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DIÁLOGO DE SURDOS
Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016.
Adaptado de:
http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos
Acesso em 30 out 2017.
A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato, quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e vice-versa.
Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos espaços, quase diariamente). [...]
Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam,
B nunca diz que A diz A, mas que diz “nãoB”. E vice-versa.
O interessante é que nunca se encontra “nãoB” no
discurso de A, sempre se encontra A; mas B não “pode”
ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária,
ideológica.
Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do português. Se um linguista diz que não há “erro” em uma fala popular, como em “as elite” (que a elite escreve burramente “a zelite”, quando deveria escrever “as elite”), seus opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que segue uma regra, mas que “aceitam tudo”, que “aceitam o erro”. O simulacro consiste no fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).
Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.
Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está seguindo as regras definidas pelo Supremo.
Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos repórteres: a pergunta não é “a pedalada é um crime?” (uma questão mérito), mas “impeachment é golpe?”. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o impedimento está previsto na Constituição.
Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta é pênalti...
A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto). Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.
Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.
Universidade Estadual de Campinas
DIÁLOGO DE SURDOS
Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016.
Adaptado de:
http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos
Acesso em 30 out 2017.
A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato, quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e vice-versa.
Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos espaços, quase diariamente). [...]
Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam,
B nunca diz que A diz A, mas que diz “nãoB”. E vice-versa.
O interessante é que nunca se encontra “nãoB” no
discurso de A, sempre se encontra A; mas B não “pode”
ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária,
ideológica.
Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do português. Se um linguista diz que não há “erro” em uma fala popular, como em “as elite” (que a elite escreve burramente “a zelite”, quando deveria escrever “as elite”), seus opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que segue uma regra, mas que “aceitam tudo”, que “aceitam o erro”. O simulacro consiste no fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).
Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.
Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está seguindo as regras definidas pelo Supremo.
Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos repórteres: a pergunta não é “a pedalada é um crime?” (uma questão mérito), mas “impeachment é golpe?”. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o impedimento está previsto na Constituição.
Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta é pênalti...
A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto). Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.
Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.
Universidade Estadual de Campinas
I. A palavra “simulacro”, destacada no texto, foi empregada para potencializar o sentido de disputa.
II. A ideia expressa pelo título é retomada, no texto, por: “A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém se entende”.
III. A presença de todos os parênteses que ocorrem no texto indica que se quer assegurar o entendimento de seu conteúdo, por isso são introduzidas explicações, através do uso desse recurso.
IV. A palavra “empírico” modifica o sentido do termo “tratamento”, atribuindo-lhe a conotação de “baseado na experiência”, ou seja, “na prática”.
Assinale a alternativa que contenha a análise correta das proposições.
No Plano de Classificação e Tabela de Temporalidade de Documentos Área-Meio e Área-Fim de Documentos, desenvolvido pelo Arquivo Público do Estado do Mato Grosso, a classe 800 é destinada à área de Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos. Sobre o Plano de Classificação de Documentos e Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo, por meio de códigos pré-definidos, viabiliza a recuperação dos documentos.
( ) O Código de Classificação de Documentos facilita as atividades como avaliação, seleção, eliminação, transferência, recolhimento e acesso.
( ) A Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo auxilia na definição da organização física dos documentos arquivados.
( ) A Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo determina a validade dos documentos durante o seu ciclo de vida.
( ) O Código de Classificação de Documentos estabelece os critérios para eliminação dos documentos.
Assinale a sequência correta.
Segundo Jardim (1987), a gestão documental perpassa por três etapas distintas: primeiramente pela _______________ , que envolve o desenvolvimento e/ou padronização dos documentos da instituição. Posteriormente, pela_______________ e_________________, caracterizadas pelo controle do fluxo documental e sua preservação. Por fim a __________________ , responsável pelo desenvolvimento do "sistema" de avaliação documental, o qual determina quais documentos possuem valores permanentes.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas.
O Protocolo do Sistema de Arquivo da Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso é responsável pelo recebimento, registro, controle da tramitação e expedição de documentos dentro da instituição. A coluna da esquerda apresenta rotinas desenvolvidas nos Arquivos Correntes e a da direita, setores de atividades onde essas rotinas são desenvolvidas. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.
1 - Fazer a leitura da correspondência e verificar a existência de antecedentes.
2 - Preparar e utilizar o sistema de protocolo ou fichas, em duas vias, anotando o número do protocolo, data da entrada, procedência, espécie, número e data do documento, código e resumo do assunto.
3 - Receber a correspondência para envio (original e 3 cópias).
4 - Verificar a classificação atribuída no ato do recebimento, ratificando-a quando necessário.
( ) Registro e distribuição
( ) Expedição
( ) Arquivamento
( ) Recebimento
Assinale a sequência correta.
Os princípios arquivísticos norteiam as atividades desenvolvidas nos arquivos com o objetivo de buscar a integridade, a preservação documental e fornecer acesso à informação pela sociedade. Sobre princípios arquivísticos, analise as assertivas.
I - Proveniência (Respeito aos fundos): documentos recebidos ou produzidos pertencentes a uma área territorial devem permanecer na mesma região de origem, sendo vedada a sua dispersão.
II - Ordem Original: documentos recebidos ou produzidos devem ser mantidos e respeitados com sua ordem original.
III - Teoria das Três Idades: os documentos passam por fases estabelecidas de acordo com sua vigência administrativa e frequência de consulta: idade corrente, intermediária e permanente ou histórica.
IV - Territorialidade: documentos recebidos ou produzidos por pessoa física ou jurídica, pública ou privada, devem ser conservados juntos, segundo sua origem.
V - Unicidade: os documentos arquivísticos possuem caráter único segundo a forma, espécie ou tipo, de acordo com a função do contexto original.
Estão corretas as assertivas
As dores e as inflamações pequenas podem ser tratadas ao mesmo tempo empregando-se um medicamento denominado anti-inflamatório não esteroidal. Um medicamento deste tipo bastante conhecido é a aspirina. Em alguns pacientes, a aspirina pode causar sangramento no estômago e reações alérgicas. Outras alternativas então são o ibuprofeno e o naproxeno que são menos propensos a distúrbios estomacais.
Observando a fórmula estrutural plana dos três medicamentos, há em comum o grupo
A decomposição do KClO3 geralmente é usada para produzir pequenas quantidades de O2 no laboratório a partir da seguinte reação balanceada: 2KClO3 (s) → 2KCl (s)+3 O2 (g). Quantos gramas de O2, aproximadamente, podem ser preparados a partir de 9,0 g de KClO3?
Dados:
Massas molares (g/mol): K = 39,1; Cl = 35,5 e O = 16.