Questões de Concurso
Para farmacêutico analista clínico (bioquímico)
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Acerca da remoção, da transferência e da redistribuição, considere:
I. A remoção é a movimentação do servidor ocupante de cargo de provimento efetivo para outro cargo de igual denominação e provimento, de outro órgão, mas no mesmo Poder.
Il. A transferência é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo ou função, para o quadro de outro órgão ou entidade do mesmo Poder.
III. A redistribuição é a movimentação do servidor ocupante de cargo de provimento efetivo para outro cargo de igual denominação e provimento, no mesmo Poder e no mesmo órgão em que é lotado.
Estão incorretos:
O Conselho Nacional de Recursos Hídricos, de acordo com a Resolução nº 32, de 15 de outubro de 2008, divide o Brasil em
O Microsoft Internet Explorer 6 permite que determinados fabricantes de programas agreguem funções ao navegador para expandir as suas funcionalidades (plug-ins). Para acessar esta opção, o usuário precisa selecionar o Menu ______ e executar a opção “Gerenciar de Complementos...”.
PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 01 A 05, LEIA O EXCERTO DO TEXTO “O LUGAR DE CADA PALAVRA”, DE ALDO BIZZOCCHI.
O lugar de cada palavra
Perguntar o que os signos significam é o primeiro passo para quem quer entender o mundo
Aldo Bizzocchi
1 ____ Para que servem as palavras? Essa pergunta pode parecer absurda, mas, se
2 pararmos para refletir, veremos que as palavras são nossa principal conexão com o
3 mundo. Apenas não podemos conceber aquilo que não podemos nomear. As palavras
4 são os signos que mais diretamente representam nossa visão de mundo. É evidente
5 que palavras podem ser decompostas em signos menores, mas não pensamos nem
6 nos expressamos por radicais ou afixos: são as palavras que estão na memória,
7 estocadas para serem postas em discurso. E nem todas - talvez uma minoria - podem
8 ser traduzidas por outros signos, desenhos, gestos, ruídos.
9 ____ Nem todas as palavras representam "coisas" do mundo exterior à linguagem:
10 palavras puramente gramaticais como preposições, conjunções e artigos são o cimento
11 que une os tijolos da comunicação, como substantivos, adjetivos, verbos e advérbios.
12 Estes são chamados de palavras lexicais, cheias ou exteroceptivas porque nos
13 remetem ao "mundo", a vivências físicas ou mentais que abstraímos e guardamos na
14 mente sob a forma de conceitos. Já as palavras gramaticais são chamadas de vazias
15 ou interoceptivas porque não representam conceitos, só exercem funções na própria
16 língua, como conectar ou substituir palavras cheias.
17 ____ A economia proporcionada pela linguagem articulada consiste no fato de que
18 podemos usar um número finito, embora relativamente grande, de signos para dar conta
19 de um número de vivências concretas que tende ao infinito.
20 ____ Além de Platão, outros pensadores, como Kant, Frege, Russell e Wittgenstein
21 se fizeram a pergunta "O que os signos significam?". Essa é talvez a mais importante
22 questão da filosofia da linguagem.
23 ____ Trata-se de constatar que não podemos conhecer o mundo em que vivemos
24 sem a mediação dos signos. Alguns filósofos chegaram mesmo a supor que a própria
25 realidade é uma ilusão criada pela linguagem e, portanto, o conhecimento em si é
26 simplesmente impossível.
27 ____ Aliás, as únicas formas de conhecimento a priori, que independem da
28 experiência, são a lógica e a matemática, justamente dois exemplos de linguagem
29 formal. Ou seja, podemos lidar com a linguagem sem a realidade, mas não podemos
30 lidar com a realidade sem a linguagem.
[com adaptações] http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11913
No que concerne às noções de sintaxe, é correto afirmar que a oração
PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 01 A 05, LEIA O EXCERTO DO TEXTO “O LUGAR DE CADA PALAVRA”, DE ALDO BIZZOCCHI.
O lugar de cada palavra
Perguntar o que os signos significam é o primeiro passo para quem quer entender o mundo
Aldo Bizzocchi
1 ____ Para que servem as palavras? Essa pergunta pode parecer absurda, mas, se
2 pararmos para refletir, veremos que as palavras são nossa principal conexão com o
3 mundo. Apenas não podemos conceber aquilo que não podemos nomear. As palavras
4 são os signos que mais diretamente representam nossa visão de mundo. É evidente
5 que palavras podem ser decompostas em signos menores, mas não pensamos nem
6 nos expressamos por radicais ou afixos: são as palavras que estão na memória,
7 estocadas para serem postas em discurso. E nem todas - talvez uma minoria - podem
8 ser traduzidas por outros signos, desenhos, gestos, ruídos.
9 ____ Nem todas as palavras representam "coisas" do mundo exterior à linguagem:
10 palavras puramente gramaticais como preposições, conjunções e artigos são o cimento
11 que une os tijolos da comunicação, como substantivos, adjetivos, verbos e advérbios.
12 Estes são chamados de palavras lexicais, cheias ou exteroceptivas porque nos
13 remetem ao "mundo", a vivências físicas ou mentais que abstraímos e guardamos na
14 mente sob a forma de conceitos. Já as palavras gramaticais são chamadas de vazias
15 ou interoceptivas porque não representam conceitos, só exercem funções na própria
16 língua, como conectar ou substituir palavras cheias.
17 ____ A economia proporcionada pela linguagem articulada consiste no fato de que
18 podemos usar um número finito, embora relativamente grande, de signos para dar conta
19 de um número de vivências concretas que tende ao infinito.
20 ____ Além de Platão, outros pensadores, como Kant, Frege, Russell e Wittgenstein
21 se fizeram a pergunta "O que os signos significam?". Essa é talvez a mais importante
22 questão da filosofia da linguagem.
23 ____ Trata-se de constatar que não podemos conhecer o mundo em que vivemos
24 sem a mediação dos signos. Alguns filósofos chegaram mesmo a supor que a própria
25 realidade é uma ilusão criada pela linguagem e, portanto, o conhecimento em si é
26 simplesmente impossível.
27 ____ Aliás, as únicas formas de conhecimento a priori, que independem da
28 experiência, são a lógica e a matemática, justamente dois exemplos de linguagem
29 formal. Ou seja, podemos lidar com a linguagem sem a realidade, mas não podemos
30 lidar com a realidade sem a linguagem.
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Quanto às relações coesivas, é incorreto afirmar que o(a)
PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 01 A 05, LEIA O EXCERTO DO TEXTO “O LUGAR DE CADA PALAVRA”, DE ALDO BIZZOCCHI.
O lugar de cada palavra
Perguntar o que os signos significam é o primeiro passo para quem quer entender o mundo
Aldo Bizzocchi
1 ____ Para que servem as palavras? Essa pergunta pode parecer absurda, mas, se
2 pararmos para refletir, veremos que as palavras são nossa principal conexão com o
3 mundo. Apenas não podemos conceber aquilo que não podemos nomear. As palavras
4 são os signos que mais diretamente representam nossa visão de mundo. É evidente
5 que palavras podem ser decompostas em signos menores, mas não pensamos nem
6 nos expressamos por radicais ou afixos: são as palavras que estão na memória,
7 estocadas para serem postas em discurso. E nem todas - talvez uma minoria - podem
8 ser traduzidas por outros signos, desenhos, gestos, ruídos.
9 ____ Nem todas as palavras representam "coisas" do mundo exterior à linguagem:
10 palavras puramente gramaticais como preposições, conjunções e artigos são o cimento
11 que une os tijolos da comunicação, como substantivos, adjetivos, verbos e advérbios.
12 Estes são chamados de palavras lexicais, cheias ou exteroceptivas porque nos
13 remetem ao "mundo", a vivências físicas ou mentais que abstraímos e guardamos na
14 mente sob a forma de conceitos. Já as palavras gramaticais são chamadas de vazias
15 ou interoceptivas porque não representam conceitos, só exercem funções na própria
16 língua, como conectar ou substituir palavras cheias.
17 ____ A economia proporcionada pela linguagem articulada consiste no fato de que
18 podemos usar um número finito, embora relativamente grande, de signos para dar conta
19 de um número de vivências concretas que tende ao infinito.
20 ____ Além de Platão, outros pensadores, como Kant, Frege, Russell e Wittgenstein
21 se fizeram a pergunta "O que os signos significam?". Essa é talvez a mais importante
22 questão da filosofia da linguagem.
23 ____ Trata-se de constatar que não podemos conhecer o mundo em que vivemos
24 sem a mediação dos signos. Alguns filósofos chegaram mesmo a supor que a própria
25 realidade é uma ilusão criada pela linguagem e, portanto, o conhecimento em si é
26 simplesmente impossível.
27 ____ Aliás, as únicas formas de conhecimento a priori, que independem da
28 experiência, são a lógica e a matemática, justamente dois exemplos de linguagem
29 formal. Ou seja, podemos lidar com a linguagem sem a realidade, mas não podemos
30 lidar com a realidade sem a linguagem.
[com adaptações] http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11913
Julgue os itens abaixo:
I. A forma verbal “se fizeram” (linha 21) expressa ação contínua iniciada no passado.
II. A inversão da ordem dos termos em “nossa principal conexão” (linha 2) alteraria o sentido do enunciado.
III. A construção “chegaram mesmo a supor” (linha 24) alude ao extremismo das ideias de certos filósofos.
IV. Em “são o cimento que une os tijolos da comunicação” (linhas 10-11), ocorre uso figurado de palavras.
V. No trecho “Nem todas as palavras representam “coisas” do mundo exterior à linguagem: palavras puramente gramaticais como preposições, conjunções e artigos são o cimento que une os tijolos da comunicação, como substantivos, adjetivos, verbos e advérbios” (linhas 9-11), predomina a função metalinguística.
Está correto o que se afirma em
PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 01 A 05, LEIA O EXCERTO DO TEXTO “O LUGAR DE CADA PALAVRA”, DE ALDO BIZZOCCHI.
O lugar de cada palavra
Perguntar o que os signos significam é o primeiro passo para quem quer entender o mundo
Aldo Bizzocchi
1 ____ Para que servem as palavras? Essa pergunta pode parecer absurda, mas, se
2 pararmos para refletir, veremos que as palavras são nossa principal conexão com o
3 mundo. Apenas não podemos conceber aquilo que não podemos nomear. As palavras
4 são os signos que mais diretamente representam nossa visão de mundo. É evidente
5 que palavras podem ser decompostas em signos menores, mas não pensamos nem
6 nos expressamos por radicais ou afixos: são as palavras que estão na memória,
7 estocadas para serem postas em discurso. E nem todas - talvez uma minoria - podem
8 ser traduzidas por outros signos, desenhos, gestos, ruídos.
9 ____ Nem todas as palavras representam "coisas" do mundo exterior à linguagem:
10 palavras puramente gramaticais como preposições, conjunções e artigos são o cimento
11 que une os tijolos da comunicação, como substantivos, adjetivos, verbos e advérbios.
12 Estes são chamados de palavras lexicais, cheias ou exteroceptivas porque nos
13 remetem ao "mundo", a vivências físicas ou mentais que abstraímos e guardamos na
14 mente sob a forma de conceitos. Já as palavras gramaticais são chamadas de vazias
15 ou interoceptivas porque não representam conceitos, só exercem funções na própria
16 língua, como conectar ou substituir palavras cheias.
17 ____ A economia proporcionada pela linguagem articulada consiste no fato de que
18 podemos usar um número finito, embora relativamente grande, de signos para dar conta
19 de um número de vivências concretas que tende ao infinito.
20 ____ Além de Platão, outros pensadores, como Kant, Frege, Russell e Wittgenstein
21 se fizeram a pergunta "O que os signos significam?". Essa é talvez a mais importante
22 questão da filosofia da linguagem.
23 ____ Trata-se de constatar que não podemos conhecer o mundo em que vivemos
24 sem a mediação dos signos. Alguns filósofos chegaram mesmo a supor que a própria
25 realidade é uma ilusão criada pela linguagem e, portanto, o conhecimento em si é
26 simplesmente impossível.
27 ____ Aliás, as únicas formas de conhecimento a priori, que independem da
28 experiência, são a lógica e a matemática, justamente dois exemplos de linguagem
29 formal. Ou seja, podemos lidar com a linguagem sem a realidade, mas não podemos
30 lidar com a realidade sem a linguagem.
[com adaptações] http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11913
O autor do texto, Aldo Bizzocchi,
PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 01 A 05, LEIA O EXCERTO DO TEXTO “O LUGAR DE CADA PALAVRA”, DE ALDO BIZZOCCHI.
O lugar de cada palavra
Perguntar o que os signos significam é o primeiro passo para quem quer entender o mundo
Aldo Bizzocchi
1 ____ Para que servem as palavras? Essa pergunta pode parecer absurda, mas, se
2 pararmos para refletir, veremos que as palavras são nossa principal conexão com o
3 mundo. Apenas não podemos conceber aquilo que não podemos nomear. As palavras
4 são os signos que mais diretamente representam nossa visão de mundo. É evidente
5 que palavras podem ser decompostas em signos menores, mas não pensamos nem
6 nos expressamos por radicais ou afixos: são as palavras que estão na memória,
7 estocadas para serem postas em discurso. E nem todas - talvez uma minoria - podem
8 ser traduzidas por outros signos, desenhos, gestos, ruídos.
9 ____ Nem todas as palavras representam "coisas" do mundo exterior à linguagem:
10 palavras puramente gramaticais como preposições, conjunções e artigos são o cimento
11 que une os tijolos da comunicação, como substantivos, adjetivos, verbos e advérbios.
12 Estes são chamados de palavras lexicais, cheias ou exteroceptivas porque nos
13 remetem ao "mundo", a vivências físicas ou mentais que abstraímos e guardamos na
14 mente sob a forma de conceitos. Já as palavras gramaticais são chamadas de vazias
15 ou interoceptivas porque não representam conceitos, só exercem funções na própria
16 língua, como conectar ou substituir palavras cheias.
17 ____ A economia proporcionada pela linguagem articulada consiste no fato de que
18 podemos usar um número finito, embora relativamente grande, de signos para dar conta
19 de um número de vivências concretas que tende ao infinito.
20 ____ Além de Platão, outros pensadores, como Kant, Frege, Russell e Wittgenstein
21 se fizeram a pergunta "O que os signos significam?". Essa é talvez a mais importante
22 questão da filosofia da linguagem.
23 ____ Trata-se de constatar que não podemos conhecer o mundo em que vivemos
24 sem a mediação dos signos. Alguns filósofos chegaram mesmo a supor que a própria
25 realidade é uma ilusão criada pela linguagem e, portanto, o conhecimento em si é
26 simplesmente impossível.
27 ____ Aliás, as únicas formas de conhecimento a priori, que independem da
28 experiência, são a lógica e a matemática, justamente dois exemplos de linguagem
29 formal. Ou seja, podemos lidar com a linguagem sem a realidade, mas não podemos
30 lidar com a realidade sem a linguagem.
[com adaptações] http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11913
Pode-se afirmar que o texto acima é um(a)
O texto II refere-se às questões 6, 7, 8, 9 e 10.
Texto II
A difícil arte de ser feliz
Não deixe que o medo do futuro interfira em sua felicidade e desfrute os momentos presentes com novos olhos
Você me pede que eu fale sobre a difícil arte de ser feliz. Digo primeiro que não é possível ser feliz. Felicidade é coisa muito grande. O máximo que os deuses nos concedem são momentos de alegria que, segundo Guimarães Rosa, acontecem em "raros momentos de distração".
Às vezes a gente fica infeliz por causa de coisas tristes: perde-se o emprego, uma pessoa querida morre ... Quando coisas assim acontecem, o certo é ficar triste. Quem continuar alegre em meio a situações de dor é doente. Alegria nem sempre é marca de saúde mental. Há uma alegria que é marca de loucura.
Mas às vezes a nossa infelicidade se deve à nossa estupidez e cegueira. Cegueira: isso mesmo. Olho bom que não vê. Jesus diz que os olhos são a lâmpada do corpo. Quando a lâmpada espalha luz, o mundo fica colorido. Quando a lâmpada espalha escuridão, o mundo fica tenebroso.
Você diz que é infeliz porque tem medo do futuro. Eu também tenho. A Adélia Prado tem um verso em que diz que o Paraíso vai ser igualzinho a esta vida, tudo do mesmo jeito, com uma única diferença: a gente não vai mais ter medo. Imagine que o presente é uma maçã madura, vermelha, perfumada, deliciosa. Você se prepara para comê-la, mas, de repente, percebe que dentro dela há um verme. O nome dele é medo. De onde ele vem? Do futuro. Estranho isso: o futuro ainda não aconteceu. Ele não existe. Como é que um verme pode nascer do que não existe? Não existe do lado de fora. Existe do lado de dentro. Dentro da imaginação o futuro existe. O verme nasce da alma. Para a alma, aquilo que é imaginado existe. Como diz Guimarães Rosa: "Tudo é real porque tudo é inventado". A alma é o lugar onde o que não existe, existe. Nossa imaginação perturbada enche o futuro de coisas terríveis que assombram o presente. Pode ser até que essas coisas terríveis venham a acontecer. Por isso eu também tenho medo. Mas o certo é viver a sua dor no momento em que ela vier, e não agora, quando ela não existe.
Jesus diz que sabedoria é viver apenas o dia presente. "Por que andais ansiosos pelo dia do amanhã? Olhai os lírios dos campos ... Olhai as aves dos céus ... Qual de vós, com sua ansiedade, será capaz de alterar o curso da vida?" Os lírios do campo serão cortados e morrerão. Também as aves do céu: o momento da sua morte vai chegar. Mas os lírios e as aves não vivem no futuro; vivem no presente. O fato é que aves e lírios vão morrer, mas não sabem que vão morrer. Nós vamos morrer e sabemos que vamos morrer. Em nosso futuro mora um grande medo. É desse grande medo que vem o verme ...
História Zen que já contei: Um homem caminhava por uma floresta. Anoitecia. Escuro. De repente, o rugido de um leão. O homem teve muito medo. Correu. No escuro não viu por onde ia. Caiu num precipício. No terror da queda agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo. E assim ficou pendurado entre o leão e o vazio. De repente, olhando para a parede do precipício, viu uma plantinha e, nela, uma fruta vermelha. Era um morango. Ele estendeu o seu braço, colheu o morango e o comeu. Estava delicioso ... Aqui termina a história. É preciso ter olhos novos. Olhos que vejam os morangos à beira do abismo ... Carpe diem!
Rubem Alves (escritor, educador e psicanalista) Revista Psique. Ciência & vida. São Paulo: Editora Escala, n. 28, 2009, p.82.
Observe a forma verbal sublinhada abaixo.
"Mas o certo é viver a sua dor no momento em que ela vier... "
Das formas verbais a seguir, a que se encontra no mesmo tempo e modo que vier é
O texto II refere-se às questões 6, 7, 8, 9 e 10.
Texto II
A difícil arte de ser feliz
Não deixe que o medo do futuro interfira em sua felicidade e desfrute os momentos presentes com novos olhos
Você me pede que eu fale sobre a difícil arte de ser feliz. Digo primeiro que não é possível ser feliz. Felicidade é coisa muito grande. O máximo que os deuses nos concedem são momentos de alegria que, segundo Guimarães Rosa, acontecem em "raros momentos de distração".
Às vezes a gente fica infeliz por causa de coisas tristes: perde-se o emprego, uma pessoa querida morre ... Quando coisas assim acontecem, o certo é ficar triste. Quem continuar alegre em meio a situações de dor é doente. Alegria nem sempre é marca de saúde mental. Há uma alegria que é marca de loucura.
Mas às vezes a nossa infelicidade se deve à nossa estupidez e cegueira. Cegueira: isso mesmo. Olho bom que não vê. Jesus diz que os olhos são a lâmpada do corpo. Quando a lâmpada espalha luz, o mundo fica colorido. Quando a lâmpada espalha escuridão, o mundo fica tenebroso.
Você diz que é infeliz porque tem medo do futuro. Eu também tenho. A Adélia Prado tem um verso em que diz que o Paraíso vai ser igualzinho a esta vida, tudo do mesmo jeito, com uma única diferença: a gente não vai mais ter medo. Imagine que o presente é uma maçã madura, vermelha, perfumada, deliciosa. Você se prepara para comê-la, mas, de repente, percebe que dentro dela há um verme. O nome dele é medo. De onde ele vem? Do futuro. Estranho isso: o futuro ainda não aconteceu. Ele não existe. Como é que um verme pode nascer do que não existe? Não existe do lado de fora. Existe do lado de dentro. Dentro da imaginação o futuro existe. O verme nasce da alma. Para a alma, aquilo que é imaginado existe. Como diz Guimarães Rosa: "Tudo é real porque tudo é inventado". A alma é o lugar onde o que não existe, existe. Nossa imaginação perturbada enche o futuro de coisas terríveis que assombram o presente. Pode ser até que essas coisas terríveis venham a acontecer. Por isso eu também tenho medo. Mas o certo é viver a sua dor no momento em que ela vier, e não agora, quando ela não existe.
Jesus diz que sabedoria é viver apenas o dia presente. "Por que andais ansiosos pelo dia do amanhã? Olhai os lírios dos campos ... Olhai as aves dos céus ... Qual de vós, com sua ansiedade, será capaz de alterar o curso da vida?" Os lírios do campo serão cortados e morrerão. Também as aves do céu: o momento da sua morte vai chegar. Mas os lírios e as aves não vivem no futuro; vivem no presente. O fato é que aves e lírios vão morrer, mas não sabem que vão morrer. Nós vamos morrer e sabemos que vamos morrer. Em nosso futuro mora um grande medo. É desse grande medo que vem o verme ...
História Zen que já contei: Um homem caminhava por uma floresta. Anoitecia. Escuro. De repente, o rugido de um leão. O homem teve muito medo. Correu. No escuro não viu por onde ia. Caiu num precipício. No terror da queda agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo. E assim ficou pendurado entre o leão e o vazio. De repente, olhando para a parede do precipício, viu uma plantinha e, nela, uma fruta vermelha. Era um morango. Ele estendeu o seu braço, colheu o morango e o comeu. Estava delicioso ... Aqui termina a história. É preciso ter olhos novos. Olhos que vejam os morangos à beira do abismo ... Carpe diem!
Rubem Alves (escritor, educador e psicanalista) Revista Psique. Ciência & vida. São Paulo: Editora Escala, n. 28, 2009, p.82.
Nas orações seguintes, o verbo aparece no imperativo
"Olhai os lírios dos campos ... Olhai as aves dos céus ... "
Mantendo-se o imperativo, porém alterando o número, a forma correta seria
O texto II refere-se às questões 6, 7, 8, 9 e 10.
Texto II
A difícil arte de ser feliz
Não deixe que o medo do futuro interfira em sua felicidade e desfrute os momentos presentes com novos olhos
Você me pede que eu fale sobre a difícil arte de ser feliz. Digo primeiro que não é possível ser feliz. Felicidade é coisa muito grande. O máximo que os deuses nos concedem são momentos de alegria que, segundo Guimarães Rosa, acontecem em "raros momentos de distração".
Às vezes a gente fica infeliz por causa de coisas tristes: perde-se o emprego, uma pessoa querida morre ... Quando coisas assim acontecem, o certo é ficar triste. Quem continuar alegre em meio a situações de dor é doente. Alegria nem sempre é marca de saúde mental. Há uma alegria que é marca de loucura.
Mas às vezes a nossa infelicidade se deve à nossa estupidez e cegueira. Cegueira: isso mesmo. Olho bom que não vê. Jesus diz que os olhos são a lâmpada do corpo. Quando a lâmpada espalha luz, o mundo fica colorido. Quando a lâmpada espalha escuridão, o mundo fica tenebroso.
Você diz que é infeliz porque tem medo do futuro. Eu também tenho. A Adélia Prado tem um verso em que diz que o Paraíso vai ser igualzinho a esta vida, tudo do mesmo jeito, com uma única diferença: a gente não vai mais ter medo. Imagine que o presente é uma maçã madura, vermelha, perfumada, deliciosa. Você se prepara para comê-la, mas, de repente, percebe que dentro dela há um verme. O nome dele é medo. De onde ele vem? Do futuro. Estranho isso: o futuro ainda não aconteceu. Ele não existe. Como é que um verme pode nascer do que não existe? Não existe do lado de fora. Existe do lado de dentro. Dentro da imaginação o futuro existe. O verme nasce da alma. Para a alma, aquilo que é imaginado existe. Como diz Guimarães Rosa: "Tudo é real porque tudo é inventado". A alma é o lugar onde o que não existe, existe. Nossa imaginação perturbada enche o futuro de coisas terríveis que assombram o presente. Pode ser até que essas coisas terríveis venham a acontecer. Por isso eu também tenho medo. Mas o certo é viver a sua dor no momento em que ela vier, e não agora, quando ela não existe.
Jesus diz que sabedoria é viver apenas o dia presente. "Por que andais ansiosos pelo dia do amanhã? Olhai os lírios dos campos ... Olhai as aves dos céus ... Qual de vós, com sua ansiedade, será capaz de alterar o curso da vida?" Os lírios do campo serão cortados e morrerão. Também as aves do céu: o momento da sua morte vai chegar. Mas os lírios e as aves não vivem no futuro; vivem no presente. O fato é que aves e lírios vão morrer, mas não sabem que vão morrer. Nós vamos morrer e sabemos que vamos morrer. Em nosso futuro mora um grande medo. É desse grande medo que vem o verme ...
História Zen que já contei: Um homem caminhava por uma floresta. Anoitecia. Escuro. De repente, o rugido de um leão. O homem teve muito medo. Correu. No escuro não viu por onde ia. Caiu num precipício. No terror da queda agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo. E assim ficou pendurado entre o leão e o vazio. De repente, olhando para a parede do precipício, viu uma plantinha e, nela, uma fruta vermelha. Era um morango. Ele estendeu o seu braço, colheu o morango e o comeu. Estava delicioso ... Aqui termina a história. É preciso ter olhos novos. Olhos que vejam os morangos à beira do abismo ... Carpe diem!
Rubem Alves (escritor, educador e psicanalista) Revista Psique. Ciência & vida. São Paulo: Editora Escala, n. 28, 2009, p.82.
No período abaixo, temos duas orações, e cada oração tem o seu sujeito.
"Nossa imaginação perturbada enche o futuro de coisas terríveis que assombram o presente. "
Os núcleos dos sujeitos das orações transcritas são:
O texto II refere-se às questões 6, 7, 8, 9 e 10.
Texto II
A difícil arte de ser feliz
Não deixe que o medo do futuro interfira em sua felicidade e desfrute os momentos presentes com novos olhos
Você me pede que eu fale sobre a difícil arte de ser feliz. Digo primeiro que não é possível ser feliz. Felicidade é coisa muito grande. O máximo que os deuses nos concedem são momentos de alegria que, segundo Guimarães Rosa, acontecem em "raros momentos de distração".
Às vezes a gente fica infeliz por causa de coisas tristes: perde-se o emprego, uma pessoa querida morre ... Quando coisas assim acontecem, o certo é ficar triste. Quem continuar alegre em meio a situações de dor é doente. Alegria nem sempre é marca de saúde mental. Há uma alegria que é marca de loucura.
Mas às vezes a nossa infelicidade se deve à nossa estupidez e cegueira. Cegueira: isso mesmo. Olho bom que não vê. Jesus diz que os olhos são a lâmpada do corpo. Quando a lâmpada espalha luz, o mundo fica colorido. Quando a lâmpada espalha escuridão, o mundo fica tenebroso.
Você diz que é infeliz porque tem medo do futuro. Eu também tenho. A Adélia Prado tem um verso em que diz que o Paraíso vai ser igualzinho a esta vida, tudo do mesmo jeito, com uma única diferença: a gente não vai mais ter medo. Imagine que o presente é uma maçã madura, vermelha, perfumada, deliciosa. Você se prepara para comê-la, mas, de repente, percebe que dentro dela há um verme. O nome dele é medo. De onde ele vem? Do futuro. Estranho isso: o futuro ainda não aconteceu. Ele não existe. Como é que um verme pode nascer do que não existe? Não existe do lado de fora. Existe do lado de dentro. Dentro da imaginação o futuro existe. O verme nasce da alma. Para a alma, aquilo que é imaginado existe. Como diz Guimarães Rosa: "Tudo é real porque tudo é inventado". A alma é o lugar onde o que não existe, existe. Nossa imaginação perturbada enche o futuro de coisas terríveis que assombram o presente. Pode ser até que essas coisas terríveis venham a acontecer. Por isso eu também tenho medo. Mas o certo é viver a sua dor no momento em que ela vier, e não agora, quando ela não existe.
Jesus diz que sabedoria é viver apenas o dia presente. "Por que andais ansiosos pelo dia do amanhã? Olhai os lírios dos campos ... Olhai as aves dos céus ... Qual de vós, com sua ansiedade, será capaz de alterar o curso da vida?" Os lírios do campo serão cortados e morrerão. Também as aves do céu: o momento da sua morte vai chegar. Mas os lírios e as aves não vivem no futuro; vivem no presente. O fato é que aves e lírios vão morrer, mas não sabem que vão morrer. Nós vamos morrer e sabemos que vamos morrer. Em nosso futuro mora um grande medo. É desse grande medo que vem o verme ...
História Zen que já contei: Um homem caminhava por uma floresta. Anoitecia. Escuro. De repente, o rugido de um leão. O homem teve muito medo. Correu. No escuro não viu por onde ia. Caiu num precipício. No terror da queda agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo. E assim ficou pendurado entre o leão e o vazio. De repente, olhando para a parede do precipício, viu uma plantinha e, nela, uma fruta vermelha. Era um morango. Ele estendeu o seu braço, colheu o morango e o comeu. Estava delicioso ... Aqui termina a história. É preciso ter olhos novos. Olhos que vejam os morangos à beira do abismo ... Carpe diem!
Rubem Alves (escritor, educador e psicanalista) Revista Psique. Ciência & vida. São Paulo: Editora Escala, n. 28, 2009, p.82.
O autor conclui sua pequena história da seguinte maneira:
"É preciso ter olhos novos. Olhos que vejam os morangos à beira do abismo..."
Os morangos à beira do abismo significam:
O texto II refere-se às questões 6, 7, 8, 9 e 10.
Texto II
A difícil arte de ser feliz
Não deixe que o medo do futuro interfira em sua felicidade e desfrute os momentos presentes com novos olhos
Você me pede que eu fale sobre a difícil arte de ser feliz. Digo primeiro que não é possível ser feliz. Felicidade é coisa muito grande. O máximo que os deuses nos concedem são momentos de alegria que, segundo Guimarães Rosa, acontecem em "raros momentos de distração".
Às vezes a gente fica infeliz por causa de coisas tristes: perde-se o emprego, uma pessoa querida morre ... Quando coisas assim acontecem, o certo é ficar triste. Quem continuar alegre em meio a situações de dor é doente. Alegria nem sempre é marca de saúde mental. Há uma alegria que é marca de loucura.
Mas às vezes a nossa infelicidade se deve à nossa estupidez e cegueira. Cegueira: isso mesmo. Olho bom que não vê. Jesus diz que os olhos são a lâmpada do corpo. Quando a lâmpada espalha luz, o mundo fica colorido. Quando a lâmpada espalha escuridão, o mundo fica tenebroso.
Você diz que é infeliz porque tem medo do futuro. Eu também tenho. A Adélia Prado tem um verso em que diz que o Paraíso vai ser igualzinho a esta vida, tudo do mesmo jeito, com uma única diferença: a gente não vai mais ter medo. Imagine que o presente é uma maçã madura, vermelha, perfumada, deliciosa. Você se prepara para comê-la, mas, de repente, percebe que dentro dela há um verme. O nome dele é medo. De onde ele vem? Do futuro. Estranho isso: o futuro ainda não aconteceu. Ele não existe. Como é que um verme pode nascer do que não existe? Não existe do lado de fora. Existe do lado de dentro. Dentro da imaginação o futuro existe. O verme nasce da alma. Para a alma, aquilo que é imaginado existe. Como diz Guimarães Rosa: "Tudo é real porque tudo é inventado". A alma é o lugar onde o que não existe, existe. Nossa imaginação perturbada enche o futuro de coisas terríveis que assombram o presente. Pode ser até que essas coisas terríveis venham a acontecer. Por isso eu também tenho medo. Mas o certo é viver a sua dor no momento em que ela vier, e não agora, quando ela não existe.
Jesus diz que sabedoria é viver apenas o dia presente. "Por que andais ansiosos pelo dia do amanhã? Olhai os lírios dos campos ... Olhai as aves dos céus ... Qual de vós, com sua ansiedade, será capaz de alterar o curso da vida?" Os lírios do campo serão cortados e morrerão. Também as aves do céu: o momento da sua morte vai chegar. Mas os lírios e as aves não vivem no futuro; vivem no presente. O fato é que aves e lírios vão morrer, mas não sabem que vão morrer. Nós vamos morrer e sabemos que vamos morrer. Em nosso futuro mora um grande medo. É desse grande medo que vem o verme ...
História Zen que já contei: Um homem caminhava por uma floresta. Anoitecia. Escuro. De repente, o rugido de um leão. O homem teve muito medo. Correu. No escuro não viu por onde ia. Caiu num precipício. No terror da queda agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo. E assim ficou pendurado entre o leão e o vazio. De repente, olhando para a parede do precipício, viu uma plantinha e, nela, uma fruta vermelha. Era um morango. Ele estendeu o seu braço, colheu o morango e o comeu. Estava delicioso ... Aqui termina a história. É preciso ter olhos novos. Olhos que vejam os morangos à beira do abismo ... Carpe diem!
Rubem Alves (escritor, educador e psicanalista) Revista Psique. Ciência & vida. São Paulo: Editora Escala, n. 28, 2009, p.82.
Quando o autor diz "A alma é o lugar onde o que não existe, existe.", dá a entender que
O texto 1 refere-se às questões 1, 2, 3, 4 e 5.
TEXTO I
Na frase: "Só não sorriu ao contemplar o móvel, com medo de que a proprietária carregasse no preço."
O sentido da palavra só, em destaque na frase acima, é encontrado na palavra sublinhada em