Questões de Concurso Para químico

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Q2349824 Inglês

Leia o Texto 4 para responder a questão.

Texto 4


Brazil is preparing for the biggest heat wave in history, with temperatures above 45°C

Dacio Augustus
November 9th, 2023



     Tired of the extreme heat in Brazil? So it's good to prepare, since according to the institute MetSul Meteorology, starting in the next few days another heat wave capable of breaking temperature records will hit the country.

      According to information from the MetSouth, the heat wave has already begun, affecting mainly the South and Southeast of Brazil, with atypically high temperatures for the month of November, a period that is already historically hot, but which, in 2023, could see records broken.

     Until Friday (10), the most intense heat should be concentrated in the Central-West and in the interior of São Paulo, but from the weekend onwards the mass of hot air increases and the maximum temperatures begin to reach more areas of Brazil, just as it was in September and October. (...)



Disponível em: <https://www.showmetech.com.br/en/brasil-se-prepara-para-

maior-onda-de-calor-da-historia/>. Acesso em: 13 nov. 2023. [Adaptado].

A forma completa da frase “Tired of the extreme heat in Brazil?” é 
Alternativas
Q2349823 Inglês

Leia o Texto 4 para responder a questão.

Texto 4


Brazil is preparing for the biggest heat wave in history, with temperatures above 45°C

Dacio Augustus
November 9th, 2023



     Tired of the extreme heat in Brazil? So it's good to prepare, since according to the institute MetSul Meteorology, starting in the next few days another heat wave capable of breaking temperature records will hit the country.

      According to information from the MetSouth, the heat wave has already begun, affecting mainly the South and Southeast of Brazil, with atypically high temperatures for the month of November, a period that is already historically hot, but which, in 2023, could see records broken.

     Until Friday (10), the most intense heat should be concentrated in the Central-West and in the interior of São Paulo, but from the weekend onwards the mass of hot air increases and the maximum temperatures begin to reach more areas of Brazil, just as it was in September and October. (...)



Disponível em: <https://www.showmetech.com.br/en/brasil-se-prepara-para-

maior-onda-de-calor-da-historia/>. Acesso em: 13 nov. 2023. [Adaptado].

A temática abordada no texto  
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Q2349822 Matemática
Um grupo de 10 amigas decide viajar em dois carros. Destas 10 mulheres, 6 podem dirigir e o restante não. Escolhendo duas dessas amigas ao acaso, qual é a probabilidade de que as duas possam dirigir os carros?
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Q2349820 Matemática
Uma plantação de soja está infestada de insetos percevejo-marrom. Estimou-se que existiam 500 insetos no primeiro dia da infestação. Sabendo que, a cada dia subsequente, o número de insetos da infestação é o triplo do dia anterior, qual quantidade de insetos haverá na plantação no quinto dia de infestação?
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Q2349819 Matemática
Considere a função quadrática (x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais. Sabendo que (0) = (1) = 0 e que (2) = 1, o valor de a. b + c é
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Q2349818 Matemática
Uma garota utiliza cestas para coletar rosas. Cada cesta comporta até 20 rosas. Se a garota precisa coletar 387 rosas, qual é o número mínimo de cestas que ela utilizará para levar todas as rosas?
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Q2349817 Português
Leia o texto a seguir.

Por que o Brasil é ator central no combate à fome no mundo


Queremos ser mais que simples fornecedores de alimentos. Desejamos cooperar e inspirar

Mauro Vieira 
  
       O mundo passa hoje por grave crise de segurança alimentar e nutricional. Segundo dados do último relatório publicado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), entre 691 milhões e 783 milhões de pessoas enfrentam a fome, enquanto outros 2,4 bilhões sofrem de insegurança alimentar moderada ou grave. Isso equivale a quase 30% da população mundial. Ao mesmo tempo, mais da metade apresenta sobrepeso, e mais de 1 bilhão sofre de obesidade. O duplo fardo da má nutrição aponta para crise não apenas humanitária e de saúde, mas também social e econômica. Somos o quinto maior país em extensão territorial; o sétimo em população e o quarto maior produtor de alimentos do mundo. Podemos produzir mais, protegendo o meio ambiente. A agricultura tropical brasileira figura entre as mais eficientes, modernas e produtivas. Há pesquisas evidenciando que será a que mais deverá crescer nos próximos anos. Temos também uma onipresente agricultura familiar, que representa 77% dos estabelecimentos rurais do país e é responsável pela maior parte dos alimentos consumidos nos lares brasileiros. Fortalecer a agricultura familiar no Brasil e no mundo é um dos pilares de nossa atuação doméstica e internacional.  

Disponível em: <https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/enem-e- vestibular/noticia/2023/11/06/enem-2023-banca-ruralista-aponta-cunho- ideologico-em-questoes-e-pede-explicacoes-de-ministro.ghtml>.. Acesso em: 14 nov. 2023.

No período “Temos também uma onipresente agricultura familiar, que representa 77% dos estabelecimentos rurais do país”, a vírgula anteposta ao ‘que’ se explica pelo fato de esse ‘que’ ser

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Q2349816 Português
Gal, Gracinha, Tropical, Fatal  
O canto de Gal esteve por toda parte desde os anos 60,
escutá-la nos faz acreditar no que é lindo

Pedro Duarte

      Imensa, Gal nos deixa muito. Nelson Motta chamou a atenção para como, já no começo de sua trajetória, havia a voz de veludo e a voz de cristal, com afinação impressionante, mas também a voz de labaredas. No disco de estreia, Domingo, de 1967, junto com Caetano, a voz de veludo vinha da Bossa Nova. “João bateu em mim como um destino”, ela dizia. Na participação no Tropicalismo, como em “Mamãe coragem”, era a voz cristalina, lírica. E depois aparece a voz de labaredas em “Divino maravilhoso”. Era novembro de 1968, em um festival da canção televisionado. Gal subiu ao palco, e a garota tímida que era não subiu junto. Os arranjos de Gil, a extravagância na roupa e um cabelo black power ressaltavam os agudos e berros. Ruído na música. Expansiva, desafiadora e dionisíaca, Gal se impôs ao público dividido entre aplausos e vaias. Ela conta que aprendeu a defender o que fazia, olhando direto e firme para quem a atacava. “É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte”, canta o refrão que pede atenção: tudo é divino e maravilhoso, tudo é perigoso. Gracinha, Maria das Graças, como foi conhecida no início, mudava. Seu nome agora seria Gal. Ela devorou antropofagicamente o rock e Janis Joplin. Depois que Caetano e Gil foram presos e exilados, Gal ficou no Brasil e se tornou uma representante dessa geração.


Disponível em:<https://www.quatrocincoum.com.br/br/artigos/musica/gal-
gracinha-tropical-fatal>. Acesso em: 14 nov. 2023. 
O verso “É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte” corresponde a uma oração
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Q2349815 Português
Gal, Gracinha, Tropical, Fatal  
O canto de Gal esteve por toda parte desde os anos 60,
escutá-la nos faz acreditar no que é lindo

Pedro Duarte

      Imensa, Gal nos deixa muito. Nelson Motta chamou a atenção para como, já no começo de sua trajetória, havia a voz de veludo e a voz de cristal, com afinação impressionante, mas também a voz de labaredas. No disco de estreia, Domingo, de 1967, junto com Caetano, a voz de veludo vinha da Bossa Nova. “João bateu em mim como um destino”, ela dizia. Na participação no Tropicalismo, como em “Mamãe coragem”, era a voz cristalina, lírica. E depois aparece a voz de labaredas em “Divino maravilhoso”. Era novembro de 1968, em um festival da canção televisionado. Gal subiu ao palco, e a garota tímida que era não subiu junto. Os arranjos de Gil, a extravagância na roupa e um cabelo black power ressaltavam os agudos e berros. Ruído na música. Expansiva, desafiadora e dionisíaca, Gal se impôs ao público dividido entre aplausos e vaias. Ela conta que aprendeu a defender o que fazia, olhando direto e firme para quem a atacava. “É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte”, canta o refrão que pede atenção: tudo é divino e maravilhoso, tudo é perigoso. Gracinha, Maria das Graças, como foi conhecida no início, mudava. Seu nome agora seria Gal. Ela devorou antropofagicamente o rock e Janis Joplin. Depois que Caetano e Gil foram presos e exilados, Gal ficou no Brasil e se tornou uma representante dessa geração.


Disponível em:<https://www.quatrocincoum.com.br/br/artigos/musica/gal-
gracinha-tropical-fatal>. Acesso em: 14 nov. 2023. 
A resenha crítica, um gênero textual que tem por função não só levar informação ao leitor, mas conduzi-lo a uma reflexão sobre a obra que se quer analisar, explora determinadas classes de palavras que funcionam como modalizadores do gênero. O texto destacado explora
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Q2349814 Português
Como será que seus avós tinham chegado àquele lote? Herdaram dos antepassados? Foi benesse da carola abastada, que depois doou tudo à Igreja? Como saber, se a memória se apaga, se as pessoas se esquecem com a mesma urgência com que recordam ser preciso viver? Os que vieram antes, muito antes dos que aqui estavam, foram embora de que maneira? Jamais saberia a história dessa terra, dos seus, jamais poderia contar com o sentido de uma história antiga, remota, para justificar a vida presente. Luzia compreendia o hoje e um pouco mais além, mas não era capaz de avançar o suficiente para saber de que era feito seu espírito. Se sua história se resumia às lembranças de sua família, em seu sangue, mal sabia, corria um rio imemorial.  
VIEIRA JÚNIOR, Itamar. Salvar o fogo. São Paulo: Todavia, 2023.

No romance “Salvar o fogo”, Itamar Vieira Júnior desenvolve uma narrativa com intenso apelo aos conflitos do campo e à violência colonial. Nesse sentido, a terra dita o desenvolvimento dos acontecimentos na estória, e sua posse é atravessada por diversos mecanismos de poder. No trecho destacado, a crítica tecida pelo autor revela
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Q2349813 Português
Leia os textos a seguir.

Texto I  
Disponível em: <https://ronaldobressane.com/2015/09/01/feios-xulos
malvados-e-outros-trocos-pra-zoar-a/>. Acesso em: 10 nov. 2023.


Texto II

Poema em linha reta - Fernando Pessoa

Nunca conheci quem tivesse levado porrada
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza
Argh! Estou farto de semideuses
Argh! Onde é que há gente? Onde é que há gente no mundo?


Disponível: http://arquivopessoa.net/textos/2224. Acesso em: 10 nov. 2023.  


Tanto na tira do cartunista Bruno Maron, quanto no poema de Fernando Pessoa, vemos a falsa representação da perfeição relacionada aos modos de vida em sociedade, ou seja, há uma crítica ao mundo das aparências falseada nas relações sociais. A tira faz uma alusão ao poema, lançando não só uma atualização do contexto do eu-lírico, como também uma parodização do poeta português. O fator de textualidade explorado nessa relação é a 
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Q2349812 Português
“ChatGPT, escreve uma Carta ao Leitor” 

    “A IA é apenas um reflexo de nós mesmos. É o resultado da nossa própria busca pela eficiência, pela evolução e pela perfeição. E, ao mesmo tempo em que nos permite alcançar novos patamares, também nos obriga a enfrentar novos desafios e a repensar nossa própria existência. (…) Espero que vocês, caros leitores, estejam prontos para embarcar nessa jornada.”
  O parágrafo acima foi escrito pelo ChatGPT. Pedi “um texto para a seção ‘carta ao leitor’, da revista Superinteressante, sobre inteligência artificial”, e esse foi o melhor pedaço. Um texto adequado ao estilo da Super. E inédito. A frase mais inspirada ali, “a IA é apenas um reflexo de nós mesmos”, não aparece em português no Google. Em inglês (AI is just a reflection of ourselves), são só duas menções. O ponto é que o algoritmo sabe reconhecer palavras que costumam aparecer no mesmo contexto com muita frequência, caso do trecho “apenas um reflexo de nós mesmos” (zilhões de menções no Google, em qualquer idioma). E consegue aplicá-las a um assunto aleatório (inteligência artificial, nesse caso) de forma lógica – graças ao poder de examinar instantaneamente bilhões de textos produzidos ao longo da história da humanidade e mapear as relações entre as palavras dentro de cada um deles.
     A real é que o ChatGPT escreve sobre basicamente qualquer assunto, em qualquer estilo. E cada pedido entrega um resultado distinto. Requisite mil vezes um soneto sobre a relatividade geral, e você terá mil poemas diferentes a respeito da teoria de Einstein, já que cada resultado nasce de um novo mergulho no arcabouço do conhecimento humano.


VERSIGNASSI, Alexandre. “ChatGPT, escreve uma Carta ao Leitor”.
Disponível:<https://super.abril.com.br/coluna/alexandre-versignassi/chatgpt-
escreve-uma-carta-ao-leitor>.Acesso em: 10 nov. 2023. [Adaptado].
No trecho: “Pedi “um texto para a seção ‘carta ao leitor’, da revista Superinteressante, sobre inteligência artificial”, e esse foi o melhor pedaço.”, o termo sublinhado, que é um pronome demonstrativo, estabelece a coesão referencial pelo processo da
Alternativas
Q2349811 Português
“ChatGPT, escreve uma Carta ao Leitor” 

    “A IA é apenas um reflexo de nós mesmos. É o resultado da nossa própria busca pela eficiência, pela evolução e pela perfeição. E, ao mesmo tempo em que nos permite alcançar novos patamares, também nos obriga a enfrentar novos desafios e a repensar nossa própria existência. (…) Espero que vocês, caros leitores, estejam prontos para embarcar nessa jornada.”
  O parágrafo acima foi escrito pelo ChatGPT. Pedi “um texto para a seção ‘carta ao leitor’, da revista Superinteressante, sobre inteligência artificial”, e esse foi o melhor pedaço. Um texto adequado ao estilo da Super. E inédito. A frase mais inspirada ali, “a IA é apenas um reflexo de nós mesmos”, não aparece em português no Google. Em inglês (AI is just a reflection of ourselves), são só duas menções. O ponto é que o algoritmo sabe reconhecer palavras que costumam aparecer no mesmo contexto com muita frequência, caso do trecho “apenas um reflexo de nós mesmos” (zilhões de menções no Google, em qualquer idioma). E consegue aplicá-las a um assunto aleatório (inteligência artificial, nesse caso) de forma lógica – graças ao poder de examinar instantaneamente bilhões de textos produzidos ao longo da história da humanidade e mapear as relações entre as palavras dentro de cada um deles.
     A real é que o ChatGPT escreve sobre basicamente qualquer assunto, em qualquer estilo. E cada pedido entrega um resultado distinto. Requisite mil vezes um soneto sobre a relatividade geral, e você terá mil poemas diferentes a respeito da teoria de Einstein, já que cada resultado nasce de um novo mergulho no arcabouço do conhecimento humano.


VERSIGNASSI, Alexandre. “ChatGPT, escreve uma Carta ao Leitor”.
Disponível:<https://super.abril.com.br/coluna/alexandre-versignassi/chatgpt-
escreve-uma-carta-ao-leitor>.Acesso em: 10 nov. 2023. [Adaptado].
Na coluna assinada pelo diretor de redação da Revista Superinteressante, Alexandre Versignassi, evidencia-se o uso de um modalizador discursivo muito recorrente na escrita do gênero carta ao leitor, mas simulado pelo sistema de inteligência artificial ChatGPT. Esse modalizador, forjado pela tecnologia referenciada, é representado pelo uso da  
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Q2349810 Português

Para compreender a “Améfrica” e o “pretuguês”

Em texto de 1980, mas surpreendentemente atual, historiadora expõe contradição central na vida brasileira: mulheres negras são reduzidas a “mulatas, domésticas ou mães pretas”; mas sua presença deu forma e sentido ao país


         Foi então que uns brancos muito legais convidaram a gente prá uma festa deles, dizendo que era prá gente também. Negócio de livro sobre a gente, a gente foi muito bem recebido e tratado com toda consideração. Chamaram até prá sentar na mesa onde eles tavam sentados, fazendo discurso bonito, dizendo que a gente era oprimido, discriminado, explorado. Eram todos gente fina, educada, viajada por esse mundo de Deus. Sabiam das coisas. E a gente foi sentar lá na mesa. Só que tava cheia de gente que não deu prá gente sentar junto com eles. Mas a gente se arrumou muito bem, procurando umas cadeiras e sentando bem atrás deles. Eles tavam tão ocupados, ensinando um monte de coisa pro crioléu da plateia, que nem repararam que se apertasse um pouco até que dava prá abrir um espaçozinho e todo mundo sentar junto na mesa. Mas a festa foi eles que fizeram, e a gente não podia bagunçar com essa de chega prá cá, chega prá lá. A gente tinha que ser educado. E era discurso e mais discurso, tudo com muito aplauso. Foi aí que a neguinha que tava sentada com a gente, deu uma de atrevida. Tinham chamado ela prá responder uma pergunta. Ela se levantou, foi lá na mesa prá falar no microfone e começou a reclamar por causa de certas coisas que tavam acontecendo na festa. Tava armada a quizumba. A negrada parecia que tava esperando por isso prá bagunçar tudo. E era um tal de falar alto, gritar, vaiar, que nem dava prá ouvir discurso nenhum. Tá na cara que os brancos ficaram brancos de raiva e com razão. Tinham chamado a gente prá festa de um livro que falava da gente e a gente se comportava daquele jeito, catimbando a discurseira deles. Onde já se viu? Se eles sabiam da gente mais do que a gente mesmo? Se tavam ali, na maior boa vontade, ensinando uma porção de coisa prá gente da gente? Teve uma hora que não deu prá aguentar aquela zoada toda da negrada ignorante e mal educada. Era demais. Foi aí que um branco enfezado partiu prá cima de um crioulo que tinha pegado no microfone prá falar contra os brancos. E a festa acabou em briga… Agora, aqui prá nós, quem teve a culpa? Aquela neguinha atrevida, ora. Se não tivesse dado com a língua nos dentes… Agora tá queimada entre os brancos. Malham ela até hoje. Também quem mandou não saber se comportar? Não é a toa que eles vivem dizendo que “preto quando não caga na entrada, caga na saída”. 


GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Disponível em: <https://outraspalavras.net/eurocentrismoemxeque/para-compreender-a-

amefrica-e-o-pretugues/>. Acesso em: 10 nov. 2023. [Adaptado].

Pode-se afirmar que o efeito de sentido explorado pela autora em toda a extensão da epígrafe é
Alternativas
Q2349809 Português

Para compreender a “Améfrica” e o “pretuguês”

Em texto de 1980, mas surpreendentemente atual, historiadora expõe contradição central na vida brasileira: mulheres negras são reduzidas a “mulatas, domésticas ou mães pretas”; mas sua presença deu forma e sentido ao país


         Foi então que uns brancos muito legais convidaram a gente prá uma festa deles, dizendo que era prá gente também. Negócio de livro sobre a gente, a gente foi muito bem recebido e tratado com toda consideração. Chamaram até prá sentar na mesa onde eles tavam sentados, fazendo discurso bonito, dizendo que a gente era oprimido, discriminado, explorado. Eram todos gente fina, educada, viajada por esse mundo de Deus. Sabiam das coisas. E a gente foi sentar lá na mesa. Só que tava cheia de gente que não deu prá gente sentar junto com eles. Mas a gente se arrumou muito bem, procurando umas cadeiras e sentando bem atrás deles. Eles tavam tão ocupados, ensinando um monte de coisa pro crioléu da plateia, que nem repararam que se apertasse um pouco até que dava prá abrir um espaçozinho e todo mundo sentar junto na mesa. Mas a festa foi eles que fizeram, e a gente não podia bagunçar com essa de chega prá cá, chega prá lá. A gente tinha que ser educado. E era discurso e mais discurso, tudo com muito aplauso. Foi aí que a neguinha que tava sentada com a gente, deu uma de atrevida. Tinham chamado ela prá responder uma pergunta. Ela se levantou, foi lá na mesa prá falar no microfone e começou a reclamar por causa de certas coisas que tavam acontecendo na festa. Tava armada a quizumba. A negrada parecia que tava esperando por isso prá bagunçar tudo. E era um tal de falar alto, gritar, vaiar, que nem dava prá ouvir discurso nenhum. Tá na cara que os brancos ficaram brancos de raiva e com razão. Tinham chamado a gente prá festa de um livro que falava da gente e a gente se comportava daquele jeito, catimbando a discurseira deles. Onde já se viu? Se eles sabiam da gente mais do que a gente mesmo? Se tavam ali, na maior boa vontade, ensinando uma porção de coisa prá gente da gente? Teve uma hora que não deu prá aguentar aquela zoada toda da negrada ignorante e mal educada. Era demais. Foi aí que um branco enfezado partiu prá cima de um crioulo que tinha pegado no microfone prá falar contra os brancos. E a festa acabou em briga… Agora, aqui prá nós, quem teve a culpa? Aquela neguinha atrevida, ora. Se não tivesse dado com a língua nos dentes… Agora tá queimada entre os brancos. Malham ela até hoje. Também quem mandou não saber se comportar? Não é a toa que eles vivem dizendo que “preto quando não caga na entrada, caga na saída”. 


GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Disponível em: <https://outraspalavras.net/eurocentrismoemxeque/para-compreender-a-

amefrica-e-o-pretugues/>. Acesso em: 10 nov. 2023. [Adaptado].

Ainda no texto, ‘quizumba’ e ‘catimbando’ são exemplos de palavras de origem africana que foram incorporadas ao vocabulário da língua portuguesa. Qual é o processo linguístico que estuda e explica historicamente essa incorporação ao nosso vocabulário?
Alternativas
Q2349808 Português

Para compreender a “Améfrica” e o “pretuguês”

Em texto de 1980, mas surpreendentemente atual, historiadora expõe contradição central na vida brasileira: mulheres negras são reduzidas a “mulatas, domésticas ou mães pretas”; mas sua presença deu forma e sentido ao país


         Foi então que uns brancos muito legais convidaram a gente prá uma festa deles, dizendo que era prá gente também. Negócio de livro sobre a gente, a gente foi muito bem recebido e tratado com toda consideração. Chamaram até prá sentar na mesa onde eles tavam sentados, fazendo discurso bonito, dizendo que a gente era oprimido, discriminado, explorado. Eram todos gente fina, educada, viajada por esse mundo de Deus. Sabiam das coisas. E a gente foi sentar lá na mesa. Só que tava cheia de gente que não deu prá gente sentar junto com eles. Mas a gente se arrumou muito bem, procurando umas cadeiras e sentando bem atrás deles. Eles tavam tão ocupados, ensinando um monte de coisa pro crioléu da plateia, que nem repararam que se apertasse um pouco até que dava prá abrir um espaçozinho e todo mundo sentar junto na mesa. Mas a festa foi eles que fizeram, e a gente não podia bagunçar com essa de chega prá cá, chega prá lá. A gente tinha que ser educado. E era discurso e mais discurso, tudo com muito aplauso. Foi aí que a neguinha que tava sentada com a gente, deu uma de atrevida. Tinham chamado ela prá responder uma pergunta. Ela se levantou, foi lá na mesa prá falar no microfone e começou a reclamar por causa de certas coisas que tavam acontecendo na festa. Tava armada a quizumba. A negrada parecia que tava esperando por isso prá bagunçar tudo. E era um tal de falar alto, gritar, vaiar, que nem dava prá ouvir discurso nenhum. Tá na cara que os brancos ficaram brancos de raiva e com razão. Tinham chamado a gente prá festa de um livro que falava da gente e a gente se comportava daquele jeito, catimbando a discurseira deles. Onde já se viu? Se eles sabiam da gente mais do que a gente mesmo? Se tavam ali, na maior boa vontade, ensinando uma porção de coisa prá gente da gente? Teve uma hora que não deu prá aguentar aquela zoada toda da negrada ignorante e mal educada. Era demais. Foi aí que um branco enfezado partiu prá cima de um crioulo que tinha pegado no microfone prá falar contra os brancos. E a festa acabou em briga… Agora, aqui prá nós, quem teve a culpa? Aquela neguinha atrevida, ora. Se não tivesse dado com a língua nos dentes… Agora tá queimada entre os brancos. Malham ela até hoje. Também quem mandou não saber se comportar? Não é a toa que eles vivem dizendo que “preto quando não caga na entrada, caga na saída”. 


GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Disponível em: <https://outraspalavras.net/eurocentrismoemxeque/para-compreender-a-

amefrica-e-o-pretugues/>. Acesso em: 10 nov. 2023. [Adaptado].

O termo “pretuguês” foi criado pela historiadora Lélia Gonzalez para problematizar a africanização do idioma falado no Brasil, o que a levou a adotá-lo na escrita de seus textos acadêmicos. Seu objetivo era ser entendida pelo povo, em uma clara oposição àqueles que defendiam o suposto purismo da língua portuguesa. Na extensa epígrafe que introduz o artigo da historiadora, há uma série de marcas linguísticas como ‘prá’ e ‘tavam’ que são, sob a ótica da norma padrão, compreendidas como erros a serem corrigidos. Nesse sentido, essa perspectiva normativa, em contraste com o posicionamento da autora, evidencia
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Ano: 2023 Banca: UFSCAR Órgão: UFSCAR Prova: UFSCAR - 2023 - UFSCAR - Químico |
Q2293540 Química
A gestão dos resíduos químicos gerados em atividades de ensino e pesquisa em universidades requer uma política que integre todos os atores da unidade geradora: alunos, funcionários e docentes, além da própria instituição. O gerenciamento de resíduos químicos apresenta também um importante aspecto pedagógico, e uma maior discussão sobre esses temas com alunos de graduação e pós-graduação ajuda a formar profissionais mais responsáveis e com uma visão mais completa sobre os impactos ambientais de produtos e processos. Analise as seguintes afirmações sobre a gestão de resíduos gerados em laboratórios de Química:

I. A responsabilidade por tratar e descartar os resíduos adequadamente é da pessoa responsável pelo laboratório, independentemente de ela ter gerado ou não tais resíduos.
II. Soluções contendo metais pesados como cádmio e cromo devem ser diluídas antes de ser realizado o descarte na pia para a rede de esgoto.
III. O acúmulo de resíduos passivos, ou seja, resíduos estocados que ainda aguardam destinação final no laboratório, coloca em risco a segurança dos seus usuários.
IV. A minimização da geração de resíduos perigosos é preferível em relação ao tratamento e disposição desses resíduos.

Dentre essas afirmações, são verdadeiras:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: UFSCAR Órgão: UFSCAR Prova: UFSCAR - 2023 - UFSCAR - Químico |
Q2293539 Química
Qual a massa de cloreto de magnésio hexahidratado (massa molar = 203,3 g/mol) que deve ser pesada para a preparação de 200 mL de uma solução com concentração de Mg2+ de 100 mmol/L? 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: UFSCAR Órgão: UFSCAR Prova: UFSCAR - 2023 - UFSCAR - Químico |
Q2293538 Química
O hidróxido de cálcio, Ca(OH)2, também conhecido como cal hidratada, possui uma enorme gama de aplicações, podendo ser usado como agente floculante no tratamento de águas e efluentes, na correção da acidez do solo, e até na indústria alimentícia como parte do processo de refinamento do açúcar. Esse composto é pouco solúvel em água, apresentando um Kps de cerca de 5,5x10−6. De que maneira a solubilidade do hidróxido de cálcio em água é modificada frente à adição de outros compostos solúveis em água?
Alternativas
Ano: 2023 Banca: UFSCAR Órgão: UFSCAR Prova: UFSCAR - 2023 - UFSCAR - Químico |
Q2293537 Química
Considere a mistura de 50 mL de uma solução 2,0x10−4 mol/L de NaOH em água com 150 mL de uma solução 2,0x10−4 mol/L de HCl em água. Qual das opções abaixo mais se aproxima do valor de pH da solução resultante? 
Alternativas
Respostas
741: B
742: C
743: A
744: D
745: B
746: C
747: D
748: C
749: B
750: A
751: D
752: C
753: B
754: A
755: D
756: C
757: C
758: E
759: A
760: B