Questões de Concurso
Para professor - artes
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A Baiana de Manet.
Entre os estudos que, em épocas diversas, Manet fez para Olympia, contam-se alguns dedicados especialmente à negra; a esse trabalho referem-se vários autores. O mais importante deles é a Négresse (...), em que aparece apenas o busto da crioula, cujos cabelos estão presos por um torço (turbante) de pano da Costa. (...) Das espáduas nuas desce uma bata ou camisa branca. A orelha direita está enfeitada por um brinco com duas pérolas pendentes, enquanto um colar de pedrarias lhe envolve o pescoço.
(BENTO:2009, p. 65)
Figura 5: A crioula (estudo para a preta da Olympia). (La Négresse). Óleo sobre tela, 61X50 cm,1862-3.
Figura 6: Impressionismo: Olímpia de Edouard Manet.
A relação entre a obra “Olímpia“ (figura 6) e o estudo feito anteriormente por Manet em “a crioula” (figura 5) evidencia que o artista estava fortemente influenciado pela sua estadia no Rio de Janeiro, no ano de 1849.
Sobre esta informação, julgue as assertivas abaixo.
I- Manet referiu-se em suas obras aos costumes do Rio e fez notar que a mulher brasileira do século XIX, “andava nas ruas acompanhada de uma preta, podendo ser esta sua babá ou ama, hábito generalizado nos tempos da escravidão.”
II- Trata-se de lembranças plásticas da sua vida no Rio de Janeiro, sem que estas tenham lhe influenciado na composição do quadro Olímpia.
III- Manet fez desenhos de tipos populares, assim como de cenas do cotidiano e das paisagens da capital brasileira, conforme já apontado em suas biografias. Muitos dos desenhos do pintor são dedicados aos negros.
Em qual afirmativa se infere que Manet buscava descrever o cotidiano da vida no Rio de Janeiro e o seu fascínio pelo que entrevia do ambiente brasileiro, nos seus costumes e modus vivendi?
Muitas são as heranças culturais deixadas pelos povos indígenas ao longo de séculos no Brasil. Algumas comunidades mantêm vivas as tradições, apesar dos grandes desafios e transformações dos séculos, sobretudo, o contato com culturas diferentes dos costumes e saber-fazer dos seus ancestrais.
I
Dos indígenas nós herdamos
A cultura, a tradição.
Costumes de caça e pesca,
O cultivo, a criação,
A arte da cestaria,
A cerâmica, a fiação.
II
Os nativos cultivavam
Abóboras, milho, feijões,
Amendoim, mandioca,
Nas serras e nos sertões,
Pimenta, algodão, cará,
Entre outras plantações.
III
Caçavam para alimento
De arco e flecha, e espera
Que eles chamavam tocaia,
E essa tocaia era
Um abrigo feito nas árvores
Para matar ave ou fera.
IV
Fabricavam belas redes,
De tucum e caroá,
Bolsa de palha, urupema,
Abanador, caçoá;
Canoas de casca e tronco
Que ainda hoje há.
A partir do texto poético de Rouxinol do Rinaré, indique qual das quatro estrofes melhor ilustra bem as contribuições deixadas pelos autóctones na cultura brasileira.
Tarsila do Amaral (1886-1973) integrou o movimento modernista brasileiro e participou da Semana de Arte Moderna brasileira, na década de 1922. Foi uma das primeiras mulheres, ao lado de Anita Malfaltti a ter projeção e reconhecimento no cenário das artes plásticas do Brasil. Outras mulheres se destacaram, nesse período, como a artista Djanira (1914-1979). Todavia, as duas primeiras destacaram-se pela contribuição no movimento antropofágico, formado pelo Grupo dos Cinco (Oswald de Andrade, Anita Malfaltti, Menotti Del Picchia, Mário de Andrade e a própria Tarsila do Amaral). Ambas abordavam em suas produções artísticas a realidade social do Brasil de época.
A partir do texto acima, associe as imagens das obras às possíveis autorias, quer de Tarsila do Amaral e/ou de Anita Malfatti, verificando nelas, características que correspondam à realidade social brasileira e ao movimento antropofágico:
Figura 1: Abaporu (1928)
Figura 2: Operários (1933)
Figura 3: Samba (1943-45)
Figura 4: Religião Brasileira (1927)
Analise as proposições e coloque V para verdadeiro e F para falso, atentando para o seu conteúdo:
( ) A tradição da sanfona de oito baixos na região Nordeste está intrinsecamente associada aos bailes da zona rural e de periferia urbana, nos quais a sanfona se torna gradualmente o principal instrumento solista a partir da virada do séc. XX.
