Questões de Concurso Para professor - administração

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Q1964054 Português
Soneto 45

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança: Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto, Que não se muda já como soía.

Fonte: ROMERO, A.; ALBERTO, J.; ROMERO, L. Enem – Exame Nacional do Ensino Médio. Linguagens, códigos e suas tecnologias. 5. ed. Teresina: Fundação Dom Quixote, 2015. p. 249.

No Soneto 45, Luiz Vaz de Camões fez uso frequente do pronome oblíquo átono “se”. Considere o texto e julgue as proposições, assinalando, em seguida, a alternativa CORRETA:

I - O uso do pronome oblíquo átono “se”, conforme ocorrência no último verso do poema, é facultativo, podendo ocorrer a próclise ou a ênclise. II - O uso do pronome oblíquo átono “se”, no último verso, está inadequado à norma padrão da língua portuguesa. III - O uso do pronome oblíquo átono “se”, no último verso, está adequado à norma padrão da língua portuguesa, pois o “não”, que é palavra negativa, torna obrigatória a ocorrência da ênclise. IV. O uso do pronome oblíquo átono “se”, no último verso, está adequado à norma padrão da língua portuguesa, pois o “não”, que é palavra negativa, torna obrigatória a ocorrência da próclise. 
Alternativas
Q1964053 Português

todos os dias são um deserto

isto também é uma fome



outra fome



o carcará persegue

os dias, as imagens vindas

dos dias, do alto



a sombra

e algum naufrágio depois do céu



e isto é imenso


(Lima, Manoel Ricardo de. O Método da Exaustão. Rio de Janeiro: Garupa, 2020, p.32).



Sobre o poema em questão, podemos AFIRMAR que: 



Alternativas
Q1964052 Português

TODA ALEGRIA CANSADA MERECE UMA BÊNÇÃO



[...]

A maioria das pessoas leva um pedaço de casa nas costas: tudo aquilo que é necessário e que inclui objetos diários da vida prática, que limpam, alimentam o corpo, descarregam males da alma, preservam a saúde, pedaços de orações, minúcias rasuradas da Bíblia, escova de dente, comida-rápida: que as lembre do quão distante de casa estão e como será impossível voltar lá a qualquer momento. E as suas inflexões carregadas, dobradas, chiadas, esparsas e perversas, desafiam minha determinação. As pessoas carregam uma segunda-feira irremediável a tiracolo. Algumas se arrastam, poucas parecem querer parar. O amor tem pressa, mas não chega a lugar algum.

[...]


(Raimundo Neto. Caçuá, coletânea de contos piauienses. Teresina: Fundapi, 2020. p. 183)



Após a leitura e análise do texto, podemos AFIRMAR que:

Alternativas
Q1964051 Português

SALOMÉ E O CARNAVAL



Salomé tem o nome e já teve a glória.

Há muitos anos vive, com outros biscateiros e ambulantes, num porão de casa velha na rua Ipiranga – o que resta dos escombros do passado do Rio de Janeiro, que continua marchando para o que os entendidos chamam de progresso. Seu canto, onde deita o corpo macerado por muitos tormentos, é um compartimento escuro, pequeno, mal cabendo uma cama de solteiro, um armário magro e sua mesinha de passar roupas.

[...] 


(BRASIL, Assis. Salomé e o Carnaval. In Caçuá, coletânea de contos piauienses. Teresina: Fundapi, 2020. p. 41) 



Sobre os processos de flexão observados em palavras presentes no texto, podemos afirmar: 

Alternativas
Q1964050 Português

MONTE CASTELO



1. Ainda que eu falasse a língua dos homens

2. E falasse a língua dos anjos,

3. Sem amor eu nada seria. 



4. É só o amor,

5. É só o amor

6. Que conhece o que é verdade.

7. O amor é bom, não quer o mal.

8. Não sente inveja ou se envaidece.



9. O amor é fogo que arde sem se ver.

10. É ferida que dói e não se sente.

11. É um contentamento descontente.

12. É dor que desatina sem doer.  



13. Ainda que eu falasse a língua dos homens

14. E falasse a língua dos anjos,

15. Sem amor eu nada seria.



16. É um não querer mais que bem querer.

17. É solitário andar por entre a gente.

18. É um não contentar-se de contente.

19. É cuidar que se ganha em se perder.



20. É um estar-se preso por vontade.

21. É servir a quem vence o vencedor.

22. É um ter com quem nos mata lealdade.

23. Tão contrário a si é o mesmo amor. 



24. Estou acordado e todos dormem

25. Todos dormem, todos dormem.

26. Agora vejo em parte.

27. Mas então veremos face a face. 



28. É só o amor, é só o amor.

29. Que conhece o que é verdade. 



30. Ainda que eu falasse a língua dos homens

31. E falasse a língua dos anjos,

32. Sem amor eu nada seria. 


Renato Russo, com adaptação de trechos bíblicos e “Soneto 11”, de Luís de Camões.

(Disponível em: https://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/monte-castelo.html Acesso em: 27 jun.2022). 



Pode-se afirmar que a repetição da palavra “É”, no início dos versos 16 a 22, caracteriza um recurso linguístico denominado: 

Alternativas
Respostas
726: C
727: D
728: C
729: C
730: E