Questões de Concurso
Para psiquiatria
Foram encontradas 7.849 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
V.A.S., homem, 34 anos, professor de matemática, foi levado ao pronto-socorro pela polícia. Ele referia a si mesmo como o “Novo Jesus”. Recusou-se a sentar e, em vez disso, correu pela sala de emergência. Foi imobilizado e recebeu fenergan 25 mg, e haloperidol, 5 mg, via intramuscular. Apesar de estar imobilizado, continuava euforicamente agitado, falando sobre receber mensagens de Deus. Ao ser perguntado quando havia dormido pela última vez, afirmou que não precisava mais dormir e que havia “sido tocado pelo Paraíso”. Seu discurso era rápido, desorganizado e difícil de entender.
Uma análise do registro médico eletrônico indicou que ele havia passado por um episódio semelhante dois anos antes. Na ocasião, recebeu prescrição de olanzapina e foi encaminhado para uma clínica ambulatorial para acompanhamento.
Com base no caso clínico exposto, adaptado de Barnhill, John W. Casos clínicos do DSM-5. Porto Alegre : Artmed, 2015., são alterações possíveis no exame do estado mental atual desse paciente, EXCETO:
V.A., homem, 76 anos, disfórico no dia seguinte a uma cirurgia para corrigir uma fratura do quadril. Como resultados dos exames laboratoriais de rotina na admissão aumento de ureia no sangue, baixo nível de albumina e volume corpuscular médio no limite superior da normalidade. A pressão arterial era de 160/110. Além dos medicamentos relacionados à cirurgia, o prontuário indicava que ele havia sido medicado com 2 mg de haloperidol depois de um surto de agitação. Uma anotação da enfermagem, 1 hora depois da administração de haloperidol, indicou que o paciente estava “preocupado e rígido”.
Durante o exame de estado mental, paciente magro, afeto triste, preocupado e contido. Parecia rígido e desconfortável. Ele não respondeu imediatamente às perguntas e comentários do entrevistador. Seus olhos permaneceram fechados na maior parte do tempo, mas às vezes abriam e suas reações corporais indicavam que ele estava acordado. Depois de vários esforços, o psiquiatra conseguiu fazer o paciente dizer “estou bem” e “vá embora”.
Quando indagado sobre onde estava, respondeu “meu apartamento”.
Quando finalmente abriu os olhos, ele parecia confuso. Não respondeu a outras perguntas e se recusou a fazer o teste de desenho do relógio. A equipe cirúrgica havia solicitado uma acompanhante, e ela afirmou que o paciente ou dormia ou tentava sair do leito e havia passado o dia sem dizer algo que fizesse sentido.
“Com base em teorias segundo as quais a mania pode “estimular” outros episódios de mania, foi traçado um paralelo lógico com os distúrbios convulsivos, visto que as convulsões podem “estimular” a ocorrência de mais convulsões. Vários anticonvulsivantes são classificados com base na sua ação “voltada para a mania”, ou seja, no tratamento e na estabilização de cima para baixo, na sua ação “voltada para a depressão”, ou seja, em seu tratamento e estabilização de baixo para cima; ou em ambas as ações.”
Stahl psicofarmacologia : bases neurocientíficas e aplicações práticas / Stephen M. Stahl ; ilustração Nancy Muntner ; tradução Patricia Lydie Voeux ; revisão técnica Luiz Henrique Junqueira Dieckmann, Michel Haddad ; editorial assistant: Meghan M. Grady. - 5. ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2022.