Questões de Concurso Sobre concordância verbal, concordância nominal em português

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Q448037 Português
“Existe uma pequena chance de supervulcões (e não asteroides, como alguns pensam) terem acabado com os dinossauros, milhões de anos atrás, com sua lava e a sua fumaça tóxica. Então, como não conseguiriam destruir a nós, meros humanos?

Hoje, existem cerca de cinco supervulcões no mundo. Um dos menores consegue alcançar 240 mil km cúbicos (quase a Itália inteira) só com a lava. A fumaça alcançaria mais. Juntos, os cinco conseguiriam torrar uma grande parcela da população mundial, e ainda espalhariam fumaça letal aos montes. Isso sem falar que a fumaça ainda iria cobrir o céu da Terra por muito tempo, impedindo o sol de chegar às matas, matando tudo à nossa volta.”

Victor Bianchin: Adapt. de 6 maneiras como o mundo pode realmente acabar no futuro. In: Mundo estranho. São Paulo: Abril, 21 dez. 2012.     OBS: Os números entre os parênteses  nas questões  indicam o parágrafo em que se encontram os fragmentos apresentados.


Assinale a alternativa gramaticalmente correta
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: SEPLAG-MG Prova: FUNCAB - 2014 - SEPLAG-MG - Direito |
Q447777 Português
Ao reescrever-se o verbo em destaque na voz passiva pronominal , comete-se ERRO de concordância verbal em:
Alternativas
Q447691 Português
Leia o texto para responder a questão.

                                  Invasão de danos


     Como se resolver o problema do déficit habitacional já  não fosse tarefa complexa, invasões orquestradas por movimentos de sem-teto em empreendimentos populares inacabados adicionam à equação dificuldades nada desprezíveis  – e não apenas para as autoridades.

     Também a população que vive em áreas de risco ou espera há anos por sua residência se vê prejudicada por intervenções de grupos que, à margem da lei, decidem se apossar de  conjuntos habitacionais construídos com recursos públicos.
     Na cidade de São Paulo, 1.427 famílias de baixa renda  continuam à espera de moradias do programa federal devido  a danos causados por invasores.
     Não satisfeitos em ocupar ilegalmente unidades quase  prontas, que dependiam apenas de ligações de água e de  esgoto para serem entregues, os sem-teto depredaram e incendiaram instalações de oito condomínios quando a polícia  comandou uma ação de reintegração de posse.
     O vandalismo tornou necessário reformar os empreendimentos. Assim, não se sabe quando as unidades, em construção desde 2010, serão oferecidas às famílias. Agrava-se,  pois, a situação de quem hoje vive em condições precárias.
     Os próprios sem-teto agradeceriam se os recursos não  precisassem ser aplicados duas vezes no  mesmo apartamento.


                                                                                                (Folha de S.Paulo, 26.08.2014. Adaptado)

No trecho – Também a população que vive em áreas de risco ou espera há anos por sua residência se vê prejudicada por intervenções de grupos… – (2.º §), se a expressão a população for substituída por os moradores, o enunciado assume a seguinte redação, de acordo com a norma-padrão:
Alternativas
Q447504 Português
Nas estações de transporte de massa ____________ serem instaladas, é preciso que __________comércio e serviços para dar atenção _____________ necessidades diárias das pessoas, garantindo a elas oportunidades de resolverem suas questões quando em trânsito.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Alternativas
Q447502 Português
Assinale a alternativa correta quanto à concordância e à regência, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q447461 Português
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DAL MARCONDES, (Adalberto Marcondes). A negação do meio ambiente. Disponível em: a-negacao-do-meio-ambiente-9277.html>. Acesso em: 02 jul. 2014. Adaptado.

No último parágrafo do texto, a palavra que faz parte do termo com o qual o verbo precisam ( l. 80) concorda é
Alternativas
Q447242 Português
Leia a tirinha e responda:

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Passando a expressão “ Se eu viesse” para o plural, temos:
Alternativas
Q446938 Português
Para responder à  questão , leia trechos da entrevista dada pelo arquiteto Jorge Wilheim à Revista E, em que analisa o planejamento urbano de São Paulo e fala sobre a mobilidade (movimentação do trânsito).


Revista E – Nós vivemos um momento difícil da história de São Paulo, em que, pensando na mobilidade e na violência do trânsito, as pessoas estão cansadas da cidade. É possível fazer uma mudança positiva para a metrópole voltar a ser agradável?


