Questões de Concurso Para analista - ciências sociais

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Q2089885 Português
O excerto contextualiza a questão.

    Num vilarejo da Mancha, de cujo nome não quero lembrar- -me, há muito tempo vivia um fidalgo dos de lança em lanceiro, adarga antiga, rocim magro e cão corredor. Uma olha com algo mais de vaca que de carneiro, salpicão na maioria das noites, duelos y quebrantos aos sábados, lentilhas às sextas, algum pombinho como prato especial aos domingos consumiam três quartos de sua renda. O restante dela, acabavam-no saio de velarte, calças de veludo para os dias santos, com seus pantufos do mesmo pano e nos dias de semana se honrava com sua burelina de mais fina.
(CERVANTES SAAVEDRA, Miguel de. O engenhoso fidalgo D. Quixote da Mancha. Tradução de José Sánchez e Carlos Nougué. São Paulo: Abril, 2010. p. 51.) 
Considerando-se o contexto e se fazendo adaptações necessárias, a palavra destacada está adequadamente substituída por um sinônimo em:
Alternativas
Q2089884 Português
Texto para responder à questão.

As palavras e nós

    A língua é viva e pertence aos usuários. Regras consagradas mudam. A grande questão é que existe um equilíbrio desejável entre a tradição e o uso do Português, por exemplo. Sim, a língua não pertence apenas aos especialistas. É justo supor que ela também não é só minha.
     Shakespeare inventou muitas palavras. Algum tradicionalista que invoque os grandes autores do passado, em relação ao Inglês, deveria imaginar que clássicos eram, também, transgressores. Guimarães Rosa era um gênio da composição de termos não dicionarizados ou de usos linguísticos pouco usuais. Difícil saber se o autor do Grande Sertão: Veredas inventava ou apenas registrava oralidades e falas populares mineiras. Quando alguém me diz que temos de imitar os clássicos, sempre imagino que a pessoa saiba pouco da capacidade inventiva e rebelde de escritores de primeira linha.
     Devo e posso adaptar os usos da língua ao momento atual. “Delivery”, abaixo do Equador, não existia há poucos anos. Hoje, é termo necessário. Profetizo vida longa a “air bag”, “milk shake”, “trailer” e “shopping center”. Num dia, podem vestir trajes adequados à última flor do Lácio. Assim ocorreu com os termos basquete, iate, uísque e xampu (grafo sem aspas ou itálico, porque eram anglicismos que foram adaptados). Eram convidados com passaporte estrangeiro; hoje, pertencem ao time verde e amarelo.
    Os termos de origem francesa ou inglesa interagem sem um debate forte. A língua tropeça quando estamos falando dos novos usos de gênero. Usar o masculino, implicando toda a espécie humana, é norma vigente há séculos. Reconheçamos: a norma nasceu de um mundo patriarcal e misógino. Evita-se o feminino não apenas como prática gramatical, todavia pela exclusão real das mulheres. Gramática tem gênero, ideologia e preconceito. É estranho querer manter uma norma da época de Dom Dinis (1261-1325) lendo um texto no seu smartphone contemporâneo. A língua não é de pedra, nem é de vapor. Ela não me pertence; ela não me ignora.
     Gosto de usar “todas e todos” para abandonar o invisível do feminino. Não tenho raiva, mas ainda não consigo empregar regularmente “todes”. Acho exótico grafar txdxs, deixando o x como incógnita a ser preenchida pela identidade de cada pessoa.
     Vamos refletir. Uma pessoa tem raiva porque vê “todes”. Alega que isso não existe. Se eu escrevi e alguns usam, existe. Porém, a mesma pessoa não apresenta raiva contra as outras mudanças. Vejamos. “Vossa Mercê” era usado apenas para os reis que concediam benefícios, mercês. O “vós” também era exclusivo de altos aristocratas. No fim da Idade Média, pelo uso, grandes comerciantes passaram a usar Vossa Mercê entre si. Na Idade Moderna, Vossa Mercê reduziu-se para “você”. Eclodem formas populares no Brasil como “vosmecê”. Claro: o uso do você encontrou vozes contrárias. Avancemos para o mundo da digitação. A forma sem vogais é quase consagrada: “vc”.
     Que “você” seja uma palavra consagrada sem disputas, mas o uso de “todas e todos” desperte tantos debates é apenas sinal de que os irritados nunca estudaram linguística ou gramática histórica. Volto a dizer: eu estranho “todes”.
     Em 2050, na prova de Redação no Enem, pode existir uma questão sobre os tempos primitivos quando um grupo impunha o masculino, subentendendo o feminino. Lembre-se disto: pelas normas atuais, Camões não seria aprovado em prova de redação.
(KARNAL, Leandro. As palavras e nós. O Estado de S. Paulo. São Paulo, ano 143, nº. 47115, 16 out., 2022. Cultura & Comportamento, p. C12. Adaptado.)
Considerando as figuras de sintaxe, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Em “Hoje, é termo necessário.”, a ordem dos termos da oração está inversa, caracterizando um hipérbato.
( ) Em “Ela não me pertence; ela não me ignora”, a ausência de conjunção ligando as duas orações caracteriza um polissíndeto.
( ) Em “A língua é viva e pertence aos usuários.”, há a omissão de um termo facilmente identificável no contexto, o que caracteriza uma elipse.
( ) Em “Usar o masculino, implicando toda a espécie humana, é norma vigente a séculos.”, a oração intercalada nesse período caracteriza um anacoluto.
A sequência está correta em 
Alternativas
Q2089883 Português
Texto para responder à questão.

As palavras e nós

    A língua é viva e pertence aos usuários. Regras consagradas mudam. A grande questão é que existe um equilíbrio desejável entre a tradição e o uso do Português, por exemplo. Sim, a língua não pertence apenas aos especialistas. É justo supor que ela também não é só minha.
     Shakespeare inventou muitas palavras. Algum tradicionalista que invoque os grandes autores do passado, em relação ao Inglês, deveria imaginar que clássicos eram, também, transgressores. Guimarães Rosa era um gênio da composição de termos não dicionarizados ou de usos linguísticos pouco usuais. Difícil saber se o autor do Grande Sertão: Veredas inventava ou apenas registrava oralidades e falas populares mineiras. Quando alguém me diz que temos de imitar os clássicos, sempre imagino que a pessoa saiba pouco da capacidade inventiva e rebelde de escritores de primeira linha.
     Devo e posso adaptar os usos da língua ao momento atual. “Delivery”, abaixo do Equador, não existia há poucos anos. Hoje, é termo necessário. Profetizo vida longa a “air bag”, “milk shake”, “trailer” e “shopping center”. Num dia, podem vestir trajes adequados à última flor do Lácio. Assim ocorreu com os termos basquete, iate, uísque e xampu (grafo sem aspas ou itálico, porque eram anglicismos que foram adaptados). Eram convidados com passaporte estrangeiro; hoje, pertencem ao time verde e amarelo.
    Os termos de origem francesa ou inglesa interagem sem um debate forte. A língua tropeça quando estamos falando dos novos usos de gênero. Usar o masculino, implicando toda a espécie humana, é norma vigente há séculos. Reconheçamos: a norma nasceu de um mundo patriarcal e misógino. Evita-se o feminino não apenas como prática gramatical, todavia pela exclusão real das mulheres. Gramática tem gênero, ideologia e preconceito. É estranho querer manter uma norma da época de Dom Dinis (1261-1325) lendo um texto no seu smartphone contemporâneo. A língua não é de pedra, nem é de vapor. Ela não me pertence; ela não me ignora.
     Gosto de usar “todas e todos” para abandonar o invisível do feminino. Não tenho raiva, mas ainda não consigo empregar regularmente “todes”. Acho exótico grafar txdxs, deixando o x como incógnita a ser preenchida pela identidade de cada pessoa.
     Vamos refletir. Uma pessoa tem raiva porque vê “todes”. Alega que isso não existe. Se eu escrevi e alguns usam, existe. Porém, a mesma pessoa não apresenta raiva contra as outras mudanças. Vejamos. “Vossa Mercê” era usado apenas para os reis que concediam benefícios, mercês. O “vós” também era exclusivo de altos aristocratas. No fim da Idade Média, pelo uso, grandes comerciantes passaram a usar Vossa Mercê entre si. Na Idade Moderna, Vossa Mercê reduziu-se para “você”. Eclodem formas populares no Brasil como “vosmecê”. Claro: o uso do você encontrou vozes contrárias. Avancemos para o mundo da digitação. A forma sem vogais é quase consagrada: “vc”.
     Que “você” seja uma palavra consagrada sem disputas, mas o uso de “todas e todos” desperte tantos debates é apenas sinal de que os irritados nunca estudaram linguística ou gramática histórica. Volto a dizer: eu estranho “todes”.
     Em 2050, na prova de Redação no Enem, pode existir uma questão sobre os tempos primitivos quando um grupo impunha o masculino, subentendendo o feminino. Lembre-se disto: pelas normas atuais, Camões não seria aprovado em prova de redação.
(KARNAL, Leandro. As palavras e nós. O Estado de S. Paulo. São Paulo, ano 143, nº. 47115, 16 out., 2022. Cultura & Comportamento, p. C12. Adaptado.)
Atente para as seguintes afirmações sobre a pontuação empregada no texto.
I. Em “Eram convidados com passaporte estrangeiro; hoje, pertencem ao time verde e amarelo.”, o uso do ponto e vírgula está adequado, pois separam orações coordenadas que já apresentam vírgula.
II. Em “Gramática tem gênero, ideologia e preconceito.”, a vírgula foi usada com a mesma finalidade que as vírgulas empregadas neste trecho: “Assim ocorreu com os termos basquete, iate, uísque e xampu [...].”, no caso, separar os elementos formadores de um termo composto.
III. Em “Algum tradicionalista que invoque os grandes autores do passado, em relação ao Inglês, deveria imaginar que clássicos eram, também, transgressores.”, a ausência de vírgula antes da palavra “que” implica desvio da norma padrão, uma vez que o sentido da oração é explicativo e não restritivo.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2089882 Português
Texto para responder à questão.

As palavras e nós

    A língua é viva e pertence aos usuários. Regras consagradas mudam. A grande questão é que existe um equilíbrio desejável entre a tradição e o uso do Português, por exemplo. Sim, a língua não pertence apenas aos especialistas. É justo supor que ela também não é só minha.
     Shakespeare inventou muitas palavras. Algum tradicionalista que invoque os grandes autores do passado, em relação ao Inglês, deveria imaginar que clássicos eram, também, transgressores. Guimarães Rosa era um gênio da composição de termos não dicionarizados ou de usos linguísticos pouco usuais. Difícil saber se o autor do Grande Sertão: Veredas inventava ou apenas registrava oralidades e falas populares mineiras. Quando alguém me diz que temos de imitar os clássicos, sempre imagino que a pessoa saiba pouco da capacidade inventiva e rebelde de escritores de primeira linha.
     Devo e posso adaptar os usos da língua ao momento atual. “Delivery”, abaixo do Equador, não existia há poucos anos. Hoje, é termo necessário. Profetizo vida longa a “air bag”, “milk shake”, “trailer” e “shopping center”. Num dia, podem vestir trajes adequados à última flor do Lácio. Assim ocorreu com os termos basquete, iate, uísque e xampu (grafo sem aspas ou itálico, porque eram anglicismos que foram adaptados). Eram convidados com passaporte estrangeiro; hoje, pertencem ao time verde e amarelo.
    Os termos de origem francesa ou inglesa interagem sem um debate forte. A língua tropeça quando estamos falando dos novos usos de gênero. Usar o masculino, implicando toda a espécie humana, é norma vigente há séculos. Reconheçamos: a norma nasceu de um mundo patriarcal e misógino. Evita-se o feminino não apenas como prática gramatical, todavia pela exclusão real das mulheres. Gramática tem gênero, ideologia e preconceito. É estranho querer manter uma norma da época de Dom Dinis (1261-1325) lendo um texto no seu smartphone contemporâneo. A língua não é de pedra, nem é de vapor. Ela não me pertence; ela não me ignora.
     Gosto de usar “todas e todos” para abandonar o invisível do feminino. Não tenho raiva, mas ainda não consigo empregar regularmente “todes”. Acho exótico grafar txdxs, deixando o x como incógnita a ser preenchida pela identidade de cada pessoa.
     Vamos refletir. Uma pessoa tem raiva porque vê “todes”. Alega que isso não existe. Se eu escrevi e alguns usam, existe. Porém, a mesma pessoa não apresenta raiva contra as outras mudanças. Vejamos. “Vossa Mercê” era usado apenas para os reis que concediam benefícios, mercês. O “vós” também era exclusivo de altos aristocratas. No fim da Idade Média, pelo uso, grandes comerciantes passaram a usar Vossa Mercê entre si. Na Idade Moderna, Vossa Mercê reduziu-se para “você”. Eclodem formas populares no Brasil como “vosmecê”. Claro: o uso do você encontrou vozes contrárias. Avancemos para o mundo da digitação. A forma sem vogais é quase consagrada: “vc”.
     Que “você” seja uma palavra consagrada sem disputas, mas o uso de “todas e todos” desperte tantos debates é apenas sinal de que os irritados nunca estudaram linguística ou gramática histórica. Volto a dizer: eu estranho “todes”.
     Em 2050, na prova de Redação no Enem, pode existir uma questão sobre os tempos primitivos quando um grupo impunha o masculino, subentendendo o feminino. Lembre-se disto: pelas normas atuais, Camões não seria aprovado em prova de redação.
(KARNAL, Leandro. As palavras e nós. O Estado de S. Paulo. São Paulo, ano 143, nº. 47115, 16 out., 2022. Cultura & Comportamento, p. C12. Adaptado.)
A substituição do elemento destacado pelo pronome correspondente, com os ajustes necessários, NÃO foi feita corretamente em: 
Alternativas
Q2089881 Português
Texto para responder à questão.

As palavras e nós

    A língua é viva e pertence aos usuários. Regras consagradas mudam. A grande questão é que existe um equilíbrio desejável entre a tradição e o uso do Português, por exemplo. Sim, a língua não pertence apenas aos especialistas. É justo supor que ela também não é só minha.
     Shakespeare inventou muitas palavras. Algum tradicionalista que invoque os grandes autores do passado, em relação ao Inglês, deveria imaginar que clássicos eram, também, transgressores. Guimarães Rosa era um gênio da composição de termos não dicionarizados ou de usos linguísticos pouco usuais. Difícil saber se o autor do Grande Sertão: Veredas inventava ou apenas registrava oralidades e falas populares mineiras. Quando alguém me diz que temos de imitar os clássicos, sempre imagino que a pessoa saiba pouco da capacidade inventiva e rebelde de escritores de primeira linha.
     Devo e posso adaptar os usos da língua ao momento atual. “Delivery”, abaixo do Equador, não existia há poucos anos. Hoje, é termo necessário. Profetizo vida longa a “air bag”, “milk shake”, “trailer” e “shopping center”. Num dia, podem vestir trajes adequados à última flor do Lácio. Assim ocorreu com os termos basquete, iate, uísque e xampu (grafo sem aspas ou itálico, porque eram anglicismos que foram adaptados). Eram convidados com passaporte estrangeiro; hoje, pertencem ao time verde e amarelo.
    Os termos de origem francesa ou inglesa interagem sem um debate forte. A língua tropeça quando estamos falando dos novos usos de gênero. Usar o masculino, implicando toda a espécie humana, é norma vigente há séculos. Reconheçamos: a norma nasceu de um mundo patriarcal e misógino. Evita-se o feminino não apenas como prática gramatical, todavia pela exclusão real das mulheres. Gramática tem gênero, ideologia e preconceito. É estranho querer manter uma norma da época de Dom Dinis (1261-1325) lendo um texto no seu smartphone contemporâneo. A língua não é de pedra, nem é de vapor. Ela não me pertence; ela não me ignora.
     Gosto de usar “todas e todos” para abandonar o invisível do feminino. Não tenho raiva, mas ainda não consigo empregar regularmente “todes”. Acho exótico grafar txdxs, deixando o x como incógnita a ser preenchida pela identidade de cada pessoa.
     Vamos refletir. Uma pessoa tem raiva porque vê “todes”. Alega que isso não existe. Se eu escrevi e alguns usam, existe. Porém, a mesma pessoa não apresenta raiva contra as outras mudanças. Vejamos. “Vossa Mercê” era usado apenas para os reis que concediam benefícios, mercês. O “vós” também era exclusivo de altos aristocratas. No fim da Idade Média, pelo uso, grandes comerciantes passaram a usar Vossa Mercê entre si. Na Idade Moderna, Vossa Mercê reduziu-se para “você”. Eclodem formas populares no Brasil como “vosmecê”. Claro: o uso do você encontrou vozes contrárias. Avancemos para o mundo da digitação. A forma sem vogais é quase consagrada: “vc”.
     Que “você” seja uma palavra consagrada sem disputas, mas o uso de “todas e todos” desperte tantos debates é apenas sinal de que os irritados nunca estudaram linguística ou gramática histórica. Volto a dizer: eu estranho “todes”.
     Em 2050, na prova de Redação no Enem, pode existir uma questão sobre os tempos primitivos quando um grupo impunha o masculino, subentendendo o feminino. Lembre-se disto: pelas normas atuais, Camões não seria aprovado em prova de redação.
(KARNAL, Leandro. As palavras e nós. O Estado de S. Paulo. São Paulo, ano 143, nº. 47115, 16 out., 2022. Cultura & Comportamento, p. C12. Adaptado.)
Considerando-se o contexto, o trecho cujo sentido está adequadamente expresso em outras palavras é:
Alternativas
Q2089880 Português
Texto para responder à questão.

As palavras e nós

    A língua é viva e pertence aos usuários. Regras consagradas mudam. A grande questão é que existe um equilíbrio desejável entre a tradição e o uso do Português, por exemplo. Sim, a língua não pertence apenas aos especialistas. É justo supor que ela também não é só minha.
     Shakespeare inventou muitas palavras. Algum tradicionalista que invoque os grandes autores do passado, em relação ao Inglês, deveria imaginar que clássicos eram, também, transgressores. Guimarães Rosa era um gênio da composição de termos não dicionarizados ou de usos linguísticos pouco usuais. Difícil saber se o autor do Grande Sertão: Veredas inventava ou apenas registrava oralidades e falas populares mineiras. Quando alguém me diz que temos de imitar os clássicos, sempre imagino que a pessoa saiba pouco da capacidade inventiva e rebelde de escritores de primeira linha.
     Devo e posso adaptar os usos da língua ao momento atual. “Delivery”, abaixo do Equador, não existia há poucos anos. Hoje, é termo necessário. Profetizo vida longa a “air bag”, “milk shake”, “trailer” e “shopping center”. Num dia, podem vestir trajes adequados à última flor do Lácio. Assim ocorreu com os termos basquete, iate, uísque e xampu (grafo sem aspas ou itálico, porque eram anglicismos que foram adaptados). Eram convidados com passaporte estrangeiro; hoje, pertencem ao time verde e amarelo.
    Os termos de origem francesa ou inglesa interagem sem um debate forte. A língua tropeça quando estamos falando dos novos usos de gênero. Usar o masculino, implicando toda a espécie humana, é norma vigente há séculos. Reconheçamos: a norma nasceu de um mundo patriarcal e misógino. Evita-se o feminino não apenas como prática gramatical, todavia pela exclusão real das mulheres. Gramática tem gênero, ideologia e preconceito. É estranho querer manter uma norma da época de Dom Dinis (1261-1325) lendo um texto no seu smartphone contemporâneo. A língua não é de pedra, nem é de vapor. Ela não me pertence; ela não me ignora.
     Gosto de usar “todas e todos” para abandonar o invisível do feminino. Não tenho raiva, mas ainda não consigo empregar regularmente “todes”. Acho exótico grafar txdxs, deixando o x como incógnita a ser preenchida pela identidade de cada pessoa.
     Vamos refletir. Uma pessoa tem raiva porque vê “todes”. Alega que isso não existe. Se eu escrevi e alguns usam, existe. Porém, a mesma pessoa não apresenta raiva contra as outras mudanças. Vejamos. “Vossa Mercê” era usado apenas para os reis que concediam benefícios, mercês. O “vós” também era exclusivo de altos aristocratas. No fim da Idade Média, pelo uso, grandes comerciantes passaram a usar Vossa Mercê entre si. Na Idade Moderna, Vossa Mercê reduziu-se para “você”. Eclodem formas populares no Brasil como “vosmecê”. Claro: o uso do você encontrou vozes contrárias. Avancemos para o mundo da digitação. A forma sem vogais é quase consagrada: “vc”.
     Que “você” seja uma palavra consagrada sem disputas, mas o uso de “todas e todos” desperte tantos debates é apenas sinal de que os irritados nunca estudaram linguística ou gramática histórica. Volto a dizer: eu estranho “todes”.
     Em 2050, na prova de Redação no Enem, pode existir uma questão sobre os tempos primitivos quando um grupo impunha o masculino, subentendendo o feminino. Lembre-se disto: pelas normas atuais, Camões não seria aprovado em prova de redação.
(KARNAL, Leandro. As palavras e nós. O Estado de S. Paulo. São Paulo, ano 143, nº. 47115, 16 out., 2022. Cultura & Comportamento, p. C12. Adaptado.)
“[...] existe um equilíbrio desejável entre a tradição e o uso do Português, [...].” (1º§) O sintagma destacado exerce a mesma função sintática que o sintagma também destacado em: 
Alternativas
Q2089879 Português
Texto para responder à questão.

As palavras e nós

    A língua é viva e pertence aos usuários. Regras consagradas mudam. A grande questão é que existe um equilíbrio desejável entre a tradição e o uso do Português, por exemplo. Sim, a língua não pertence apenas aos especialistas. É justo supor que ela também não é só minha.
     Shakespeare inventou muitas palavras. Algum tradicionalista que invoque os grandes autores do passado, em relação ao Inglês, deveria imaginar que clássicos eram, também, transgressores. Guimarães Rosa era um gênio da composição de termos não dicionarizados ou de usos linguísticos pouco usuais. Difícil saber se o autor do Grande Sertão: Veredas inventava ou apenas registrava oralidades e falas populares mineiras. Quando alguém me diz que temos de imitar os clássicos, sempre imagino que a pessoa saiba pouco da capacidade inventiva e rebelde de escritores de primeira linha.
     Devo e posso adaptar os usos da língua ao momento atual. “Delivery”, abaixo do Equador, não existia há poucos anos. Hoje, é termo necessário. Profetizo vida longa a “air bag”, “milk shake”, “trailer” e “shopping center”. Num dia, podem vestir trajes adequados à última flor do Lácio. Assim ocorreu com os termos basquete, iate, uísque e xampu (grafo sem aspas ou itálico, porque eram anglicismos que foram adaptados). Eram convidados com passaporte estrangeiro; hoje, pertencem ao time verde e amarelo.
    Os termos de origem francesa ou inglesa interagem sem um debate forte. A língua tropeça quando estamos falando dos novos usos de gênero. Usar o masculino, implicando toda a espécie humana, é norma vigente há séculos. Reconheçamos: a norma nasceu de um mundo patriarcal e misógino. Evita-se o feminino não apenas como prática gramatical, todavia pela exclusão real das mulheres. Gramática tem gênero, ideologia e preconceito. É estranho querer manter uma norma da época de Dom Dinis (1261-1325) lendo um texto no seu smartphone contemporâneo. A língua não é de pedra, nem é de vapor. Ela não me pertence; ela não me ignora.
     Gosto de usar “todas e todos” para abandonar o invisível do feminino. Não tenho raiva, mas ainda não consigo empregar regularmente “todes”. Acho exótico grafar txdxs, deixando o x como incógnita a ser preenchida pela identidade de cada pessoa.
     Vamos refletir. Uma pessoa tem raiva porque vê “todes”. Alega que isso não existe. Se eu escrevi e alguns usam, existe. Porém, a mesma pessoa não apresenta raiva contra as outras mudanças. Vejamos. “Vossa Mercê” era usado apenas para os reis que concediam benefícios, mercês. O “vós” também era exclusivo de altos aristocratas. No fim da Idade Média, pelo uso, grandes comerciantes passaram a usar Vossa Mercê entre si. Na Idade Moderna, Vossa Mercê reduziu-se para “você”. Eclodem formas populares no Brasil como “vosmecê”. Claro: o uso do você encontrou vozes contrárias. Avancemos para o mundo da digitação. A forma sem vogais é quase consagrada: “vc”.
     Que “você” seja uma palavra consagrada sem disputas, mas o uso de “todas e todos” desperte tantos debates é apenas sinal de que os irritados nunca estudaram linguística ou gramática histórica. Volto a dizer: eu estranho “todes”.
     Em 2050, na prova de Redação no Enem, pode existir uma questão sobre os tempos primitivos quando um grupo impunha o masculino, subentendendo o feminino. Lembre-se disto: pelas normas atuais, Camões não seria aprovado em prova de redação.
(KARNAL, Leandro. As palavras e nós. O Estado de S. Paulo. São Paulo, ano 143, nº. 47115, 16 out., 2022. Cultura & Comportamento, p. C12. Adaptado.)
De acordo com o texto, no Brasil, os usuários da língua integralizam termos estrangeiros e os novos usos de gêneros
Alternativas
Q2089878 Português
Texto para responder à questão.

As palavras e nós

    A língua é viva e pertence aos usuários. Regras consagradas mudam. A grande questão é que existe um equilíbrio desejável entre a tradição e o uso do Português, por exemplo. Sim, a língua não pertence apenas aos especialistas. É justo supor que ela também não é só minha.
     Shakespeare inventou muitas palavras. Algum tradicionalista que invoque os grandes autores do passado, em relação ao Inglês, deveria imaginar que clássicos eram, também, transgressores. Guimarães Rosa era um gênio da composição de termos não dicionarizados ou de usos linguísticos pouco usuais. Difícil saber se o autor do Grande Sertão: Veredas inventava ou apenas registrava oralidades e falas populares mineiras. Quando alguém me diz que temos de imitar os clássicos, sempre imagino que a pessoa saiba pouco da capacidade inventiva e rebelde de escritores de primeira linha.
     Devo e posso adaptar os usos da língua ao momento atual. “Delivery”, abaixo do Equador, não existia há poucos anos. Hoje, é termo necessário. Profetizo vida longa a “air bag”, “milk shake”, “trailer” e “shopping center”. Num dia, podem vestir trajes adequados à última flor do Lácio. Assim ocorreu com os termos basquete, iate, uísque e xampu (grafo sem aspas ou itálico, porque eram anglicismos que foram adaptados). Eram convidados com passaporte estrangeiro; hoje, pertencem ao time verde e amarelo.
    Os termos de origem francesa ou inglesa interagem sem um debate forte. A língua tropeça quando estamos falando dos novos usos de gênero. Usar o masculino, implicando toda a espécie humana, é norma vigente há séculos. Reconheçamos: a norma nasceu de um mundo patriarcal e misógino. Evita-se o feminino não apenas como prática gramatical, todavia pela exclusão real das mulheres. Gramática tem gênero, ideologia e preconceito. É estranho querer manter uma norma da época de Dom Dinis (1261-1325) lendo um texto no seu smartphone contemporâneo. A língua não é de pedra, nem é de vapor. Ela não me pertence; ela não me ignora.
     Gosto de usar “todas e todos” para abandonar o invisível do feminino. Não tenho raiva, mas ainda não consigo empregar regularmente “todes”. Acho exótico grafar txdxs, deixando o x como incógnita a ser preenchida pela identidade de cada pessoa.
     Vamos refletir. Uma pessoa tem raiva porque vê “todes”. Alega que isso não existe. Se eu escrevi e alguns usam, existe. Porém, a mesma pessoa não apresenta raiva contra as outras mudanças. Vejamos. “Vossa Mercê” era usado apenas para os reis que concediam benefícios, mercês. O “vós” também era exclusivo de altos aristocratas. No fim da Idade Média, pelo uso, grandes comerciantes passaram a usar Vossa Mercê entre si. Na Idade Moderna, Vossa Mercê reduziu-se para “você”. Eclodem formas populares no Brasil como “vosmecê”. Claro: o uso do você encontrou vozes contrárias. Avancemos para o mundo da digitação. A forma sem vogais é quase consagrada: “vc”.
     Que “você” seja uma palavra consagrada sem disputas, mas o uso de “todas e todos” desperte tantos debates é apenas sinal de que os irritados nunca estudaram linguística ou gramática histórica. Volto a dizer: eu estranho “todes”.
     Em 2050, na prova de Redação no Enem, pode existir uma questão sobre os tempos primitivos quando um grupo impunha o masculino, subentendendo o feminino. Lembre-se disto: pelas normas atuais, Camões não seria aprovado em prova de redação.
(KARNAL, Leandro. As palavras e nós. O Estado de S. Paulo. São Paulo, ano 143, nº. 47115, 16 out., 2022. Cultura & Comportamento, p. C12. Adaptado.)
No texto, o autor 
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Q2083838 Sociologia
“Uma aranha executa operações semelhantes àquelas levadas a cabo pelo tecelão; a construção dos favos de mel pelas abelhas poderia envergonhar, pela sua perfeição, muitos mestres de obras. Há um aspecto, contudo, em que este último supera a melhor das abelhas: é o fato de que, antes da construção, ele elabora o objeto em sua mente. Ao findar-se o processo de trabalho, chegamos a um resultado que, antes do seu início, já existia na mente do trabalhador; em outras palavras, um resultado que possuía uma existência ideal.” Considerando o texto, podemos afirmar que o trabalho para Marx
Alternativas
Q2083837 Sociologia
Émile Durkheim é apontado como um de seus primeiros grandes teóricos da sociologia. Ele e seus colaboradores se esforçaram por emancipar a sociologia das demais teorias sobre a sociedade e constituí-la como disciplina rigorosamente científica. O conceito de solidariedade faz parte do arcabouço teórico do autor e está diretamente relacionada ao papel da divisão social do trabalho. Considerando a construção teórica de Émile Durkheim, analise as afirmativas a seguir.
I. Os princípios da divisão do trabalho são mais morais do que econômicos. São os fatores que unem os indivíduos em uma sociedade, pois geram um sentimento de solidariedade entre aqueles que realizam as mesmas funções.
II. Outro fator importante é que este pensador analisava a sociedade como uma metáfora do corpo humano. Nessa ideia, a divisão social do trabalho seria responsável por manter a harmonia deste sistema de órgãos que compõem o organismo.
III. Para Émile Durkheim, a divisão social do trabalho dificulta a produção de coesão dentro das sociedades modernas, criando, de outro modo, constantes disputas entre os seus membros. A solidariedade social produzida pela divisão do trabalho sempre esteve presente em todas as sociedades; no entanto, nas sociedades capitalistas, ela ganha uma relevância maior.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2083836 Psicologia
Muitas vezes, a palavra “cultura” é empregada para indicar o desenvolvimento do indivíduo por meio da educação, da instrução. Nesse caso, uma pessoa “culta” seria aquela que adquiriu domínio no campo intelectual ou artístico. Seria “inculta” a que não obteve instrução. Sobre o conceito de cultura, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q2083835 Sociologia
A obra de Saint-Simon, escrita entre 1802 e 1825, situa-se exatamente no período decisivo da história europeia, que significou o abandono do modo de pensar do “Século das Luzes” e o estabelecimento de uma estrutura epistemológica que, ao converter o homem no objeto do conhecimento científico, possibilitou o surgimento das ciências sociais. São consideradas principais ideias de Saint-Simon, EXCETO: 
Alternativas
Q2083834 Sociologia
Para Marx e Engels, “[...] a consciência não possui um caráter autônomo, ou seja, ela não pode existir sem a existência dos homens vivos e em condição de fazer a história, mas antes a consciência é algo atribuído à existência material do homem e mais, a consciência é autofundada pelo homem em seu fazer histórico, pois não é a consciência que determina a vida, mas sim a vida que determina a consciência”. Considerando o contexto apresentado, analise as afirmativas correlatas e a relação proposta entre elas.
I. “O trabalho na sociedade capitalista é alienado e isso se reproduz na consciência do trabalhador.”
PORQUE
II. “Para Marx, na sociedade capitalista, o trabalhador é separado do produto de seu trabalho.”
Assinale a alternativa correta
Alternativas
Q2083833 Sociologia
A sociologia é uma ciência que surge conjuntamente com a sociedade moderna capitalista; por isso tem uma forte conexão com a interpretação de seu processo de constituição, suas possibilidades e consequências para a vida das pessoas. Sobre o surgimento da sociologia e a emergência da problemática do trabalho na sociedade moderna capitalista, analise as afirmativas a seguir.
I. O trabalho é um dos principais objetos de estudo da sociologia desde seu início, sendo analisado pelos clássicos da sociologia.
II. As grandes revoluções do século XVIII – Industrial e Francesa – contribuíram para a instalação de um novo tipo de sociedade.
III. O capitalismo introduz uma nova forma de organização do trabalho.
IV. Para Émile Durkheim, o trabalho tem o mesmo significado nas sociedades pré-capitalistas e pós-capitalistas.
Está correto o que se afirma apenas em 
Alternativas
Q2083832 Sociologia
A pobreza e a extrema pobreza têm efeitos terríveis para a dignidade das pessoas e, no caso de crianças e adolescentes, trazem consequências irreparáveis. A situação compromete irreversivelmente seu desenvolvimento, condenando-os ao estado perpétuo de vulnerabilidade. Crianças criadas em um ambiente de privação e violência não conseguem crescer, estudar e trabalhar, o que dificulta que se tornem adultos independentes, perpetuando o ciclo de pobreza.
Imagem associada para resolução da questão


A partir da análise do gráfico e dos estudos sobre a desigualdade social no Brasil, podemos concluir que:
Alternativas
Q2083831 Sociologia
Weber e Durkheim, assim como Marx ajudaram a construir a sociologia, com seu objeto próprio e métodos, e elestêm em comum o fato de se ocuparem do mesmo tipo de sociedade: a capitalista. Os pontos em comum cessam aqui: cada um deu um direcionamento específico aos seus estudos. Relacione adequadamente os princípios às suas respectivas características.
1. Émile Durkheim. 2. Max Weber.
( ) Procura respostas para a questão: quais são as formas de organização que se impõem aos homens?
( ) Procura respostas para a questão: quais são as orientações que os homens articulam às suas ações e vão formando uma rede que os mantém em relação?
( ) Nunca se preocuparia com a anomia. Seu foco era o que chamou de “desencantamento do mundo”, que seria uma forma específica de racionalismo característico da sociedade moderna ocidental.
( ) Formula modelos de explicação com base no funcionamento da sociedade como um organismo vivo, procurando mostrar como os órgãos que o constituem se relacionam.
A sequência está correta em
Alternativas
Q2083830 Pedagogia
A educação pode ser definida pelo processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração.
Imagem associada para resolução da questão


(Tribunal Superior Eleitoral – TSE (2015) apud Lakatos, Eva, M. e Marina de Andrade Marconi, 2019, p. 230.) A partir da análise do quadro, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q2083829 Sociologia
Considerado um dos pensadores mais representativos do debate acerca da revolução digital, o filósofo francês Pierre Lévy se mostra contra as teorias do virtual como oposição ao real e surge com o argumento de que a virtualidade, com suas infinitas e crescentes possibilidades de interação, tem apenas a adicionar a todas as instâncias da vida. Considerando os pontos positivos da internet, analise as afirmativas a seguir.
I. A internet possibilita interatividade em tempo real, as pessoas podem entrar em contato de forma (quase) instantânea. Além disso, é possível interagir com os sites de diversas formas, como a possibilidade de se fazer comentários em blogs (ou até mesmo a troca de mensagens instantâneas, o que também poderia ser um exemplo da questão da velocidade). As mídias tradicionais sempre tiveram algum tipo de interação, como nas seções de cartas de jornais e TVs e nos telefonemas para programas de rádio. Mas, é no webjornalismo que a interação atinge seu ponto máximo.
II. A internet permite que determinadas tarefas possam ser realizadas em um tempo infinitamente menor do que na vida real. Um exemplo é a possibilidade de publicações de notícias de forma quase simultânea aos acontecimentos (o que não acontece, por exemplo, com um jornal impresso, pois ele é editado apenas uma vez ao dia, enquanto os jornais on-line podem ser atualizados a todo momento) e até mesmo a possibilidade de acessar com maior facilidade e velocidade o material antigo produzido pelo jornal.
III. O modelo vigente de negócios em muitos websites contempla oferecer conteúdo gratuito em troca de dados pessoais. Muitos de nós concordamos, e não fazemos questão que algumas informações sejam coletadas em troca de serviços gratuitos. No entanto, não percebemos a armadilha por trás disso. Quando nossos dados são armazenados em espaços particulares, longe do nosso alcance, perdemos o controle sobre o uso deles. Além disso, muitas vezes não temos meios de contactar as empresas sobre os dados que não queremos compartilhar – especialmente com terceiros.
IV. Atualmente, boa parte das pessoas acessa notícias e informações na web por meio de alguns sites de mídias sociais e ferramentas de busca. Esses sites ganham dinheiro a cada clique que damos nos links que eles nos mostram. Mais ainda: eles escolhem o que irão nos mostrar com base em algoritmos que aprendem com os nossos dados pessoais. O resultado é que tais sites nos mostram conteúdos que acreditam que nós vamos querer “clicar”. Isso resulta na rápida disseminação da desinformação ou “notícias falsas” (fake news), atraindo com títulos surpreendentes, chocantes, criados para apelar aos nossos preconceitos.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2083828 Sociologia
Os positivistas lógicos defendiam que a ciência nos proporciona todo o conhecimento necessário, e que a metafísica era literalmente um absurdo. O referido positivismo pode ser considerado o movimento filosófico do século XX. Foi uma tentativa de dispensar a metafísica e substituí-la por uma filosofia de base científica. Em termos gerais, são considerados argumentos do positivismo, EXCETO: 
Alternativas
Q2083827 Sociologia
Os chamados Novos Movimentos Sociais (NMS), ou movimentos sociais contemporâneos, surgiram através de uma série de lutas por reconhecimento e direitos civis. Por isso, eles tratam mais de assuntos voltados a questões éticas e de valores humanos, muito discutidos na sociedade e nas grandes mídias. Considerando as características dos NMS, analise as afirmativas a seguir.
I. Apresentam nítido contraste com os movimentos da classe trabalhadora e com a concepção marxista de ideologia, como elemento unificador e totalizador da ação. Exigem uma pluralidade de ideias e valores e têm tendências e orientações pragmáticas e para a busca de reformas institucionais que ampliem o sistema de participação de seus membros no processo de tomada de decisões.
II. Há o uso de táticas radicais de mobilização de ruptura e resistência que diferem fundamentalmente das utilizadas pela classe trabalhadora, como a não violência, a desobediência civil etc.
III. A organização e a proliferação dos NMS então relacionadas com a crise de credibilidade dos canais convencionais de participação nas democracias ocidentais. Eles se organizam de forma difusa, segmentada e descentralizada, ao contrário dos partidos de massa tradicionais, centralizados e burocratizados.
IV. Envolvem a emergência de novas dimensões da identidade. A relação entre o individual e o coletivo é nítida; envolvem aspectos coletivos e sociais da vida humana. Há clara definição do papel estrutural dos participantes.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Respostas
101: B
102: D
103: D
104: E
105: D
106: C
107: B
108: C
109: E
110: D
111: D
112: C
113: D
114: D
115: C
116: A
117: B
118: A
119: D
120: D