Questões de Concurso Para cincatarina

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Q2030690 Português

Analise as frases da coluna 2 quanto à concordância verbal e/ou nominal e relacione corretamente com os códigos apresentados na coluna 1.


Coluna 1  Códigos


1. Se só a frase 1 estiver correta

2. Se as frases 1 e 2 estiverem corretas

3. Se as frases 1 e 2 estiverem erradas


Coluna 2  Frases


( ) 1. Era-me necessária a carreira política. 2. Era-me necessário a carreira política.

( ) 1. Estamos quite com a dívida. 2. Para quem a entrada é proibido neste lugar?

( ) 1. Houve umas conversas meio longas. 2. A obra em si mesmo não é tudo.

( ) 1. O soldado era dotado de talento e coragem extraordinárias. 2. Os seres melhores adaptados sobrevivem às adversidades.

( ) 1. Estejam alerta para a chegada dos novos funcionários. 2. Não se obedeceu aos costumes.


Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Q2030689 Português

Analise as afirmativas abaixo:


1. As palavras “papeis”, “trofeus”, “ideias”, “boias” e “plateia” perderam o acento agudo, pela reforma ortográfica, válida desde 2016.

2. Está correto o uso do hífen em: “auto-ajuda, infra-estrutura, semi-automático, infra-som, ante-sala e pára-quedas.

3. As palavras: “rubrica, recorde, pudico” são proparoxítonas; aqui o acento gráfico foi omitido para efeitos desta questão.

4. As palavras: “suspen ão, compreen ão, obse ão, deten ão e an ioso” devem ser escritas, respectivamente com: “s, s, ss, ç, s”.

5. Está corretamente escrita a frase “Não creio que isso seja empecilho para sua carreira em ascensão.”


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.


Alternativas
Q2030688 Português

Leia o conto de Marina Colasanti.

Eu sei, mas não devia.

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez paga mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2030687 Português

Assinale a alternativa que obrigatoriamente exige o uso de vírgula(s).


Alternativas
Q2030686 Português

Leia o conto de Marina Colasanti.

Eu sei, mas não devia.

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez paga mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) de acordo com o oitavo parágrafo do texto e em consonância com a norma-padrão a respeito da crase.


( ) O parágrafo ilustra a regra básica para a existência ou não da crase.

( ) Na expressão “À lenta morte dos rios”, a crase deixaria de existir de fosse alterada a ordem das palavras “lenta” e “morte”.

( ) Se na oração: “a temer a hidrofobia dos cães” fosse omitido o verbo temer, a crase aconteceria.

( ) Todas as crases foram usadas pela regência de um só verbo.

( ) A frase: “Às bactérias da água potável” ilustra a regra que existe crase em locuções femininas no plural.


Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.


Alternativas
Respostas
346: C
347: E
348: D
349: A
350: C