J. Wilheim – O momento difícil da cidade, hoje, é que, em vez de uma mobilidade, temos uma imobilidade. Não se sabe o que fazer com o automóvel, e a população está fazendo críticas. Se teremos uma vida mais pacata, menos violenta, mais humana, eu, como sou otimista, diria que sim. Existem medidas que podem ser tomadas e que levariam a uma vida de mais qualidade.


Revista E – O carro ainda confere um status muito grande para o brasileiro e para o paulistano. Assim como a maioria das cidades brasileiras, São Paulo foi planejada para o uso do automóvel. Você acha que o paulistano está preparado para deixar o carro em casa e usar o transporte público, a bicicleta ou andar a pé?


J.Wilhein - Não. Ninguém está preparado. O dramaturgo italiano Luigi Pirandello, na década de 1930, dizia que o automóvel é  uma invenção do diabo. Se  é uma invenção  do  diabo, o que ele pretende? Trazer o inferno para a superfície da terra. E de que maneira? Pela sedução. Ele nos seduz. O automóvel, além de ser um objeto bonito e sensual, é um instrumento que nos permite a liberdade de circular por onde quisermos, quando quisermos, com quem quisermos, ou até de ficarmos parados ouvindo música ou namorando dentro dele. Além disso, ele traz em si o significado do conforto e de certo status social.

A sociedade de São paulo se divide em duas: aqueles que usam ônibus e aqueles que não usam,  deslocando-se a pé ou de automóvel. Eu mesmo não estou habituado a usar  o ônibus, porque a distância entre minha casa e o trabalho é de 12 metros. Uso pouco o automóvel, mas não saberia usar ônibus, pois faz tempo que não tomo um.

As pessoas só vão abandonar o automóvel se ele não servir mais para circular. Se a pessoa circular a 14 quilômetros por hora e ainda tiver que pagar uma fortuna para estacionar ou não encontrar onde parar o carro, ele vai começar a ser um empecilho na vida, e não uma ajuda. Aí, as pessoas serão obrigados a abandonar  o carro.


Revista E - O prefeito de Bogotá, na Colômbia, diante do caos da cidade, eliminou a maior parte das áreas para estacionar automóveis nas ruas da cidade. Aboliu, inclusive, as vagas exploradas pelo Estado (o equivalente da zona azul, em São Pulo). Você acha que uma  medida como essa funcionaria em São Paulo?


J.Wilheim - Aquele estacionamento  nos dois lados das vias de grande circulação, realmente, não vai poder continuar a existir. Essas vias foram  feitas para circular, não se podem  perder duas de quatro faixas, por exemplo. Elas devem ser utilizadas de maneira que  não seja possível estacionar, apenas parar para embarque e desembarque. O problema de estacionamento vai causar  uma crise daqui a pouquíssimo  tempo, pois essas vagas, com zona azul  ou sem, não vão existir.  Os edifícios de estacionamento surgirão a partir dessa demanda que vai acontecer, mas vai ser um empecilho a  mais, inclusive um encarecimento do uso do automóvel.

                                           (www.mobilize.org.br/noticias/5746/arquiteto-jorge-wilheim-analisa--o                                                                              planejamento-urbano-da-cidade-de-sao-paulo. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase do texto, reescrita, mantém a concordância verbal correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q446571 Português
     No primeiro dia, foi o gesto genial. Era um domingo. Ao se curvar no campo do estádio espanhol, descascar a banana, comê-la de uma abocanhada e cobrar o escanteio, Daniel Alves assombrou o mundo. Não só o mundo do futebol, esse que chama juiz de “veado” e negro de “macaco” . O baiano Daniel, mestiço de pele escura e olhos claros, assombrou o mundo inteiro extracampo. Vimos e revimos a cena várias vezes. “Foi natural e intuitivo” , disse Daniel, o lateral direito responsável pelo início da virada do Barcelona no jogo contra o Vilarreal. Por isso mesmo, por um gesto mudo, simples, rápido e aparentemente sem raiva, Daniel foi pop, simbólico, político e eficaz.
      Só que, hoje, ninguém, nem Daniel Alves, consegue ser original por mais de 15 segundos. Andy Warhol previa, na década de 1960, que no futuro todos seriamos famosos por 15 minutos. Pois o futuro chegou e banalizou os atos geniais, transformando tudo numa lata de sopa de tomate Campbell’s. A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: “Tomaaaaa bando de racistas, #somostodosmacacos e daí?” Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel. Natural. Há quase dez anos de estrada de vida entre um e outro.
     Imediatamente a banana passou a ser triturada por milhares de "selfies" . O casal Luciano Huck-Angélica lançou uma camiseta #somostodosmacacos. Branco, o casal que jamais correu o risco de ser chamado de macaco apropriou-se do gesto genial, por isso foi bombardeado por ovos e tomates na rede, chamado de oportunista. A presidente Dilma Rousseff, em seu perfil no Twitter, também pegou carona no gesto de Daniel “contra o racismo” e chamou de “ousada” a atitude dele. Depois de ler muitas manifestações, acho que #somostodosbobos, a não ser, claro, quem sente na pele o peso do preconceito.
      ''Estou há onze anos na Espanha, e há onze é igual... Tem de rir desses atrasados” , disse Daniel ao sair do gramado no domingo. Depois precisou explicar que não quis generalizar. “Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei denunciando atitudes racistas”
     Tudo que se seguiu àquele centésimo de segundo em que Daniel pegou a fruta e a comeu, com a mesma naturalidade do espanhol Rafael Nadai em intervalo técnico de torneios mundiais de tênis, como se fizesse parte do script, tudo o que se seguiu àquele gesto é banal. Os “selfies” , a camiseta do casal 1.000, o tuíte de Dilma, as explicações de Daniel após o jogo, esta coluna. Até a nota oficial do Vilarreal, dizendo que identificou o torcedor racista e o baniu do estádio El Madrigal “para o resto da vida” . Daniel continuou a evitar as cascas de banana. Disse que o ideal, para conscientizar sobre o racismo, seria fazer o torcedor “pagar o mal com o bem”.

AQUINO, Ruth de. Rev. Época: 05 maio 2014


A alternativa em que o verbo concorda com o sujeito apenas em número - tal como em: “ ...no futuro todos seriamos famosos por 15 minutos.” (§ 2 )—é:
Alternativas
Q446321 Português
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas:

         Li [...] que o filósofo americano Dan Dennett, responsável por respeitáveis teorias sobre evolução, está anunciando que a queda da rede mundial é questão de tempo e que, quando isso acontecer, a humanidade entrará em pânico e voltará à Idade da Pedra. Segundo ele, antes da internet havia mais clubes sociais, congregações, organizações de grupo, igrejas de toda espécie, o que aproximava núcleos de seres humanos para se protegerem uns aos outros.
          Para início de conversa, devo confessar que não sou um grande consumidor de tecnologia em geral. Não que eu a subestime, ela é que me superestima – embora costume usar os aparelhos a nosso alcance, não tiro proveito de metade dos serviços e benfeitorias que me são oferecidos por computador, smartphone, iPad.
          Esse desacerto coma tecnologia não significa desaprovação. Pelo contrário, me fascino e me emociono com o mundo que há de vir por aí através dela. Cada vez que meus netos (entre 8 e 12 anos de idade) me demonstram sua habilidade instintiva com a tecnologia, superando-me em larga escala no uso produtivo de artefatos eletrônicos e digitais, sinto-me a assistir um trailer do que será o futuro. A internet, que é para mim uma curiosidade próxima do milagre, é para eles o que foi a nossa cartilha. Ela é o abecedário de sua geração.
          Outro dia, meu neto mais moço perguntou à mãe se era necessário casar para ter filhos. Embaraçada, minha nora respondeu que não sabia. Ele retrucou: “Então guga aí.” Até a minha geração, o mistério cuja resposta ele julga (ou sabe) encontrar-se no Google só podia ser decifrado bem depois, quando chegasse a adolescência ou até a maturidade.
          Ao contrário do que afirmam os pessimistas, a geração de meus netos deverá ser mais sábia do que as que os antecederam. Não sei se o Google um dia vai nos ajudar a resolver nossas angústias de vida, nossas relações precárias conosco mesmos e com os outros. Mas não há dúvida de que ele pode vir a nos explicar muita coisa sobre nós, desvendar melhor o que nos disse gente como Freud ou Jung, Marx ouSartre. E tudo à distância de um dedo.
...........................................................................................................................................................................................................................................................
          O que mais me incomoda na rede em geral é o crescente desprestígio do corpo. Desde os anos de 1960, a humanidade vem fazendo uma revolução de descolonização do corpo, a vítima de uma repressão moral que nos fez tanto mal no passado. Agora, com a internet, o corpo está sendo exilado, é capaz de daqui a pouco não termos mais necessidade dele. Uma pena.
          Mas a internet poderá intervir em breve na própria democracia, expandindo-a e fortalecendo-a. A crise de representatividade em que vivemos hoje (por lógica de interesses, burocracia, esperteza, corrupção) poderá vir a ser superada pelos diversos usos da rede, promovendo uma espécie de democracia digital com a participação de todos. Através dela, nós mesmos nos representaremos nas instâncias de poder.
...........................................................................................................................................................................................................................................................

(DIEGUES, Cacá. : 03/05/2014.) O Globo: 03/05/2014.)



É correto quanto à concordância, tal como descrita por nossas gramáticas normativas, substituir a forma verbal destacada em“... antes da internet HAVIA mais clubes sociais...” (§ 1) por:
Alternativas
Q445971 Português
                                                                                      Lua cheia, lua crescente, lua minguante

   Como a lua nos lembra o que se passa conosco!

   Não há quem não tenha seus dias de lua cheia! Tudo correndo bem, saúde boa, família em paz, todos se entendendo e se amando. Se não há dinheiro sobrando, não há dinheiro faltando...

   Também não há quem não tenha seus dias de lua minguante... A saúde meio emperrada; incompreensões e aborrecimentos em casa, no trabalho, entre amigos; desilusões, cansaço de viver...

   Mas volta a lua crescente... Volta a esperança. Tudo continua, mais ou menos, na mesma. Talvez até pior. Mas, por dentro, há mais coragem, mais força!...

   E o que nos vale é que variam, de pessoa para pessoa, os dias de fossa, os dias de esperança, os dias de alegria plena... Por que, então, não termos paciência uns com os outros e não nos ajudarmos mutuamente? Mas, em geral quem anda em lua minguante tem até raiva de quem anda em lua cheia. Parece um roubo. Acontece, também, que quem anda em lua cheia, em geral, não tem olhos, nem tempo, nem paciência para fcar ouvindo lamúrias da lua minguante...

   Ah! Se conseguíssemos o ideal de manter permanentemente em nós o espírito da lua crescente, o espírito da esperança!

   Há quem, em plena fase da lua cheia, ande triste. Há pessoas que, em lugar de aproveitar a felicidade que têm na mão, tornam-se incapazes de aproveitá-la, porque ficam o tempo todo pensando que a felicidade é passageira, vai acabar, já está acabando...

   Em plena lua cheia, quando o desânimo chega, vamos expulsá-lo, pensando: É verdade. Nem sempre será lua cheia. Virá a lua minguante. Mas de minguante passará a crescente e, de novo a cheia.

   Quando nos convenceremos de que é ingratidão deixar que a esperança se apague dentro de nós?!... Guardem o título de um livro de poemas, que vale como um programa de vida: FAZ ESCURO, MAS EU CANTO! Sim. No meio da maior escuridão, em pleno voo cego, sem enxergar um palmo diante dos olhos.
Mesmo aí, mesmo assim, temos que manter viva a esperança. FAZ ESCURO, MAS EU CANTO!

Disponível em: < http://escritabrasil.blogspot.com.br/2007/11/texto-do-arcebispo-helder-cmara.html >
Acesso em 17 julho de 2014.


Assinale a alternativa que apresenta ERRO de concordância verbal.
Alternativas
Q445874 Português
Assinale a frase INCORRETA quanto à concordância verbal.
Alternativas
Q445872 Português
Assinale a frase em que o verbo haver está usado de forma adequada.
Alternativas
Q444461 Português

Hoje, aos 88 anos, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman é considerado um dos pensadores mais eminentes do declínio da civilização. Bauman é autor do conceito de “modernidade líquida”. Com a ideia de “liquidez”, ele tenta explicar a Luís A. Giron as mudanças profundas que a civilização vem sofrendo com a globalização e o impacto da tecnologia da informação. 

L.A.G. − De acordo com sua análise, as pessoas vivem um senso de desorientação. Perdemos a fé em nós mesmos? 

Zygmunt Bauman − Ainda que a proclamação do “fim da história” de Francis Fukuyama não faça sentido, podemos falar legitimamente do “fim do futuro”. Durante toda a era moderna, nossos ancestrais avaliaram a virtude de suas realizações pela crescente (genuína ou suposta) proximidade de uma linha final, o modelo da sociedade que queriam estabelecer. A visão do futuro guiava o presente. Nossos contemporâneos vivem sem esse futuro, de modo que estamos mais descuidados, ignorantes e negligentes quanto ao que virá. Fomos repelidos pelos atalhos do dia de hoje. 

L.A.G. − As redes sociais aumentaram sua força na internet como ferramentas eficazes de mobilização. Como o senhor analisa o surgimento de uma sociedade em rede?

Bauman − As redes sociais eram atividades de difícil implementação entre as comunidades do passado. De algum modo, elas continuam assim dentro do mundo off-line. No mundo interligado, porém, as interações sociais ganharam a aparência de brinquedo de crianças rápidas. Não parece haver esforço na parcela on-line, virtual, de nossa experiência de vida. Hoje, assistimos à tendência de adaptar nossas interações na vida real (off-line), como se imitássemos o padrão de conforto que experimentamos quando estamos no mundo on-line da internet. 

L.A.G. − Como o senhor vê a nova onda de protestos no Oriente Médio, nos Estados Unidos e na América Latina, que aumentou nos últimos anos? 

Bauman − Se Marx e Engels escrevessem o Manifesto Comunista hoje, teriam de substituir a célebre frase inicial – “Um espectro ronda a Europa − o espectro do comunismo” − pela seguinte: “Um espectro ronda o planeta − o espectro da indignação”. Esse novo espectro comprova a novidade de nossa situação em relação ao ano de 1848, quando Marx e Engels publicaram o Manifesto. Faltam-nos precedentes históricos para aprender com os protestos de massa e seguir adiante. Ainda estamos tateando no escuro.

L.A.G. − O senhor afirma que as elites adotaram uma atitude de máximo de tolerância com o mínimo de seletividade. Qual a razão dessa atitude? 

Bauman − Em relação ao domínio das escolhas culturais, a resposta é que não há mais autoconfiança quanto ao valor intrínseco das ofertas culturais disponíveis. Ao mesmo tempo, as elites renunciaram às ambições passadas de empreender uma missão iluminadora da cultura. Hoje, as elites medem sua superioridade cultural pela capacidade de devorar tudo. 

L.A.G. − Como diz o crítico George Steiner, os produtos culturais hoje visam ao máximo impacto e à obsolescência instantânea. Há uma saída para salvar a arte como uma experiência humana importante? 

Bauman − Esses produtos se comportam como o resto do mercado. Voltam-se para as vendas na sociedade dos consumidores. Uma vez que a busca pelo lucro continua a ser o motor mais importante da economia, há pouca oportunidade para que os objetos de arte cessem de obedecer à sentença de Steiner. 

L.A.G. − Seus livros parecem pessimistas, talvez porque abram demais os olhos dos leitores. O senhor é pessimista? 

Bauman − A meu ver, os otimistas acreditam que este mundo é o melhor possível, ao passo que os pessimistas suspeitam que os otimistas podem estar certos... Mas acredito que essa classificação binária de atitudes não é exaustiva. Existe uma terceira categoria: pessoas com esperança. Eu me coloco nessa terceira categoria.

(Adaptado da entrevista de: GIRON, Luís Antônio, publicada na revista Época. 19/02/2014. Disponível em http://epoca.globo.com




Nos trechos adaptados da entrevista de Luís Antônio Giron, as normas de concordância foram inteiramente respeitadas em:
Alternativas
Q444376 Português
“políticas públicas social-democratas”

Sobre a concordância entre os termos presentes nesse segmento do texto, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Q444367 Português
29 anos de democracia 

Mais de 90 milhões de brasileiros, quase metade da população atual, não eram nascidos quando o último general- presidente, João Figueiredo, deixou o Palácio do Planalto. Outros 30 milhões ainda não eram adolescentes. 

Maioria crescente dos brasileiros, portanto, terá nascido ou se tornado adulta na vigência do regime democrático. A Nova República já é mais longeva que todos os arranjos republicanos anteriores, à exceção do período oligárquico (1889-1930). 

Em termos de escala, assiduidade e participação da população na escolha dos governantes, o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, moderno e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência eleitoral anterior. 

A hipótese de ruptura com o passado se fortalece quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distribuição de oportunidades e de mitigação de desigualdades de hoje. Sozinhas, as despesas sociais no Brasil equivalem, em percentual do PIB, a quase todo o gasto público chinês. 

A democracia brasileira contemporânea, e apenas ela na história nacional, inventou o que mais perto se pode chegar de um Estado de Bem-Estar num país de renda média. A baixa qualidade dos serviços governamentais está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta de políticas públicas social- democratas. 

Autoritários e populistas do passado davam uma banana para o custeio -e o controle de qualidade- da educação básica. Governos democráticos a partir de 1985 fizeram disparar a despesa. Muito da redução na desigualdade de renda se deve a isso. 

Ainda assim, a parte da esquerda viúva da ruína socialista vive a defender o “aprofundamento da democracia” e “mudanças estruturais” que nos livrem do modelo de “modernização conservadora” -seja lá o que esses termos signifiquem hoje. 
Já ocorreu a tal “mudança estrutural”. O Brasil democrático não se parece com seu passado tristonho, embora ainda haja tanto por fazer.

(Vinicius Mota, Folha de São Paulo)

“Mais de 90 milhões de brasileiros, quase metade da população atual, não eram nascidos quando o último general-presidente, João Figueiredo, deixou o Palácio do Planalto”.

Assinale a opção que mostra uma afirmação correta sobre a concordância verbal desse período.
Alternativas
Q444307 Português
   O caldo cultural do Nordeste, particularmente do sertão, foi primordial na formação do paraibano Ariano Suassuna. A infância passada no sertão familiarizou o futuro escritor e dramaturgo com temas e formas de expressão artística que mais tarde viriam a influenciar o seu universo ficcional, como a literatura de cordel e o maracatu rural. Não só histórias e casos narrados foram aproveitados para o processo de criação de suas peças e romances, mas também todas as formas da narrativa oral e da poesia sertaneja foram assimiladas e reelaboradas por Suassuna. Suas obras se caracterizam justamente por isso, pelo domínio dos ritmos da poética popular nordestina.

   Com apenas 19 anos, Suassuna ligou-se a um grupo de jovens escritores e artistas. As atividades que o grupo desenvolveu apontavam para três direções: levar o teatro ao povo por meio de apresentações em praças públicas, instaurar entre os componentes do conjunto uma problemática teatral e estimular a criação de uma literatura dramática de raízes fincadas na realidade brasileira, particularmente na nordestina.

   No final do século XIX, surgiu no Nordeste a chamada literatura de cordel. A primeira publicação de folheto no Nordeste, historicamente comprovada, aconteceu em 1870.

   O nome cordel originou-se do fato de os folhetos serem expostos em cordões, quando vendidos nas feiras livres. O principal nome do cordel foi Leandro Gomes de Barros, considerado por Ariano Suassuna “o mais genial de todos os poetas do romanceiro popular do Nordeste”.

   A peça Auto da Compadecida, de Suassuna, é uma releitura do folclore nordestino em linguagem teatral moderna. O enredo da peça é um trabalho de montagem e moldagem baseado em uma tradição muito antiga, que remonta aos autos medievais e mais diretamente a inúmeros autores populares que se dedicaram ao gênero do cordel.

   As apropriações de Suassuna tanto do folheto nordestino quanto de outras fontes literárias são possíveis porque a palavra imitação, usada por Suassuna, remete-nos ao conceito aristotélico de mimesis, cujo significado não representa apenas uma repetição à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação de uma realidade. Suassuna já fez diversos elogios da imitação como ato de criação e costuma dizer que boa parte da obra de Shakespeare vem da recriação de histórias mais antigas.

   Recontar uma história alheia, para o cordelista e para o dramaturgo popular, é torná-la sua, porque existe na cultura popular a noção de que a história, uma vez contada, torna-se patrimônio universal e transfere-se para o domínio público. Autoral é apenas a forma textual dada à história por cada um que a reescreve.

(Adaptado de FOLCH, Luiza. Disponível em: www.omarrare.uerj.br/numero15. Acesso em 17/05/2014)



Uma redação alternativa para um segmento do texto em que se respeitam as normas de concordância encontra-se em:
Alternativas
Q444264 Português
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à concordância verbal, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q444261 Português
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à concordância nominal, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2014 Banca: MPE-RS Órgão: MPE-RS Prova: MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça |
Q443975 Português
Considere o enunciado abaixo e as três propostas para completá-lo.

Sem acarretar erro gramatical, pode-se substituir

1. escolhidas (l. 6) por escolhido.
2. discutiram (l. 18) por discutiu.
3. surgiram (l. 42) por surgiu.

Quais estão corretas?
Alternativas
Respostas
7561: D
7562: A
7563: C
7564: E
7565: D
7566: E
7567: C
7568: C
7569: B
7570: B
7571: C
7572: E
7573: C
7574: D
7575: D
7576: A
7577: C
7578: B
7579: B
7580: D