Questões de Concurso
Para enfermagem
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Em junho de 2022, o senador e ex-guerrilheiro Gustavo Petro é eleito Presidente da Colômbia. Ele se tornou o primeiro Presidente do país eleito:
Após 1810, com as concessões de ___________, a região de Tunas começaria a ser desbravada de forma oficial, tendo como proprietários integrantes da tradicional família Correa da Câmara e Atanagildo Rodrigues da Silva.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.
Com fundamento na Constituição Federal, assinale a alternativa INCORRETA.
Com base na Lei Maria da Penha, analise as assertivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida e à segurança.
( ) O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar o encaminhamento à assistência judiciária.
( ) Na hipótese da iminência de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência não deve tomar nenhuma providência, cabendo agir somente após a prática da violência.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Com referência no Estatuto Nacional da Igualdade Racial, analise as assertivas abaixo:
I. O direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos de matriz africana compreende o acesso aos órgãos e aos meios de comunicação para divulgação das respectivas religiões.
II. O frevo é reconhecido como desporto de criação nacional.
III. A orientação profissional agrícola das comunidades negras rurais não deve ser promovida pelo Poder Público.
Quais estão corretas?
Com base na Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, analise as assertivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A investidura em cargo ou emprego público assim como a admissão de empregados na administração indireta e empresas subsidiárias dependerão de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.
( ) A publicidade dos atos, programas, obras e serviços, e as campanhas dos órgãos e entidades da administração pública deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, autorizado o uso de símbolos ideológicos político-partidários ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou de servidores públicos.
( ) As provas dos concursos públicos deverão aferir, com caráter eliminatório, os conhecimentos específicos exigidos para o exercício do cargo.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Aviãozinho
Por Luís Fernando Verissimo
- A estratégia do falso aviãozinho que todas as mães do mundo ― literalmente: todas ―
- usam para convencer o bebê a comer sua papinha e é tão antiga quanto o próprio avião, não
- tem nenhuma lógica. Para começar, é pouco provável que um bebê na idade de comer papinha
- sequer saiba o que é um avião. A mãe fazer o ruído do motor enquanto aproxima o
- pseudoaviãozinho da sua boca não ajuda em nada, o bebê também não sabe como é barulho de
- avião. Para ele, aquilo é apenas outro barulho de mãe.
- Em segundo lugar, não há qualquer razão para um bebê aceitar papinha de um avião que
- não aceitaria de uma colher. No seu universo, avião e colher é a mesma coisa. Navio e colher é
- a mesma coisa. Se o bebê, por um fenômeno de precocidade, se desse conta do surrealismo da
- cena ― "Abre a boquinha que lá vai o aviãozinho"?! ― isso seria mais causa para espanto do
- que para abrir a boca. Quem quer comer papinha com um avião se aproximando da sua boca,
- fazendo barulho?
- Pensando bem, nossa infância era cheia de surrealismo inconsciente, de ameaças e
- sentenças que só não nos paralisavam de medo ou perplexidade porque não pensávamos muito
- a respeito. Não me lembro de ficar muito impressionado com a informação de que eu só não
- perdia a cabeça porque ela estava presa no corpo, por exemplo. Hoje, sim, penso naquela terrível
- possível consequência da minha distração ― ir embora e deixar a cabeça em algum lugar! Ou,
- já que o cérebro estava na cabeça, pelo menos a maior parte, me dar conta de que meu corpo
- tinha me esquecido. Sem poder gritar, sem poder sequer assoviar, já que os pulmões tinham ido
- junto. Uma cabeça abandonada no mundo, incapaz de sequer se alimentar.
- A não ser, claro, que um aviãozinho surgisse, misteriosamente, do passado, carregado
- de papinha, para me salvar. Pulseira dourada Mais lembranças inúteis. Tinha eu meus 7 anos...
- Se você quiser parar por aqui, tudo bem. Não, não, nenhum constrangimento. Vá ler o resto do
- jornal, aqui você só estaria perdendo tempo. O que é isso? Eu entendo. Numa boa. Eu mesmo
- só fico porque preciso botar o ponto final. Mas tinha eu meus 7 anos e morávamos em Los
- Angeles. Meu pai lecionava na UCLA, eu e minha irmã frequentávamos uma escola perto de casa.
- E me apaixonei por uma menina da escola. Uma daquelas paixões dos 7 anos, terrível e, no meu
- caso, secreta e silenciosa. Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal
- escondida atrás de uns livros, numa prateleira da sala. Uma pulseira dourada dentro de uma
- caixa. Um dia, tomei a decisão. Meu amor justificava tudo, até o crime. Peguei a pulseira e a
- levei, escondida, para a escola. Na saída, entreguei a caixa para ___ menina ― e saí correndo.
- Em casa nunca deram falta da pulseira. A menina nunca disse nada sobre o presente. Eu,
- obviamente, nunca mencionei o fato para ninguém, muito menos para a menina ― com quem,
- aliás, nunca troquei nem um tímido "hello". A história termina aqui. Eu avisei que você ia perder
- tempo. Mas ___ vezes penso naquela pulseira e imagino coisas. Chegar, um dia, nos Estados
- Unidos e alguém da imigração americana consultar um computador e dizer "Há a questão de
- certa pulseira dourada na Califórnia, Mr. Verissimo...". Estar assistindo ___ entrevista de alguma
- atriz famosa na TV e ela contar que um dia, quando tinha 7 anos, um garoto estranho lhe
- entregara uma pulseira e saíra correndo, e mostrar a pulseira dourada, que lhe dera sorte, que
- era responsável pelo seu sucesso, e que ela nunca pudera agradecer... Pelo menos minha vida
- de crimes acabou ali. Post scriptum tipo nada a ver com nada. Muitos anos depois visitei o bairro
- em que morávamos em Los Angeles e fui procurar a escola, palco do meu gesto tresloucado.
- Tinha sido destruída por um terremoto.
