Questões de Concurso Sobre redação - reescritura de texto em português

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Q770737 Português
Leia o texto “Chega de desculpas”, do jornalista português João Pereira Coutinho, para responder à questão.
A herança ibérica é causa dos problemas do Brasil? A pergunta é recorrente. A convite de uma associação de estudantes, estive em São Paulo para uma conversa sobre o assunto.
Não foi fácil: entrei no auditório, e estavam ali talvez umas 300 pessoas para escutar e, quem sabe, pedir a minha pele. No fim, saí ileso e ninguém comprou a ideia de que os portugueses são responsáveis pela situação do Brasil. É verdade. O país pode estar em crise, mas as novas gerações enchem o meu coração de otimismo.
Mas vamos ao que interessa: a colonização foi coisa boa ou coisa má? A pergunta, pelo seu maniqueísmo, já é falha. Nenhuma colonização é totalmente boa ou totalmente má. Existiram bons legados e maus legados.
Começo pelos bons: a ausência de uma “superioridade de raça”. Sérgio Buarque de Holanda sabia do que falava. Gilberto Freyre também. Como dizem ambos, os portugueses que chegaram em 1500 já eram um povo “mestiço” – uma salada de latinos, africanos, árabes, etc. Isso é importante?
É. Porque não foram apenas os portugueses a colonizar o Brasil. Os nativos também colonizaram os portugueses – e essa “plasticidade”, para usar um termo caro a esses estudiosos, impediu a rigidez cultural, social e até sexual, que outros povos colonizadores espalharam por seus domínios.
Sim, sei: você gostaria de ter sido colonizado por holandeses, ingleses, quem sabe franceses. Coisa chique, mas foram eles que colonizaram a África do Sul, a Índia e a Argélia…
Está no seu direito. Mas, como diz um amigo, você consegue imaginar a “Garota de Ipanema” cantada em holandês? A musicalidade dos brasileiros precisou de semente mestiça para florescer.
Pena que nem tudo tenha florescido – e aqui mergulho no lado lunar. Os portugueses não foram exemplares na educação da colônia. No século 18, afirma Sérgio Buarque, milhares de livros eram publicados no México. Ao mesmo tempo, a Coroa portuguesa fechava as tipografias dos trópicos porque temia que ideias subversivas pudessem corromper a estabilidade do Brasil.
E quem fala em livros fala em educação: Sérgio relembra que, entre os anos de 1775 e 1821, 7850 bacharéis e 473 doutores e licenciados saíram com diploma da Universidade do México. Em igual período, só 720 brasileiros conseguiram a proeza (pela Universidade de Coimbra, claro).
Finalmente, existe uma herança pesada da colonização portuguesa: esse patrimonialismo que atribui ao Estado o papel de “baby-sitter” do cidadão. Isso significa que um homem assume a mentalidade de uma criança que tudo espera do Estado, desde o berço até a sepultura.
Os portugueses deixaram o Brasil há quase 200 anos, e qualquer pessoa adulta sabe que o presente do Brasil é um produto das escolhas dos brasileiros, portanto chega de desculpas.
(Folha de S.Paulo, 20.10.2015. Adaptado)
A frase do terceiro parágrafo “A pergunta, pelo seu maniqueísmo, já é falha.” pode ser reescrita, sem alteração do sentido do texto, como indicado em:
Alternativas
Q770097 Português
Medicina Integrativa e o poder de cura que vem de dentro
Tratar mente, corpo e espírito – o indivíduo em sua totalidade – pode ser mais eficaz que o consumo exagerado de remédios
[...]
Hoje em dia, cada vez mais pessoas se conscientizam da complexidade do corpo humano, e de como a enfermidade nunca se manifesta somente no físico ou apenas na mente. O câncer é um exemplo de que o corpo se fragiliza, após um grande período de sofrimentos, conflitos e frustrações, que transbordam até ferirem o organismo. O inverso também é possível. Males como a depressão e a ansiedade podem culminar em sinais palpáveis como doenças de pele, enxaquecas, úlceras etc. Não é mera coincidência justamente o câncer e a depressão serem conhecidos como as “doenças do século”. No cenário atual, a saúde se tornou tão caótica quanto a vida contemporânea.
Hipócrates, pai da medicina, já dizia bem antes de Cristo que o conhecimento do corpo é impossível sem o conhecimento do homem como um todo. E é seguindo esta ideia que a Medicina Integrativa está disposta a abalar as estruturas ortodoxas.
Criada em universidades americanas em meados de 1970, a Medicina Integrativa convida instituições de pesquisas, hospitais, unidades de saúde e consultórios a mudarem o paradigma do tratamento médico. A doença não é mais o foco de estudo, mas o indivíduo em sua totalidade – mente, corpo e espírito. O paciente passa a ser visto como o principal responsável por sua melhora e é conduzido a entender que a cura vem de dentro para fora, e não o contrário. Os remédios, tratamentos e cirurgias são encarados como agentes catalisadores do processo de recuperação do organismo, e não mais os grandes protagonistas da cura.
Para os convencionais, é importante destacar que a Medicina Integrativa não vem para substituir a Medicina Convencional, mas para criar novas possibilidades de tratamento, tanto para quem está sofrendo com uma doença quanto para quem tenta mantê-la à distância. Uma vez que a Medicina Convencional está vinculada aos interesses do mercado, não é lucrativo que sejam oferecidas todas as respostas para os problemas do ser humano. Afinal, a saúde intacta faz com que as pessoas deixem de comprar medicamentos.
Mas, como o capitalismo e a busca incessante pelo poder ainda falam mais alto, cabe a cada um de nós deixar o ceticismo e os preconceitos de lado, e adotar o caminho da consciência, do autoconhecimento, do bem-estar e felicidade. O destino dessa caminhada é, com certeza, transformador.
[...]
COLOMBINO, Mariana. Medicina integrativa e o poder de cura que vem de dentro. Ponto eletrônico. Disponível em: . Acesso em: 7 dez. 2016 (fragmento adaptado).
Releia o trecho a seguir. “A doença não é mais o foco de estudo, mas o indivíduo em sua totalidade – mente, corpo e espírito.” Esse trecho não pode, de acordo com a norma padrão e sem alterar seu sentido original, ser reescrito como consta em:
Alternativas
Q768271 Português