( ) Com o processo migratório que se intensifica na década de 1959, o fole acompanha o nordestino emigrado às capitais de Rio de Janeiro e São Paulo. (RUGERO, 2013).
( ) No Museu Fonográfico Luiz Gonzaga, em Campina Grande, Paraíba, está em exposição permanente uma sanfona Holner. Acima da caixa de vidro que protege este instrumento, há um texto explicativo com os seguintes dizeres: “Esta harmônica, conhecido fole pé de bode, pertenceu a Januário José dos Santos, lavrador, sanfoneiro, concertador de fole, pai de Luiz Gonzaga (Rugero,2013).
Marque a alternativa que contém a sequência CORRETA de preenchimentos dos parênteses.
A importância do aprendizado tradicional do Fole de Oito Baixos se dá, geralmente, através da transmissão oral de geração em geração, conforme o depoimento abaixo de um dos maiores nomes do Fole de Oito Baixos no Brasil, Luizinho Calixto. Não obstante, Rugero (2013) descreve os grandes desafios nesse processo de herança, transmissão de pai (mestre) para filho (discípulo) e dom inato. E que este processo do despertar do dom pela arte, envolve outros elementos, quer seja, acesso ou não ao instrumento, a aceitação ou recusa da família e, por fim o reconhecimento.
Vendo meu pai tocar, senti um pouco de desejo de tocar alguma coisa, de fazer alguma coisa com aquela caixinha de madeira- porque antigamente [a sanfona de oito baixos] era uma caixinha de madeira quadrada, parecia um caixotezinho. Mas tinha umas teclas e aquelas teclas emitiam um som. Eu peguei aquele instrumento, comecei a tentar e descobri uma melodiazinha muito ingênua, mas meu pai não acordou, porque eu era muito jovem, tinha sete anos quando comecei (CALIXTO, 1999).
Acerca da transmissão e o reconhecimento e o reconhecimento desses saberes, a partir do relato acima, assinale a alternativa CORRETA:
O poeta Manoel Monteiro idealizou o que denominou de Novo Cordel, digno de ir da feira às salas de aulas, sempre respeitando a rima, a métrica, a oração e o formato original, ou seja, a literatura de folheto, com nova roupagem: _________ de cores __________, abordando ___________ atuais e diversificados, que trouxessem mensagens consistentes e importantes, de interesse principalmente das crianças e jovens, servindo como um auxiliar didático, que despertasse o interesse para leitura, ajudasse no aprendizado dos conteúdos apresentados e despertasse poetas novos. (Monteiro, 2017)
As palavras que completam CORRETAMENTE essas lacunas são:
O Poeta popular e editor, Manoel Monteiro da Silva, natural de Bezerros (PE), afeiçoado à leitura desde a infância, conheceu o cordel através de um professor primário e visitas a feira com seu pai. Iniciou a produção de cordel na adolescência, veio radicar-se em Campina Grande (PB), em 1953, atraído pela feira central com funcionamento diário, que facilitaria a comercialização de sua literatura de folheto. Sobreviveu recitando e vendendo cordéis de sua autoria até início da década de 1960, após esse período, exerceu diversas profissões. Em meados dos anos de 1990, voltou a se dedicar, exclusivamente à produção, edição e divulgação da literatura de Cordel.
A partir do texto concernente ao poeta editor, Manoel Monteiro, qual a importância do poeta editor para a manutenção da literatura de cordel no cenário paraibano e brasileiro?
Aquarela do Brasil (composição Ary Barroso)
Brasil
Meu Brasil Brasileiro
Meu mulato inzoneiro,
Vou cantar-te nos meus versos:
Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil do meu amor,
Terra de Nosso Senhor...
Brasil, Brasil, pra mim, pra mim...
Ô, abre a cortina do passado,
Tira a mãe preta do cerrado,
Bota o rei congo no congado,
Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda canção do meu amor,
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...
Brasil, Brasil, pra mim, pra mim...
Brasil!
Terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiferente,
Ô Brasil, samba que dá
Para o mundo se admirar,
Ô Brasil, do meu amor,
Terra de Nosso Senhor...
Brasil, Brasil, pra mim, pra mim...
