Questões de Concurso Para auxiliar de biblioteca

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Ano: 2014 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: Prefeitura de Jucurutu - RN
Q1196683 Português
VICIADOS EM REDES SOCIAIS
João Loes

O vício em redes sociais é uma realidade e tem impactos impossíveis de ignorar. Um dos primeiros estudos a revelar a força dessa nova dependência de forma inconteste foi apresentado em fevereiro de 2012 pela Universidade de Chicago. Depois de acompanhar a rotina de checagem de atualizações em redes sociais de 205 pessoas por sete dias, os pesquisadores concluíram que resistir ao Facebook e ao Twitter é mais difícil do que dizer “não” ao álcool e ao cigarro. Uma consulta aos números do programa de dependência de internet do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (IPq HCUSP) dá contornos brasileiros ao argumento posto pelos americanos de Chicago.

Cerca de 25% dos pacientes que buscam ajuda no programa do IPq o fazem atrás de tratamento para o vício em redes sociais. “E esse percentual deve aumentar”, afirma Dora Góes, psicóloga do programa. O vício em redes sociais é forte como o da dependência química. Como o viciado em drogas, que, com o tempo, precisa de doses cada vez maiores de uma substância para ter o efeito entorpecente parecido com o obtido no primeiro contato, o viciado em Facebook também necessita se expor e ler as confissões de amigos com cada vez mais frequência para saciar sua curiosidade e narcisismo. Sintomas de crise de abstinência, como ansiedade, acessos de raiva, suores e até depressão, quando há afastamento da rede, também são comuns.

Atualmente, a atenção em torno do assunto é tamanha que já há setores defendendo 18 a inclusão da dependência por redes sociais no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria. O pedido mais incisivo veio de um time formado por quatro psiquiatras da Universidade de Atenas, na Grécia, que publicou um artigo na revista acadêmica “European Psychiatry” com uma descrição assustadora da rotina de uma paciente de 24 anos completamente viciada. Trazida à clínica pelos pais, ela passava cinco horas por dia no Facebook, havia perdido os amigos reais, o emprego, a vida social e, aos poucos, estava perdendo a saúde, pois já não dormia nem se alimentava bem. “A paciente usava a internet havia sete anos e nunca tinha tido problemas”, diz o artigo. “A rede social é que foi o gatilho para o distúrbio do impulso.” Considerando a escala potencialmente planetária desse novo candidato à doença – o Facebook tem 901 milhões de usuários no mundo, sendo 46,3 milhões no Brasil, o segundo país com maior participação da Terra –, o pleito é mais do que razoável.
Entender as razões dessa compulsão em ascensão é um desafio. Por que usamos tanto e, às vezes, até preferimos esses canais para nos comunicar? Carlos Florêncio, coach e consultor em desenvolvimento pessoal há 20 anos, com mais de 60 mil atendimentos no currículo, tem uma teoria: “Nas redes sociais, temos controle absoluto sobre quem somos”, diz ele. Lá, as vidas são editadas para que só os melhores momentos, as mais belas fotos e os detalhes mais interessantes do dia a dia sejam expostos. Até os defeitos, quando compartilhados, são cuidadosamente escolhidos. E isso tem um custo imenso. São poucas as pessoas que conseguem, de fato, viver o ideal que projetam, o que gera grande frustração. E mais: privilegiar as relações mediadas pela internet compromete as nossas habilidades sociais no mundo real. “Desaprendemos a olhar no olho, interpretar os sinais corporais e dar a atenção devida a quem está ali, diante da gente”, diz Dora, do IPq-HCUSP.

Mas nem tudo é ruim nas teias das redes sociais. Pelo contrário. Grande parte do que elas oferecem é bom. O problema é saber dosar o uso para que as vantagens não sejam ofuscadas pelo vício que surge com os excessos. Afinal, cair no canto da sereia virtual é fácil e conveniente. As redes sociais são a cocaína da era digital e estamos todos viciados. Você não está sozinho.

Disponível em <http://www.istoe.com.br/reportagens/204040_VICIADOS+EM+REDES+SOCIAIS>.Acesso em: 20 ago.2014.[Adaptado]

No texto, o propósito comunicativo dominante é
Alternativas
Ano: 2009 Banca: FAFIPA Órgão: Prefeitura de Paraíso do Norte - PR
Q1194778 Arquivologia
Analise as assertivas abaixo, em seguida assinale a alternativa correta:    I. Oficio é o meio de comunicação por escrito dos órgãos do serviço público. É usado entre as autoridades, entre subalternos e superiores, e entre a administração e particulares.    II. Requerimento é o instrumento que serve para solicitar algo a uma autoridade pública.    III. Ata é o instrumento que dá licença para o exercício de um direito, para a prática de um ato.    IV. Memorando é correspondência interna entre diretores e chefes de serviço. 
Alternativas
Ano: 2009 Banca: FAFIPA Órgão: Prefeitura de Paraíso do Norte - PR
Q1194755 Noções de Informática
Indique a opção que completa corretamente a lacuna da assertiva a seguir:    __________________é o meio de comunicação mais utilizado hoje em dia nas empresas.  
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Ano: 2014 Banca: FUNRIO Órgão: IF-PI
Q1193583 Português
A questão tomará por base o seguinte texto , que inicia o capítulo VI do romance Palha de Arroz:
Já ia para três anos, ou mais qualquer coisa, que as lâmpadas feriavam. Mas até que as ruas estavam claras naquela noite. Era uma Lua bonita!... Palha de Arroz, tranquila, parecia um arraial antigo dentro da madrugada. Lá no meio do céu, redonda e bonita, a Lua parecia um disco. Um disco cantando uma canção. Uma canção que poetas não escreveram nem músicos compuseram. Canção de luar de lua cheia por cima duma capital sem luz elétrica. Do tamanho mesmo da lua cheia em pleno e bruto sertão bravio. Daí aqueles pensamentos dançando nos corredores da cabeça do negro Pau de Fumo. Uma canção de luar com a mesma poesia de paragem que nunca sequer ao menos alguém sonhou com eletricidade.
Madrugada madura. Palha de Arroz tranquila mesma, serena. Calma. Dava-se que o movimento agora estava passando uns dias lá no outro lado do rio – bem ali em Timon.
Canoeiros atravessando o pessoal para o festejo. Novenas de S. José. Outrora a cidade se chamava S. José das Flores. Mais conhecida mesmo só por Flores, nome que aliás o povo ainda chamava mesmo depois de mudado o nome para Timon. 
(Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 52-3)
Duas vezes o narrador usa o adjetivo “tranquila” quando se refere a Palha de Arroz. Na verdade uma cidade ou um bairro só pode ser chamado de “tranquilo” quando se faz um deslocamento na atribuição do adjetivo, pois “tranquilo” é a rigor uma qualidade humana e não poderia do ponto de vista lógico se relacionar com o nome do lugar, Palha de Arroz. Esse recurso se enquadra nas características de uma figura de linguagem denominada
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Flores da Cunha - RS
Q1193409 Português
Planeta Água
Guilherme Arantes
01  Água que nasce na fonte serena do mundo  02  E que abre um profundo grotão  03  Água que faz inocente riacho  04  E deságua na corrente do ribeirão 05 06  Águas escuras dos rios  07  Que levam a fertilidade ao sertão  08  Águas que banham aldeias  09  E matam a sede da população 10 11  Águas que caem das pedras  12  No véu das cascatas, ronco de trovão 13  E depois dormem tranquilas  14  No leito dos lagos  15  No leito dos lagos 16 17  Água dos igarapés  18  Onde Iara, a mãe d'água  19  É misteriosa canção  20  Água que o sol evapora  21  Pro céu vai embora  22  Virar nuvens de algodão 23  24  Gotas de água da chuva  25  Alegre arco-íris sobre a plantação  26  Gotas de água da chuva  27  Tão tristes, são lágrimas na inundação 28 29  Águas que movem moinhos  30  São as mesmas águas que encharcam o chão  31  E sempre voltam humildes  32  Pro fundo da terra  33  Pro fundo da terra 34 35  Terra! Planeta Água  36  Terra! Planeta Água  37  Terra! Planeta Água 38 39  Água que nasce na fonte serena do mundo 40E que abre um profundo grotão  41  Água que faz inocente riacho  42  E deságua na corrente do ribeirão 43 44  Águas escuras dos rios  45  Que levam a fertilidade ao sertão  46  Águas que banham aldeias  47  E matam a sede da população 48 49  Águas que movem moinhos  50  São as mesmas águas que encharcam o chão  51  E sempre voltam humildes  52  Pro fundo da terra  53  Pro fundo da terra 54 55  Terra! Planeta Água  56  Terra! Planeta Água  57  Terra! Planeta Água 58  Terra! Planeta Água  59  Terra! Planeta Água  60  Terra! Planeta Água 
A palavra fertilidade (linha 07), no contexto em que aparece, significa
Alternativas
Q1191051 Biblioteconomia
Com relação aos serviços auxiliares para o usuário, julgue os item abaixo.
O empréstimo de documentos pertencentes ao acervo de obras raras deve ser restrito a leitores inscritos na biblioteca.
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Ano: 2007 Banca: FEC Órgão: Prefeitura de São Mateus - ES
Q1188267 Português
"Como vai seu português? Ouvir essa pergunta durante uma entrevista de emprego ou em uma conversa com seu chefe pouco antes de receber uma promoção pode parecer um disparate... A verdade é que as empresas estão mesmo muito preocupadas com a maneira como seus funcionários andam escrevendo ou mesmo falando português.
A questão é que quando um profissional comete um erro grave de português, seja falando, seja escrevendo, as pessoas começam a duvidar de suas qualificações, por melhores que elas sejam.
A preocupação das empresas com o português de seus funcionários é tão grande que várias estão contratando professores para eles - e a lista de presença inclui tanto o pessoal administrativo quanto o executivo...O laboratório farmacêutico Astra Zeneca antecipou-se ao problema e lançou recentemente cinco fascículos, batizados de Língua de A a Z, para ser distribuídos a seus mais de 1000 funcionários. Os temas foram divididos em: ortografia e acentuação, crase e hífen, concordância, verbos e parônimos (palavras com som e grafia semelhantes).
Nem sempre é fácil mobilizar as pessoas para voltar a estudar. No ano passado, Moraes, da Abiquim, bem que tentou incentivar sua equipe. Comprou livros de gramática e distribuiu uma vasta papelada sobre o assunto. Depois, contratou uma professora de português. A iniciativa não deu certo...Como os problemas continuaram, Moraes e a professora... voltaram à carga neste ano. Dessa vez,decidiram mudar de estratégia e, em vez de batizar o treinamento com o prosaico nome Curso de Português, escolheram algo mais sofisticado: Técnicas de Redação -Como Escrever com Clareza. A tática surtiu efeito e eles têm 42 alunos. Mais uma prova de que jogar bem com as palavras pode ser um jeito eficiente de vender o peixe."
(SILVEIRA, Mauro. Português - que língua é essa? Você s/a. Editora Abril S/A, edição 52, out. 2002. Em evolução. p.60)
Indique a opção que apresenta um par de palavras pautadas pela mesma regra de acentuação gráfica de "português / hífen" (3º§):
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNDEPES Órgão: IF-SP
Q1187652 Português
Eu Sei, Mas Não Devia
Clarice Lispector
Eu sei, mas não devia. Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo, porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz [...].
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “Hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que se paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar muito mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. A luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre o sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto se acostumar, se perde de si mesma.

“A gente se acostuma a abrir revistas e ver anúncios.”
Sobre a expressão acima, NÃO se pode afirmar que
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNDEPES Órgão: IF-SP
Q1187646 Português
Eu Sei, Mas Não Devia
Clarice Lispector
Eu sei, mas não devia. Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo, porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz [...].
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “Hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que se paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar muito mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. A luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre o sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto se acostumar, se perde de si mesma.

“A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.”
Assinale a alternativa que NÃO explica a expressão acima.
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNDEPES Órgão: IF-SP
Q1187636 Português
Eu Sei, Mas Não Devia
Clarice Lispector
Eu sei, mas não devia. Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo, porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo de viagem. A comer sanduíches porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz [...].
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “Hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. A lutar para ganhar o dinheiro com que se paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar muito mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. A luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre o sono atrasado.
A gente se acostuma para não ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que de tanto se acostumar, se perde de si mesma.

“A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta e que, de tanto se acostumar, se perde de si mesma.”   De acordo com o exposto acima, NÃO podemos afirmar que
Alternativas
Ano: 2011 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Charqueadas - RS
Q1187503 Noções de Informática
Quanto ao recurso de cabeçalhos e rodapés, disponível no Microsoft Word 2007, NÃO é correto afirmar que: 
Alternativas
Q1185771 Direito Constitucional
Julgue o item abaixo, relativo à organização do Estado e dos poderes.
Na esfera da União, o Poder Legislativo é bicameral, mas, na dos estados-membros e do DF, é, necessariamente, unicameral.
Alternativas
Ano: 2011 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Charqueadas - RS
Q1183452 Legislação dos Municípios do Estado do Rio Grande do Sul
Segundo a Lei nº 506 do Município de Charqueadas, no que se refere à promoção de Servidores, qual das assertivas a seguir está INCORRETA? 
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNDEPES Órgão: IF-SP
Q1182943 Português
Assinale a alternativa em que a frase apresenta todas as palavras(s) acentuada(as) CORRETAMENTE.
Alternativas
Ano: 2014 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: Prefeitura de Jucurutu - RN
Q1182230 Português
VICIADOS EM REDES SOCIAIS
João Loes
O vício em redes sociais é uma realidade e tem impactos impossíveis de ignorar. Um dos primeiros estudos a revelar a força dessa nova dependência de forma inconteste foi apresentado em fevereiro de 2012 pela Universidade de Chicago. Depois de acompanhar a rotina de checagem de atualizações em redes sociais de 205 pessoas por sete dias, os pesquisadores concluíram que resistir ao Facebook e ao Twitter é mais difícil do que dizer “não” ao álcool e ao cigarro. Uma consulta aos números do programa de dependência de internet do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (IPq HCUSP) dá contornos brasileiros ao argumento posto pelos americanos de Chicago.
Cerca de 25% dos pacientes que buscam ajuda no programa do IPq o fazem atrás de tratamento para o vício em redes sociais. “E esse percentual deve aumentar”, afirma Dora Góes, psicóloga do programa. O vício em redes sociais é forte como o da dependência química. Como o viciado em drogas, que, com o tempo, precisa de doses cada vez maiores de uma substância para ter o efeito entorpecente parecido com o obtido no primeiro contato, o viciado em Facebook também necessita se expor e ler as confissões de amigos com cada vez mais frequência para saciar sua curiosidade e narcisismo. Sintomas de crise de abstinência, como ansiedade, acessos de raiva, suores e até depressão, quando há afastamento da rede, também são comuns.
Atualmente, a atenção em torno do assunto é tamanha que já há setores defendendo 18 a inclusão da dependência por redes sociais no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria. O pedido mais incisivo veio de um time formado por quatro psiquiatras da Universidade de Atenas, na Grécia, que publicou um artigo na revista acadêmica “European Psychiatry” com uma descrição assustadora da rotina de uma paciente de 24 anos completamente viciada. Trazida à clínica pelos pais, ela passava cinco horas por dia no Facebook, havia perdido os amigos reais, o emprego, a vida social e, aos poucos, estava perdendo a saúde, pois já não dormia nem se alimentava bem. “A paciente usava a internet havia sete anos e nunca tinha tido problemas”, diz o artigo. “A rede social é que foi o gatilho para o distúrbio do impulso.” Considerando a escala potencialmente planetária desse novo candidato à doença – o Facebook tem 901 milhões de usuários no mundo, sendo 46,3 milhões no Brasil, o segundo país com maior participação da Terra –, o pleito é mais do que razoável.
Entender as razões dessa compulsão em ascensão é um desafio. Por que usamos tanto e, às vezes, até preferimos esses canais para nos comunicar? Carlos Florêncio, coach e consultor em desenvolvimento pessoal há 20 anos, com mais de 60 mil atendimentos no currículo, tem uma teoria: “Nas redes sociais, temos controle absoluto sobre quem somos”, diz ele. Lá, as vidas são editadas para que só os melhores momentos, as mais belas fotos e os detalhes mais interessantes do dia a dia sejam expostos. Até os defeitos, quando compartilhados, são cuidadosamente escolhidos. E isso tem um custo imenso. São poucas as pessoas que conseguem, de fato, viver o ideal que projetam, o que gera grande frustração. E mais: privilegiar as relações mediadas pela internet compromete as nossas habilidades sociais no mundo real. “Desaprendemos a olhar no olho, interpretar os sinais corporais e dar a atenção devida a quem está ali, diante da gente”, diz Dora, do IPq-HCUSP.
Mas nem tudo é ruim nas teias das redes sociais. Pelo contrário. Grande parte do que elas oferecem é bom. O problema é saber dosar o uso para que as vantagens não sejam ofuscadas pelo vício que surge com os excessos. Afinal, cair no canto da sereia virtual é fácil e conveniente. As redes sociais são a cocaína da era digital e estamos todos viciados. Você não está sozinho.
Disponível em <http://www.istoe.com.br/reportagens/204040_VICIADOS+EM+REDES+SOCIAIS>.Acesso em: 20 ago.2014.[Adaptado]
Leia o trecho a seguir:
“Trazida à clínica pelos pais, ela passava cinco horas por dia no Facebook, havia perdido os amigos reais [...].”
A exemplo do que ocorre nesse trecho, o uso do acento grave (indicativo da crase) também está correto em:
Alternativas
Q1106545 Biblioteconomia
Uma publicação impressa, não periódica, que contenha no mínimo cinco páginas grampeadas, costuradas ou coladas e revestidas de capa é considerada um livro.
Analise as definições a seguir e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) Brochura: livro cujas folhas, simples ou em cadernos, presas mediante costura ou cola, formam um bloco que é coberto com uma capa de papel colada ao dorso. ( ) Orelha: parte da capa de certos livros em brochura, que se dobra por dentro. ( ) Folha de rosto: é a folha do livro que tem impressa a fotografia do autor e sua biografia. ( ) Cabeceado: arremate colorido que se cola na cabeça e no pé do dorso, como acabamento.
Assinale a sequência correta.
Alternativas
Q1106544 Biblioteconomia
No processo de seleção de materiais bibliográficos, são identificadas publicações, documentos de interesse da biblioteca para composição do acervo visando à aquisição.
Nessa etapa, é incorreto afirmar que:
Alternativas
Q1106543 Biblioteconomia
O planejamento é um processo necessário na organização e administração de bibliotecas e sistemas de informação.
São fatores considerados essenciais nessa etapa, exceto:
Alternativas
Q1106542 Biblioteconomia
A conservação de acervos é um desafio constante para os bibliotecários e responsáveis por bibliotecas; consiste na função arquivística destinada a assegurar as atividades de acondicionamento, armazenamento, preservação e restauração de documentos.
No que tange à conservação e restauração, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q1106541 Biblioteconomia
Uma educação para a leitura exige do auxiliar de biblioteca uma iniciação na ordem que é própria ao mundo dos livros, seus modos de apresentação e as diferentes figuras que participam desse processo.
São habilidades necessárias ao auxiliar de biblioteca, exceto:
Alternativas
Respostas
641: D
642: D
643: A
644: D
645: B
646: E
647: B
648: A
649: C
650: D
651: C
652: C
653: E
654: A
655: D
656: A
657: C
658: B
659: B
660: A