Questões de Concurso
Para professor - língua portuguesa
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Texto 6
Linguagem, Poder e Discriminação
A linguagem não é usada somente para veicular informações, isto é, a função referencial denotativa da linguagem não é senão uma entre outras; entre estas ocupa uma posição central a função de comunicar ao ouvinte a posição que o falante ocupa de fato ou acha que ocupa na sociedade em que vive. As pessoas falam para serem “ouvidas”, às vezes para serem respeitadas e também para exercer uma influência no ambiente em que realizam os atos linguísticos. O poder da palavra é o poder de mobilizar a autoridade acumulada pelo falante e concentrá-la num ato linguístico (Bordieu, 1977). Os casos mais evidentes em relação a tal afirmação são também os mais extremos: discurso político, sermão na igreja, aula etc. As produções linguísticas deste tipo, e também de outros tipos, adquirem valor de ser realizadas no contexto social e cultural apropriado. As regras que governam a produção apropriada dos atos de linguagem levam em conta as relações sociais entre o falante e o ouvinte.
GNERRE, Maurizzio, in Prática de Texto, FARACO, Carlos Alberto e
TEZZA, Cristovão, Ed. Vozes, 20ª edição, 2011, Petrópolis, RJ, p. 105.
Analise as afirmativas abaixo sobre as expressões e palavras sublinhadas no texto 6.
1. Todas funcionam como elementos referenciais de coesão textual.
2. A palavra para destacada funciona como elemento de relação lógica, pois estabelece ligação semântica, ou seja, com passagem de ideias.
3. A palavra esta funciona como elemento anafórico.
4. A expressão tal afirmação funciona como elemento catafórico.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Texto 5
À Margem do Tempo
Sem Tv nem despertador, a rotina de uma comunidade
de descendentes de escravos que há 200 anos se isolou
na Mata Atlântica
Vinícius Romanini, de Ivaporunduva
Isolada pelas águas do rio, envolta numa mata fechada, em um terreno montanhoso, uma pequena comunidade permaneceu por mais de 200 anos esquecida pelo país que se desenvolveu à sua volta. Seus habitantes moram no meio da floresta, instalados em casas de pau a pique, e quase não têm contato com o mundo externo. (…)
Não têm carro, não assistem a televisão e, até hoje, misturam o português com algumas palavras de dialetos africanos e outras em tupi. (…)
Nós somos libertos, afirma Benedito Alves da Silva, de 35 anos, utilizando sem perceber, um vocábulo típico do Brasil anterior ao 13 de maio de 1888 – em que haviam os escravos, os cidadãos livres e os libertos.
Revista Veja, de 19/12/1990.
Analise as afirmativas abaixo sobre o texto 5.
1. O verbo haver, no último período, foi empregado com desvio de concordância, porque na construção não há sujeito.
2. No segundo parágrafo, o verbo ter não deve receber acento, conforme a concordância verbal.
3. O verbo assistir, no contexto, no segundo parágrafo, deveria ser regido por preposição, o que exigiria o emprego do sinal indicativo de crase diante de televisão.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Texto 4
O Gigolô das palavras
Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo de Gramática indispensável para aprender a usar a nossa ou qualquer outra língua. (…)
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. (…)
Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia a minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas – isso eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria.
VERISSIMO, Luís Fernando – O Gigolô das palavras – L&PM, Porto
Alegre, 1982, pags.10/11/12.
Analise as afirmativas abaixo sobre o texto 4.
1. Quando o autor se refere à implicância com a Gramática e à pouca intimidade com ela, devemos entender que esta gramática é a norma culta.
2. A resposta de Verissimo à pergunta designada pelo professor de Português é de que a Gramática é dispensável, mas que devemos respeitar algumas regras básicas.
3. Se o autor confessadamente não domina a Gramática, significa afirmar que seus textos são crivados de erros, logo de pouco valor linguístico e literário.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Considere o trecho abaixo, retirado da obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, um exemplo da linguagem do sertanejo.
“Eu careço de que o bom seja bom e o rúim ruím, que dum lado esteja o preto e do outro o branco, que o feio fique bem apartado do bonito e a alegria longe da tristeza! Quero os todos pastos demarcados… Como é que posso com este mundo? A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero. Ao que, este mundo é muito misturado…”
Nesse sentido, é correto afirmar:
1. que o autor emprega a variação diatópica para dar mais autenticidade à obra.
2. que o autor emprega a variação diacrônica para enriquecer o obra.
3. que a obra está repleta de erros gramaticais que devem ser desprezados pela boa leitura.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Texto 3
Carta aberta a Rebeca Andrade
Quando você sobe ao pódio, mais do que medalhas,
vejo a representação de um futuro mais igualitário
Prezada Rebeca,
O espírito olímpico é a personificação da superação e
da união, um ícone da esperança que transcende fronteiras e celebra a capacidade humana de vencer desafios. As Olimpíadas não são apenas uma competição
esportiva; elas são como um altar, capazes de definir
conceitos para a humanidade. Sua presença em Paris,
querida Rebeca, é o testemunho vivo desse espírito
transformador. Quero dizer-lhe porquê.
A icônica imagem —que o futuro sempre celebrará—
em que você recebe homenagens de suas colegas
ginastas americanas é tão poderosa quanto aquelas
das vitórias de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de
1936 em Berlim. Assim como Owens quebrou barreiras raciais e desafiou o regime opressor de Hitler e da
Alemanha nazista, também você está escrevendo uma
nova página na história.
Um pódio da ginástica olímpica composto apenas por
mulheres negras seria por si só um feito. Mas o gesto
dessas ginastas, vindas do Norte, reverenciando você,
uma mulher do Sul, é um símbolo de transformação
na humanidade.
Desde o primeiro salto até a aterrissagem perfeita, você não apenas desafiou as leis da física, mas também quebrou barreiras sociais e culturais. Cada movimento seu foi testemunho da força e da resiliência humanas e uma ode à perseverança e ao talento. Seu pódio, engrandecido pela simultânea vênia das americanas, não é só um cumprimento, é símbolo de um ponto de virada histórico.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jose-manueldiogo/2024/08/carta-aberta-a-rebeca-andrade.shtml
Folha de S. Paulo, 07/08/2024, José Manuel Diogo
Texto 3
Carta aberta a Rebeca Andrade
Quando você sobe ao pódio, mais do que medalhas,
vejo a representação de um futuro mais igualitário
Prezada Rebeca,
O espírito olímpico é a personificação da superação e
da união, um ícone da esperança que transcende fronteiras e celebra a capacidade humana de vencer desafios. As Olimpíadas não são apenas uma competição
esportiva; elas são como um altar, capazes de definir
conceitos para a humanidade. Sua presença em Paris,
querida Rebeca, é o testemunho vivo desse espírito
transformador. Quero dizer-lhe porquê.
A icônica imagem —que o futuro sempre celebrará—
em que você recebe homenagens de suas colegas
ginastas americanas é tão poderosa quanto aquelas
das vitórias de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de
1936 em Berlim. Assim como Owens quebrou barreiras raciais e desafiou o regime opressor de Hitler e da
Alemanha nazista, também você está escrevendo uma
nova página na história.
Um pódio da ginástica olímpica composto apenas por
mulheres negras seria por si só um feito. Mas o gesto
dessas ginastas, vindas do Norte, reverenciando você,
uma mulher do Sul, é um símbolo de transformação
na humanidade.
Desde o primeiro salto até a aterrissagem perfeita, você não apenas desafiou as leis da física, mas também quebrou barreiras sociais e culturais. Cada movimento seu foi testemunho da força e da resiliência humanas e uma ode à perseverança e ao talento. Seu pódio, engrandecido pela simultânea vênia das americanas, não é só um cumprimento, é símbolo de um ponto de virada histórico.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jose-manueldiogo/2024/08/carta-aberta-a-rebeca-andrade.shtml
Folha de S. Paulo, 07/08/2024, José Manuel Diogo
Texto 2
Era o dia de Teddy Riner, um dos maiores judocas
da história, e de uma França que veste quimono nas
Olimpíadas. Até o presidente Emmanuel Macron
estava na Arena Campo de Marte. Mas era o dia também de Beatriz Souza, a Bia, 26, que surpreendeu as
favoritas, a líder do ranking e a campeã europeia, para
conquistar o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de
Paris-2024.
Foi o terceiro pódio do judô na capital francesa. William Lima e Larissa Pimenta já haviam conquistado
uma prata e um bronze, respectivamente. O esporte
acumula agora 27 premiações e é, até aqui, o principal
motor de desempenho do Time Brasil em Paris.
Natural de Itariri (SP) e atleta do clube Pinheiros, Bia
venceu na semifinal Romane Dicko, atual líder do ranking mundial da categoria pesado (+ 78 kg), bronze
em Tóquio-2020 e ouro na disputa mista, junto com
Riner. E uma barulhenta torcida francesa, que estava
no estádio por causa dela, mas principalmente devido
à presença de Riner na semifinal masculina. “É, mas
eu consigo fazer essa parte de audição seletiva. Eu
consigo me concentrar totalmente na luta, no meu
momento, focada em mim. No que eu quero fazer, no
que eu sei fazer. E, independentemente de quem está
ali na minha frente, eu sei que eu estou preparada”,
contou depois, com a medalha na mão e um largo sorriso no rosto. “Ainda não caiu totalmente a ficha, estou
transbordando de felicidade.” (…)
Folha de S. Paulo, 02/08/2024, José Henrique Mariante
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2024/08/beatriz-souzaconquista-primeiro-ouro-do-brasil.shtml
Texto 2
Era o dia de Teddy Riner, um dos maiores judocas
da história, e de uma França que veste quimono nas
Olimpíadas. Até o presidente Emmanuel Macron
estava na Arena Campo de Marte. Mas era o dia também de Beatriz Souza, a Bia, 26, que surpreendeu as
favoritas, a líder do ranking e a campeã europeia, para
conquistar o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de
Paris-2024.
Foi o terceiro pódio do judô na capital francesa. William Lima e Larissa Pimenta já haviam conquistado
uma prata e um bronze, respectivamente. O esporte
acumula agora 27 premiações e é, até aqui, o principal
motor de desempenho do Time Brasil em Paris.
Natural de Itariri (SP) e atleta do clube Pinheiros, Bia
venceu na semifinal Romane Dicko, atual líder do ranking mundial da categoria pesado (+ 78 kg), bronze
em Tóquio-2020 e ouro na disputa mista, junto com
Riner. E uma barulhenta torcida francesa, que estava
no estádio por causa dela, mas principalmente devido
à presença de Riner na semifinal masculina. “É, mas
eu consigo fazer essa parte de audição seletiva. Eu
consigo me concentrar totalmente na luta, no meu
momento, focada em mim. No que eu quero fazer, no
que eu sei fazer. E, independentemente de quem está
ali na minha frente, eu sei que eu estou preparada”,
contou depois, com a medalha na mão e um largo sorriso no rosto. “Ainda não caiu totalmente a ficha, estou
transbordando de felicidade.” (…)
Folha de S. Paulo, 02/08/2024, José Henrique Mariante
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2024/08/beatriz-souzaconquista-primeiro-ouro-do-brasil.shtml
Texto 3
Carta aberta a Rebeca Andrade
Quando você sobe ao pódio, mais do que medalhas, vejo a representação de um futuro mais igualitário
Prezada Rebeca,
O espírito olímpico é a personificação da superação e da união, um ícone da esperança que transcende fronteiras e celebra a capacidade humana de vencer desafios. As Olimpíadas não são apenas uma competição esportiva; elas são como um altar, capazes de definir conceitos para a humanidade. Sua presença em Paris, querida Rebeca, é o testemunho vivo desse espírito transformador. Quero dizer-lhe porquê.
A icônica imagem —que o futuro sempre celebrará— em que você recebe homenagens de suas colegas ginastas americanas é tão poderosa quanto aquelas das vitórias de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim. Assim como Owens quebrou barreiras raciais e desafiou o regime opressor de Hitler e da Alemanha nazista, também você está escrevendo uma nova página na história.
Um pódio da ginástica olímpica composto apenas por mulheres negras seria por si só um feito. Mas o gesto dessas ginastas, vindas do Norte, reverenciando você, uma mulher do Sul, é um símbolo de transformação na humanidade.
Desde o primeiro salto até a aterrissagem perfeita, você não apenas desafiou as leis da física, mas também quebrou barreiras sociais e culturais. Cada movimento seu foi testemunho da força e da resiliência humanas e uma ode à perseverança e ao talento. Seu pódio, engrandecido pela simultânea vênia das americanas, não é só um cumprimento, é símbolo de um ponto de virada histórico.
As palavras reverenciando, resiliência e ode (sublinhadas no texto 3), no contexto em que estão empregadas, poderiam ser substituídas, sem alteração de significado, por:
Texto 2
Era o dia de Teddy Riner, um dos maiores judocas
da história, e de uma França que veste quimono nas
Olimpíadas. Até o presidente Emmanuel Macron
estava na Arena Campo de Marte. Mas era o dia também de Beatriz Souza, a Bia, 26, que surpreendeu as
favoritas, a líder do ranking e a campeã europeia, para
conquistar o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de
Paris-2024.
Foi o terceiro pódio do judô na capital francesa. William Lima e Larissa Pimenta já haviam conquistado
uma prata e um bronze, respectivamente. O esporte
acumula agora 27 premiações e é, até aqui, o principal
motor de desempenho do Time Brasil em Paris.
Natural de Itariri (SP) e atleta do clube Pinheiros, Bia
venceu na semifinal Romane Dicko, atual líder do ranking mundial da categoria pesado (+ 78 kg), bronze
em Tóquio-2020 e ouro na disputa mista, junto com
Riner. E uma barulhenta torcida francesa, que estava
no estádio por causa dela, mas principalmente devido
à presença de Riner na semifinal masculina. “É, mas
eu consigo fazer essa parte de audição seletiva. Eu
consigo me concentrar totalmente na luta, no meu
momento, focada em mim. No que eu quero fazer, no
que eu sei fazer. E, independentemente de quem está
ali na minha frente, eu sei que eu estou preparada”,
contou depois, com a medalha na mão e um largo sorriso no rosto. “Ainda não caiu totalmente a ficha, estou
transbordando de felicidade.” (…)
Folha de S. Paulo, 02/08/2024, José Henrique Mariante
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2024/08/beatriz-souzaconquista-primeiro-ouro-do-brasil.shtml
Texto 3
Carta aberta a Rebeca Andrade
Quando você sobe ao pódio, mais do que medalhas, vejo a representação de um futuro mais igualitário
Prezada Rebeca,
O espírito olímpico é a personificação da superação e da união, um ícone da esperança que transcende fronteiras e celebra a capacidade humana de vencer desafios. As Olimpíadas não são apenas uma competição esportiva; elas são como um altar, capazes de definir conceitos para a humanidade. Sua presença em Paris, querida Rebeca, é o testemunho vivo desse espírito transformador. Quero dizer-lhe porquê.
A icônica imagem —que o futuro sempre celebrará— em que você recebe homenagens de suas colegas ginastas americanas é tão poderosa quanto aquelas das vitórias de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim. Assim como Owens quebrou barreiras raciais e desafiou o regime opressor de Hitler e da Alemanha nazista, também você está escrevendo uma nova página na história.
Um pódio da ginástica olímpica composto apenas por mulheres negras seria por si só um feito. Mas o gesto dessas ginastas, vindas do Norte, reverenciando você, uma mulher do Sul, é um símbolo de transformação na humanidade.
Desde o primeiro salto até a aterrissagem perfeita, você não apenas desafiou as leis da física, mas também quebrou barreiras sociais e culturais. Cada movimento seu foi testemunho da força e da resiliência humanas e uma ode à perseverança e ao talento. Seu pódio, engrandecido pela simultânea vênia das americanas, não é só um cumprimento, é símbolo de um ponto de virada histórico.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jose-manueldiogo/2024/08/carta-aberta-a-rebeca-andrade.shtml Folha de S. Paulo, 07/08/2024, José Manuel Diogo
Em relação às funções da linguagem, atente aos
enunciados abaixo:
1. O texto 2 emprega a função referencial de linguagem.
2. No texto 3, destaca-se a função emotiva ou expressiva.
3. Os textos 2 e 3 empregam a função fática.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Texto 2
Era o dia de Teddy Riner, um dos maiores judocas
da história, e de uma França que veste quimono nas
Olimpíadas. Até o presidente Emmanuel Macron
estava na Arena Campo de Marte. Mas era o dia também de Beatriz Souza, a Bia, 26, que surpreendeu as
favoritas, a líder do ranking e a campeã europeia, para
conquistar o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de
Paris-2024.
Foi o terceiro pódio do judô na capital francesa. William Lima e Larissa Pimenta já haviam conquistado
uma prata e um bronze, respectivamente. O esporte
acumula agora 27 premiações e é, até aqui, o principal
motor de desempenho do Time Brasil em Paris.
Natural de Itariri (SP) e atleta do clube Pinheiros, Bia
venceu na semifinal Romane Dicko, atual líder do ranking mundial da categoria pesado (+ 78 kg), bronze
em Tóquio-2020 e ouro na disputa mista, junto com
Riner. E uma barulhenta torcida francesa, que estava
no estádio por causa dela, mas principalmente devido
à presença de Riner na semifinal masculina. “É, mas
eu consigo fazer essa parte de audição seletiva. Eu
consigo me concentrar totalmente na luta, no meu
momento, focada em mim. No que eu quero fazer, no
que eu sei fazer. E, independentemente de quem está
ali na minha frente, eu sei que eu estou preparada”,
contou depois, com a medalha na mão e um largo sorriso no rosto. “Ainda não caiu totalmente a ficha, estou
transbordando de felicidade.” (…)
Folha de S. Paulo, 02/08/2024, José Henrique Mariante
https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2024/08/beatriz-souzaconquista-primeiro-ouro-do-brasil.shtml
Texto 3
Carta aberta a Rebeca Andrade
Quando você sobe ao pódio, mais do que medalhas, vejo a representação de um futuro mais igualitário
Prezada Rebeca,
O espírito olímpico é a personificação da superação e da união, um ícone da esperança que transcende fronteiras e celebra a capacidade humana de vencer desafios. As Olimpíadas não são apenas uma competição esportiva; elas são como um altar, capazes de definir conceitos para a humanidade. Sua presença em Paris, querida Rebeca, é o testemunho vivo desse espírito transformador. Quero dizer-lhe porquê.
A icônica imagem —que o futuro sempre celebrará— em que você recebe homenagens de suas colegas ginastas americanas é tão poderosa quanto aquelas das vitórias de Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim. Assim como Owens quebrou barreiras raciais e desafiou o regime opressor de Hitler e da Alemanha nazista, também você está escrevendo uma nova página na história.
Um pódio da ginástica olímpica composto apenas por mulheres negras seria por si só um feito. Mas o gesto dessas ginastas, vindas do Norte, reverenciando você, uma mulher do Sul, é um símbolo de transformação na humanidade.
Desde o primeiro salto até a aterrissagem perfeita, você não apenas desafiou as leis da física, mas também quebrou barreiras sociais e culturais. Cada movimento seu foi testemunho da força e da resiliência humanas e uma ode à perseverança e ao talento. Seu pódio, engrandecido pela simultânea vênia das americanas, não é só um cumprimento, é símbolo de um ponto de virada histórico.
Assinale a alternativa correta:
Conforme ensina Gonzaga, em “Manual de Literatura Brasileira”, o Parnasianismo no Brasil representou um desligamento da realidade local no que esta tinha de pobre, feia e suja. Na adoção de valores europeus, os poetas do período fecharam suas obras para um mundo grosseiro, feito de hordas de miseráveis, pestes e exploração, sonhando apenas com Paris, a cidade luz que os fascinava. Um dos poetas parnasianos era Olavo Bilac, que apresenta uma concepção mais espiritualizada das relações amorosas, e escreveu o soneto XIII, apresentado abaixo:
“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.
(Fonte: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000252.pdf)
O soneto compõe o livro de Bilac e é denominado:
Conforme Platão e Fiorin, analise as seguintes assertivas relativas ao texto descritivo:
I. Como o texto narrativo, o texto descritivo é figurativo.
II. Ao contrário do texto narrativo, o texto descritivo não relata propriamente mudanças de situação, mas propriedades e aspectos simultâneos dos elementos descritos, considerando, pois, em uma única situação.
III. Como se organiza em uma progressão temporal, com muita frequência, a organização espacial é desnecessária.
Quais estão corretas?
Em relação aos ditongos, conforme descreve Bechara, analise as assertivas abaixo:
I. Dispensa-se o til do ditongo nasal “ui” em “muito” e “mui”.
II. Se escrevem com o ditongo “ão” os substantivos e adjetivos paroxítonos, acentuando-se, porém, a sílaba tônica como, por exemplo, em sótão.
III. Os encontros vocálicos átonos e finais que podem ser pronunciados como ditongos crescentes escrevem-se da seguinte maneira: ea (áurea), eo (cetáceo), ia (colônia), ie (espécie), io (exímio), etc.
Quais estão corretas?
Segundo Bechara, analise as assertivas abaixo sobre advérbios:
I. O advérbio é constituído por palavra de natureza nominal ou pronominal e se refere geralmente ao verbo, ou ainda, dentro de um grupo nominal unitário, a um adjetivo e a um advérbio (como intensificador), ou a uma declaração inteira.
II. Alguns advérbios precedem o transpositor “que” para marcar a circunstância, formando o que a gramática tradicional chama de locuções conjuntivas adverbiais, como em “Sabíamos que ele estava errado sempre que gaguejava”.
III. Advérbios de tempo e de lugar em nenhuma situação aparecem mediante o emprego de uma preposição, visto, nesse caso, pertencerem a outra classe gramatical.
Quais estão corretas?
Sobre a passagem da voz ativa à passiva e vice-versa, segundo Bechara, analise as assertivas a seguir, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Geralmente, pode-se construir na voz passiva todos os verbos que são ditos transitivos indiretos, acompanhados do seu respectivo complemento.
( ) Na passagem da passiva para a ativa, o sujeito da ativa, se houver, passa a agente da passiva e o objeto direto da ativa, se houver, passa a sujeito da passiva.
( ) A frase “Enganar-me-ão” está na voz ativa; já “Eu serei enganado” está na voz passiva.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
"O conflito entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos. Em diferentes momentos, guerras e ocupações, eles foram expulsos, retomaram terras, ampliaram e as perderam."
Disponível: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/
2023-10/israel-hamas-palestina-entenda-guerra-no-oriente-
medio#:~:text=O%20conflito%20entre%20Israel%20e,terras
%2C%20ampliaram%20e%20as%20perderam.
O conflito citado no trecho acima tem um peso histórico impossível de ser mensurado e se intensificou em outubro de 2023, quando o Hamas invadiu o país israelense, cometendo os mais diversos tipos de barbárie, que vêm sendo revidadas por Israel. A região onde essa disputa se concentra hoje, é chamada de:
Segundo a Lei Orgânica do Município de Guaraciaba/SC, "invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem,_____, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade_____."
Qual das alternativas abaixo traz os dois trechos que completam o texto validando sua autenticidade em relação ao que diz a lei citada?
Leia e analise os trechos:
I."A casa, no Viaduto Nove de Julho, 193, oferece o mesmo prato do Luva de Pedreiro no Paris 6 -- o tradicional e delicioso bife à cavalo."
II."A estudante, baleada no litoral do Paraná, ficou frente à frente com o suspeito."
III."A Paulista fica aberta aos domingos das 10h às 18h apenas para pedestres e bicicletas."
IV."O embaixador da Bélgica no Brasil, Claude Misson, foi à Sergipe no início da semana passada."
V."Muitos turistas estrangeiros chegaram à Bahia no primeiro semestre de 2024."
O acento grave, indicativo de crase foi empregado CORRETAMENTE em
Leia e analise o trecho:
"... sendo que cada um deles tem um peso diferente na decisão final."
I. A forma verbal "tem" está Incorreto, visto que deveria concordar com o núcleo do sujeito "deles" devendo ficar "têm".
II. A forma verbal "tem" deve ficar no singular, visto que o sujeito representado por expressão como "cada um", o verbo fica sempre no singular.
III. A forma verbal "tem" pode ficar tanto no singular "tem" como no plural "têm", visto que se o sujeito é representado por expressões do tipo "cada um de" e "a maioria de" e um nome no plural o verbo irá para o singular, ou plural.
Assinale a alternativa CORRETA: