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TEXTO 01
01 As prisões
02 Diariamente, nossos lares (e mentes) são invadidos por imagens – às vezes – grotescas, do cenário
03 de muitas prisões espalhadas pelo Brasil. Nelas, vidas são trancafiadas; a liberdade parece pequena
04 demais. Mas, onde estão as verdadeiras prisões? Não raro, elas se encontram dentro de nós mesmos.
05 É no interior de cada um que as grades carcerárias da liberdade vão sendo erguidas, em formas de
06 sentimentos negativos, atitudes autodepreciativas e vícios acorrentadores. Portanto, somos
07 responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação.
08 Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento,
09 da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo; na
10 verdade, muralhas. Não existe sistema penitenciário mais complexo e hermético do que o coração
11 humano, alimentado pelo veneno dos sentimentos mesquinhos, que aprisionam a liberdade e
12 oprimem a existência.
13 Existem pessoas que vivem se autodepreciando. Elas não se amam, deixam-se dominar pelos
14 outros, não se valorizam e têm uma péssima imagem de si mesmas. Alguns chegam até a mendigar
15 amor e atenção. Negociam a dignidade e, o que é pior, tornam-se reféns de quem procuram. Viver
16 assim é fechar-se atrás das grades opressoras da inferioridade, do aniquilamento e da autoflagelação
17 [...].
FERNANDES, Estevam. Quando vem a brisa... Rio de Janeiro: Editora Central, 2008, p. 183
A respeito de “Existem pessoas que vivem se autodepreciando” (linha 13), pode-se afirmar:
I- Aflexão verbal “Existem” pode ser substituída por “Há” sem sofrer nenhuma alteração na função sintática dos termos da oração.
II- O termo “que” introduz uma oração subordinada, ampliando a significação de seu referente.
III- Em “se autodepreciando” temos um caso de pronome enclítico, tendo em vista que a oração foi iniciada por verbo.
Analise as proposições e marque a alternativa adequada. Está(ão) CORRETA(s), apenas
TEXTO 01
01 As prisões
02 Diariamente, nossos lares (e mentes) são invadidos por imagens – às vezes – grotescas, do cenário
03 de muitas prisões espalhadas pelo Brasil. Nelas, vidas são trancafiadas; a liberdade parece pequena
04 demais. Mas, onde estão as verdadeiras prisões? Não raro, elas se encontram dentro de nós mesmos.
05 É no interior de cada um que as grades carcerárias da liberdade vão sendo erguidas, em formas de
06 sentimentos negativos, atitudes autodepreciativas e vícios acorrentadores. Portanto, somos
07 responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação.
08 Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento,
09 da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo; na
10 verdade, muralhas. Não existe sistema penitenciário mais complexo e hermético do que o coração
11 humano, alimentado pelo veneno dos sentimentos mesquinhos, que aprisionam a liberdade e
12 oprimem a existência.
13 Existem pessoas que vivem se autodepreciando. Elas não se amam, deixam-se dominar pelos
14 outros, não se valorizam e têm uma péssima imagem de si mesmas. Alguns chegam até a mendigar
15 amor e atenção. Negociam a dignidade e, o que é pior, tornam-se reféns de quem procuram. Viver
16 assim é fechar-se atrás das grades opressoras da inferioridade, do aniquilamento e da autoflagelação
17 [...].
FERNANDES, Estevam. Quando vem a brisa... Rio de Janeiro: Editora Central, 2008, p. 183
Em “Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento, da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo” (linhas 08 e 09), Pode-se afirmar que
I- o termo “Quem” exerce a função sintática de sujeito, equivalendo a “aquele que”.
II- a expressão “a companhia do ressentimento, da amargura, da vingança, e da inveja” configura um caso de pleonasmo.
III- o enunciado “está construindo muros dentro de si mesmo” foi construído numa linguagem figurada.
Analise as proposições e marque a alternativa adequada. Está(ão) CORRETA(s)
TEXTO 01
01 As prisões
02 Diariamente, nossos lares (e mentes) são invadidos por imagens – às vezes – grotescas, do cenário
03 de muitas prisões espalhadas pelo Brasil. Nelas, vidas são trancafiadas; a liberdade parece pequena
04 demais. Mas, onde estão as verdadeiras prisões? Não raro, elas se encontram dentro de nós mesmos.
05 É no interior de cada um que as grades carcerárias da liberdade vão sendo erguidas, em formas de
06 sentimentos negativos, atitudes autodepreciativas e vícios acorrentadores. Portanto, somos
07 responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação.
08 Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento,
09 da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo; na
10 verdade, muralhas. Não existe sistema penitenciário mais complexo e hermético do que o coração
11 humano, alimentado pelo veneno dos sentimentos mesquinhos, que aprisionam a liberdade e
12 oprimem a existência.
13 Existem pessoas que vivem se autodepreciando. Elas não se amam, deixam-se dominar pelos
14 outros, não se valorizam e têm uma péssima imagem de si mesmas. Alguns chegam até a mendigar
15 amor e atenção. Negociam a dignidade e, o que é pior, tornam-se reféns de quem procuram. Viver
16 assim é fechar-se atrás das grades opressoras da inferioridade, do aniquilamento e da autoflagelação
17 [...].
FERNANDES, Estevam. Quando vem a brisa... Rio de Janeiro: Editora Central, 2008, p. 183
Em “Portanto, somos responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação” (linhas 06 e 07), pode-se afirmar que
( ) a termo “Portanto” expressa conclusão e pode ser substituído por “por conseguinte” sem alterar o seu sentido.
( ) a expressão “tanto pela nossa liberdade como pela nossa privação” indica uma concessão que permite a realização de um fato expresso.
( ) a expressão “somos responsáveis” apresenta um caso de locução verbal.
Analise as proposições e coloque V para Verdadeira e F para Falsa. Está CORRETA a sequência
TEXTO 01
01 As prisões
02 Diariamente, nossos lares (e mentes) são invadidos por imagens – às vezes – grotescas, do cenário
03 de muitas prisões espalhadas pelo Brasil. Nelas, vidas são trancafiadas; a liberdade parece pequena
04 demais. Mas, onde estão as verdadeiras prisões? Não raro, elas se encontram dentro de nós mesmos.
05 É no interior de cada um que as grades carcerárias da liberdade vão sendo erguidas, em formas de
06 sentimentos negativos, atitudes autodepreciativas e vícios acorrentadores. Portanto, somos
07 responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação.
08 Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento,
09 da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo; na
10 verdade, muralhas. Não existe sistema penitenciário mais complexo e hermético do que o coração
11 humano, alimentado pelo veneno dos sentimentos mesquinhos, que aprisionam a liberdade e
12 oprimem a existência.
13 Existem pessoas que vivem se autodepreciando. Elas não se amam, deixam-se dominar pelos
14 outros, não se valorizam e têm uma péssima imagem de si mesmas. Alguns chegam até a mendigar
15 amor e atenção. Negociam a dignidade e, o que é pior, tornam-se reféns de quem procuram. Viver
16 assim é fechar-se atrás das grades opressoras da inferioridade, do aniquilamento e da autoflagelação
17 [...].
FERNANDES, Estevam. Quando vem a brisa... Rio de Janeiro: Editora Central, 2008, p. 183
Sobre o enunciado “Mas, onde estão as verdadeiras prisões?” (linha 04), pode-se afirmar:
I- O termo “Mas” é um mecanismo de coesão textual cuja função é determinar relação de sentido de oposição, às vezes implícita no texto.
II- O termo “onde” exerce uma função referencial relacionada a lugar.
III- O termo “onde” está grafado equivocadamente, tendo em vista ser usado com verbo que indica movimento.
Analise as proposições e marque a alternativa adequada. Está(ão) CORRETA(s), apenas
TEXTO 01
01 As prisões
02 Diariamente, nossos lares (e mentes) são invadidos por imagens – às vezes – grotescas, do cenário
03 de muitas prisões espalhadas pelo Brasil. Nelas, vidas são trancafiadas; a liberdade parece pequena
04 demais. Mas, onde estão as verdadeiras prisões? Não raro, elas se encontram dentro de nós mesmos.
05 É no interior de cada um que as grades carcerárias da liberdade vão sendo erguidas, em formas de
06 sentimentos negativos, atitudes autodepreciativas e vícios acorrentadores. Portanto, somos
07 responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação.
08 Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento,
09 da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo; na
10 verdade, muralhas. Não existe sistema penitenciário mais complexo e hermético do que o coração
11 humano, alimentado pelo veneno dos sentimentos mesquinhos, que aprisionam a liberdade e
12 oprimem a existência.
13 Existem pessoas que vivem se autodepreciando. Elas não se amam, deixam-se dominar pelos
14 outros, não se valorizam e têm uma péssima imagem de si mesmas. Alguns chegam até a mendigar
15 amor e atenção. Negociam a dignidade e, o que é pior, tornam-se reféns de quem procuram. Viver
16 assim é fechar-se atrás das grades opressoras da inferioridade, do aniquilamento e da autoflagelação
17 [...].
FERNANDES, Estevam. Quando vem a brisa... Rio de Janeiro: Editora Central, 2008, p. 183
O autor emprega no texto formas figuradas para inferir sobre “prisão” / “prisões”.
Marque a alternativa em cujo enunciado NÃO acontece este artifício linguístico.
TEXTO 01
01 As prisões
02 Diariamente, nossos lares (e mentes) são invadidos por imagens – às vezes – grotescas, do cenário
03 de muitas prisões espalhadas pelo Brasil. Nelas, vidas são trancafiadas; a liberdade parece pequena
04 demais. Mas, onde estão as verdadeiras prisões? Não raro, elas se encontram dentro de nós mesmos.
05 É no interior de cada um que as grades carcerárias da liberdade vão sendo erguidas, em formas de
06 sentimentos negativos, atitudes autodepreciativas e vícios acorrentadores. Portanto, somos
07 responsáveis tanto pela nossa liberdade como por sua privação.
08 Quem armazena ódio no coração e permite-se, ao longo dos anos, a companhia do ressentimento,
09 da amargura, da vingança, e da inveja, apenas está construindo muros dentro de si mesmo; na
10 verdade, muralhas. Não existe sistema penitenciário mais complexo e hermético do que o coração
11 humano, alimentado pelo veneno dos sentimentos mesquinhos, que aprisionam a liberdade e
12 oprimem a existência.
13 Existem pessoas que vivem se autodepreciando. Elas não se amam, deixam-se dominar pelos
14 outros, não se valorizam e têm uma péssima imagem de si mesmas. Alguns chegam até a mendigar
15 amor e atenção. Negociam a dignidade e, o que é pior, tornam-se reféns de quem procuram. Viver
16 assim é fechar-se atrás das grades opressoras da inferioridade, do aniquilamento e da autoflagelação
17 [...].
FERNANDES, Estevam. Quando vem a brisa... Rio de Janeiro: Editora Central, 2008, p. 183
Do texto, pode-se afirmar que o autor:
I- Utiliza a linguagem para refletir sobre nós mesmos e sobre os dilemas humanos.
II- Parte de fatos reais que acontecem no cotidiano da sociedade para desenvolver o texto.
III- Usa uma linguagem objetiva e clara, sem nenhum valor simbólico, para expor, exclusivamente, sobre o sistema carcerário do país.
Analise as proposições e marque a alternativa adequada. Está(ão) CORRETA(s), apenas
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.
asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.
asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.
asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.
asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]
asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.
(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)
Vocabulário:
lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.
freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.
espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.
loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.
barbo – peixe vulgar de água doce.
Em “Três metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco.”, considerando a estrutura do período, pode-se dizer que o sujeito é:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.
asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.
asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.
asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.
asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]
asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.
(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)
Vocabulário:
lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.
freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.
espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.
loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.
barbo – peixe vulgar de água doce.
“E eu sacudo AS MÃOS molhadas de tempo [...]” (§ 6)
Substituindo corretamente os elementos destacados no fragmento por um pronome em posição proclítica, como seria reescrita a oração?
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.
asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.
asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.
asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.
asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]
asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.
(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)
Vocabulário:
lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.
freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.
espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.
loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.
barbo – peixe vulgar de água doce.
A função da linguagem predominante no texto é:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.
asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.
asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.
asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.
asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]
asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.
(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)
Vocabulário:
lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.
freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.
espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.
loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.
barbo – peixe vulgar de água doce.
“E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.” (§ 6)
A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.
I. A primeira oração tem valor aditivo.
II. O sujeito da última oração é indeterminado.
III. Sem prejuízo algum, poder-se-ia suprimir a preposição A de AOS OLHOS.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.
asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.
asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.
asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.
asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]
asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.
(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)
Vocabulário:
lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.
freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.
espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.
loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.
barbo – peixe vulgar de água doce.
“Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.” (§ 1)
Com relação aos componentes destacados do trecho, é correto afirmar que:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.
asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.
asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.
asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.
asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]
asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.
(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)
Vocabulário:
lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.
freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.
espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.
loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.
barbo – peixe vulgar de água doce.
Considerando as regras de regência e de concordância, assinale a alternativa em que a substituição proposta não muda o sentido original e está de acordo com o registro culto da língua.
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.
asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.
asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.
asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.
asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]
asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.
(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)
Vocabulário:
lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.
freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.
espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.
loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.
barbo – peixe vulgar de água doce.
A palavra destacada no período “ENTRETANTO, o rio corre.” (§ 1) exprime ideia de:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.
asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.
asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.
asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.
asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]
asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.
(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)
Vocabulário:
lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.
freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.
espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.
loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.
barbo – peixe vulgar de água doce.
A figura de linguagem que se pode identificar em: “[...] há o tom de pérola que é o dia que se extingue.” (§ 1) é:
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.
asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.
asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.
asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.
asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]
asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.
(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)
Vocabulário:
lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.
freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.
espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.
loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.
barbo – peixe vulgar de água doce.
Dentre os seguintes provérbios, qual deles melhor resume o texto?
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
asdEstou deitado na margem. Dois barcos, presos a um tronco de salgueiro cortado em remotos tempos, oscilam ao jeito do vento, não da corrente, que é macia, vagarosa, quase invisível. A paisagem em frente, conheço-a. Por uma aberta entre as árvores, vejo as terras lisas da lezíria, ao fundo uma franja de vegetação verde-escura, e depois, inevitavelmente, o céu onde boiam nuvens que só não são brancas porque a tarde chega ao fim e há o tom de pérola que é o dia que se extingue. Entretanto, o rio corre. Mais propriamente se diria: anda, arrasta-se – mas não é costume.
asdTrês metros acima da minha cabeça estão presos nos ramos rolos de palha, canalhas de milho, aglomerados de lodo seco. São os vestígios da cheia. À esquerda, na outra margem, alinham-se os freixos que, a esta distância, por obra do vento que Ihes estremece as folhas numa vibração interminável, me fazem lembrar o interior de uma colmeia. É o mesmo fervilhar, numa espécie de zumbido vegetal, uma palpitação (é o que penso agora), como se dez mil aves tivessem brotado dos ramos numa ansiedade de asas que não podem erguer voo.
asdEntretanto, enquanto vou pensando, o rio continua a passar, em silêncio. Vem agora no vento, da aldeia que não está longe, um lamentoso toque de sinos: alguém morreu, sei quem foi, mas de que serve dizê-Io? Muito alto, duas garças brancas (ou talvez não sejam garças, não importa) desenham um bailado sem princípio nem fim: vieram inscrever-se no meu tempo, irão depois continuar o seu, sem mim.
asdOlho agora o rio que conheço tão bem. A cor das águas, a maneira como escorregam ao longo das margens, as espadanas verdes, as plataformas de limos onde encontram chão as rãs, onde as libélulas (também chamadas tira-olhos) pousam a extremidade das pequenas garras – este rio é qualquer coisa que me corre no sangue, a que estou preso desde sempre e para sempre. Naveguei nele, aprendi nele a nadar, conheço-lhe os fundões e as locas onde os barbos pairam imóveis. É mais do que um rio, é talvez um segredo.
asdE, contudo, estas águas já não são as minhas águas. O tempo flui nelas, arrasta-as e vai arrastando na corrente líquida, devagar, à velocidade (aqui, na terra) de sessenta segundos por minuto. Quantos minutos passaram já desde que me deitei na margem, sobre o feno seco e doirado? Quantos metros andou aquele tronco apodrecido que flutua? O sino ainda toca, a tarde teve agora um arrepio, as garças onde estão? Devagar, levanto-me, sacudo as palhas agarradas à roupa, calço-me. Apanho uma pedra, um seixo redondo e denso, lanço-o pelo ar, num gesto do passado. Cai no meio do rio, mergulha (não vejo, mas sei), atravessa as águas opacas, assenta no lodo do fundo, enterra-se um pouco. […]
asdDesço até a água, mergulho nela as mãos, e não as reconheço. Vêm-me da memória outras mãos mergulhadas noutro rio. As minhas mãos de há trinta anos, o rio antigo de águas que já se perderam no mar. Vejo passar o tempo. Tem a cor da água e vai carregado de detritos, de pétalas arrancadas de flores, de um toque vagaroso de sinos. Então uma ave cor de fogo passa como um relâmpago. O sino cala-se. E eu sacudo as mãos molhadas de tempo, levando-as até aos olhos – as minhas mãos de hoje, com que prendo a vida e a verdade desta hora.
(SARAMAGO, José. Deste mundo e do outro. Lisboa: Editorial Caminho, 1985. p. 35-37)
Vocabulário:
lezíria – zona agrícola muito fértil, situada na região do Ribatejo, em Portugal.
freixo – árvore das florestas dos climas temperados, de madeira clara, macia e resistente.
espadana – planta herbácea, aquática ou palustre, com folhas agudas.
loca – toca; furna; gruta pequena; esconderijo do peixe, debaixo da água, sob uma laje ou tronco submersos.
barbo – peixe vulgar de água doce.
Sobre o texto, leia as afirmativas a seguir.
I. A narrativa do autor transborda sensações buscadas em algum espaço da memória.
II. O lirismo está presente e emociona no sentido de levar o leitor à reflexão acerca de sua própria vida e momento.
III. O autor apresenta uma metáfora do rio que passa como a passagem do tempo e as suas consequências.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
Referente a Contabilidade Pública, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) O registro dos restos a pagar far-se- á por exercício e por credor, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.
( ) A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas.
( ) Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.
A sequência que corresponde as respostas é:
Indique as alternativas corretas em relação a retenção de Impostos em pagamentos feitos pela Administração Pública.
I. Os valores retidos deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional, mediante DARF pelos órgãos da administração pública federal direta, autarquias e fundações federais que efetuarem a retenção, até o 5º (quinto) dia útil da semana subsequente àquela em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço.
II. Aplicam-se, subsidiariamente, à CSLL, à COFINS e à Contribuição para o PIS/Pasep, as penalidades e demais acréscimos previstos na legislação do IR, nas hipóteses de não retenção, falta de recolhimento, recolhimento após o vencimento do prazo sem o acréscimo de multa moratória, de falta de declaração e nos de declaração inexata.
III. Nos pagamentos de contas de telefone, a retenção será efetuada sobre o valor total a ser pago, devendo o valor retido ser deduzido pela companhia emissora da fatura, em nome da qual será emitido o comprovante de retenção.
Sobre a dívida ativa indique as alternativas corretas:
I. Se, antes da decisão de primeira instância, a inscrição de Dívida Ativa for, a qualquer título, cancelada, a execução fiscal será extinta, restando somente o ônus de juros para as partes.
II. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento da Dívida Ativa da Fazenda Pública a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declara absolutamente impenhoráveis.
III. Nos processos de falência, concordata, liquidação, inventário, arrolamento ou concurso de credores, nenhuma alienação será judicialmente autorizada sem a prova de quitação da Dívida Ativa ou a concordância da Fazenda Pública.
É considerada dívida fundada EXCETO: