Questões de Concurso Nível médio

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Q3262034 Engenharia Elétrica
Em inspeções de rotinas em instalações elétricas são necessárias medições para atestar os valores das correntes, tensões e potências consumidas nesses circuitos. Para isso, o eletricista utiliza instrumentos como voltímetros, amperímetros e wattímetros. Com base nesse processo, considerando os instrumentos necessários, é correto afirmar que: “a ligação de um _____________ convencional ao circuito é feita simultaneamente em série e em paralelo, pois ele realiza o produto das grandezas _____________ e _____________ elétrica, presentes no circuito para fornecer o resultado em _____________.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
Alternativas
Q3262033 Engenharia Elétrica
A manutenção é uma das mais importantes ações para otimizar a durabilidade dos equipamentos e instalações, assim como a segurança de quem circula ou trabalha nesses locais. Com base nesses aspectos, um eletricista foi encarregado de realizar vistorias nas instalações e observou: 1) problemas que podem ser evitados para melhoria da eficiência dos equipamentos; e 2) algumas falhas em determinados equipamentos. Os tipos de manutenção propostos pelo eletricista nos casos 1 e 2 devem ser do(s) tipo(s): 
Alternativas
Q3262032 Engenharia Elétrica
Determinado eletricista, durante suas rotinas de manutenção, constatou que a carcaça de um equipamento elétrico provoca uma pequena sensação de choque elétrico quando tocada. Nesse contexto, assinale, a seguir, o dispositivo destinado a resolver esse problema. 
Alternativas
Q3262031 Eletrotécnica
O eletricista, assim como outros profissionais das áreas técnicas, possui conhecimento para leitura e interpretação de desenho técnico de peças e componentes presentes nas instalações. A figura a seguir representa uma determinada peça e suas vistas nos seus diversos planos:
Captura_de tela 2025-03-26 081511.png (481×141)

Diante do exposto, assinale, a seguir, a correta identificação das vistas dessa peça. 
Alternativas
Q3262030 Eletricidade
Determinado eletricista precisou realizar uma instalação elétrica e, para isso, foi necessário o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Dentre os EPIs utilizados estão duas luvas com as seguintes características:

I. Luvas para proteção contra choques elétricos, destinadas a proteger o trabalhador contra a ocorrência de choque elétrico, por contato pelas mãos, com instalações ou partes energizadas em alta e baixa tensão.
II. Luvas utilizadas como cobertura das luvas I (sobrepostas a estas); têm o objetivo de protegê-las contra perfurações e cortes originados de pontos perfurantes, abrasivos e escoriantes. São confeccionadas com costuras finas para manter a máxima mobilidade dos dedos e possuem um dispositivo de aperto com presilhas para ajuste acima do punho.

As luvas I e II utilizadas durante esse serviço são, respectivamente:
Alternativas
Q3262029 Engenharia Elétrica
Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. Tais medidas se referem ao controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de riscos, a fim de manter a isolação adequada para cada nível de tensão, utilizando materiais elétricos, ferramentas e equipamentos de proteção coletiva e individual, corretamente especificados e em boas condições de uso. Na prevenção de choques e arcos elétricos, também é importante que:

I. Haja aterramento elétrico em pelo menos um sistema.
II. As instalações, em geral, estejam em bom estado de conservação.
III. Os dispositivos de proteção estejam corretamente dimensionados.

Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q3262028 Engenharia Elétrica
Após uma inspeção de rotina, determinado técnico industrial verificou o consumo de energia das instalações elétricas e constatou uma baixa eficiência energética. Durante uma reunião, o técnico orientou os administradores e usuários dos ambientes sobre algumas medidas para melhorar a eficiência energética das instalações. São consideradas medidas corretas, EXCETO:
Alternativas
Q3262027 Engenharia Elétrica
Os sistemas elétricos de potência são constituídos de um conjunto de equipamentos e materiais necessários para transportar energia elétrica desde a fonte até os pontos de utilização, através de suas principais etapas. De acordo com tais etapas e suas propriedades, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q3262026 Eletrônica
Na eletrônica existe um dispositivo semicondutor muito comum utilizado em diversas aplicações, tanto para amplificação de sinais quanto para comutação. Determinado profissional, durante a manutenção de um equipamento eletrônico, observou a existência de um desses dispositivos ligados em série com a bobina de um relé de acionamento de uma pequena carga. Diante do exposto, assinale, a seguir, o nome desse dispositivo, assim como sua função, respectivamente.
Alternativas
Q3262025 Engenharia Elétrica
A figura a seguir representa o diagrama interno de um chuveiro elétrico ligado em 220 V:
Captura_de tela 2025-03-26 081140.png (272×180)

Considerando que cada seguimento R de sua resistência mede 11 ohms, as potências em watts consumidas nas posições verão e inverno são, respectivamente: 
Alternativas
Q3261821 Redação Oficial
O poder público usa a redação oficial para redigir documentos oficiais. Além da norma-padrão da língua portuguesa, a redação oficial deve apresentar, EXCETO: 
Alternativas
Q3261819 Direito Administrativo
Com base em conhecimentos de Administração Pública direta e indireta, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q3261815 Atendimento ao Público
Dentre as responsabilidades, as atribuições e as tarefas dos serviços prestados pela Administração Pública direta e indireta, destaca-se, como de suma importância, o dever de dar atendimento irrepreensível aos cidadãos, pois é nesse contato que se materializa, simbolicamente, a principal razão de existir do Estado. Em relação aos aspectos a serem observados, a fim de que seja possível primar pelo bom atendimento ao cidadão, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3261806 Administração Geral
Toda atividade humana organizada traz consigo duas exigências fundamentais: a divisão do trabalho em várias tarefas a serem executadas e, ao mesmo tempo, a coordenação dessas tarefas para a realização da atividade. (MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes. Adaptado.)
A definição apresentada por Mintzberg traz a ideia que persistiu durante metade do século XX, em que a estrutura organizacional era entendida como um conjunto de relações de trabalho oficiais e padronizadas, reforçado por um sistema de autoridade formal e rigorosa com suposto controle total sobre as ações e interações entre os indivíduos. Atualmente, nas definições de estrutura organizacional, admite-se importância das interações humanas na formação das estruturas, uma vez que a estrutura formal nem sempre representa exatamente o que ocorre no cotidiano das organizações. Nesse sentido, sobre estrutura organizacional, analise as afirmativas a seguir.
I. As estruturas organizacionais sofrem alterações contínuas, à medida que sofrem influências dos seus membros, das interações entre eles e das mudanças ambientais. Elas são permeadas por padrões de interação, sendo eles representados pelas relações sociais informais e formais.
II. Inexiste uma estrutura organizacional única que se mostre efetiva e funcional para todas as organizações ou mesmo para aquelas de um mesmo segmento ou setor. Fatores como estratégia, tamanho, setores, incerteza com relação às tarefas e tecnologia refletem a necessidade de diferenciados arranjos organizacionais.
III. As organizações definem suas estruturas com base, somente, em condições impessoais, tais como: tamanho, sistema técnico, características de seu ambiente. Relações de poder também não interferem no delineamento da estrutura, principalmente a presença de controles externos à organização, necessidades pessoais de seus diversos membros e cultura onde a organização está inserida.

Está correto o que se afirma em
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Q3261805 Administração Geral
Administrar é tomar decisões sobre recursos disponíveis, trabalhando com e através de pessoas para atingir objetivos, consciente das possíveis consequências das decisões tomadas. Por sua vez, entende-se por administração o gerenciamento de uma organização, levando em conta as informações obtidas junto a outros profissionais. Uma opção mais técnica para definir administração é: ciência social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar. Com base nas conceituações anteriores, conclui-se que o cargo de assistente administrativo é de vital importância, pois é esse profissional que assiste o administrador e, portanto, deve conhecer os fundamentos da administração, no que concerne aos seus conceitos, suas características e finalidades. A esse respeito, assinale a afirmativa INCORRETA.  
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Q3261784 Português
Literalmente latente, mas talvez não

        Melhor pecar por ser óbvio do que por ser omisso: palavras são as menores unidades de sentido autônomo da escrita. Sendo assim, nenhum escriba conseguirá ir muito longe se não cultivar com elas, quase sempre por meio da leitura, uma intimidade pelo menos razoável.

