Questões de Concurso Para professor - ensino religioso

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Q2328313 Pedagogia
Da Idade Moderna para a Contemporaneidade, assiste-se a paradoxal existência do homem que se movimenta entre uma “evolução científica e tecnológica” (especialmente marcada pelo “progresso positivista”), a qual pressupõe uma evolução também ontológica e a barbárie, a incivilidade e a crise de identidade do ser. Nesse contexto, considera-se a crise de identidade do ser como crise de identidade da religião e do próprio Deus, como referência do ser do homem. Na atualidade, torna-se visível que as religiões atuam muito mais como mero e útil psicologismo do que de fato como religiosidade garantidora da revelação do Divino. Há um afastamento das igrejas e das religiões. Tal distanciamento é notório no ambiente escolar, no esvaziamento de sentido da própria disciplina de Ensino Religioso, configurando um estado de conflito na finalidade educacional de uma formação ontológica. Sobre isso, Lukács escreve, em “Para uma ontologia do ser social I”, que “a desmitologização da Bíblia quer resolver tais conflitos. E o faz à medida que Bultmann aplica o método ontológico de Heidegger aos conteúdos bíblicos e, com auxílio, procura diferenciar, nos conteúdos religiosos, o ‘eterno’ do puramente histórico-temporal. Trata-se – teologicamente falando – do que constitui o verdadeiro conteúdo da revelação e do que é historicamente condicionado, acessório historicamente transitório. O leitor imparcial dessa discussão iniciada de maneira consideravelmente acirrada ficará surpreso, antes de tudo, com a similitude entre a determinação de revelação de Bultmann e a de Jaspers”. Desse modo, em tempos de crises políticas, sociais, culturais, econômicas, étnicas e éticas, a religião da revelação não escapa à sua própria crise. Em relação à concepção do fenômeno da revelação como paradigma de uma ética ontológica da religião, Lukacs afirma que: 
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Q2328312 Pedagogia
Em sua obra “Sociologia da religião”, o sociólogo português Joaquim Costa, de forma resumida, porém fiel às teses, escreve sobre as principais teorias sociológicas acerca da religião. A sua abordagem engloba autores clássicos da sociologia que se dedicaram à análise filosófico-científica da religião e força influente na história humana. Costa descortina temas e tópicos essenciais da sociologia da religião em Marx, Engels, Durkheim, Weber e Bourdieu. Com importância acadêmica para os processos de formação dos cientistas da religião, cientistas sociais, cientistas políticos, filósofos e a ética dos tempos modernos e na contemporaneidade, o autor, de forma objetiva e profunda, apresenta autorias teóricas. Qual das alternativas a seguir apresenta uma correspondência CORRETA entre a definição ou concepção de religião e o seu respectivo autor/pensador?
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Q2328311 Pedagogia
Considerando as definições das citações em relação à religiosidade, qual das conclusões de Valle a seguir corresponde a um processo pedagógico formal do ensino religioso? 
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Q2328310 Pedagogia

INSTRUÇÃO: Analise o trecho a seguir para responder a esta questão.  


Em “O espectro disciplinar da ciência da religião”, ao escrever sobre a psicologia da religião, Edênio Valle traz as seguintes citações, ao se referir à religião e à religiosidade: “[...] é um conjunto orientado e estruturado de sentimentos e pensamentos, através dos quais o homem e a sociedade tomam consciência vital do seu ser íntimo e último e, simultaneamente, tornam aí presente o poder divino [...]” (VERGOTE, p. 25); “[...] é religioso tudo o que para os seres humanos encerra uma relação a algo que ultrapassa o humano, prescindindo-se dos modos concretos pelos quais o religioso pode ser concebido e experimentado [...]” (FILORAMO, p. 403) e, ainda, “[...] a religião é um fato humano complexo e específico: um conjunto de sistemas de crenças, de práticas, de símbolos e de estruturas sociais através do qual o homem, de acordo com as diferentes épocas e culturas, vive sua relação específica com um mundo específico: o mundo do sagrado. Este fato caracteriza-se por sua complexidade – nele são postos em movimento todos os níveis da consciência humana – e pela intervenção nele de uma intenção específica de referência a uma realidade superior, invisível, transcendente, misteriosa, da qual faz depender o sentido último da vida [...]” (VELASCO, p. 75).

Tratando da existência de Deus em seu “Compêndio de teologia”, Tomás de Aquino segue o pensamento filosófico de Aristóteles ao afirmar que “Deus é imóvel”, assim posto: “Daqui se infere ser necessário que o Deus que põe em movimento todas as coisas é imóvel. Com efeito, por ser a primeira causa motora, se ele mesmo fosse movido, sê-lo-ia ou por si mesmo ou por outro. Deus não pode ser posto em movimento por outra causa motora, pois neste caso haveria outra causa anterior a Ele, com o que já não seria Ele a primeira causa motora”.
Nessa perspectiva, São Tomás, alinhado ao pensamento aristotélico, reconhece, teologicamente, uma natureza criada que tem um princípio causador de todo efeito e a imobilidade de Deus como “perfeição”. Fundamentando a sua teologia, Aquino afirma, na sequência: 
Alternativas
Q2328309 Pedagogia
INSTRUÇÃO: Considere o trecho a seguir para responder a esta questão. 

¹ No princípio criou Deus o céu e a terra. ² E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. ³ E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro. E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi. E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo. E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi. ¹ E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom. [...] ² E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. ² E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. ² E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

Fonte: BÍBLIA. Gênesis 1:1-10; 26-28. Disponível em: https://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/1. Acesso em: 15 set. 2023. 
A teologia e os teólogos ainda afirmam que o começo de tudo e o princípio de todas as coisas está com e em Deus. Na Grécia Antiga Clássica, encontramos o “primeiro motor imóvel” de Aristóteles como causa de todo princípio e de toda a natureza. Diferentemente não foi com a “ideia absoluta” de Platão, no seu construto de um “mundo das ideias perfeitas”, como não fora com o ápeiron que seria a causa originária de todos os seres materiais: esse termo grego que indica o ilimitado, o infinito, uma realidade originária e indiferenciada, sem limites e sem fronteiras, “de onde provêm todos os céus e os mundos neles contidos”. Hans Küng, constatando a preocupação de filósofos e teólogos com o problema da origem desde a Antiguidade, afirma que “Um início que ultrapassa tempo e espaço pode ser expresso pela palavra ‘origem’ (em latim, ‘origo’). Esta palavra lembra inicialmente a fonte ‘nascendo’ do chão, ou o astro subindo do horizonte, mas logo ela se amplia para significar todo e qualquer ponto de partida, também no sentido intelectual. É verdade que ‘origem’ não pode de antemão ser identificada com ‘criação’ nem com ‘criador’. Nesse sentido, teólogos facilmente estão expostos a um curto-circuito. Seja como for, o pensamento filosófico moderno, ao contrário do pensamento medieval ou reformador, já não pode simplesmente começar com Deus: ele precisa começar ‘de baixo’. Para o pensamento moderno, o começo do conhecimento está na experiência do homem”. Como, pois, provar a existência de Deus?. Assinale a alternativa que apresenta respostas apontadas por Küng, em sua obra “O princípio de todas as coisas: ciências naturais e religião”, sobre esse questionamento. 
Alternativas
Respostas
721: D
722: A
723: E
724: C
725: B