Questões de Concurso Para professor de música

Historicamente, a aprendizagem musical se restringia aos conservatórios e às escolas de música. A partir da alteração da Lei n° 9.394/1996, o ensino de música passou a ser obrigatório nas escolas regulares. Apesar da ampliação do campo de trabalho para professores, há a necessidade de se fazer uma distinção entre a função e os objetivos da música ensinada em escolas específicas e em escolas regulares. Nesse sentido, o objetivo do ensino de música em escolas regulares é desenvolver a sensibilidade, o gosto pela boa música e a vivência, por meio da musicalização. Já os conhecimentos e as habilidades mais específicas, como a aprendizagem de instrumentos musicais, a grafia, a compreensão da estrutura musical e a percepção auditiva são destinados às escolas de música. Essas especificidades e diferenças da função, das concepções musicais, de seus impactos e de suas limitações na elaboração de projetos pedagógicos têm sido amplamente afirmadas na literatura sobre a área.

O ensino de teoria musical antes da prática ainda é a melhor metodologia.

Conforme as mais recentes metodologias inclusivas de educação musical, a principal função do professor de música em sala é a de ensinar os elementos básicos da música, divididos em melodia, harmonia e ritmo. Dessa forma, mesmo que o professor dê alguma importância às músicas que os estudantes trazem para a sala de aula, gêneros como o Hip-Hop são de pouca utilidade, pois, apesar de ter uma prosódia bem interessante, falta variedade na melodia e no uso da harmonia. Nesse sentido, músicas como a Bossa Nova, mesmo que não seja o gênero mais apreciado pelos estudantes, são muito mais ricas para serem utilizadas em sala de aula do ensino regular.

O uso de instrumentos com materiais recicláveis é uma realidade do ensino de música em vários ambientes (de universidades a escolas de ensino regular) e o uso de fontes sonoras diversas têm sido estimulado pelos educadores musicais associados à segunda geração dos métodos ativos, tais como Murray Schaffer, John Paynter e George Self, como uma forma não só de ampliar o universo sonoro dos estudantes, mas também de aproximá-los da produção da música de concerto contemporânea.

Apesar de a metodologia Suzuki estar mais associada ao aprendizado do violino, suas estratégias podem e são aplicáveis para o ensino de qualquer instrumento musical. Sua filosofia parte do pressuposto de que todas as crianças podem aprender música, sem levar em consideração conceitos como aptidão musical, e de que é importante desenvolver as habilidades durante os primeiros anos de vida, com forte presença dos pais nesse processo de aprendizagem, com estímulo e encorajamento dos filhos dentro e fora da sala de aula.