        Isso significa – não apenas, mas em primeiro lugar – saber o que elas significam em estado de dicionário. No meu caso, não há maior inimigo da boa vontade que tenho para a leitura de um texto do que descobrir que seu autor usa, por exemplo, “literal” para o que é figurado e “latente” com o sentido de “patente”.

        Sim, sou desses. Embora seja uma frase de uso comum em contextos informais, sobretudo na fala, acredito que “Estou literalmente frito” jamais ganhará circulação tranquila na linguagem culta.

        Qual é o sentido de garantir a literalidade do que não tem nenhuma? Cabe, claro, a ressalva dos casos gravíssimos de quem se fritou caindo em frigideiras industriais, mas estes são bem raros.

        A rigor, “A viagem me deixou literalmente morto de cansado” é uma afirmação que só poderia ser feita por um autor defunto como Brás Cubas – ou, quem sabe, recebida como mensagem do além em centros espíritas.

        Problema semelhante tem uma frase como “Fulano me ligou em prantos, a dor dele com a separação é latente”. Não, não é. A dor do fulano talvez fosse latente – quer dizer, não visível, presente mas não manifesta – antes do choro. Depois dele é patente, ou seja, evidente, está na cara.

        Alguns estudiosos argumentam que o uso, mesmo que a princípio esteja equivocado, acabará por normalizar tudo isso – se é que já não o fez. No inglês, o emprego de “literalmente” quando se trata de sentido figurado, como simples marca de ênfase, já ganhou a chancela de certos dicionários.

        O uso é poderoso mesmo. Não faltam na história das línguas exemplos de erros produtivos, mal-entendidos que criaram novos sentidos. A palavra “floresta” nos chegou do francês antigo “forest” e ganhou um L na alfândega porque o pessoal achou que tivesse a ver com “flor”. Não tinha, mas passou a ter.

        No entanto, a famosa cartada de que “a língua é viva” – sem dúvida de grande autoridade nas conversas sobre palavras – não me parece liquidar o jogo nesse caso. Sim, a língua é viva. Como todo organismo, pode adoecer.

        Uma coisa é reconhecer que, no fluxo contínuo da fala das ruas, todo idioma está fadado a mudar de feição o tempo todo, com as palavras ganhando pouco a pouco sutilezas que podem acabar por torná-las inteiramente diferentes do que foram um dia. É verdade.

        No entanto, quando a confusão recai sobre pares de antônimos tão perfeitos quanto literal-figurado e latente-patente, acreditar que a ignorância venha a ser produtiva me parece um excesso de otimismo.

        A única consequência lógica de que um de dois termos opostos passe a significar o mesmo que seu contrário é a destruição de ambos, sua diluição na geleia do que não faz sentido algum.
    
        Os pares literal-figurado e latente-patente são como claro-escuro, alegre-triste, quente-frio, morto-vivo, alto-baixo etc. Imagine se essas palavras fossem intercambiáveis.

        Quando o primeiro termo se define em oposição ao segundo e vice-versa, fundi-los é entropia, perda de funcionalidade da linguagem, que passa a ser capaz de dizer menos do que dizia. Numa palavra, burrice.

        Pode ser que um dia tudo isso seja considerado correto? Pode. Espero estar literalmente morto até lá.

(RODRIGUES, Sérgio. Literalmente latente, mas talvez não. Jornal Folha de S. Paulo, 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/. Acesso em: janeiro de 2025.)
O processo de formação de “poderoso” (8º§) só NÃO é o mesmo de:
Alternativas
Q3261778 Português
Literalmente latente, mas talvez não

        Melhor pecar por ser óbvio do que por ser omisso: palavras são as menores unidades de sentido autônomo da escrita. Sendo assim, nenhum escriba conseguirá ir muito longe se não cultivar com elas, quase sempre por meio da leitura, uma intimidade pelo menos razoável.

        Isso significa – não apenas, mas em primeiro lugar – saber o que elas significam em estado de dicionário. No meu caso, não há maior inimigo da boa vontade que tenho para a leitura de um texto do que descobrir que seu autor usa, por exemplo, “literal” para o que é figurado e “latente” com o sentido de “patente”.

        Sim, sou desses. Embora seja uma frase de uso comum em contextos informais, sobretudo na fala, acredito que “Estou literalmente frito” jamais ganhará circulação tranquila na linguagem culta.

        Qual é o sentido de garantir a literalidade do que não tem nenhuma? Cabe, claro, a ressalva dos casos gravíssimos de quem se fritou caindo em frigideiras industriais, mas estes são bem raros.

        A rigor, “A viagem me deixou literalmente morto de cansado” é uma afirmação que só poderia ser feita por um autor defunto como Brás Cubas – ou, quem sabe, recebida como mensagem do além em centros espíritas.

        Problema semelhante tem uma frase como “Fulano me ligou em prantos, a dor dele com a separação é latente”. Não, não é. A dor do fulano talvez fosse latente – quer dizer, não visível, presente mas não manifesta – antes do choro. Depois dele é patente, ou seja, evidente, está na cara.

        Alguns estudiosos argumentam que o uso, mesmo que a princípio esteja equivocado, acabará por normalizar tudo isso – se é que já não o fez. No inglês, o emprego de “literalmente” quando se trata de sentido figurado, como simples marca de ênfase, já ganhou a chancela de certos dicionários.

        O uso é poderoso mesmo. Não faltam na história das línguas exemplos de erros produtivos, mal-entendidos que criaram novos sentidos. A palavra “floresta” nos chegou do francês antigo “forest” e ganhou um L na alfândega porque o pessoal achou que tivesse a ver com “flor”. Não tinha, mas passou a ter.

        No entanto, a famosa cartada de que “a língua é viva” – sem dúvida de grande autoridade nas conversas sobre palavras – não me parece liquidar o jogo nesse caso. Sim, a língua é viva. Como todo organismo, pode adoecer.

        Uma coisa é reconhecer que, no fluxo contínuo da fala das ruas, todo idioma está fadado a mudar de feição o tempo todo, com as palavras ganhando pouco a pouco sutilezas que podem acabar por torná-las inteiramente diferentes do que foram um dia. É verdade.

        No entanto, quando a confusão recai sobre pares de antônimos tão perfeitos quanto literal-figurado e latente-patente, acreditar que a ignorância venha a ser produtiva me parece um excesso de otimismo.

        A única consequência lógica de que um de dois termos opostos passe a significar o mesmo que seu contrário é a destruição de ambos, sua diluição na geleia do que não faz sentido algum.
    
        Os pares literal-figurado e latente-patente são como claro-escuro, alegre-triste, quente-frio, morto-vivo, alto-baixo etc. Imagine se essas palavras fossem intercambiáveis.

        Quando o primeiro termo se define em oposição ao segundo e vice-versa, fundi-los é entropia, perda de funcionalidade da linguagem, que passa a ser capaz de dizer menos do que dizia. Numa palavra, burrice.

        Pode ser que um dia tudo isso seja considerado correto? Pode. Espero estar literalmente morto até lá.

(RODRIGUES, Sérgio. Literalmente latente, mas talvez não. Jornal Folha de S. Paulo, 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/. Acesso em: janeiro de 2025.)
No 5º§, o autor cita a expressão “autor defunto”, muito famosa no romance “Obras póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis. A mudança de posição dos termos – “autor defunto” e “defunto autor” – acarreta sensível alteração semântica entre essas expressões. O mesmo ocorre em:
Alternativas
Q3261776 Português
Literalmente latente, mas talvez não

        Melhor pecar por ser óbvio do que por ser omisso: palavras são as menores unidades de sentido autônomo da escrita. Sendo assim, nenhum escriba conseguirá ir muito longe se não cultivar com elas, quase sempre por meio da leitura, uma intimidade pelo menos razoável.

        Isso significa – não apenas, mas em primeiro lugar – saber o que elas significam em estado de dicionário. No meu caso, não há maior inimigo da boa vontade que tenho para a leitura de um texto do que descobrir que seu autor usa, por exemplo, “literal” para o que é figurado e “latente” com o sentido de “patente”.

        Sim, sou desses. Embora seja uma frase de uso comum em contextos informais, sobretudo na fala, acredito que “Estou literalmente frito” jamais ganhará circulação tranquila na linguagem culta.

        Qual é o sentido de garantir a literalidade do que não tem nenhuma? Cabe, claro, a ressalva dos casos gravíssimos de quem se fritou caindo em frigideiras industriais, mas estes são bem raros.

        A rigor, “A viagem me deixou literalmente morto de cansado” é uma afirmação que só poderia ser feita por um autor defunto como Brás Cubas – ou, quem sabe, recebida como mensagem do além em centros espíritas.

        Problema semelhante tem uma frase como “Fulano me ligou em prantos, a dor dele com a separação é latente”. Não, não é. A dor do fulano talvez fosse latente – quer dizer, não visível, presente mas não manifesta – antes do choro. Depois dele é patente, ou seja, evidente, está na cara.

        Alguns estudiosos argumentam que o uso, mesmo que a princípio esteja equivocado, acabará por normalizar tudo isso – se é que já não o fez. No inglês, o emprego de “literalmente” quando se trata de sentido figurado, como simples marca de ênfase, já ganhou a chancela de certos dicionários.

        O uso é poderoso mesmo. Não faltam na história das línguas exemplos de erros produtivos, mal-entendidos que criaram novos sentidos. A palavra “floresta” nos chegou do francês antigo “forest” e ganhou um L na alfândega porque o pessoal achou que tivesse a ver com “flor”. Não tinha, mas passou a ter.

        No entanto, a famosa cartada de que “a língua é viva” – sem dúvida de grande autoridade nas conversas sobre palavras – não me parece liquidar o jogo nesse caso. Sim, a língua é viva. Como todo organismo, pode adoecer.

        Uma coisa é reconhecer que, no fluxo contínuo da fala das ruas, todo idioma está fadado a mudar de feição o tempo todo, com as palavras ganhando pouco a pouco sutilezas que podem acabar por torná-las inteiramente diferentes do que foram um dia. É verdade.

        No entanto, quando a confusão recai sobre pares de antônimos tão perfeitos quanto literal-figurado e latente-patente, acreditar que a ignorância venha a ser produtiva me parece um excesso de otimismo.

        A única consequência lógica de que um de dois termos opostos passe a significar o mesmo que seu contrário é a destruição de ambos, sua diluição na geleia do que não faz sentido algum.
    
        Os pares literal-figurado e latente-patente são como claro-escuro, alegre-triste, quente-frio, morto-vivo, alto-baixo etc. Imagine se essas palavras fossem intercambiáveis.

        Quando o primeiro termo se define em oposição ao segundo e vice-versa, fundi-los é entropia, perda de funcionalidade da linguagem, que passa a ser capaz de dizer menos do que dizia. Numa palavra, burrice.

        Pode ser que um dia tudo isso seja considerado correto? Pode. Espero estar literalmente morto até lá.

(RODRIGUES, Sérgio. Literalmente latente, mas talvez não. Jornal Folha de S. Paulo, 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/. Acesso em: janeiro de 2025.)
A passagem que constitui um argumento a favor da tese do autor se encontra em: 
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Q3261775 Português
Literalmente latente, mas talvez não

        Melhor pecar por ser óbvio do que por ser omisso: palavras são as menores unidades de sentido autônomo da escrita. Sendo assim, nenhum escriba conseguirá ir muito longe se não cultivar com elas, quase sempre por meio da leitura, uma intimidade pelo menos razoável.

        Isso significa – não apenas, mas em primeiro lugar – saber o que elas significam em estado de dicionário. No meu caso, não há maior inimigo da boa vontade que tenho para a leitura de um texto do que descobrir que seu autor usa, por exemplo, “literal” para o que é figurado e “latente” com o sentido de “patente”.

        Sim, sou desses. Embora seja uma frase de uso comum em contextos informais, sobretudo na fala, acredito que “Estou literalmente frito” jamais ganhará circulação tranquila na linguagem culta.

        Qual é o sentido de garantir a literalidade do que não tem nenhuma? Cabe, claro, a ressalva dos casos gravíssimos de quem se fritou caindo em frigideiras industriais, mas estes são bem raros.

        A rigor, “A viagem me deixou literalmente morto de cansado” é uma afirmação que só poderia ser feita por um autor defunto como Brás Cubas – ou, quem sabe, recebida como mensagem do além em centros espíritas.

        Problema semelhante tem uma frase como “Fulano me ligou em prantos, a dor dele com a separação é latente”. Não, não é. A dor do fulano talvez fosse latente – quer dizer, não visível, presente mas não manifesta – antes do choro. Depois dele é patente, ou seja, evidente, está na cara.

        Alguns estudiosos argumentam que o uso, mesmo que a princípio esteja equivocado, acabará por normalizar tudo isso – se é que já não o fez. No inglês, o emprego de “literalmente” quando se trata de sentido figurado, como simples marca de ênfase, já ganhou a chancela de certos dicionários.

        O uso é poderoso mesmo. Não faltam na história das línguas exemplos de erros produtivos, mal-entendidos que criaram novos sentidos. A palavra “floresta” nos chegou do francês antigo “forest” e ganhou um L na alfândega porque o pessoal achou que tivesse a ver com “flor”. Não tinha, mas passou a ter.

        No entanto, a famosa cartada de que “a língua é viva” – sem dúvida de grande autoridade nas conversas sobre palavras – não me parece liquidar o jogo nesse caso. Sim, a língua é viva. Como todo organismo, pode adoecer.

        Uma coisa é reconhecer que, no fluxo contínuo da fala das ruas, todo idioma está fadado a mudar de feição o tempo todo, com as palavras ganhando pouco a pouco sutilezas que podem acabar por torná-las inteiramente diferentes do que foram um dia. É verdade.

        No entanto, quando a confusão recai sobre pares de antônimos tão perfeitos quanto literal-figurado e latente-patente, acreditar que a ignorância venha a ser produtiva me parece um excesso de otimismo.

        A única consequência lógica de que um de dois termos opostos passe a significar o mesmo que seu contrário é a destruição de ambos, sua diluição na geleia do que não faz sentido algum.
    
        Os pares literal-figurado e latente-patente são como claro-escuro, alegre-triste, quente-frio, morto-vivo, alto-baixo etc. Imagine se essas palavras fossem intercambiáveis.

        Quando o primeiro termo se define em oposição ao segundo e vice-versa, fundi-los é entropia, perda de funcionalidade da linguagem, que passa a ser capaz de dizer menos do que dizia. Numa palavra, burrice.

        Pode ser que um dia tudo isso seja considerado correto? Pode. Espero estar literalmente morto até lá.

(RODRIGUES, Sérgio. Literalmente latente, mas talvez não. Jornal Folha de S. Paulo, 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/. Acesso em: janeiro de 2025.)
A principal ideia defendida pelo autor é:
Alternativas
Q3261773 Redes de Computadores
A segurança de rede é um conjunto de medidas e tecnologias que mantêm as redes internas protegidas contra ataques e violações de dados. Em segurança de redes, conceitua-se corretamente firewall como:
Alternativas
Respostas
5261: B
5262: C
5263: A
5264: D
5265: B
5266: D
5267: A
5268: C
5269: C
5270: A
5271: B
5272: C
5273: D
5274: B
5275: A
5276: A
5277: B
5278: C
5279: D
5280: D