(Disponível em: Cultura Genial – https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-de-luis-fernando-verissimo-comentadas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
No trecho “Se você quiser parar por aqui” (l. 23), a conjunção “se” indica a ideia de ___________ e poderia ser substituída por ___________, desde que __________ feitas alterações no período a fim de ser mantida a correção gramatical.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Aviãozinho
Por Luís Fernando Verissimo
- A estratégia do falso aviãozinho que todas as mães do mundo ― literalmente: todas ―
- usam para convencer o bebê a comer sua papinha e é tão antiga quanto o próprio avião, não
- tem nenhuma lógica. Para começar, é pouco provável que um bebê na idade de comer papinha
- sequer saiba o que é um avião. A mãe fazer o ruído do motor enquanto aproxima o
- pseudoaviãozinho da sua boca não ajuda em nada, o bebê também não sabe como é barulho de
- avião. Para ele, aquilo é apenas outro barulho de mãe.
- Em segundo lugar, não há qualquer razão para um bebê aceitar papinha de um avião que
- não aceitaria de uma colher. No seu universo, avião e colher é a mesma coisa. Navio e colher é
- a mesma coisa. Se o bebê, por um fenômeno de precocidade, se desse conta do surrealismo da
- cena ― "Abre a boquinha que lá vai o aviãozinho"?! ― isso seria mais causa para espanto do
- que para abrir a boca. Quem quer comer papinha com um avião se aproximando da sua boca,
- fazendo barulho?
- Pensando bem, nossa infância era cheia de surrealismo inconsciente, de ameaças e
- sentenças que só não nos paralisavam de medo ou perplexidade porque não pensávamos muito
- a respeito. Não me lembro de ficar muito impressionado com a informação de que eu só não
- perdia a cabeça porque ela estava presa no corpo, por exemplo. Hoje, sim, penso naquela terrível
- possível consequência da minha distração ― ir embora e deixar a cabeça em algum lugar! Ou,
- já que o cérebro estava na cabeça, pelo menos a maior parte, me dar conta de que meu corpo
- tinha me esquecido. Sem poder gritar, sem poder sequer assoviar, já que os pulmões tinham ido
- junto. Uma cabeça abandonada no mundo, incapaz de sequer se alimentar.
- A não ser, claro, que um aviãozinho surgisse, misteriosamente, do passado, carregado
- de papinha, para me salvar. Pulseira dourada Mais lembranças inúteis. Tinha eu meus 7 anos...
- Se você quiser parar por aqui, tudo bem. Não, não, nenhum constrangimento. Vá ler o resto do
- jornal, aqui você só estaria perdendo tempo. O que é isso? Eu entendo. Numa boa. Eu mesmo
- só fico porque preciso botar o ponto final. Mas tinha eu meus 7 anos e morávamos em Los
- Angeles. Meu pai lecionava na UCLA, eu e minha irmã frequentávamos uma escola perto de casa.
- E me apaixonei por uma menina da escola. Uma daquelas paixões dos 7 anos, terrível e, no meu
- caso, secreta e silenciosa. Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal
- escondida atrás de uns livros, numa prateleira da sala. Uma pulseira dourada dentro de uma
- caixa. Um dia, tomei a decisão. Meu amor justificava tudo, até o crime. Peguei a pulseira e a
- levei, escondida, para a escola. Na saída, entreguei a caixa para ___ menina ― e saí correndo.
- Em casa nunca deram falta da pulseira. A menina nunca disse nada sobre o presente. Eu,
- obviamente, nunca mencionei o fato para ninguém, muito menos para a menina ― com quem,
- aliás, nunca troquei nem um tímido "hello". A história termina aqui. Eu avisei que você ia perder
- tempo. Mas ___ vezes penso naquela pulseira e imagino coisas. Chegar, um dia, nos Estados
- Unidos e alguém da imigração americana consultar um computador e dizer "Há a questão de
- certa pulseira dourada na Califórnia, Mr. Verissimo...". Estar assistindo ___ entrevista de alguma
- atriz famosa na TV e ela contar que um dia, quando tinha 7 anos, um garoto estranho lhe
- entregara uma pulseira e saíra correndo, e mostrar a pulseira dourada, que lhe dera sorte, que
- era responsável pelo seu sucesso, e que ela nunca pudera agradecer... Pelo menos minha vida
- de crimes acabou ali. Post scriptum tipo nada a ver com nada. Muitos anos depois visitei o bairro
- em que morávamos em Los Angeles e fui procurar a escola, palco do meu gesto tresloucado.
- Tinha sido destruída por um terremoto.
(Disponível em: Cultura Genial – https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-de-luis-fernando-verissimo-comentadas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa na qual a palavra “que” tenha sido empregada como pronome relativo.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Aviãozinho
Por Luís Fernando Verissimo
- A estratégia do falso aviãozinho que todas as mães do mundo ― literalmente: todas ―
- usam para convencer o bebê a comer sua papinha e é tão antiga quanto o próprio avião, não
- tem nenhuma lógica. Para começar, é pouco provável que um bebê na idade de comer papinha
- sequer saiba o que é um avião. A mãe fazer o ruído do motor enquanto aproxima o
- pseudoaviãozinho da sua boca não ajuda em nada, o bebê também não sabe como é barulho de
- avião. Para ele, aquilo é apenas outro barulho de mãe.
- Em segundo lugar, não há qualquer razão para um bebê aceitar papinha de um avião que
- não aceitaria de uma colher. No seu universo, avião e colher é a mesma coisa. Navio e colher é
- a mesma coisa. Se o bebê, por um fenômeno de precocidade, se desse conta do surrealismo da
- cena ― "Abre a boquinha que lá vai o aviãozinho"?! ― isso seria mais causa para espanto do
- que para abrir a boca. Quem quer comer papinha com um avião se aproximando da sua boca,
- fazendo barulho?
- Pensando bem, nossa infância era cheia de surrealismo inconsciente, de ameaças e
- sentenças que só não nos paralisavam de medo ou perplexidade porque não pensávamos muito
- a respeito. Não me lembro de ficar muito impressionado com a informação de que eu só não
- perdia a cabeça porque ela estava presa no corpo, por exemplo. Hoje, sim, penso naquela terrível
- possível consequência da minha distração ― ir embora e deixar a cabeça em algum lugar! Ou,
- já que o cérebro estava na cabeça, pelo menos a maior parte, me dar conta de que meu corpo
- tinha me esquecido. Sem poder gritar, sem poder sequer assoviar, já que os pulmões tinham ido
- junto. Uma cabeça abandonada no mundo, incapaz de sequer se alimentar.
