Da Idade Moderna para a Contemporaneidade, assiste-se a para...
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Ano: 2023
Banca:
COTEC
Órgão:
Prefeitura de Unaí - MG
Prova:
COTEC - 2023 - Prefeitura de Unaí - MG - Professor de Educação Básica II – Educação Religiosa |
Q2328313
Pedagogia
Da Idade Moderna para a Contemporaneidade, assiste-se a paradoxal existência do homem que se movimenta entre
uma “evolução científica e tecnológica” (especialmente marcada pelo “progresso positivista”), a qual pressupõe uma
evolução também ontológica e a barbárie, a incivilidade e a crise de identidade do ser. Nesse contexto, considera-se
a crise de identidade do ser como crise de identidade da religião e do próprio Deus, como referência do ser do
homem. Na atualidade, torna-se visível que as religiões atuam muito mais como mero e útil psicologismo do que de
fato como religiosidade garantidora da revelação do Divino. Há um afastamento das igrejas e das religiões. Tal
distanciamento é notório no ambiente escolar, no esvaziamento de sentido da própria disciplina de Ensino Religioso,
configurando um estado de conflito na finalidade educacional de uma formação ontológica. Sobre isso, Lukács
escreve, em “Para uma ontologia do ser social I”, que “a desmitologização da Bíblia quer resolver tais conflitos. E o
faz à medida que Bultmann aplica o método ontológico de Heidegger aos conteúdos bíblicos e, com auxílio, procura
diferenciar, nos conteúdos religiosos, o ‘eterno’ do puramente histórico-temporal. Trata-se – teologicamente falando –
do que constitui o verdadeiro conteúdo da revelação e do que é historicamente condicionado, acessório
historicamente transitório. O leitor imparcial dessa discussão iniciada de maneira consideravelmente acirrada ficará
surpreso, antes de tudo, com a similitude entre a determinação de revelação de Bultmann e a de Jaspers”. Desse
modo, em tempos de crises políticas, sociais, culturais, econômicas, étnicas e éticas, a religião da revelação não
escapa à sua própria crise. Em relação à concepção do fenômeno da revelação como paradigma de uma ética
ontológica da religião, Lukacs afirma que: