Questões de Concurso
Para professor - filosofia
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(Antônio Prata. Folha de S. Paulo, 15 de abril de 2018. Adaptado.)
Em “O alfabeto latino, este fantástico conjunto de 26 letras que, combinadas infinitamente, podem nomear realidades tão distintas quanto ‘sol’, ‘cunilingus’, ‘schadenfreud’ e ‘Argamassa Cimentcola Quartzolite’, começou sua lenta caminhada em direção ao brejo em setembro de 1982.” (1º§), pode-se afirmar que o trecho sublinhado
Não tivemos guerra, não tivemos revolução, mas teremos o apagão. O apagão será uma porrada na nossa autoestima, mas terá suas vantagens.
Com o apagão, ficaremos mais humildes, como os humildes. A onda narcisista da democracia liberal ficará mais “cabreira”, as gargalhadas das colunas sociais serão menos luminosas, nossos flashes, menos gloriosos. Baixará o astral das estrelas globais, dos comedores. As bundas ficarão mais tímidas, os peitos de silicone, menos arrebitados. Ficaremos menos arrogantes na escuridão de nossas vidas de classe média. [...]
Haverá algo de becos escuros, sem saída. A euforia de Primeiro Mundo falsificado cairá por terra e dará lugar a uma belíssima e genuína infelicidade.
O Brasil se lembrará do passado agropastoril que teve e ainda tem; teremos saudades do matão, do luar do sertão, da Rádio Nacional, do acendedor de lampiões da rua, dos candeeiros. Lembraremos das tristes noites dos anos 40, como dos “blackouts” da Segunda Guerra, mesmo sem submarinos, apenas sinistros assaltantes nas esquinas apagadas.
O apagão nos lembrará de velhos carnavais: “Tomara que chova três dias sem parar”. Ou: “Rio, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz!”. Lembraremo-nos dos discos de 78 rpm, das TVs em preto-e-branco, de um Brasil mais micha, mais pobre, cambaio, mas bem mais brasileiro em seu caminho da roça, que o golpe de 64 interrompeu, que esta mania prostituída de Primeiro Mundo matou a tapa. [...]
O apagão nos mostrará que somos subdesenvolvidos, que essa superestrutura modernizante está sobre pés de barro. O apagão é um “upgrade” nas periferias e nos “bondes do Tigrão”, nos lembrando da escuridão física e mental em que vivem, fora de nossas avenidas iluminadas. O apagão nos fará mais pensativos e conscientes de nossa pequenez. Seremos mais poéticos. Em noites estreladas, pensaremos: “A solidão dos espaços infinitos nos apavora”, como disse Pascal. Ou ainda, se mais líricos, recitaremos Victor Hugo: “A hidrauniverso torce seu corpo cravejado de estrelas...”.
[...] O apagão nos dará medo, o que poderá nos fazer migrar das grandes cidades, deixando para trás as avenidas secas e mortas. O apagão nos fará entender os flagelados do Nordeste, que sempre olharam o céu como uma grande ameaça. O apagão nos fará contemplar o azul sem nuvens, pois aprendemos que a natureza é quando não respeitada.
O apagão nos fará mais parcimoniosos, respeitosos e públicos. Acreditaremos menos nos arroubos de autossuficiência.
O apagão vai dividir as vidas, de novo, em dias e noites, que serão nítidos sem as luzes que a modernidade celebra para nos fascinar e nos fazer esquecer que as cidades, de perto, são feias e injustas. Vai diminuir a “feerie” do capitalismo enganador.
Vamos dormir melhor. Talvez amemos mais a verdade dos dias. Acabará a ilusão de clubbers e playboys, que terão medo dos “manos” em cruzamentos negros, e talvez o amor fique mais recolhido, sussurrado e trêmulo. Talvez o sexo se revalorize como prazer calmo e doce e fique menos rebolante e voraz. Talvez aumente a população com a diminuição das diversões eletrônicas noturnas. O apagão nos fará inseguros na rua, mas, talvez, mais amigos nos lares e bares.
Finalmente, nos fará mais perplexos, pois descobriremos que o Brasil é ainda mais absurdo, pois nunca entenderemos como, com três agências cuidando da energia, o governo foi pego de surpresa por essas trevas anunciadas. Só nos resta o consolo de saber que, no fim, o apagão nos trará alguma luz sobre quem somos.
JABOR, Arnaldo. O apagão poderá nos trazer alguma luz. Folha de S. Paulo,São Paulo, 15 de maio 2001. Extraído do site. <www.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1505200129.htm. Acesso em 14 out. 2016. (Fragmento)
Em “Acabará a ilusão de clubbers e playboys, QUE TERÃO MEDO DOS 'MANOS' EM CRUZAMENTOS NEGROS, e talvez o amor fique mais recolhido”, a oração em destaque possui valor:
(Antônio Prata. Folha de S. Paulo, 15 de abril de 2018. Adaptado.)
Acerca dos termos grifados no 2º§ do texto, está correto o que se afirma em:
A expressão destacada está corretamente analisada em:
(Antônio Prata. Folha de S. Paulo, 15 de abril de 2018. Adaptado.)
De acordo com o texto:
I. deva ocorrer em nível superior, em curso de licenciatura plena.
II. se dê única e exclusivamente no ensino superior, em cursos de licenciatura plena ou de formação de bacharéis, em universidades ou centros universitários.
III. se realize no ensino médio, modalidade Normal, para os profissionais que atuarão na educação infantil, e no ensino superior para aqueles que atuarão no ensino fundamental, no ensino médio e em funções técnicas.
IV. possa também ocorrer em nível médio, na modalidade Normal, como formação mínima para o exercício do magistério da educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental.
Está correto o que se afirma APENAS em
Platão, Fédon, 65 c-d. Marcelo Perine (Trad.) In: G. Reale. História da Filosofia Antiga, Vol. II. São Paulo: Ed. Loyola, 1997, p. 65
De acordo com o texto apresentado, julgue o item subsequente, com base nos conceitos do eixo de pensamento, conhecimento e filosofia.
Para Platão, os sentidos levam ao verdadeiro conhecimento do ser, isto é, das ideias metafísicas, perfeitas e imutáveis.
Platão, Fédon, 65 c-d. Marcelo Perine (Trad.) In: G. Reale. História da Filosofia Antiga, Vol. II. São Paulo: Ed. Loyola, 1997, p. 65
De acordo com o texto apresentado, julgue o item subsequente, com base nos conceitos do eixo de pensamento, conhecimento e filosofia.
Platão afirma que as ideias, das quais se pode ter conhecimento seguro, não existem em última instância, na medida em que são simples resultado de criatividade humana.
Platão, Fédon, 65 c-d. Marcelo Perine (Trad.) In: G. Reale. História da Filosofia Antiga, Vol. II. São Paulo: Ed. Loyola, 1997, p. 65
De acordo com o texto apresentado, julgue o item subsequente, com base nos conceitos do eixo de pensamento, conhecimento e filosofia.
Para Platão, o homem é a medida de todas as coisas e o conhecimento do real é sempre relativo.
PORQUE
Para Nietzsche, todo homem, por natureza, deseja conhecer a verdade.
Analisando as afirmações acima, conclui-se que
1. conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural.
2. organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas.
3. adequação à natureza do trabalho na zona rural.
4. organização curricular que priorize os conteúdos voltados à educação ambiental.
5. contratação de professores que tenham capacitação específica em educação rural.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
A partir do assunto abordado no texto acima e considerando o pensamento agostiniano a esse respeito, assinale a opção incorreta.
O pensamento cientificista contenta-se com a organização da experiência que se dá sobre a base de determinadas atuações sociais, mas o que estas significam para o todo social não se inclui nas categorias da teoria tradicional.
Texto II
A teoria tradicional não se ocupa da gênese social dos problemas, das situações reais nas quais a ciência é usada e dos escopos para os quais é usada.
Texto III
A teoria crítica ultrapassa o subjetivismo e o realismo da concepção positivista, expressão mais acabada da teoria tradicional. O subjetivismo, segundo Horkheimer, apresenta-se nitidamente quando os positivistas conferem preponderância explícita ao método, desprezando os dados em favor de uma estrutura anterior que os enquadraria. Os Pensadores. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1975, Separata, p. 960 (com adaptações)
Os três fragmentos de texto acima refletem ideias
René Descartes. Discurso do Método. Ed. Martins Claret, 3.ª parte, p. 35, 2002 (com adaptações).
Tendo como referência inicial o texto acima, assinale a opção que apresenta uma regra correta da moral provisória cartesiana.
Com relação ao pensamento tomista, assinale a opção correta.
Julgue o item subseqüente, com relação às idéias do texto acima e ao assunto nele abordado.
Protágoras de Abdera (490-421 a.C.) afirmava que o homem é a medida de todas as coisas, das que são como são e das que não são como não são. Nesse sentido, ele teve uma interpretação objetiva da realidade, defendendo o iluminismo e atacando os sofistas.
Julgue o item subseqüente, com relação às idéias do texto acima e ao assunto nele abordado.
Ao se vivenciar os mitos, sai-se do tempo profano, cronológico, ingressando-se em um tempo qualitativamente diferente, um tempo “sagrado”, um tempo sem tempo, primordial e indefinidamente recuperável.
Julgue o item subseqüente, com relação às idéias do texto acima e ao assunto nele abordado.
O logos difere do mito, pois o primeiro, como discurso racional, apresenta explicações em que razões são dadas, enquanto o mito, como narrativa de caráter poético, freqüentemente recorre aos deuses, ao tempo em que revela os profundos anseios humanos.
Julgue o item subseqüente, com relação às idéias do texto acima e ao assunto nele abordado.
Na tentativa de se dar uma explicação racional para a origem das coisas, sem com isto se fazer uma regressão causal ao infinito, na antiga Grécia procurou-se um elemento primordial que fosse um explicador universal. Anaxímenes entende ser este elemento primordial a água, e Tales de Mileto, o ar.