Julgue o item a seguir, que trata de aspectos gramaticais do texto CB2A6AAA.

A supressão do vocábulo “nem” (l.13) preservaria o sentido e a correção gramatical do texto.

Alternativas
Q768268 Português

Julgue o item a seguir, que trata de aspectos gramaticais do texto CB2A6AAA.

Seriam preservados a correção gramatical e o sentido do texto caso o vocábulo “onde” (l.2) fosse substituído por que.

Alternativas
Q768256 Português

A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB2A1BBB, julgue o item que se segue.

A substituição de “Por isso” (l.5) por Por esse motivo manteria a correção e o sentido original do texto.

Alternativas
Q768255 Português

A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB2A1BBB, julgue o item que se segue.

A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso o trecho “expressá-los com objetividade e competência” (l. 6 e 7) fosse reescrito da seguinte maneira: expressá-los objetiva e competentemente.

Alternativas
Q768254 Português

A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB2A1BBB, julgue o item que se segue.

A substituição da expressão “todo aquele” (l.10) por todos manteria o sentido original e a correção gramatical do texto.

Alternativas
Q768251 Português

Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto CB2A1AAA, julgue o item a seguir.

O trecho “Embora não possamos (...) assistiram” (l. 3 e 4) pode ser reescrito, sem prejuízo da coerência e da correção gramatical do texto, da seguinte maneira: Ainda que não pode desconsiderar que os últimos séculos assistiram o avanço científico.

Alternativas
Q767924 Português
Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto se o trecho “O monitor (...) na esfera educacional” (Imagem associada para resolução da questão. 1 a 3) fosse reescrito da seguinte forma: Também chamado de inspetor ou bedel, o monitor é um dos profissionais mais atuantes na área educacional, em algumas instituições.
Alternativas
Q767923 Português
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula empregada imediatamente após “educadores” (Imagem associada para resolução da questão.19) fosse suprimida.
Alternativas
Q767919 Português
Seria mantido o sentido original do texto caso o trecho “quando há algum problema que precisa ser solucionado rapidamente” (Imagem associada para resolução da questão. 5 e 6) fosse deslocado para o início do período, desde que realizados os devidos ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas.
Alternativas
Q767167 Português

Texto: Mais poder digital

Quem tem mais de 40 anos deve lembrar que acessar um computador não era tarefa fácil nos anos 80. Nos primeiros modelos de computadores pessoais que chegaram ao Brasil, a tela escura do monitor era inundada por letrinhas verdes e muitos códigos. Para muitos parecia assustador. Para mim, a descoberta de um universo fascinante. A curiosidade e o desejo de desvendar esse novo mundo me levaram ao aprendizado da programação, que definiu a minha vida profissional e pessoal.

A mudança foi grande, e hoje o acesso à internet abrange 77% dos jovens brasileiros de 10 a 17 anos, dos quais 83% usam a rede via seus celulares inteligentes, segundo o Cetic.br (2014). Com apenas um toque, fazemos ligações, tiramos fotos e gravamos vídeos, além de navegarmos por informações e serviços em todo o mundo.

Mas um estudo recente do Banco Mundial revela que, apesar de o acesso a novas tecnologias ter alcançado 40% da população global, nem sempre isso é sinônimo de desenvolvimento: em muitos países, persistem problemas impedindo a inclusão, a eficiência e a inovação. Para que os benefícios cheguem a todas as camadas sociais, o relatório recomenda investimento em educação e ensino das tecnologias de informação e comunicação, o que merece atenção urgente dos governos e da sociedade brasileira.

A inclusão digital deixou de ser nosso principal desafio, como era em 1995, quando fundei o CDI (Comitê para Democratização de Informática) para levar computadores a comunidades do Rio. Evoluímos nosso propósito para o empoderamento digital, usando a tecnologia como algo transformador, potencializando a autonomia, a criatividade e a colaboração para resolver problemas sociais. Isso é possível.

Quando os jovens percebem que podem migrar de usuários a criadores de tecnologia, eles também descobrem um imenso potencial para reprogramar suas realidades. Blog que denuncia o acúmulo de lixo na comunidade, app que promove apoio a pacientes de câncer ou compartilha eventos culturais gratuitos são algumas ideias que surgem dessas mentes inquietas, grandes talentos e protagonistas das mudanças que querem ver no mundo.

Dominar ferramentas tecnológicas e a lógica da programação é habilidade cada vez mais necessária para pensar em soluções que vão revolucionar nossa relação com o mundo. Aprender a programar pode ser muito divertido porque é um trabalho feito coletivamente, colaborativo, criativo e desafiador.

Quando eu aprendi a programar, conheci uma nova linguagem, a linguagem dos sistemas e dos aplicativos (app). Habilidade que já é responsável por melhorar a empregabilidade e o rendimento escolar, além de abrir portas para o universo do empreendedorismo.

Empoderadas digitalmente, as novas gerações têm a chance de protagonizar imensas transformações. Em rede, podem tornar sua realidade melhor e mais positiva. Precisamos fomentar as possibilidades de ação e criação, usando a tecnologia para acessar oportunidades de trabalho, estudo e empreendedorismo. Com isso, poderemos reprogramar e redefinir todo o nosso sistema.

Rodrigo Baggio. O Globo, 01/09/2016, p. 17. Adaptado. Disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/mais-poder-digital- 20029560 

Considere o seguinte fragmento do terceiro parágrafo para responder a questão a seguir.

“apesar de o acesso a novas tecnologias ter alcançado 40% da população global, nem sempre isso é sinônimo de desenvolvimento”

O fragmento pode ser corretamente reescrito, sem alteração da informação expressa, da seguinte forma:

Alternativas
Q767164 Português

Texto: Mais poder digital

Quem tem mais de 40 anos deve lembrar que acessar um computador não era tarefa fácil nos anos 80. Nos primeiros modelos de computadores pessoais que chegaram ao Brasil, a tela escura do monitor era inundada por letrinhas verdes e muitos códigos. Para muitos parecia assustador. Para mim, a descoberta de um universo fascinante. A curiosidade e o desejo de desvendar esse novo mundo me levaram ao aprendizado da programação, que definiu a minha vida profissional e pessoal.

A mudança foi grande, e hoje o acesso à internet abrange 77% dos jovens brasileiros de 10 a 17 anos, dos quais 83% usam a rede via seus celulares inteligentes, segundo o Cetic.br (2014). Com apenas um toque, fazemos ligações, tiramos fotos e gravamos vídeos, além de navegarmos por informações e serviços em todo o mundo.

Mas um estudo recente do Banco Mundial revela que, apesar de o acesso a novas tecnologias ter alcançado 40% da população global, nem sempre isso é sinônimo de desenvolvimento: em muitos países, persistem problemas impedindo a inclusão, a eficiência e a inovação. Para que os benefícios cheguem a todas as camadas sociais, o relatório recomenda investimento em educação e ensino das tecnologias de informação e comunicação, o que merece atenção urgente dos governos e da sociedade brasileira.

A inclusão digital deixou de ser nosso principal desafio, como era em 1995, quando fundei o CDI (Comitê para Democratização de Informática) para levar computadores a comunidades do Rio. Evoluímos nosso propósito para o empoderamento digital, usando a tecnologia como algo transformador, potencializando a autonomia, a criatividade e a colaboração para resolver problemas sociais. Isso é possível.

Quando os jovens percebem que podem migrar de usuários a criadores de tecnologia, eles também descobrem um imenso potencial para reprogramar suas realidades. Blog que denuncia o acúmulo de lixo na comunidade, app que promove apoio a pacientes de câncer ou compartilha eventos culturais gratuitos são algumas ideias que surgem dessas mentes inquietas, grandes talentos e protagonistas das mudanças que querem ver no mundo.

Dominar ferramentas tecnológicas e a lógica da programação é habilidade cada vez mais necessária para pensar em soluções que vão revolucionar nossa relação com o mundo. Aprender a programar pode ser muito divertido porque é um trabalho feito coletivamente, colaborativo, criativo e desafiador.

Quando eu aprendi a programar, conheci uma nova linguagem, a linguagem dos sistemas e dos aplicativos (app). Habilidade que já é responsável por melhorar a empregabilidade e o rendimento escolar, além de abrir portas para o universo do empreendedorismo.

Empoderadas digitalmente, as novas gerações têm a chance de protagonizar imensas transformações. Em rede, podem tornar sua realidade melhor e mais positiva. Precisamos fomentar as possibilidades de ação e criação, usando a tecnologia para acessar oportunidades de trabalho, estudo e empreendedorismo. Com isso, poderemos reprogramar e redefinir todo o nosso sistema.

Rodrigo Baggio. O Globo, 01/09/2016, p. 17. Adaptado. Disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/mais-poder-digital- 20029560 

“Aprender a programar pode ser muito divertido porque é um trabalho feito coletivamente” (6º parágrafo). Ao reescrever, altera-se a relação lógica estabelecida entre as orações desse fragmento em:
Alternativas
Q2828194 Português

AS FLORES


Há dois meses que lracema recebia flores, sem cartão. Colocava tudo nas jarras, vasos, copos; mesas, janelas, banheiro e até na cozinha . Quando o marido lhe perguntava por que tantas flores , todos os dias, ela sorria:

- Deixe de brincadeira, Epitácio.

Ele não percebia bem o que ela queria dizer, até que um dia:

- Epitácio, acho bom você parar de comprar tantas flores, já não tenho mais onde colocar.

Foi ai que ele compreendeu tudo:

- O quê? Você quer insinuar que não sabia que não sou eu quem manda essas flores?

Foi o diabo, ela não sabia explicar quem mandava, ele não conseguia convencê-la de que não era ele.

- Um de nós dois está mentindo - gritou, furioso.

- Então é você - rebateu e la .

No dia seguinte, de manhã, ele decidiu não sair, pra desvendar o mistério. Assim que as flores chegassem, a pessoa que as trouxesse seria interpelada. Mas não veio ninguém :

- Já são duas horas da tarde e as flores não chegaram, Epitácio. É muita coincidência. Vai me dizer que não era você.

Ele não tinha por onde escapar. Insinuou muito de leve que a mulher devia ter conhecido algué m na sua ausência. Ela chegou a chorar e se trancou no quarto. A discussão entrou pela noite até o dia seguinte. Epitácio saiu cedo, sem mesmo tomar café. Bateu a porta com força e levou o mistério para o trabalho. Meia hora depois, a mulher saiu e foi ao florista.

- Como vai, Dona lracema? A senhora ontem não veio, heim? Aconteceu alguma coisa?

À noite, Epitácio viu as flores e não disse uma palavra, mas a mulher não parou:

- Seu cínico. Bastou você sair para as flores aparecerem e ainda tem coragem de dizer que não foi você. Nessa noite ele teve insônia .

Leon Eliachar, texto extraído do livro "O homem ao zero", Editora Expressão e Cultura - Rio de Janeiro, 1968.


"No dia seguinte, de manhã, ele decidiu não sair, para desvendar o mistério. Assim que as flores chegassem, a pessoa que as trouxesse seria interpelada".


Para que seja preservado o sentido do trecho acima, as palavras sublinhadas podem ser substituídas, na ordem em que aparecem, por:

Alternativas
Q2828036 Português

AS FLORES


Há dois meses que lracema recebia flores, sem cartão. Colocava tudo nas jarras, vasos, copos; mesas, janelas, banheiro e até na cozinha . Quando o marido lhe perguntava por que tantas flores , todos os dias, ela sorria:

- Deixe de brincadeira, Epitácio.

Ele não percebia bem o que ela queria dizer, até que um dia:

- Epitácio, acho bom você parar de comprar tantas flores, já não tenho mais onde colocar.

Foi ai que ele compreendeu tudo:

- O quê? Você quer insinuar que não sabia que não sou eu quem manda essas flores?

Foi o diabo, ela não sabia explicar quem mandava, ele não conseguia convencê-la de que não era ele.

- Um de nós dois está mentindo - gritou, furioso.

- Então é você - rebateu e la .

No dia seguinte, de manhã, ele decidiu não sair, pra desvendar o mistério. Assim que as flores chegassem, a pessoa que as trouxesse seria interpelada. Mas não veio ninguém :

- Já são duas horas da tarde e as flores não chegaram, Epitácio. É muita coincidência. Vai me dizer que não era você.

Ele não tinha por onde escapar. Insinuou muito de leve que a mulher devia ter conhecido algué m na sua ausência. Ela chegou a chorar e se trancou no quarto. A discussão entrou pela noite até o dia seguinte. Epitácio saiu cedo, sem mesmo tomar café. Bateu a porta com força e levou o mistério para o trabalho. Meia hora depois, a mulher saiu e foi ao florista.

- Como vai, Dona lracema? A senhora ontem não veio, heim? Aconteceu alguma coisa?

À noite, Epitácio viu as flores e não disse uma palavra, mas a mulher não parou:

- Seu cínico. Bastou você sair para as flores aparecerem e ainda tem coragem de dizer que não foi você. Nessa noite ele teve insônia .

Leon Eliachar, texto extraído do livro "O homem ao zero", Editora Expressão e Cultura - Rio de Janeiro, 1968.


"- Epítácio, acho bom você parar de comprar tantas flores, já não tenho mais onde colocar".


A frase acima foi reescrita de modo a conservar o sentido original e com respeito à norma culta da língua em qual alternativa?


Alternativas
Q2819226 Português

Leia o texto abaixo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta global sobre a vigilância na proliferação de infecções provocadas pelo zika vírus. De acordo com o Estadão, a indicação é de que os pacientes permaneçam isolados.

O comunicado da OMS frisou o aumento de nascimentos de bebês com microcefalia e casos da síndrome de Guillain-Barré, identificados no Brasil. Há um reconhecimento do vírus em relação ao crescimento desses casos e o país planeja um protocolo específico para as grávidas.

No Brasil, os números de microcefalia avançaram para 1.248. O registro de mortes por zika vírus, até o momento, foram três: dois adultos e um recém-nascido. A recomendação é de reforçar os sistemas de vigilância, para beneficiar um atendimento e detecção mais eficaz das infecções.

As autoridades foram instruídas a ficar alertas para uma possível dispersão do vírus para outras regiões, além de observar as complicações neurológicas e doenças autoimunes em pacientes. A má-formação no cérebro de bebês também foi um destaque no documento.

Eventuais formas de transmissão da doença, de acordo com O Globo, podem ir além das picadas do Aedes aegypti: pelo sêmen, transfusão de sangue ou pelo leite materno. Os pesquisadores apontam para evidências nas quais os vírus são encontrados nos três tipos de fluidos corporais, mas vale lembrar que os estudos sobre o Zika ainda são escassos: existem cerca de 200 publicações científicas, contra mais de 14.500 sobre dengue, por exemplo.

Segundo o infectologista Celso Granato, em entrevista ao jornal O Globo, existe um risco de epidemia no Rio de Janeiro. "Por enquanto, a Secretaria Estadual de Saúde registra 21 ocorrências da malformação, 15 delas somente no segundo semestre deste ano. O risco de epidemia de Zika no Rio é real, mas a gente ainda não tem como dimensionar o tamanho desse risco", acredita.

http://epoca.globo.com/tempo/filtro/noticia/2015/12/oms-alerta-para-reforcar-vigilancia-de-infeccoes-provocadas-pelo-zika-virus.html

Em “De acordo com o Estadão, a indicação é de que os pacientes permaneçam isolados.…” A expressão em negrito pode ser substituída sem prejuízo de valor por:

Alternativas
Q2814028 Português

Nossos velhos


Pais heróis e mães rainhas do lar.

Passamos boa parte da nossa existência cultivando estes estereótipos. Até que um dia o pai herói começa a passar o tempo todo sentado, resmunga baixinho e puxa uns assuntos sem pé nem cabeça. A rainha do lar começa a ter dificuldade de concluir as frases e dá pra implicar com a empregada. O que papai e mamãe fizeram para caducar de uma hora para ou…tra? Fizeram 80 anos. Nossos pais envelhecem. Ninguém havia nos preparado pra isso. Um belo dia eles perdem o garbo, ficam mais vulneráveis e adquirem umas manias bobas.

Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo: agora chegou a vez de eles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma chantagenzinha emocional. Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam. Não fazem mais planos a longo prazo, agora dedicam-se a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu. Estão com manchas na pele. Ficam tristes de repente. Mas não estão caducos: caducos ficam os filhos, que relutam em aceitar o ciclo da vida. É complicado aceitar que nossos heróis e rainhas já não estão no controle da situação.

Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina. Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo. Ficamos irritados se eles se atrapalham com o celular e ainda temos a cara-de-pau de corrigi-los quando usam expressões em desuso: calça de brim? frege? auto de praça? Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adotam um ritmo mais lento com o passar dos anos, simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis. Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi. Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los, e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais. É uma enrascada essa tal de passagem do tempo.

Nos ensinam a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros, ainda mais quando os outros são papai e mamãe, nossos alicerces, aqueles para quem sempre podíamos voltar, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós.


(Martha Medeiros. Disponível em: http://www.viva50.com.br/nossos-velhos-cronica-de-martha-medeiros/. Acesso em: 24/06/2016. Adaptado.)

Em “Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina.” (4º§), a expressão destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por

Alternativas
Q2813707 Português

Analise a frase abaixo:

A diretora escolar deferiu o requerimento do professor imediatamente.


Assinale a alternativa que pode substituir a palavra em destaque, mantendo o seu significado.

Alternativas
Q2808158 Português

Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.


Nova lei permite transporte de animais em ônibus em

Florianópolis


Gatos e cachorros de até dez quilos poderão ser

transportados.


O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, (*) o Projeto de Lei Complementar que permite o transporte de animais domésticos de pequeno porte nas linhas de ônibus municipais. A medida já está valendo desde a (**).

De acordo com a lei, é permitido o transporte de cães e gatos com até dez quilos. Cada usuário pode levar até dois bichinhos por viagem. A fiscalização fica a cargo dos cobradores de cada ônibus.

A medida é válida em todas as linhas que circulam no território de Florianópolis, tanto as convencionais, quanto executivas, desde que os animais cumpram as exigências da lei.

Segundo o vereador Tiago Silva, autor do projeto, a medida assegura um direito que é dos animais e dos próprios donos.

"Eu fui procurado no meu gabinete para debater essa questão em uma audiência pública. Muitos donos de animais não têm carro e assim não conseguem levar seus bichinhos ao veterinário, por exemplo. Acho que a medida contribui muito para a causa de direitos dos animais", afirma.

Ainda segundo o vereador, a lei é pioneira em Santa Catarina e as ideias da proposta foram baseadas nas Câmaras das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o transporte já é permitido.

Condições

Para o deslocamento, os animais deverão ser colocados em caixas de transporte apropriadas durante a sua permanência no veículo, devendo ser colocados em local definido pela empresa e que ofereça condições de proteção e conforto.

Além disso, para ter o direito, o proprietário deve apresentar atestado de veterinário indicando as boas condições de saúde do animal, emitido no período de 15 dias antes da data da viagem.

A carteira de vacinação atualizada também será exigida e nela deverá constar, no mínimo, as vacinas antirrábica e polivalente.

(g1.globo.com)

A respeito do último parágrafo do texto, analise as afirmações.


I. Há um desvio em relação à concordância verbal.

II. Há um desvio em relação à concordância nominal.

III. A forma verbal “deverá” teria de ser substituída por “deverão” para seguir a Norma Padrão.

IV. As palavras “antirrábica” e “polivalente” deveriam aparecer, obrigatoriamente, no plural, para manter a adequação às regras de concordância nominal.

V. A expressão “no mínimo” indica que não pode haver, na carteira de vacinação, registro de qualquer outra dose que não seja das vacinas mencionadas.


Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Respostas
4701: D
4702: D
4703: C
4704: E
4705: C
4706: C
4707: E
4708: E
4709: E
4710: C
4711: E
4712: E
4713: D
4714: D
4715: D
4716: A
4717: C
4718: A
4719: B
4720: B