Questões de Concurso
Para diplomata
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Em relação ao período de 1945 a 1964, julgue (C ou E) o item a seguir.
A importância conferida ao trabalho e ao trabalhador,
iniciada nos anos de 1930 e mantida no pós-Estado Novo,
fez desse último um período de paz e tranquilidade no
chamado mundo do trabalho, não se verificando ocorrência
de movimentos grevistas significativos.
A revista Cultura Política, criada em 1941 com o intuito de apoiar, promover e desenvolver ideologicamente o Estado Novo, contou com a participação de intelectuais importantes daquele período, como Almir de Andrade e Cassiano Ricardo.
Mais do que disciplina acadêmica, a História foi tornada argumento político oficial para sustentar ideologicamente a ditadura do Estado Novo, ao buscar traçar uma linha evolutiva de continuidade entre a Primeira República, o presente e o futuro da nação.
O Estado Novo buscou legitimidade na noção de democracia social, voltada para o bem comum, de inspiração liberal, crítica aos regimes totalitários, a despeito de pregar uma organização política sem partidos.
Uma ética positiva do trabalho era um dos fundamentos ideológicos do Estado Novo, sendo essa a base da emancipação pessoal, da construção da sociedade e da nação.
O habeas data, direito de todo cidadão ao acesso a documentos produzidos pelo Estado e que lhe dizem respeito, foi mantido conforme a Constituição anterior.
Uma das mudanças trazidas pela Constituição de 1988 foi a redução do mandato presidencial para quatro anos, com eleição em dois turnos e a extensão do voto aos analfabetos.
A nova norma constitucional reforçou o Poder Legislativo, capacitando-o a anular atos do Poder Executivo e a isentar-se das decisões do Poder Judiciário, quando este atinge parlamentares durante o exercício do cargo.
A Constituição de 1988 assegurou a diminuição da jornada de trabalho, o abono de férias, o seguro-desemprego e outras conquistas para os trabalhadores.
A redução do deficit público entre os anos de 1963 e 1966 foi alcançada mediante a diminuição dos gastos governamentais, conjugada com a contração da carga tributária, reforçando a orientação liberal do PAEG.
Partia-se do pressuposto de que, entre as causas crônicas da inflação no Brasil, figurava a política de aumentos salariais a taxas acima do crescimento da produtividade.
O PAEG visou à internacionalização da economia brasileira, abrindo-a ao capital estrangeiro, promovendo a integração com centros financeiros mundiais e buscando o alinhamento com a Aliança para o Progresso lançada pelos Estados Unidos da América.
As medidas de contração fiscal adotadas no âmbito do PAEG para auxiliar na redução da inflação foram potencializadas pela política de limitação dos vencimentos do funcionalismo público, os quais permaneceram congelados ao longo de 1964, mesmo em contexto de inflação elevada.
Desgastado pelo esforço da Guerra da Tríplice Aliança, acossado por um deficit crônico em suas contas e com seus tradicionais interesses no Prata garantidos, o império resistiu aos esforços diplomáticos chilenos para envolver-se na Guerra do Pacífico e manteve-se neutro ao longo de todo o conflito.
Com a deflagração da Guerra da Tríplice Aliança, o Brasil buscou pacificar as próprias relações com as repúblicas do Pacífico, estremecidas pelos protestos chilenos e peruanos contra a suposta quebra de neutralidade brasileira durante a Guerra da Quádrupla Aliança contra a Espanha.
Os tratados assinados com o Peru por Duarte da Ponte Ribeiro, na década de 1840, fundamentavam-se em estratégias de negociação que seriam consolidadas como diretrizes de política externa para a Bacia Amazônica durante o império: a definição de limites sob a base do uti possidetis e a abertura da navegação amazônica por meio de tratado bilateral.
O incidente de Chiquitos, decorrente de atitude oportunista das autoridades de Mato Grosso, contou com a conivência do governo imperial, pois transmitia imagem de força em um momento no qual a posse brasileira sobre a Cisplatina voltava a ser contestada pelas potências europeias.
Para Rio Branco, o apoio brasileiro aos protestos da Argentina contra o uso da força por parte de potências europeias para cobrança de dívidas públicas, tese conhecida como Doutrina Drago, estava em plena consonância com a Doutrina Monroe, vista pelo Barão como conveniente elemento de defesa territorial do continente.
Influenciado pelas teses do almirante norte-americano Alfred T. Mahan e pela vitória marítima do Japão contra a Rússia, o Barão do Rio Branco foi um dos autores do Plano de Reorganização Naval, tendo influído a decisão da Marinha de optar pela aquisição de encouraçados de menor porte que pudessem operar com agilidade no Rio da Prata.
Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, o Barão do Rio Branco desenvolveu uma relação de admiração mútua com Machado de Assis, com quem compartilhava o desejo de projeção da imagem de um Brasil letrado e civilizado no exterior.