Esse coqueiro que da coco,
Oi! Onde amarro a minha rede,
Nas noites claras de luar,
Ô oi essas fontes murmurantes,
Onde eu mato a minha sede,
Onde a lua vem brincar,
Esse Brasil lindo e trigueiro
É meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro...
Brasil! Brasil!
(In: Livro de Leitura e Escrita-Diversidade Cultural. Fortaleza: Ed.IMEPH, 2013.)
A partir da letra Aquarela do Brasil, transcrita abaixo, identifique a proposição que ilustra o que Ary Barroso quis enaltecer no samba-canção?
Associe as duas colunas, relacionando as manifestações da cultura afro-brasileira à definição.
1. Congada
2. Maracatu
3. Samba
4. Capoeira
( ) Dança folclórica de origem afro-brasileira a partir da miscigenação musical das culturas portuguesa, indígena e africana. É uma dança de cortejo associada aos reis congos. Ligada às irmandades tem predominância religiosa e como divindade africana associada a uma santa católica, Nossa Senhora do Rosário. No Brasil se desenvolveu no Pernambuco, passando a fazer parte das apresentações de carnaval.
( ) Manifestação popular folclórica e religiosa de origem africana, hoje incorporada às festas da igreja católica em diferentes regiões do Brasil: Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais. Acontece geralmente na festa de São Benedito, mas também nas festas de Santa Efigênia e de Nossa Senhora do Rosário.
( ) Arte marcial de origem afrodescendente. Tem suas origens nas técnicas de combate e danças dos povos africanos que chegaram ao Brasil no período da escravidão. Une como manifestação cultural esporte, cultura popular, dança, música, brincadeiras, luta e acrobacias.
( ) Gênero musical com forte influência afro-brasileira oriundo do Rio de Janeiro. É uma das mais expressivas manifestações populares da cultura brasileira.
A sequência CORRETA dessa associação é:
2019 é o ano de celebração dos 100 anos do grande músico e instrumentista Jackson do Pandeiro. José Gomes Filho, artisticamente conhecido como Jackson do Pandeiro, nasceu no interior paraibano, na cidade de Alagoa Grande, em 31 de agosto de 1919. Na vanguarda dos grandes artistas da época, Jackson do Pandeiro é único no gênero. Tornou-se um fenômeno musical nas décadas de 1953 a 1982 no âmbito nacional. Pela diversidade de gêneros gravados, receberia o título de “Rei do Ritmo”.
A partir do texto acima, escolha a assertiva que reforça a importância da celebração dos 100 anos de Jackson do Pandeiro:
Analise as afirmações abaixo em relação a Jackson do Pandeiro, considerado o “Rei do Ritmo”.
I- Representa com o seu ritmo e cultura musical um repositório pleno de matizes, fulgurando a diversidade cultural extraordinária do Nordeste.
II- Em seu repertório constam clássicos em parcerias com nomes como Antônio Barros, Rosil Cavalcanti, Edgar Ferreira, João do Vale e Bezerra da Silva, entre centenas de outros.
III- O músico possui uma discografia invejável de mais de 430 canções, em apenas 29 anos de carreira.
É CORRETO o que se afirma em:
Qual das alternativas representa o 11º e o 12º termos da sequência lógica a seguir?
Segundo a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), uma dose de 300 mg de cafeína ao dia pode ajudar a melhorar o rendimento de atividades físicas e intelectuais. A xícara de café da casa de Juliana contém 147 mg de cafeína. Quando Juliana toma uma xícara de café em sua casa, qual é o percentual de cafeína da dose diária recomendada pela EFSA que ela está ingerindo?
Se V representa a verdade e F a falsidade, analise os valores lógicos ocultos da última coluna da tabela-verdade abaixo.
P |
Q |
R |
S |
P -> Q ∨ R <-> S ∧ ~ P -> R |
V |
V |
F |
V |
|
F |
V |
F |
F |
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V |
F |
F |
F |
F |
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F |
V |
V |
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F |
V |
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V |
Indique a alternativa que responde CORRETAMENTE:
Leia o texto abaixo e responda às questões de 13 a 15
TEXTO 7
Precisamos falar sobre o direito à cidade
por Mariana de Freitas e Souza para o Portal Geledés - 22/04/2019
1 Sob a ótica constitucional, o conceito de direito à cidade está relacionado a construção de direitos relativos à moradia
2 e ao meio ambiente sustentável, assim, discutir esse tema é de fundamental importância para a classe trabalhadora e deve ser
3 responsabilidade de todos os lados: gestores, urbanistas, sujeitos jurídicos, incorporadores, mercado, sociedade.
4 O acesso à moradia, mesmo sendo um direito reconhecido no ordenamento jurídico não é uma realidade para todos.
5 Segundo pesquisa da Fundação João Pinheiro, o Brasil possui mais de 6,9 milhões de famílias sem habitação e nesse cenário há
6 cerca de 6,05 milhões de imóveis desocupados. Essa situação evidencia que o poder público muitas vezes está alheio às
7 dinâmicas sociais, a preocupação com os direitos humanos no discurso dos gestores, fica apenas nisso: no discurso. Quando
8 analisadas as desigualdades sob a perspectiva de gênero e raça, podemos notar vários desafios para a autonomia e o exercício
9 de direitos. De acordo com Censo de 2010, estima-se que 11,4 milhões de brasileiros vivam em favelas (aproximadamente 6%
10 da população) e esses moradores também são maioria pretos ou pardos (68%).
11 Os movimentos sociais se constituem como um importante espaço no processo de luta pela constituição desse direito.
12 A narrativa dada pela grande imprensa, como forma de acionar demandas repressivas, não é novidade. Ao contrário do que é
13 apresentado, tais movimentos são formados pela resistência de trabalhadores(as) que estão no espaço periférico e que
14 conhecem no dia a dia a ausência do Estado no que diz respeito à provisão de infraestrutura e serviços públicos básicos,
15 enquanto as áreas centrais ou nobres da cidade recebem investimentos privados como públicos, em um processo contínuo de
16 reprodução do capital. Como afirma Harvey:
17 O direito à cidade significa o direito de todos nós a criarmos cidades que satisfaçam as
18 necessidades humanas, as nossas necessidades (…) O direito à cidade não é simplesmente o
19 direito ao que já existe na cidade, mas o direito de transformar a cidade em algo radicalmente
20 diferente, quando eu olho para a história, vejo que as cidades foram regidas pelo capital, mais
21 que pelas pessoas. Assim, nessa luta pelo direito à cidade haverá também uma luta contra o
22 capital. (HARVEY, 2011, p. 1).
23 Neste processo de produção espacial, evidencia-se a associação entre o capital imobiliário e o Estado com o intuito de
24 viabilizar interesses privados e não por iniciativa voltada à melhoria dos serviços públicos e infraestrutura urbana para a
25 população, o que gera variadas consequências sociais e tende a se acentuar no governo vigente.
26 Por fim, nos cabe buscar apreender as características da nossa formação sócio-histórica sob o modo de produção
27 capitalista que materializa hierarquizações bem como nesse contexto entender a atuação dos movimentos sociais, enquanto
28 espaço de resistência política no que se refere à luta pela garantia de direitos e exercício da cidadania em termos de políticas
29 públicas, pela efetivação da mobilidade urbana, à proteção ambiental e demais usos de utilidade pública e interesse social do
30 espaço, afinal “o direito à cidade não é um presente”. (HARVEY, 2013, p. 43).
Assinale a alternativa que melhor representa a adequação à norma culta dos trechos do texto 7, com relação à pontuação e à concordância verbal:
Leia o texto abaixo e responda às questões de 13 a 15
TEXTO 7
Precisamos falar sobre o direito à cidade
por Mariana de Freitas e Souza para o Portal Geledés - 22/04/2019
1 Sob a ótica constitucional, o conceito de direito à cidade está relacionado a construção de direitos relativos à moradia
2 e ao meio ambiente sustentável, assim, discutir esse tema é de fundamental importância para a classe trabalhadora e deve ser
3 responsabilidade de todos os lados: gestores, urbanistas, sujeitos jurídicos, incorporadores, mercado, sociedade.
4 O acesso à moradia, mesmo sendo um direito reconhecido no ordenamento jurídico não é uma realidade para todos.
5 Segundo pesquisa da Fundação João Pinheiro, o Brasil possui mais de 6,9 milhões de famílias sem habitação e nesse cenário há
6 cerca de 6,05 milhões de imóveis desocupados. Essa situação evidencia que o poder público muitas vezes está alheio às
7 dinâmicas sociais, a preocupação com os direitos humanos no discurso dos gestores, fica apenas nisso: no discurso. Quando
8 analisadas as desigualdades sob a perspectiva de gênero e raça, podemos notar vários desafios para a autonomia e o exercício
9 de direitos. De acordo com Censo de 2010, estima-se que 11,4 milhões de brasileiros vivam em favelas (aproximadamente 6%
10 da população) e esses moradores também são maioria pretos ou pardos (68%).
11 Os movimentos sociais se constituem como um importante espaço no processo de luta pela constituição desse direito.
12 A narrativa dada pela grande imprensa, como forma de acionar demandas repressivas, não é novidade. Ao contrário do que é
13 apresentado, tais movimentos são formados pela resistência de trabalhadores(as) que estão no espaço periférico e que
14 conhecem no dia a dia a ausência do Estado no que diz respeito à provisão de infraestrutura e serviços públicos básicos,
15 enquanto as áreas centrais ou nobres da cidade recebem investimentos privados como públicos, em um processo contínuo de
16 reprodução do capital. Como afirma Harvey:
17 O direito à cidade significa o direito de todos nós a criarmos cidades que satisfaçam as
18 necessidades humanas, as nossas necessidades (…) O direito à cidade não é simplesmente o
19 direito ao que já existe na cidade, mas o direito de transformar a cidade em algo radicalmente
20 diferente, quando eu olho para a história, vejo que as cidades foram regidas pelo capital, mais
21 que pelas pessoas. Assim, nessa luta pelo direito à cidade haverá também uma luta contra o
22 capital. (HARVEY, 2011, p. 1).
23 Neste processo de produção espacial, evidencia-se a associação entre o capital imobiliário e o Estado com o intuito de
24 viabilizar interesses privados e não por iniciativa voltada à melhoria dos serviços públicos e infraestrutura urbana para a
25 população, o que gera variadas consequências sociais e tende a se acentuar no governo vigente.
26 Por fim, nos cabe buscar apreender as características da nossa formação sócio-histórica sob o modo de produção
27 capitalista que materializa hierarquizações bem como nesse contexto entender a atuação dos movimentos sociais, enquanto
28 espaço de resistência política no que se refere à luta pela garantia de direitos e exercício da cidadania em termos de políticas
29 públicas, pela efetivação da mobilidade urbana, à proteção ambiental e demais usos de utilidade pública e interesse social do
30 espaço, afinal “o direito à cidade não é um presente”. (HARVEY, 2013, p. 43).
Releia o texto e analise as proposições seguintes:
I- A oração: “Assim, nessa luta pelo direito à cidade haverá também uma luta contra o capital (L. 30).”, é conclusiva em relação às anteriores, visto que arremata o ponto de vista defendido pelo autor.
II- No período: “O direito à cidade não é simplesmente o direito ao que já existe na cidade, mas o direito de transformar a cidade em algo radicalmente diferente” (L. 26), a segunda oração apresenta uma relação sintática de consequência em relação à primeira.
III- Em “Quando analisadas as desigualdades sob a perspectiva de gênero e raça, podemos notar vários desafios para a autonomia e o exercício de direitos (L. 11).”, a oração destacada introduz uma relação sintática de temporalidade.
IV- No período: “O direito à cidade significa o direito de todos nós a criarmos cidades que satisfaçam as necessidades humanas, as nossas necessidades (...)” (L.24), a oração destacada em negrito é explicativa em relação à oração anterior.
Quanto às relações sintáticas entre as orações do referido trecho, é CORRETO o que se afirma em:
Leia o texto abaixo e responda às questões de 13 a 15
TEXTO 7
Precisamos falar sobre o direito à cidade
por Mariana de Freitas e Souza para o Portal Geledés - 22/04/2019
1 Sob a ótica constitucional, o conceito de direito à cidade está relacionado a construção de direitos relativos à moradia
2 e ao meio ambiente sustentável, assim, discutir esse tema é de fundamental importância para a classe trabalhadora e deve ser
3 responsabilidade de todos os lados: gestores, urbanistas, sujeitos jurídicos, incorporadores, mercado, sociedade.
4 O acesso à moradia, mesmo sendo um direito reconhecido no ordenamento jurídico não é uma realidade para todos.
5 Segundo pesquisa da Fundação João Pinheiro, o Brasil possui mais de 6,9 milhões de famílias sem habitação e nesse cenário há
6 cerca de 6,05 milhões de imóveis desocupados. Essa situação evidencia que o poder público muitas vezes está alheio às
7 dinâmicas sociais, a preocupação com os direitos humanos no discurso dos gestores, fica apenas nisso: no discurso. Quando
8 analisadas as desigualdades sob a perspectiva de gênero e raça, podemos notar vários desafios para a autonomia e o exercício
9 de direitos. De acordo com Censo de 2010, estima-se que 11,4 milhões de brasileiros vivam em favelas (aproximadamente 6%
10 da população) e esses moradores também são maioria pretos ou pardos (68%).
11 Os movimentos sociais se constituem como um importante espaço no processo de luta pela constituição desse direito.
12 A narrativa dada pela grande imprensa, como forma de acionar demandas repressivas, não é novidade. Ao contrário do que é
13 apresentado, tais movimentos são formados pela resistência de trabalhadores(as) que estão no espaço periférico e que
14 conhecem no dia a dia a ausência do Estado no que diz respeito à provisão de infraestrutura e serviços públicos básicos,
15 enquanto as áreas centrais ou nobres da cidade recebem investimentos privados como públicos, em um processo contínuo de
16 reprodução do capital. Como afirma Harvey:
17 O direito à cidade significa o direito de todos nós a criarmos cidades que satisfaçam as
18 necessidades humanas, as nossas necessidades (…) O direito à cidade não é simplesmente o
19 direito ao que já existe na cidade, mas o direito de transformar a cidade em algo radicalmente
20 diferente, quando eu olho para a história, vejo que as cidades foram regidas pelo capital, mais
21 que pelas pessoas. Assim, nessa luta pelo direito à cidade haverá também uma luta contra o
22 capital. (HARVEY, 2011, p. 1).
23 Neste processo de produção espacial, evidencia-se a associação entre o capital imobiliário e o Estado com o intuito de
24 viabilizar interesses privados e não por iniciativa voltada à melhoria dos serviços públicos e infraestrutura urbana para a
25 população, o que gera variadas consequências sociais e tende a se acentuar no governo vigente.
26 Por fim, nos cabe buscar apreender as características da nossa formação sócio-histórica sob o modo de produção
27 capitalista que materializa hierarquizações bem como nesse contexto entender a atuação dos movimentos sociais, enquanto
28 espaço de resistência política no que se refere à luta pela garantia de direitos e exercício da cidadania em termos de políticas
29 públicas, pela efetivação da mobilidade urbana, à proteção ambiental e demais usos de utilidade pública e interesse social do
30 espaço, afinal “o direito à cidade não é um presente”. (HARVEY, 2013, p. 43).
Analise as afirmações abaixo acerca do Texto 7 e coloque V para as verdadeiras e F as para as falsas:
( ) Predomina o tipo textual dissertativo-argumentativo, uma vez que a autora expõem o tema do direito à cidade e defende um ponto de vista sobre ele.
( ) A problematização do tema encontra-se principalmente no primeiro parágrafo, que é propositivo, ou seja, visa a apresentar ao leitor que o direito à cidade, cujo conceito é exposto a partir da Constituição Federal, é da incumbência de diversos atores sociais.
( ) No período: “O acesso à moradia, mesmo sendo um direito reconhecido no ordenamento jurídico não é uma realidade para todos” (L.6 e 7), não há problema de pontuação.
A sequência que preenche CORRETAMENTE as lacunas é:
Leia o texto abaixo e responda às questões 11 e 12.
TEXTO 6
Ainda em relação ao texto 6, assinale a alternativa CORRETA:
Leia o texto abaixo e responda às questões 11 e 12.
TEXTO 6
Com base na compreensão do texto, analise as proposições a seguir e atribua V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Quanto ao gênero textual, trata-se de um anúncio publicitário e, portanto, visa a vender um produto.
( ) Na oração “Denuncie o abuso”, o tipo textual predominante é o injuntivo.
( ) O texto não apresenta coesão, uma vez que carece de conectivos entre as orações.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses:
Leia o texto abaixo e responda à questão 10.
TEXTO 5
(Fonte: conversas de whatsapp–Pesquisa google)
Analise as proposições abaixo sobre a conversa do texto 5, desenvolvida no aplicativo Whatsapp:
I- No período: “Ah, estudando muito, em breve serei a mais boa dentista de Vitória, e você?”, a relação sintática que predomina entre as duas orações é de contraste.
II- O humor do texto é provocado pela paronímia que se constrói com a palavra “residência”.
III- Trata-se de uma conversa informal, portanto percebe-se facilmente a variação linguística no texto.
É CORRETO o que se afirma em: