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Q443336 Português

                                                 Cair do cavalo 


    Todo mundo um dia cai do cavalo, alguns literalmente inclusive. Cair do cavalo é perder o equilíbrio e o movimento ao mesmo tempo. É bater com toda a força no chão e em seguida ficar prostrado, incapaz de planejar o próximo movimento. Cair do cavalo dói não apenas pelo impacto em si, mas porque nos arranca do conforto da rotina. Paranoicos, hipocondríacos, precavidos, todo mundo cai do cavalo do mesmo jeito, ou seja, sem aviso prévio. E ninguém consegue evitar a perplexidade e a indignação ao verificar, na própria pele, um dos fatos mais banais da existência: coisas dão errado. 

    Se as tijoladas do destino são mais a regra do que a exceção, deveríamos estar mais preparados para lidar com doenças, separações, mortes, problemas de dinheiro, frustrações em geral – mas o fato é que nunca estamos. Somos comovedoramente ingênuos e distraídos, pelo menos até o primeiro grande tombo.

    De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. Alguns naufragam na autopiedade, outros veem suas forças exauridas pelo próprio esforço de enfrentar a tormenta. Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: sofri, mas aprendi. (Foi o caso, por exemplo, de Reynaldo Gianecchini, que em todas as entrevistas depois do fim do tratamento do câncer fez questão de falar sobre o lado transcendente da doença.) Há aqueles, porém, em que o sofrimento apenas acentua traços de personalidade que já existiam: o egoísta torna-se intratável, o tímido recolhe-se ainda mais, o extrovertido abusa da grandiloquência. (Lula, na primeira grande entrevista depois do fim do tratamento, falou da doença com a mesma ênfase barroca que usa para florear todos os assuntos, da economia internacional às derrotas do Corinthians: “Se eu perdesse a voz, estaria morto” ou “Estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim”.) 

    O ensaísta francês Michel de Montaigne (1533-1592) também caiu do cavalo – concreta e metaforicamente – e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois. A tese é apresentada na deliciosa biografia do filósofo lançada há pouco no Brasil: Como Viver Uma biografia em uma pergunta e vinte tentativas de respostas, da escritora inglesa Sarah Bakewell. O acidente quase fatal, sustenta a autora, ajudou Montaigne a desencanar das preocupações com o futuro e prestar mais atenção no presente e nele mesmo. Seus magníficos Ensaios, escritos nos 20 anos seguintes ao acidente, nada mais são do que a tentativa de ficar alerta às próprias sensações e experiências e buscar a paz de espírito – o “como viver” do título. 

    Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos, e nossa atenção tem que estar o tempo todo sendo reorientada para onde ela deveria estar: aqui e agora. Cair do cavalo pode ser inevitável, mas prestar atenção na paisagem é o que faz o passeio valer a pena. 


                                                                                   LAITANO, Claudia. In: Zero Hora, Porto Alegre, 

                                                                                                                              7 de abril de 2012, p. 2.

No primeiro período, a autora usa a expressão que dá título ao texto:
Alternativas
Q121584 Atualidades
                   Vinte anos após libertação de Mandela, África do Sul vive                                        apartheid de classes. O líder sul-africano Nelson Mandela, que há exatos 20 anos foi libertado da prisão depois de quase três décadas encarcerado, tinha o sonho de ver seu país livre do odioso  regime denominado apartheid.                                                                                                           Internet: <http://noticias.r7.com>

Assinale a alternativa correta em relação ao tema.

Alternativas
Q121581 Português
Julgue os itens a seguir, de acordo com o texto III.

I. No primeiro período do texto, as orações “seja ele um supervisor de primeira linha ou o dirigente máximo da organização" (linhas 1 a 3) são orações subordinadas adjetivas explicativas.

II. Foi empregado o acento circunflexo em “têm" (linha 15), pois o verbo ter na terceira pessoal do plural é acentuado.

III. Em “para alcançar seus objetivos com a maior eficiência e economia de ação e de recursos." (linhas 12 a 14), um dos motivos para emprego da segunda preposição de é o paralelismo sintático.

IV. Antes de pronome possessivo feminino a crase é facultativo, entretanto em “Devido as suas limitações físicas" (linha 14) o acento grave não foi empregado, pois há apenas a preposição.

A quantidade de itens certos é igual a

Alternativas
Q121580 Português
Julgue os itens a seguir, de acordo com o texto III.

I. O trabalho do administrador é semelhante em qualquer organização e independe da posição que ele ocupa.

II. Pode se depreender da leitura do texto que os objetivos somente são alcançados com cooperação dos fornecedores.

III. O autor afirma que a Administração somente existe para empresas de grande porte.

IV. Considerando o texto, pode-se afirmar que somente há cooperação quando há limitação física.

A quantidade de itens certos é igual a

Alternativas
Q121579 Português

Imagem associada para resolução da questão
Julgue os itens a seguir acerca do texto I.

I. Em “pois os afazeres privados difere dos públicos somente em magnitude" (linhas 7 e 8) há um problema de concordância, pois o verbo deveria concordar com seu sujeito que está posposto ao verbo.

II. Em “gerem negócios privados; e os que sabem empregá- los" (linhas 13 e 14) o ponto e vírgula foi empregado porque a conjunção “e" foi utilizada inadequadamente em uma enumeração.

III. O vocábulo “Nicomaquides" (linha 5) exerce função de aposto.

IV. O vocábulo “ambos" (linha 17) é um elemento anafórico que retoma os tipos de negócios mencionados em “conduzem tanto os negócios públicos quanto os privados, judiciosamente," (linhas 14 e 15).

A quantidade de itens certos é igual a
Alternativas
Respostas
441: C
442: A
443: B
444: A
445: A