Alternativas
    Q678988 Português

      Caso de recenseamento

      Carlos Drummond de Andrade


      O agente do recenseamento vai bater numa casa de subúrbio longínquo, aonde nunca chegam as notícias.
      — Não quero comprar nada.
      — Eu não vim vender, minha senhora. Estou fazendo o censo da população e lhe peço o favor de me ajudar.
      — Ah moço, não estou em condições de ajudar ninguém.
      Tomara eu que Deus me ajude. Com licença, sim? 
      E fecha-lhe a porta.
      Ele bate de novo.
      — O senhor, outra vez?! Não lhe disse que não adianta me pedir auxílio?
      — A senhora não me entendeu bem, desculpe. Desejo que me auxilie, mas é a encher este papel. Não vai pagar nada, não vou lhe tomar nada. Basta respondera umas perguntinhas.
      — Não vou respondera perguntinha nenhuma, estou muito ocupada, até logo!
      A porta é fechada de novo, de novo o agente obstinado tenta restabelecer o diálogo.
      — Sabe de uma coisa? Dê o fora depressa antes que eu chame meu marido!
      — Chame sim, minha senhora, eu me explico com ele. 
      (Só Deus sabe o que irá acontecer. Mas o rapaz tem uma ideia na cabeça: é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário).
      — Que é que há? — resmunga o marido, sonolento, descalço e sem camisa, puxado pela mulher.
      — E esse camelô aí que não quer deixar a gente sossegada! 
      — Não sou camelô, meu amigo, sou agente do censo.
      — Agente coisa nenhuma, eles inventam uma besteira qualquer, depois empurram a mercadoria! A gente não pode comprar mais nada este mês, Ediraldo! 
      O marido faz-lhe um gesto para calar-se, enquanto ele estuda o rapaz, suas intenções. O agente explica-lhe tudo com calma, convence-o de que não é nem camelô nem policial nem cobrador de impostos nem enviado de Tenório Cavalcanti. A ideia , de recenseamento, pouco a pouco, vai se instalando naquela casa, penetrando naquele espírito. Não custa atender ao rapaz, que é bonzinho e respeitoso.
      E como não há despesa nem ameaça de despesa ou incômodo de qualquer ordem, começa a informar, obscuramente orgulhoso de ser objeto, pela primeira vez na vida, da curiosidade do governo.
      — O senhor tem filhos, seu Ediraldo?
      — Tenho três, sim senhor.
      — Pode me dizer a graça deles, por obséquio? Com a idade de cada um?
      — Pois não. Tenho o Jorge Independente, de 14 anos; o Miguel Urubatã, de 10; e a Pipoca, de 4.
      — Muito bem, me deixe tomar nota. Jorge... Urubatã... E a Pipoca, como é mesmo o nome dela?
      — Nós chamamos ela de Pipoca porque é doida por pipoca.
      — Se pudesse me dizer como é que ela foi registrada...
      — Isso eu não sei, não me lembro.
      E, voltando-se para a cozinha:
      — Mulher, sabes o nome da Pipoca?
      A mulher aparece confusa.
      — Assim de cabeça eu não guardei. Procura o papel na gaveta.
      Reviram a gaveta, não acham a certidão de registro civil.
      — Só perguntando à madrinha dela, que foi quem inventou o nome. Pra nós ela é Pipoca, tá bom?
      — Pois então fica se chamando Pipoca, decide o agente.
      Muito obrigado, seu Ediraldo, muito obrigado, minha senhora, disponham!

      Assinale a alternativa INCORRETA em relação ao uso da ênclise.
      Alternativas
      Q678987 Português

        Caso de recenseamento

        Carlos Drummond de Andrade


        O agente do recenseamento vai bater numa casa de subúrbio longínquo, aonde nunca chegam as notícias.
        — Não quero comprar nada.
        — Eu não vim vender, minha senhora. Estou fazendo o censo da população e lhe peço o favor de me ajudar.
        — Ah moço, não estou em condições de ajudar ninguém.
        Tomara eu que Deus me ajude. Com licença, sim? 
        E fecha-lhe a porta.
        Ele bate de novo.
        — O senhor, outra vez?! Não lhe disse que não adianta me pedir auxílio?
        — A senhora não me entendeu bem, desculpe. Desejo que me auxilie, mas é a encher este papel. Não vai pagar nada, não vou lhe tomar nada. Basta respondera umas perguntinhas.
        — Não vou respondera perguntinha nenhuma, estou muito ocupada, até logo!
        A porta é fechada de novo, de novo o agente obstinado tenta restabelecer o diálogo.
        — Sabe de uma coisa? Dê o fora depressa antes que eu chame meu marido!
        — Chame sim, minha senhora, eu me explico com ele. 
        (Só Deus sabe o que irá acontecer. Mas o rapaz tem uma ideia na cabeça: é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário).
        — Que é que há? — resmunga o marido, sonolento, descalço e sem camisa, puxado pela mulher.
        — E esse camelô aí que não quer deixar a gente sossegada! 
        — Não sou camelô, meu amigo, sou agente do censo.
        — Agente coisa nenhuma, eles inventam uma besteira qualquer, depois empurram a mercadoria! A gente não pode comprar mais nada este mês, Ediraldo! 
        O marido faz-lhe um gesto para calar-se, enquanto ele estuda o rapaz, suas intenções. O agente explica-lhe tudo com calma, convence-o de que não é nem camelô nem policial nem cobrador de impostos nem enviado de Tenório Cavalcanti. A ideia , de recenseamento, pouco a pouco, vai se instalando naquela casa, penetrando naquele espírito. Não custa atender ao rapaz, que é bonzinho e respeitoso.
        E como não há despesa nem ameaça de despesa ou incômodo de qualquer ordem, começa a informar, obscuramente orgulhoso de ser objeto, pela primeira vez na vida, da curiosidade do governo.
        — O senhor tem filhos, seu Ediraldo?
        — Tenho três, sim senhor.
        — Pode me dizer a graça deles, por obséquio? Com a idade de cada um?
        — Pois não. Tenho o Jorge Independente, de 14 anos; o Miguel Urubatã, de 10; e a Pipoca, de 4.
        — Muito bem, me deixe tomar nota. Jorge... Urubatã... E a Pipoca, como é mesmo o nome dela?
        — Nós chamamos ela de Pipoca porque é doida por pipoca.
        — Se pudesse me dizer como é que ela foi registrada...
        — Isso eu não sei, não me lembro.
        E, voltando-se para a cozinha:
        — Mulher, sabes o nome da Pipoca?
        A mulher aparece confusa.
        — Assim de cabeça eu não guardei. Procura o papel na gaveta.
        Reviram a gaveta, não acham a certidão de registro civil.
        — Só perguntando à madrinha dela, que foi quem inventou o nome. Pra nós ela é Pipoca, tá bom?
        — Pois então fica se chamando Pipoca, decide o agente.
        Muito obrigado, seu Ediraldo, muito obrigado, minha senhora, disponham!

        As alternativas abaixo apresentam preposições essenciais, EXCETO, uma. Assinale-a.
        Alternativas
        Q678986 Português

          Caso de recenseamento

          Carlos Drummond de Andrade


          O agente do recenseamento vai bater numa casa de subúrbio longínquo, aonde nunca chegam as notícias.
          — Não quero comprar nada.
          — Eu não vim vender, minha senhora. Estou fazendo o censo da população e lhe peço o favor de me ajudar.
          — Ah moço, não estou em condições de ajudar ninguém.
          Tomara eu que Deus me ajude. Com licença, sim? 
          E fecha-lhe a porta.
          Ele bate de novo.
          — O senhor, outra vez?! Não lhe disse que não adianta me pedir auxílio?
          — A senhora não me entendeu bem, desculpe. Desejo que me auxilie, mas é a encher este papel. Não vai pagar nada, não vou lhe tomar nada. Basta respondera umas perguntinhas.
          — Não vou respondera perguntinha nenhuma, estou muito ocupada, até logo!
          A porta é fechada de novo, de novo o agente obstinado tenta restabelecer o diálogo.
          — Sabe de uma coisa? Dê o fora depressa antes que eu chame meu marido!
          — Chame sim, minha senhora, eu me explico com ele. 
          (Só Deus sabe o que irá acontecer. Mas o rapaz tem uma ideia na cabeça: é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário).
          — Que é que há? — resmunga o marido, sonolento, descalço e sem camisa, puxado pela mulher.
          — E esse camelô aí que não quer deixar a gente sossegada! 
          — Não sou camelô, meu amigo, sou agente do censo.
          — Agente coisa nenhuma, eles inventam uma besteira qualquer, depois empurram a mercadoria! A gente não pode comprar mais nada este mês, Ediraldo! 
          O marido faz-lhe um gesto para calar-se, enquanto ele estuda o rapaz, suas intenções. O agente explica-lhe tudo com calma, convence-o de que não é nem camelô nem policial nem cobrador de impostos nem enviado de Tenório Cavalcanti. A ideia , de recenseamento, pouco a pouco, vai se instalando naquela casa, penetrando naquele espírito. Não custa atender ao rapaz, que é bonzinho e respeitoso.
          E como não há despesa nem ameaça de despesa ou incômodo de qualquer ordem, começa a informar, obscuramente orgulhoso de ser objeto, pela primeira vez na vida, da curiosidade do governo.
          — O senhor tem filhos, seu Ediraldo?
          — Tenho três, sim senhor.
          — Pode me dizer a graça deles, por obséquio? Com a idade de cada um?
          — Pois não. Tenho o Jorge Independente, de 14 anos; o Miguel Urubatã, de 10; e a Pipoca, de 4.
          — Muito bem, me deixe tomar nota. Jorge... Urubatã... E a Pipoca, como é mesmo o nome dela?
          — Nós chamamos ela de Pipoca porque é doida por pipoca.
          — Se pudesse me dizer como é que ela foi registrada...
          — Isso eu não sei, não me lembro.
          E, voltando-se para a cozinha:
          — Mulher, sabes o nome da Pipoca?
          A mulher aparece confusa.
          — Assim de cabeça eu não guardei. Procura o papel na gaveta.
          Reviram a gaveta, não acham a certidão de registro civil.
          — Só perguntando à madrinha dela, que foi quem inventou o nome. Pra nós ela é Pipoca, tá bom?
          — Pois então fica se chamando Pipoca, decide o agente.
          Muito obrigado, seu Ediraldo, muito obrigado, minha senhora, disponham!

          Assinale a alternativa correta que apresenta a explicação correta sobre o uso do “que” enquanto pronome relativo ou conjunção integrante.
          Alternativas
          Q678985 Português

            Caso de recenseamento

            Carlos Drummond de Andrade


            O agente do recenseamento vai bater numa casa de subúrbio longínquo, aonde nunca chegam as notícias.
            — Não quero comprar nada.
            — Eu não vim vender, minha senhora. Estou fazendo o censo da população e lhe peço o favor de me ajudar.
            — Ah moço, não estou em condições de ajudar ninguém.
            Tomara eu que Deus me ajude. Com licença, sim? 
            E fecha-lhe a porta.
            Ele bate de novo.
            — O senhor, outra vez?! Não lhe disse que não adianta me pedir auxílio?
            — A senhora não me entendeu bem, desculpe. Desejo que me auxilie, mas é a encher este papel. Não vai pagar nada, não vou lhe tomar nada. Basta respondera umas perguntinhas.
            — Não vou respondera perguntinha nenhuma, estou muito ocupada, até logo!
            A porta é fechada de novo, de novo o agente obstinado tenta restabelecer o diálogo.
            — Sabe de uma coisa? Dê o fora depressa antes que eu chame meu marido!
            — Chame sim, minha senhora, eu me explico com ele. 
            (Só Deus sabe o que irá acontecer. Mas o rapaz tem uma ideia na cabeça: é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário, é preciso preencher o questionário).
            — Que é que há? — resmunga o marido, sonolento, descalço e sem camisa, puxado pela mulher.
            — E esse camelô aí que não quer deixar a gente sossegada! 
            — Não sou camelô, meu amigo, sou agente do censo.
            — Agente coisa nenhuma, eles inventam uma besteira qualquer, depois empurram a mercadoria! A gente não pode comprar mais nada este mês, Ediraldo! 
            O marido faz-lhe um gesto para calar-se, enquanto ele estuda o rapaz, suas intenções. O agente explica-lhe tudo com calma, convence-o de que não é nem camelô nem policial nem cobrador de impostos nem enviado de Tenório Cavalcanti. A ideia , de recenseamento, pouco a pouco, vai se instalando naquela casa, penetrando naquele espírito. Não custa atender ao rapaz, que é bonzinho e respeitoso.
            E como não há despesa nem ameaça de despesa ou incômodo de qualquer ordem, começa a informar, obscuramente orgulhoso de ser objeto, pela primeira vez na vida, da curiosidade do governo.
            — O senhor tem filhos, seu Ediraldo?
            — Tenho três, sim senhor.
            — Pode me dizer a graça deles, por obséquio? Com a idade de cada um?
            — Pois não. Tenho o Jorge Independente, de 14 anos; o Miguel Urubatã, de 10; e a Pipoca, de 4.
            — Muito bem, me deixe tomar nota. Jorge... Urubatã... E a Pipoca, como é mesmo o nome dela?
            — Nós chamamos ela de Pipoca porque é doida por pipoca.
            — Se pudesse me dizer como é que ela foi registrada...
            — Isso eu não sei, não me lembro.
            E, voltando-se para a cozinha:
            — Mulher, sabes o nome da Pipoca?
            A mulher aparece confusa.
            — Assim de cabeça eu não guardei. Procura o papel na gaveta.
            Reviram a gaveta, não acham a certidão de registro civil.
            — Só perguntando à madrinha dela, que foi quem inventou o nome. Pra nós ela é Pipoca, tá bom?
            — Pois então fica se chamando Pipoca, decide o agente.
            Muito obrigado, seu Ediraldo, muito obrigado, minha senhora, disponham!

            Releia o texto e analise as afirmativas abaixo a respeito da colocação pronominal.
            I. Na frase: “O marido faz-lhe um gesto para calar-se, enquanto ele estuda o rapaz, suas intenções”, o pronome destacado refere-se a esposa, uma vez que o gesto é feita para que ela se cale.
            II. Na frase: “O agente explica-lhe tudo com calma”, o pronome destacado se refere ao marido.
            III. Na frase: “Estou fazendo o censo da população e lhe peço o favor de me ajudar”, o pronome destacado se refere ao marido.'
            É correto o que se afirma em 
            Alternativas
            Respostas
            341: D
            342: B
            343: A
            344: B
            345: D
            346: C
            347: B
            348: C
            349: B
            350: B
            351: D
            352: C
            353: B
            354: C
            355: C
            356: B
            357: A
            358: A
            359: C
            360: A