Questões de Concurso
Sobre análise sintática em português
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I. Na linha 02, o pronome ela retoma crise econômica (l. 01). II. Na linha 06, o pronome possessivo seus indica a posição ou a identidade dos seres envolvidos no discurso; dezenas de milhares de habitantes e Venezuela. III. Na linha 18, o pronome los, em impulsioná-los funciona como complemento verbal.
Quais estão corretas?
I- A flexão verbal “Existem” pode ser substituída por “Há” sem sofrer nenhuma alteração na função sintática dos termos da oração. II- O termo “que” introduz uma oração subordinada, ampliando a significação de seu referente. III- Em “se autodepreciando” temos um caso de pronome enclítico, tendo em vista que a oração foi iniciada por verbo.
Analise as proposições e marque a alternativa adequada. Está(ão) CORRETA(s), apenas
I- o termo “Quem” exerce a função sintática de sujeito, equivalendo a “aquele que”. II- a expressão “a companhia do ressentimento, da amargura, da vingança, e da inveja” configura um caso de pleonasmo. III- o enunciado “está construindo muros dentro de si mesmo” foi construído numa linguagem figurada.
Analise as proposições e marque a alternativa adequada. Está(ão) CORRETA(s)
( ) a termo “Portanto” expressa conclusão e pode ser substituído por “por conseguinte” sem alterar o seu sentido. ( ) a expressão “tanto pela nossa liberdade como pela nossa privação” indica uma concessão que permite a realização de um fato expresso. ( ) a expressão “somos responsáveis” apresenta um caso de locução verbal.
Analise as proposições e coloque V para Verdadeira e F para Falsa. Está CORRETA a sequência
Enquanto te enterravam no cemitério judeu do Caju (e o clarão de teu olhar soterrado resistindo ainda) O taxi corria comigo à borda da Lagoa na direção de Botafogo As pedras e as nuvens e as árvores no vento mostravam alegremente Que não dependem de nós
Das afirmações seguintes:
I- O eu lírico do poema dirige-se a uma pessoa, representada pelos pronomes TE, TEU e NÓS. II- No primeiro verso, a função sintática desempenhada pelo pronome TE é de objeto indireto. III- A palavra ALEGREMENTE se classifica sintaticamente como adjunto adverbial de modo.
Velocidade das mudanças dificulta o registro de importantes passagens da história atual O ano está terminando. Já? Mais um. Mudou a noção de tempo. A novidade não é a mudança do mundo, mas a velocidade das mudanças. Nunca se mudou tão velozmente. Vinte anos atrás, choque de gerações era choque entre pais e filhos. Calculava- se, inclusive, que geração era um tempo de 25 anos. Aos 25 anos, supostamente, você teria outro descendente, e aí viria outra geração. Hoje, choque de gerações é imediato. Meu filho de 24 anos é considerado ultrapassado pela minha filha de 22 anos. Por sua vez, o de 18 anos, o mais novo, considera os dois mais velhos ultrapassados. Eles não cortam o cabelo do mesmo jeito, não ouvem o mesmo tipo de música, e não usam o mesmo tipo de roupa, com uma diferença de apenas dois anos. Imagine eu perto deles. Meus filhos referem-se ao tempo em que eu tinha 20 anos - para mim, foi agora - sempre usando a palavra “antigamente”. Quando eu era criança e falava antigamente, eu estava me referindo a gregos e romanos. Eles falam antigamente referindo-se a 1974: “Pai, é verdade que antigamente não tinha controle remoto?". Eu falo que é verdade. A gente tinha de levantar, mudar o canal, sentar, voltar outra vez. Se eu contar para eles que tinha seletor, que fazia barulho clac, clac, clac. Você já viu um desses? Em 1980 - isso foi agora, vários já davam aulas, vários já eram pais e mães - as TVs tinham válvula e se você quisesse assistir a um programa, tinha de ligar a TV bem antes, para ela ficar quentinha, que nem um forno a lenha. As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto que a memória fica fugaz. O que marcou a vida de nossos avós ou pais? Que fatos da história eles viveram? [...] Em um domingo de março você estava assistindo TV e veio a notícia de que os Mamonas Assassinas tinham morrido. Quando? Em agosto, fez quatro anos que Lady Di morreu. Já? Neste ano, dois senadores brasileiros renunciaram. E, pouco depois, um terceiro também o fez. Que mês foi: março, abril, maio, junho? Já, já, não se lembra mais. Eu não estou falando de coisas do século XIX, estou falando de coisas de cinco anos para cá, todas elas. A gente acaba perdendo a memória e isso é muito ruim. O mundo vai além do ano letivo.
CORTELLA, Mário Sérgio. Além do ano letivo. Revista Educação n . 2 4 8 . d e z , 2 0 0 1 . D i s p o n í v e l e m : http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_revistas/revista_educacao.
Em “As coisas têm mudado muito velozmente, a tal ponto QUE A MEMÓRIA FICA FUGAZ." a construção destacada exemplifica uma oração com ideia:
Você não acha estranho que existam os outros? Eu também não achava, até que anteontem, quando tive o que, por falta de nome melhor, chamei de SCA – Súbita Consciência da Alteridade.
Estava no carro, esperando o farol abrir, e comecei a observar um pedestre, vindo pela calçada. Foi então que, do nada, senti o espasmo filosófico, a fisgada ontológica. Simplesmente entendi, naquele instante, que o pedestre era um outro: via o mundo por seus próprios olhos, sentia um gosto em sua boca, um peso sobre seus ombros, tinha antepassados, medo da morte e achava que as unhas dos pés dele eram absolutamente normais – estranhas eram as minhas e as suas, caro leitor, pois somos os outros da vida dele. O farol abriu, o pedestre ficou pra trás, mas eu não conseguia parar de pensar que ele agora estava no quarteirão de cima, aprisionado em seus pensamentos, embalado por sua pele, tão centro do Cosmos e da Criação quanto eu, você e sua tia-avó. Sei que o que eu estou dizendo é de uma obviedade tacanha, mas não são essas verdades as mais difíceis de enxergar? A morte, por exemplo. Você sabe, racionalmente, que um dia vai morrer. Mas, cá entre nós: você acredita mesmo que isso seja possível? Claro que não! Afinal, você é você! Se você acabar, acaba tudo e, convenhamos, isso não faz o menor sentido. As formigas não são assim. Elas não sabem que existem. E, se alguma consciência elas têm, é de que não são o centro nem do próprio formigueiro. Vi um documentário ontem de noite. Diante de um riacho, as saúvas africanas se metiam na água e formavam uma ponte, com seus próprios corpos, para que as outras passassem. Morriam afogadas, para que o formigueiro sobrevivesse. Não, nenhuma compaixão cristã brotou em mim naquele momento, nenhuma solidariedade pela formiga desconhecida. (Deus me livre, ser saúva africana!). O que senti foi uma imensa curiosidade de saber o que o pedestre estava fazendo naquela hora. Estaria vendo o mesmo documentário? Dormindo? Desejando a mulher do próximo? Afinal, ele estava existindo, e continua existindo agora, assim como eu, você, o Bill Clinton, o Moraes Moreira. São sete bilhões de narradores em primeira pessoa soltos por aí, crentes que, se Deus existe, é conosco que virá puxar papo, qualquer dia desses. Sete bilhões de mundinhos. Sete bilhões de chulés. Sete bilhões de irritações, sistemas digestivos, músicas chicletentas que não desgrudam da cabeça e a esperança quase tangível de que, mês que vem, ganharemos na loteria. Até a rainha da Inglaterra, agorinha mesmo, tá lá, minhocando as coisas dela, em inglês, por debaixo da coroa. Não é estranhíssimo? (PRATA, Antônio. Os outros. In: Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34, 2010. p17-18)
Considere o período abaixo e as afirmativas feitas a respeito das orações e termos que o constituem.
“Sete bilhões de irritações, sistemas digestivos, músicas chicletentas que não desgrudam da cabeça e a esperança quase tangível de que, mês que vem, ganharemos na loteria.” (6º§)
I. A oração “que não desgrudam da cabeça”, por seu caráter acessório, pode ser deslocada para outras posições no período sem prejuízo ao sentido inicial. II. Todos os verbos do período possuem o mesmo sujeito. III. O trecho “Sete bilhões de irritações, sistemas digestivos, músicas chicletenta” ilustra um exemplo de paralelismo sintático, apesar de se notar a omissão da preposição “de” em parte dele.
Estão corretas as afirmativas:
1. Resolveu não sair, porque valia a pena ficar em casa. 2. O povo não gosta de covardes, embora inveje os valentes. 3. Se queres a paz, prepara a revolução. 4. Como ele mesmo diz com certa tristeza, viveu uma vida amarga. 5. O silêncio explica mais que o discurso inflamado.
Julgue a veracidade das afirmações a respeito das frases e assinale a alternativa correta.
(Jeremias Tancredo Paz, inédito)
Os elementos sublinhados são exemplos de uma mesma função sintática no seguinte segmento:
Rubinstein apoiou fortemente VillaLobos na realização de seu sonho de longa data: ir a Paris para poder, lá, dedicar-se exclusivamente a seu trabalho de composição. Para fundar o projeto em uma base realista, Rubinstein sugeriu estabelecer um plano de financiamento que foi adotado por alguns amigos de Villa-Lobos. A imprensa relatou sobre isso: “Tudo indica que é chegado o momento de encaminhar para a Europa esse formoso talento que ontem foi delirantemente aplaudido”. Para colocar à disposição os meios necessários, o deputado Arthur Lemos apresentou uma proposta na câmara municipal de vereadores em julho de 1922 sob o título: “Para a divulgação de nossa música no exterior”. Foram pedidos 108 contos de réis – segundo a moeda de hoje, aproximadamente, 30 mil reais – para que pudessem ser realizados, ao total, 24 concertos com obras de compositores brasileiros nas capitais musicais da Europa. Já em 1912, Nepomuceno, Oswald, Braga e Nascimento haviam encaminhado uma iniciativa semelhante para o jovem compositor, muito promissor, Glauco Velásquez. O projeto contudo, fracassou, e Velásquez morreu dois anos mais tarde. A fim de propagar seu objetivo, Villa-Lobos realizou uma série de oito concertos – quatro no Rio de Janeiro, quatro em São Paulo –, os quais ele dedicou a algumas personalidades de destacada posição social: ao presidente Epitácio Pessoa, ao vice-presidente Estácio Coimbra, ao senador Marcílio Lacerda e ao milionário Arnaldo Guinle. [...] Apesar de todos os esforços, VillaLobos não conseguiu influenciar o ambiente no sentido intencionado. Não houve número considerável de público nem uma ressonância notável por parte da imprensa, e as personalidades importantes solicitadas também se mantiveram reservadas. O quarto concerto no Rio de Janeiro teve até mesmo de ser cancelado, já que não houve venda suficiente de ingressos. Ronald de Carvalho censurou, por conseguinte, em um artigo de jornal, a “decadência” do público no Rio de Janeiro. [...]
NEGWER, M. Villa-Lobos. O florescimento da música brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 2009. p. 141-142. (adaptado)
Assinale a alternativa correta.
( ) A resposta ao professor foi exata. ( ) A resposta do professor foi exata. ( ) Julgo o projeto adequado para mim, vou assumi-lo. ( ) Não lhe compreendo as palavras. ( ) Parece ser uma pessoa sem entranhas, dizia o poeta.Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Analise as afirmações que seguem a respeito do fragmento abaixo:
...não são apenas as grandes decisões que norteiam nossas vidas – como casar. (l. 19).
I. Poder-se-ia inserir uma vírgula imediatamente antes da palavra que sem que ocorresse alteração de significado ou erro ao fragmento.
II. A oração sublinhada restringe o significado da expressão grandes decisões.
III. A palavra ‘que’ poderia ser substituída por ‘as quais’, sem que isso provocasse alteração de sentido ou incorreção ao texto.
Quais estão corretas?
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões.
Afinal, Direitos Humanos são direitos
de bandidos?
A partir da ideia de universalidade dos direitos (todas as pessoas, independentemente de sua condição racial, econômica, social, ou mesmo criminal, são sujeitos aos direitos) trazida pela Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948, mesmo os criminosos, por serem humanos, também têm direitos. Então, nesse sentido, Direitos Humanos são, também, direitos de bandidos. Não haveria nenhuma crítica a essa afirmação, se usada no seu contexto adequado. O problema é quando ela é usada de forma falaciosa, quando busca forjar a ideia de que o movimento de Direitos Humanos apenas se preocupa com o direito dos presos e suspeitos, desprezando os direitos dos demais membros da comunidade.
Essa ideia, absolutamente equivocada, passou a ser difundida, ainda nos anos de chumbo da ditadura militar (1964-85), quando aqueles que defendiam as pessoas ameaçadas, perseguidas ou presas pelos aparelhos repressores do Estado, foram rotulados de ”defensores de bandidos”.
Mesmo com a redemocratização do país, a difusão da ideia continuou, não só para deslegitimar métodos democráticos no combate à criminalidade, como também para garantir uma certa impunidade (afinal as polícias tiveram um papel destacado na violenta repressão política, através de práticas antidemocráticas de investigação, que, em alguns locais, ainda hoje perduram).
Além disso, essa ideia tem amplo apoio da parte conservadora da sociedade, que jamais tolerou a possibilidade de direitos serem estendidos às classes populares ou que qualquer pessoa, independentemente de sua etnia, gênero, condição social ou mesmo condição de suspeito ou condenado, deva ser respeitada como sujeito de direitos.
É óbvio que a defesa da dignidade daqueles que se encontram em conflito com o sistema de justiça criminal não significa ser a favor do crime ou do bandido; aliás a luta contra a impunidade, em todos os níveis, tem sido uma das principais bandeiras históricas dos militantes de Direitos Humanos.
Para além disso, é importante que se diga que o movimento de Direitos Humanos tem uma agenda bem mais ampla, que inclui questões como o racismo, a exclusão social, o trabalho infantil, a educação, o acesso à terra ou à moradia, o direito à saúde, a questão da desigualdade de gênero, etc.
Muita gente não se dá conta, mas quando entende que os idosos e pessoas portadoras de necessidade especiais merecem respeito, está defendendo os Direitos Humanos; ser contra a violência doméstica é ser a favor dos Direitos Humanos; quem luta a favor dos Direitos Humanos defende também a dignidade humana, a cidadania, a paz e a tolerância; se você é contra o racismo e contra a homofobia, saiba que você é um(a) defensor(a) dos Direitos Humanos e propagador(a) de uma cultura transversal de Direitos Humanos, contribuindo de forma decisiva para que aquela ideia que reduz e confunde Direitos Humanos com direitos de bandidos seja cada vez mais uma concepção de um tempo que já passou.
BORBA, Mauro. Disputando (o) Direito. Disponível em:
<https://goo.gl/PP54Lf>