- A não ser, claro, que um aviãozinho surgisse, misteriosamente, do passado, carregado
- de papinha, para me salvar. Pulseira dourada Mais lembranças inúteis. Tinha eu meus 7 anos...
- Se você quiser parar por aqui, tudo bem. Não, não, nenhum constrangimento. Vá ler o resto do
- jornal, aqui você só estaria perdendo tempo. O que é isso? Eu entendo. Numa boa. Eu mesmo
- só fico porque preciso botar o ponto final. Mas tinha eu meus 7 anos e morávamos em Los
- Angeles. Meu pai lecionava na UCLA, eu e minha irmã frequentávamos uma escola perto de casa.
- E me apaixonei por uma menina da escola. Uma daquelas paixões dos 7 anos, terrível e, no meu
- caso, secreta e silenciosa. Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal
- escondida atrás de uns livros, numa prateleira da sala. Uma pulseira dourada dentro de uma
- caixa. Um dia, tomei a decisão. Meu amor justificava tudo, até o crime. Peguei a pulseira e a
- levei, escondida, para a escola. Na saída, entreguei a caixa para ___ menina ― e saí correndo.
- Em casa nunca deram falta da pulseira. A menina nunca disse nada sobre o presente. Eu,
- obviamente, nunca mencionei o fato para ninguém, muito menos para a menina ― com quem,
- aliás, nunca troquei nem um tímido "hello". A história termina aqui. Eu avisei que você ia perder
- tempo. Mas ___ vezes penso naquela pulseira e imagino coisas. Chegar, um dia, nos Estados
- Unidos e alguém da imigração americana consultar um computador e dizer "Há a questão de
- certa pulseira dourada na Califórnia, Mr. Verissimo...". Estar assistindo ___ entrevista de alguma
- atriz famosa na TV e ela contar que um dia, quando tinha 7 anos, um garoto estranho lhe
- entregara uma pulseira e saíra correndo, e mostrar a pulseira dourada, que lhe dera sorte, que
- era responsável pelo seu sucesso, e que ela nunca pudera agradecer... Pelo menos minha vida
- de crimes acabou ali. Post scriptum tipo nada a ver com nada. Muitos anos depois visitei o bairro
- em que morávamos em Los Angeles e fui procurar a escola, palco do meu gesto tresloucado.
- Tinha sido destruída por um terremoto.
(Disponível em: Cultura Genial – https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-de-luis-fernando-verissimo-comentadas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando-se o emprego dos sinais de pontuação, analise as assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Na linha 10, o uso das aspas deve-se à transcrição de trecho em discurso direto.
( ) Na linha 17, o travessão não poderia ser substituído por dois pontos, pois isso acarretaria erro gramatical ao período.
( ) Na linha 19, a primeira ocorrência de vírgula indica a separação de orações coordenadas.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Aviãozinho
Por Luís Fernando Verissimo
- A estratégia do falso aviãozinho que todas as mães do mundo ― literalmente: todas ―
- usam para convencer o bebê a comer sua papinha e é tão antiga quanto o próprio avião, não
- tem nenhuma lógica. Para começar, é pouco provável que um bebê na idade de comer papinha
- sequer saiba o que é um avião. A mãe fazer o ruído do motor enquanto aproxima o
- pseudoaviãozinho da sua boca não ajuda em nada, o bebê também não sabe como é barulho de
- avião. Para ele, aquilo é apenas outro barulho de mãe.
- Em segundo lugar, não há qualquer razão para um bebê aceitar papinha de um avião que
- não aceitaria de uma colher. No seu universo, avião e colher é a mesma coisa. Navio e colher é
- a mesma coisa. Se o bebê, por um fenômeno de precocidade, se desse conta do surrealismo da
- cena ― "Abre a boquinha que lá vai o aviãozinho"?! ― isso seria mais causa para espanto do
- que para abrir a boca. Quem quer comer papinha com um avião se aproximando da sua boca,
- fazendo barulho?
- Pensando bem, nossa infância era cheia de surrealismo inconsciente, de ameaças e
- sentenças que só não nos paralisavam de medo ou perplexidade porque não pensávamos muito
- a respeito. Não me lembro de ficar muito impressionado com a informação de que eu só não
- perdia a cabeça porque ela estava presa no corpo, por exemplo. Hoje, sim, penso naquela terrível
- possível consequência da minha distração ― ir embora e deixar a cabeça em algum lugar! Ou,
- já que o cérebro estava na cabeça, pelo menos a maior parte, me dar conta de que meu corpo
- tinha me esquecido. Sem poder gritar, sem poder sequer assoviar, já que os pulmões tinham ido
- junto. Uma cabeça abandonada no mundo, incapaz de sequer se alimentar.
- A não ser, claro, que um aviãozinho surgisse, misteriosamente, do passado, carregado
- de papinha, para me salvar. Pulseira dourada Mais lembranças inúteis. Tinha eu meus 7 anos...
- Se você quiser parar por aqui, tudo bem. Não, não, nenhum constrangimento. Vá ler o resto do
- jornal, aqui você só estaria perdendo tempo. O que é isso? Eu entendo. Numa boa. Eu mesmo
- só fico porque preciso botar o ponto final. Mas tinha eu meus 7 anos e morávamos em Los
- Angeles. Meu pai lecionava na UCLA, eu e minha irmã frequentávamos uma escola perto de casa.
- E me apaixonei por uma menina da escola. Uma daquelas paixões dos 7 anos, terrível e, no meu
- caso, secreta e silenciosa. Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal
- escondida atrás de uns livros, numa prateleira da sala. Uma pulseira dourada dentro de uma
- caixa. Um dia, tomei a decisão. Meu amor justificava tudo, até o crime. Peguei a pulseira e a
- levei, escondida, para a escola. Na saída, entreguei a caixa para ___ menina ― e saí correndo.
- Em casa nunca deram falta da pulseira. A menina nunca disse nada sobre o presente. Eu,
- obviamente, nunca mencionei o fato para ninguém, muito menos para a menina ― com quem,
- aliás, nunca troquei nem um tímido "hello". A história termina aqui. Eu avisei que você ia perder
- tempo. Mas ___ vezes penso naquela pulseira e imagino coisas. Chegar, um dia, nos Estados
- Unidos e alguém da imigração americana consultar um computador e dizer "Há a questão de
- certa pulseira dourada na Califórnia, Mr. Verissimo...". Estar assistindo ___ entrevista de alguma
- atriz famosa na TV e ela contar que um dia, quando tinha 7 anos, um garoto estranho lhe
- entregara uma pulseira e saíra correndo, e mostrar a pulseira dourada, que lhe dera sorte, que
- era responsável pelo seu sucesso, e que ela nunca pudera agradecer... Pelo menos minha vida
- de crimes acabou ali. Post scriptum tipo nada a ver com nada. Muitos anos depois visitei o bairro
- em que morávamos em Los Angeles e fui procurar a escola, palco do meu gesto tresloucado.
- Tinha sido destruída por um terremoto.
(Disponível em: Cultura Genial – https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-de-luis-fernando-verissimo-comentadas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que indica a correta transposição do trecho a seguir para a voz passiva: “Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal escondida atrás de uns livros”.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Aviãozinho
Por Luís Fernando Verissimo
- A estratégia do falso aviãozinho que todas as mães do mundo ― literalmente: todas ―
- usam para convencer o bebê a comer sua papinha e é tão antiga quanto o próprio avião, não
- tem nenhuma lógica. Para começar, é pouco provável que um bebê na idade de comer papinha
- sequer saiba o que é um avião. A mãe fazer o ruído do motor enquanto aproxima o
- pseudoaviãozinho da sua boca não ajuda em nada, o bebê também não sabe como é barulho de
- avião. Para ele, aquilo é apenas outro barulho de mãe.
- Em segundo lugar, não há qualquer razão para um bebê aceitar papinha de um avião que
- não aceitaria de uma colher. No seu universo, avião e colher é a mesma coisa. Navio e colher é
- a mesma coisa. Se o bebê, por um fenômeno de precocidade, se desse conta do surrealismo da
- cena ― "Abre a boquinha que lá vai o aviãozinho"?! ― isso seria mais causa para espanto do
- que para abrir a boca. Quem quer comer papinha com um avião se aproximando da sua boca,
- fazendo barulho?
- Pensando bem, nossa infância era cheia de surrealismo inconsciente, de ameaças e
- sentenças que só não nos paralisavam de medo ou perplexidade porque não pensávamos muito
- a respeito. Não me lembro de ficar muito impressionado com a informação de que eu só não
- perdia a cabeça porque ela estava presa no corpo, por exemplo. Hoje, sim, penso naquela terrível
- possível consequência da minha distração ― ir embora e deixar a cabeça em algum lugar! Ou,
- já que o cérebro estava na cabeça, pelo menos a maior parte, me dar conta de que meu corpo
- tinha me esquecido. Sem poder gritar, sem poder sequer assoviar, já que os pulmões tinham ido
- junto. Uma cabeça abandonada no mundo, incapaz de sequer se alimentar.
- A não ser, claro, que um aviãozinho surgisse, misteriosamente, do passado, carregado
- de papinha, para me salvar. Pulseira dourada Mais lembranças inúteis. Tinha eu meus 7 anos...
- Se você quiser parar por aqui, tudo bem. Não, não, nenhum constrangimento. Vá ler o resto do
- jornal, aqui você só estaria perdendo tempo. O que é isso? Eu entendo. Numa boa. Eu mesmo
- só fico porque preciso botar o ponto final. Mas tinha eu meus 7 anos e morávamos em Los
- Angeles. Meu pai lecionava na UCLA, eu e minha irmã frequentávamos uma escola perto de casa.
- E me apaixonei por uma menina da escola. Uma daquelas paixões dos 7 anos, terrível e, no meu
- caso, secreta e silenciosa. Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal
- escondida atrás de uns livros, numa prateleira da sala. Uma pulseira dourada dentro de uma
- caixa. Um dia, tomei a decisão. Meu amor justificava tudo, até o crime. Peguei a pulseira e a
- levei, escondida, para a escola. Na saída, entreguei a caixa para ___ menina ― e saí correndo.
- Em casa nunca deram falta da pulseira. A menina nunca disse nada sobre o presente. Eu,
- obviamente, nunca mencionei o fato para ninguém, muito menos para a menina ― com quem,
- aliás, nunca troquei nem um tímido "hello". A história termina aqui. Eu avisei que você ia perder
- tempo. Mas ___ vezes penso naquela pulseira e imagino coisas. Chegar, um dia, nos Estados
- Unidos e alguém da imigração americana consultar um computador e dizer "Há a questão de
- certa pulseira dourada na Califórnia, Mr. Verissimo...". Estar assistindo ___ entrevista de alguma
- atriz famosa na TV e ela contar que um dia, quando tinha 7 anos, um garoto estranho lhe
- entregara uma pulseira e saíra correndo, e mostrar a pulseira dourada, que lhe dera sorte, que
- era responsável pelo seu sucesso, e que ela nunca pudera agradecer... Pelo menos minha vida
- de crimes acabou ali. Post scriptum tipo nada a ver com nada. Muitos anos depois visitei o bairro
- em que morávamos em Los Angeles e fui procurar a escola, palco do meu gesto tresloucado.
- Tinha sido destruída por um terremoto.
(Disponível em: Cultura Genial – https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-de-luis-fernando-verissimo-comentadas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Analise as assertivas a seguir a respeito da palavra “constrangimento” (l. 23):
I. Trata-se de palavra paroxítona por sua acentuação tônica.
II. A palavra não apresenta dígrafos.
III. Um sinônimo possível para a palavra seria “embaraço”.
Quais estão corretas?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Aviãozinho
Por Luís Fernando Verissimo
- A estratégia do falso aviãozinho que todas as mães do mundo ― literalmente: todas ―
- usam para convencer o bebê a comer sua papinha e é tão antiga quanto o próprio avião, não
- tem nenhuma lógica. Para começar, é pouco provável que um bebê na idade de comer papinha
- sequer saiba o que é um avião. A mãe fazer o ruído do motor enquanto aproxima o
- pseudoaviãozinho da sua boca não ajuda em nada, o bebê também não sabe como é barulho de
- avião. Para ele, aquilo é apenas outro barulho de mãe.
- Em segundo lugar, não há qualquer razão para um bebê aceitar papinha de um avião que
- não aceitaria de uma colher. No seu universo, avião e colher é a mesma coisa. Navio e colher é
- a mesma coisa. Se o bebê, por um fenômeno de precocidade, se desse conta do surrealismo da
- cena ― "Abre a boquinha que lá vai o aviãozinho"?! ― isso seria mais causa para espanto do
- que para abrir a boca. Quem quer comer papinha com um avião se aproximando da sua boca,
- fazendo barulho?
- Pensando bem, nossa infância era cheia de surrealismo inconsciente, de ameaças e
- sentenças que só não nos paralisavam de medo ou perplexidade porque não pensávamos muito
- a respeito. Não me lembro de ficar muito impressionado com a informação de que eu só não
- perdia a cabeça porque ela estava presa no corpo, por exemplo. Hoje, sim, penso naquela terrível
- possível consequência da minha distração ― ir embora e deixar a cabeça em algum lugar! Ou,
- já que o cérebro estava na cabeça, pelo menos a maior parte, me dar conta de que meu corpo
- tinha me esquecido. Sem poder gritar, sem poder sequer assoviar, já que os pulmões tinham ido
- junto. Uma cabeça abandonada no mundo, incapaz de sequer se alimentar.
- A não ser, claro, que um aviãozinho surgisse, misteriosamente, do passado, carregado
- de papinha, para me salvar. Pulseira dourada Mais lembranças inúteis. Tinha eu meus 7 anos...
- Se você quiser parar por aqui, tudo bem. Não, não, nenhum constrangimento. Vá ler o resto do
- jornal, aqui você só estaria perdendo tempo. O que é isso? Eu entendo. Numa boa. Eu mesmo
- só fico porque preciso botar o ponto final. Mas tinha eu meus 7 anos e morávamos em Los
- Angeles. Meu pai lecionava na UCLA, eu e minha irmã frequentávamos uma escola perto de casa.
- E me apaixonei por uma menina da escola. Uma daquelas paixões dos 7 anos, terrível e, no meu
- caso, secreta e silenciosa. Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal
- escondida atrás de uns livros, numa prateleira da sala. Uma pulseira dourada dentro de uma
- caixa. Um dia, tomei a decisão. Meu amor justificava tudo, até o crime. Peguei a pulseira e a
- levei, escondida, para a escola. Na saída, entreguei a caixa para ___ menina ― e saí correndo.
- Em casa nunca deram falta da pulseira. A menina nunca disse nada sobre o presente. Eu,
- obviamente, nunca mencionei o fato para ninguém, muito menos para a menina ― com quem,
- aliás, nunca troquei nem um tímido "hello". A história termina aqui. Eu avisei que você ia perder
- tempo. Mas ___ vezes penso naquela pulseira e imagino coisas. Chegar, um dia, nos Estados
- Unidos e alguém da imigração americana consultar um computador e dizer "Há a questão de
- certa pulseira dourada na Califórnia, Mr. Verissimo...". Estar assistindo ___ entrevista de alguma
- atriz famosa na TV e ela contar que um dia, quando tinha 7 anos, um garoto estranho lhe
- entregara uma pulseira e saíra correndo, e mostrar a pulseira dourada, que lhe dera sorte, que
- era responsável pelo seu sucesso, e que ela nunca pudera agradecer... Pelo menos minha vida
- de crimes acabou ali. Post scriptum tipo nada a ver com nada. Muitos anos depois visitei o bairro
- em que morávamos em Los Angeles e fui procurar a escola, palco do meu gesto tresloucado.
- Tinha sido destruída por um terremoto.
(Disponível em: Cultura Genial – https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-de-luis-fernando-verissimo-comentadas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta palavra que NÃO poderia substituir o vocábulo “perplexidade” (l. 14) por alterar de forma significativa o sentido original do texto.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Aviãozinho
Por Luís Fernando Verissimo
- A estratégia do falso aviãozinho que todas as mães do mundo ― literalmente: todas ―
- usam para convencer o bebê a comer sua papinha e é tão antiga quanto o próprio avião, não
- tem nenhuma lógica. Para começar, é pouco provável que um bebê na idade de comer papinha
- sequer saiba o que é um avião. A mãe fazer o ruído do motor enquanto aproxima o
- pseudoaviãozinho da sua boca não ajuda em nada, o bebê também não sabe como é barulho de
- avião. Para ele, aquilo é apenas outro barulho de mãe.
- Em segundo lugar, não há qualquer razão para um bebê aceitar papinha de um avião que
- não aceitaria de uma colher. No seu universo, avião e colher é a mesma coisa. Navio e colher é
- a mesma coisa. Se o bebê, por um fenômeno de precocidade, se desse conta do surrealismo da
- cena ― "Abre a boquinha que lá vai o aviãozinho"?! ― isso seria mais causa para espanto do
- que para abrir a boca. Quem quer comer papinha com um avião se aproximando da sua boca,
- fazendo barulho?
- Pensando bem, nossa infância era cheia de surrealismo inconsciente, de ameaças e
- sentenças que só não nos paralisavam de medo ou perplexidade porque não pensávamos muito
- a respeito. Não me lembro de ficar muito impressionado com a informação de que eu só não
- perdia a cabeça porque ela estava presa no corpo, por exemplo. Hoje, sim, penso naquela terrível
- possível consequência da minha distração ― ir embora e deixar a cabeça em algum lugar! Ou,
- já que o cérebro estava na cabeça, pelo menos a maior parte, me dar conta de que meu corpo
- tinha me esquecido. Sem poder gritar, sem poder sequer assoviar, já que os pulmões tinham ido
- junto. Uma cabeça abandonada no mundo, incapaz de sequer se alimentar.
- A não ser, claro, que um aviãozinho surgisse, misteriosamente, do passado, carregado
- de papinha, para me salvar. Pulseira dourada Mais lembranças inúteis. Tinha eu meus 7 anos...
- Se você quiser parar por aqui, tudo bem. Não, não, nenhum constrangimento. Vá ler o resto do
- jornal, aqui você só estaria perdendo tempo. O que é isso? Eu entendo. Numa boa. Eu mesmo
- só fico porque preciso botar o ponto final. Mas tinha eu meus 7 anos e morávamos em Los
- Angeles. Meu pai lecionava na UCLA, eu e minha irmã frequentávamos uma escola perto de casa.
- E me apaixonei por uma menina da escola. Uma daquelas paixões dos 7 anos, terrível e, no meu
- caso, secreta e silenciosa. Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal
- escondida atrás de uns livros, numa prateleira da sala. Uma pulseira dourada dentro de uma
- caixa. Um dia, tomei a decisão. Meu amor justificava tudo, até o crime. Peguei a pulseira e a
- levei, escondida, para a escola. Na saída, entreguei a caixa para ___ menina ― e saí correndo.
- Em casa nunca deram falta da pulseira. A menina nunca disse nada sobre o presente. Eu,
- obviamente, nunca mencionei o fato para ninguém, muito menos para a menina ― com quem,
- aliás, nunca troquei nem um tímido "hello". A história termina aqui. Eu avisei que você ia perder
- tempo. Mas ___ vezes penso naquela pulseira e imagino coisas. Chegar, um dia, nos Estados
- Unidos e alguém da imigração americana consultar um computador e dizer "Há a questão de
- certa pulseira dourada na Califórnia, Mr. Verissimo...". Estar assistindo ___ entrevista de alguma
- atriz famosa na TV e ela contar que um dia, quando tinha 7 anos, um garoto estranho lhe
- entregara uma pulseira e saíra correndo, e mostrar a pulseira dourada, que lhe dera sorte, que
- era responsável pelo seu sucesso, e que ela nunca pudera agradecer... Pelo menos minha vida
- de crimes acabou ali. Post scriptum tipo nada a ver com nada. Muitos anos depois visitei o bairro
- em que morávamos em Los Angeles e fui procurar a escola, palco do meu gesto tresloucado.
- Tinha sido destruída por um terremoto.
(Disponível em: Cultura Genial – https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-de-luis-fernando-verissimo-comentadas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando o emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas das linhas 31, 35 e 37.
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Aviãozinho
Por Luís Fernando Verissimo
- A estratégia do falso aviãozinho que todas as mães do mundo ― literalmente: todas ―
- usam para convencer o bebê a comer sua papinha e é tão antiga quanto o próprio avião, não
- tem nenhuma lógica. Para começar, é pouco provável que um bebê na idade de comer papinha
- sequer saiba o que é um avião. A mãe fazer o ruído do motor enquanto aproxima o
- pseudoaviãozinho da sua boca não ajuda em nada, o bebê também não sabe como é barulho de
- avião. Para ele, aquilo é apenas outro barulho de mãe.
- Em segundo lugar, não há qualquer razão para um bebê aceitar papinha de um avião que
- não aceitaria de uma colher. No seu universo, avião e colher é a mesma coisa. Navio e colher é
- a mesma coisa. Se o bebê, por um fenômeno de precocidade, se desse conta do surrealismo da
- cena ― "Abre a boquinha que lá vai o aviãozinho"?! ― isso seria mais causa para espanto do
- que para abrir a boca. Quem quer comer papinha com um avião se aproximando da sua boca,
- fazendo barulho?
- Pensando bem, nossa infância era cheia de surrealismo inconsciente, de ameaças e
- sentenças que só não nos paralisavam de medo ou perplexidade porque não pensávamos muito
- a respeito. Não me lembro de ficar muito impressionado com a informação de que eu só não
- perdia a cabeça porque ela estava presa no corpo, por exemplo. Hoje, sim, penso naquela terrível
- possível consequência da minha distração ― ir embora e deixar a cabeça em algum lugar! Ou,
- já que o cérebro estava na cabeça, pelo menos a maior parte, me dar conta de que meu corpo
- tinha me esquecido. Sem poder gritar, sem poder sequer assoviar, já que os pulmões tinham ido
- junto. Uma cabeça abandonada no mundo, incapaz de sequer se alimentar.
- A não ser, claro, que um aviãozinho surgisse, misteriosamente, do passado, carregado
- de papinha, para me salvar. Pulseira dourada Mais lembranças inúteis. Tinha eu meus 7 anos...
- Se você quiser parar por aqui, tudo bem. Não, não, nenhum constrangimento. Vá ler o resto do
- jornal, aqui você só estaria perdendo tempo. O que é isso? Eu entendo. Numa boa. Eu mesmo
- só fico porque preciso botar o ponto final. Mas tinha eu meus 7 anos e morávamos em Los
- Angeles. Meu pai lecionava na UCLA, eu e minha irmã frequentávamos uma escola perto de casa.
- E me apaixonei por uma menina da escola. Uma daquelas paixões dos 7 anos, terrível e, no meu
- caso, secreta e silenciosa. Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal
- escondida atrás de uns livros, numa prateleira da sala. Uma pulseira dourada dentro de uma
- caixa. Um dia, tomei a decisão. Meu amor justificava tudo, até o crime. Peguei a pulseira e a
- levei, escondida, para a escola. Na saída, entreguei a caixa para ___ menina ― e saí correndo.
- Em casa nunca deram falta da pulseira. A menina nunca disse nada sobre o presente. Eu,
- obviamente, nunca mencionei o fato para ninguém, muito menos para a menina ― com quem,
- aliás, nunca troquei nem um tímido "hello". A história termina aqui. Eu avisei que você ia perder
- tempo. Mas ___ vezes penso naquela pulseira e imagino coisas. Chegar, um dia, nos Estados
- Unidos e alguém da imigração americana consultar um computador e dizer "Há a questão de
- certa pulseira dourada na Califórnia, Mr. Verissimo...". Estar assistindo ___ entrevista de alguma
- atriz famosa na TV e ela contar que um dia, quando tinha 7 anos, um garoto estranho lhe
- entregara uma pulseira e saíra correndo, e mostrar a pulseira dourada, que lhe dera sorte, que
- era responsável pelo seu sucesso, e que ela nunca pudera agradecer... Pelo menos minha vida
- de crimes acabou ali. Post scriptum tipo nada a ver com nada. Muitos anos depois visitei o bairro
- em que morávamos em Los Angeles e fui procurar a escola, palco do meu gesto tresloucado.
- Tinha sido destruída por um terremoto.
(Disponível em: Cultura Genial – https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-de-luis-fernando-verissimo-comentadas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Leia a tirinha a seguir:
Fonte: https://kikacastro.com.br/2017/05/08/crianca-nao-namora/
Analise as assertivas a seguir sobre a tirinha e o texto apresentado anteriormente e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Pode-se dizer que tanto o menino do texto de Veríssimo quanto Armandinho apresentam-se interessados pelos relacionamentos amorosos desde cedo.
( ) O menino do texto teve uma atitude audaciosa movido pela paixão infantil, ao passo que Armandinho mostra-se distante desses interesses.
( ) Tanto Armandinho quanto o menino do texto de Veríssimo percebem que há alguém interessado neles, a senhora que conversa com Armandinho e a menina da escola do garoto do texto, respectivamente.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Aviãozinho
Por Luís Fernando Verissimo
- A estratégia do falso aviãozinho que todas as mães do mundo ― literalmente: todas ―
- usam para convencer o bebê a comer sua papinha e é tão antiga quanto o próprio avião, não
- tem nenhuma lógica. Para começar, é pouco provável que um bebê na idade de comer papinha
- sequer saiba o que é um avião. A mãe fazer o ruído do motor enquanto aproxima o
- pseudoaviãozinho da sua boca não ajuda em nada, o bebê também não sabe como é barulho de
- avião. Para ele, aquilo é apenas outro barulho de mãe.
- Em segundo lugar, não há qualquer razão para um bebê aceitar papinha de um avião que
- não aceitaria de uma colher. No seu universo, avião e colher é a mesma coisa. Navio e colher é
- a mesma coisa. Se o bebê, por um fenômeno de precocidade, se desse conta do surrealismo da
- cena ― "Abre a boquinha que lá vai o aviãozinho"?! ― isso seria mais causa para espanto do
- que para abrir a boca. Quem quer comer papinha com um avião se aproximando da sua boca,
- fazendo barulho?
- Pensando bem, nossa infância era cheia de surrealismo inconsciente, de ameaças e
- sentenças que só não nos paralisavam de medo ou perplexidade porque não pensávamos muito
- a respeito. Não me lembro de ficar muito impressionado com a informação de que eu só não
- perdia a cabeça porque ela estava presa no corpo, por exemplo. Hoje, sim, penso naquela terrível
- possível consequência da minha distração ― ir embora e deixar a cabeça em algum lugar! Ou,
- já que o cérebro estava na cabeça, pelo menos a maior parte, me dar conta de que meu corpo
- tinha me esquecido. Sem poder gritar, sem poder sequer assoviar, já que os pulmões tinham ido
- junto. Uma cabeça abandonada no mundo, incapaz de sequer se alimentar.
- A não ser, claro, que um aviãozinho surgisse, misteriosamente, do passado, carregado
- de papinha, para me salvar. Pulseira dourada Mais lembranças inúteis. Tinha eu meus 7 anos...
- Se você quiser parar por aqui, tudo bem. Não, não, nenhum constrangimento. Vá ler o resto do
- jornal, aqui você só estaria perdendo tempo. O que é isso? Eu entendo. Numa boa. Eu mesmo
- só fico porque preciso botar o ponto final. Mas tinha eu meus 7 anos e morávamos em Los
- Angeles. Meu pai lecionava na UCLA, eu e minha irmã frequentávamos uma escola perto de casa.
- E me apaixonei por uma menina da escola. Uma daquelas paixões dos 7 anos, terrível e, no meu
- caso, secreta e silenciosa. Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal
- escondida atrás de uns livros, numa prateleira da sala. Uma pulseira dourada dentro de uma
- caixa. Um dia, tomei a decisão. Meu amor justificava tudo, até o crime. Peguei a pulseira e a
- levei, escondida, para a escola. Na saída, entreguei a caixa para ___ menina ― e saí correndo.
- Em casa nunca deram falta da pulseira. A menina nunca disse nada sobre o presente. Eu,
- obviamente, nunca mencionei o fato para ninguém, muito menos para a menina ― com quem,
- aliás, nunca troquei nem um tímido "hello". A história termina aqui. Eu avisei que você ia perder
- tempo. Mas ___ vezes penso naquela pulseira e imagino coisas. Chegar, um dia, nos Estados
- Unidos e alguém da imigração americana consultar um computador e dizer "Há a questão de
- certa pulseira dourada na Califórnia, Mr. Verissimo...". Estar assistindo ___ entrevista de alguma
- atriz famosa na TV e ela contar que um dia, quando tinha 7 anos, um garoto estranho lhe
- entregara uma pulseira e saíra correndo, e mostrar a pulseira dourada, que lhe dera sorte, que
- era responsável pelo seu sucesso, e que ela nunca pudera agradecer... Pelo menos minha vida
- de crimes acabou ali. Post scriptum tipo nada a ver com nada. Muitos anos depois visitei o bairro
- em que morávamos em Los Angeles e fui procurar a escola, palco do meu gesto tresloucado.
- Tinha sido destruída por um terremoto.
(Disponível em: Cultura Genial – https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-de-luis-fernando-verissimo-comentadas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando o exposto pelo texto, analise as assertivas a seguir:
I. Segundo o autor, a estratégia do aviãozinho não faz sentido, pois bebês não fazem ideia do que seja um avião.
II. O autor se lembra de ter sempre sentido um medo terrível de ver sua cabeça separada do corpo.
III. O autor entregou a pulseira para uma menina que hoje é famosa e que usa a bijuteria como seu amuleto da sorte.
Quais estão corretas?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Aviãozinho
Por Luís Fernando Verissimo
- A estratégia do falso aviãozinho que todas as mães do mundo ― literalmente: todas ―
- usam para convencer o bebê a comer sua papinha e é tão antiga quanto o próprio avião, não
- tem nenhuma lógica. Para começar, é pouco provável que um bebê na idade de comer papinha
- sequer saiba o que é um avião. A mãe fazer o ruído do motor enquanto aproxima o
- pseudoaviãozinho da sua boca não ajuda em nada, o bebê também não sabe como é barulho de
- avião. Para ele, aquilo é apenas outro barulho de mãe.
- Em segundo lugar, não há qualquer razão para um bebê aceitar papinha de um avião que
- não aceitaria de uma colher. No seu universo, avião e colher é a mesma coisa. Navio e colher é
- a mesma coisa. Se o bebê, por um fenômeno de precocidade, se desse conta do surrealismo da
- cena ― "Abre a boquinha que lá vai o aviãozinho"?! ― isso seria mais causa para espanto do
- que para abrir a boca. Quem quer comer papinha com um avião se aproximando da sua boca,
- fazendo barulho?
- Pensando bem, nossa infância era cheia de surrealismo inconsciente, de ameaças e
- sentenças que só não nos paralisavam de medo ou perplexidade porque não pensávamos muito
- a respeito. Não me lembro de ficar muito impressionado com a informação de que eu só não
- perdia a cabeça porque ela estava presa no corpo, por exemplo. Hoje, sim, penso naquela terrível
- possível consequência da minha distração ― ir embora e deixar a cabeça em algum lugar! Ou,
- já que o cérebro estava na cabeça, pelo menos a maior parte, me dar conta de que meu corpo
- tinha me esquecido. Sem poder gritar, sem poder sequer assoviar, já que os pulmões tinham ido
- junto. Uma cabeça abandonada no mundo, incapaz de sequer se alimentar.
- A não ser, claro, que um aviãozinho surgisse, misteriosamente, do passado, carregado
- de papinha, para me salvar. Pulseira dourada Mais lembranças inúteis. Tinha eu meus 7 anos...
- Se você quiser parar por aqui, tudo bem. Não, não, nenhum constrangimento. Vá ler o resto do
- jornal, aqui você só estaria perdendo tempo. O que é isso? Eu entendo. Numa boa. Eu mesmo
- só fico porque preciso botar o ponto final. Mas tinha eu meus 7 anos e morávamos em Los
- Angeles. Meu pai lecionava na UCLA, eu e minha irmã frequentávamos uma escola perto de casa.
- E me apaixonei por uma menina da escola. Uma daquelas paixões dos 7 anos, terrível e, no meu
- caso, secreta e silenciosa. Os donos da casa que alugávamos tinham deixado uma bijuteria mal
- escondida atrás de uns livros, numa prateleira da sala. Uma pulseira dourada dentro de uma
- caixa. Um dia, tomei a decisão. Meu amor justificava tudo, até o crime. Peguei a pulseira e a
- levei, escondida, para a escola. Na saída, entreguei a caixa para ___ menina ― e saí correndo.
- Em casa nunca deram falta da pulseira. A menina nunca disse nada sobre o presente. Eu,
- obviamente, nunca mencionei o fato para ninguém, muito menos para a menina ― com quem,
- aliás, nunca troquei nem um tímido "hello". A história termina aqui. Eu avisei que você ia perder
- tempo. Mas ___ vezes penso naquela pulseira e imagino coisas. Chegar, um dia, nos Estados
- Unidos e alguém da imigração americana consultar um computador e dizer "Há a questão de
- certa pulseira dourada na Califórnia, Mr. Verissimo...". Estar assistindo ___ entrevista de alguma
- atriz famosa na TV e ela contar que um dia, quando tinha 7 anos, um garoto estranho lhe
- entregara uma pulseira e saíra correndo, e mostrar a pulseira dourada, que lhe dera sorte, que
- era responsável pelo seu sucesso, e que ela nunca pudera agradecer... Pelo menos minha vida
- de crimes acabou ali. Post scriptum tipo nada a ver com nada. Muitos anos depois visitei o bairro
- em que morávamos em Los Angeles e fui procurar a escola, palco do meu gesto tresloucado.
- Tinha sido destruída por um terremoto.
(Disponível em: Cultura Genial – https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-de-luis-fernando-verissimo-comentadas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que NÃO indica uma informação verdadeira de acordo com Luís Fernando Veríssimo em seu texto “Aviãozinho”.
Na posição ___________________ o paciente fica deitado de costas, com a cabeça em nível mais baixo que o resto do corpo, usada na prevenção de choque hipovolêmico. A posição ____________________ é usada para exame no reto, vagina e exercícios pós-parto. O paciente fica ajoelhado sobre a cama com os joelhos afastados, as pernas estendidas e o peito apoiado sobre a cama. A cabeça fica lateralizada, apoiada sobre os braços.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
O pericárdio consiste em um saco fibrosseroso que envolve o coração e as raízes dos grandes vasos. A pericardite é caracterizada pela inflamação das membranas do pericardiário, acompanhada de dor precordial. A respeito da pericardite, analise as assertivas abaixo:
I. A incidência da pericardite pode variar, porém, a forma idiopática vem sendo a mais frequente causa da inflamação.
II. Considerado uma das principais complicações da pericardite crônica, o derrame pericárdico é caracterizado pelo excesso de líquido no espaço pericárdico.
III. A pericardite tem como sintoma: dor torácica, que pode ser localizada abaixo da clavícula, no pescoço ou na região do trapézio.
Quais estão corretas?
As doenças cardiovasculares causam alterações que levam a população mundial a altos índices de mortalidade e morbidade. Nesse contexto, a atuação do profissional de enfermagem é importante na prevenção destes agravos. Os principais fatores de risco envolvidos na doença cardiovasculares são, EXCETO:
Conforme a Portaria do Ministério da Saúde, nº 2.436/2017, são diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica, EXCETO: