Questões de Concurso
Sobre vocativo e termos acessórios da oração: adjunto adnominal, diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal, adjunto adverbial e aposto em português
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Texto 1
Turma da Mônica – Laços
A partir de 6 anos
Floquinho, o cachorro do Cebolinha (Kevin Vechiatto), desapareceu. O menino desenvolve então um plano infalível para resgatar o cãozinho, mas para isso vai precisar da ajuda de seus fiéis amigos Mônica (Giulia Benite), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira). Juntos, eles irão enfrentar grandes desafios e viver grandes aventuras para levar o cão de volta para casa.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-248374/.
Com relação ao texto 1, analise as proposições a seguir e atribua V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) A frase “A partir de 6 anos”, colocada logo abaixo do título “Turma da Mônica - Laços”, é indicativa da faixa etária mínima recomendada para assistir ao filme.
( ) Enquanto um vocativo, “o cachorro de Cebolinha”, exerce a função explicativa sobre “Floquinho”.
( ) O uso de nomes próprios entre parênteses, logo após os nomes dos personagens Cebolinha, Mônica, Magali e Cascão, indica os nomes dos atores que interpretam os personagens no filme.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses.
Para o professor Pasquale, é preciso ler para escrever bem
https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2016/10/25/para-oprofessor-pasquale-e-preciso-ler-para-esc rever-bem
Consumo diário de refrigerantes e sucos aumenta risco de câncer,
diz estudo
Pesquisa francesa acompanhou mais de 100 mil pessoas ao longo de quase uma década – e constatou que bebidas com muito açúcar, mesmo se forem naturais, podem fazer mal.
Por Guilherme Eler
Você é daqueles que sempre preferem um suco de fruta a uma latinha de refrigerante? Não adianta fazer a troca se você tiver a mão pesada na hora de adoçar – ou o costume de exagerar na quantidade. Afinal, o consumo diário de bebidas açucaradas, quer sejam elas refrigerantes ou refrescos naturais, pode elevar seu risco de desenvolver vários tipos de câncer.
Foi o que concluiu um estudo extenso, feito por pesquisadores franceses, que acompanhou 101.257 pessoas (78,7% eram mulheres) entre 2009 e 2018. A pesquisa foi publicada na revista científica BMJ na última quarta-feira (10), e é uma das primeiras a traçar uma relação direta entre consumo de bebidas doces e surgimento de câncer.
Todos os participantes do estudo eram maiores de idade, e tinham, em média, 42 anos. No começo do levantamento, eles responderam questionários sobre seus hábitos alimentares a fim de mapear as fontes de calorias diárias do grupo. A cada seis meses, eles respondiam novamente as mesmas perguntas.
A lista de itens considerados no estudo incluía 109 bebidas açucaradas ou adoçadas artificialmente – sucos de fruta diversos, refrigerantes, xaropes, refrescos, bebidas adoçadas quentes, chás, cafés, bebidas à base de leite, isotônicos e energéticos. Foram consideradas “adoçadas” bebidas que continham mais de 5% de açúcar em sua composição, além de sucos 100% naturais – sem nenhum açúcar extra e, portanto, só com o doce natural da fruta. Várias versões de suco de fruta in natura superam essa margem. Um copo de suco de uva, por exemplo, tem 14 g de açúcar. No de maçã são 10 g e no de laranja, 8 g.
Ao longo dos nove anos de análise, os pesquisadores detectaram o surgimento de 2.193 novos casos de cânceres – sendo 693 de câncer de mama, 291 de câncer de próstata e 166 de câncer colorretal. Na maioria dos casos, os tumores se manifestaram por volta dos 58,5 anos.
Em média, homens consumiam 90,3 mL de bebidas adoçadas todos os dias, contra 74,6 mL das mulheres. A partir desses valores, estimou-se o quanto o consumo poderia influenciar no surgimento de algum tumor.
A pesquisa concluiu que, a cada 100 mL de aumento no consumo diário de bebidas açucaradas, a chance de que uma pessoa sofra de câncer aumenta em 18%. Ou seja: quem tomava 190 mL (quase um copo americano) de refri ou suco adoçado todo dia teve 18% mais chances de desenvolver um tumor do que quem estava na média (até 90 mL). Esse risco é ainda maior no caso do câncer de mama e, para os pacientes considerados no estudo, chegou aos 22%.
Não se sabe ao certo qual o mecanismo fisiológico que explique o fato de as bebidas açucaradas terem relação com o surgimento de cânceres. É fato que uma dieta repleta de açúcar pode contribuir para a obesidade – o que, por tabela, amplia o risco de que alguém desenvolva até 13 tipos de câncer. Mas essa relação, de acordo com a pesquisa, não conta a história inteira.
Segundo os autores, a explicação pode estar na formação de depósitos de gordura visceral – localizada junto aos órgãos internos – e que pode facilitar a formação de tumores. Não é preciso, necessariamente, estar drasticamente acima do peso para que alguém apresente índices de gordura visceral maiores que o recomendado.
Outro fator considerado pelos cientistas é que níveis altos de açúcar no sangue podem provocar reações inflamatórias no organismo, resposta que facilita o desenvolvimento de tumores.
Ainda que o açúcar seja o fator mais determinante na conta, os cientistas pontuam que outros componentes químicos podem ter sua parcela de culpa. Um exemplo, segundo consta na pesquisa, é o 4-Metilimidazol, um dos produtos da degradação do corante Caramelo IV – usado em refrigerantes a base de cola e energéticos.
“Estes dados mostram a importância das recomendações nutricionais em relação ao consumo de bebidas açucaradas, incluindo os sucos 100% à base de fruta, assim como outras ações, como impostos e restrições de propaganda para essas bebidas”, escrevem os pesquisadores.
Antes que você, leitor, risque qualquer líquido com o menor traço de açúcar da dieta, vale lembrar que o surgimento de cânceres pode estar ligado a diversos fatores que não a alimentação. Entram na conta poluição, prática de atividade física, tabagismo e predisposição genética, por exemplo. [...]
Adaptado de https://super.abril.com.br/ciencia/consumo-diario-de-refrigerantes-esucos-aumenta-risco-de-cancer-diz-estudo/
Leia a oração abaixo:
“Caroline, a melhor bailarina da turma, foi selecionada para dançar no Bolshoi.”
Assinale a alternativa correta quanto à função na oração do termo destacado:
Transtorno de ansiedade: sem tempo para o agora
Imagine que, em algumas horas, você fará a entrevista de emprego para a vaga dos seus sonhos. Enquanto se arruma na frente do espelho, o coração fica acelerado, o estômago se remexe todo, a pele se enche de suor e as pernas bambeiam. Ao mesmo tempo, a cabeça é inundada por um turbilhão de pensamentos e incertezas. “E se a moça do RH não gostar de mim? E se eu falar uma bobagem? E se a conversa for em inglês?” Estamos diante de um clássico episódio de ansiedade, sentimento natural e comum às mais variadas espécies de animais, entre elas os seres humanos.
“Quando nos preocupamos com algo que pode vir a acontecer, tomamos uma série de medidas para resolver previamente aquela situação”, diz o psiquiatra Antonio Egidio Nardi, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Do mesmo modo que nossos antepassados estocavam comida para não sofrer com a fome nos períodos de estiagem e um macaco evita certos lugares da floresta por saber que lá ficam os predadores que adorariam devorá-lo, hoje elaboramos eventuais respostas às perguntas da entrevista de emprego ou estudamos com afinco antes de uma prova difícil. Ao contrário do medo, que é uma reação a ameaças concretas, a ansiedade está mais para um mecanismo de antecipação dos aborrecimentos futuros.
O transtorno começa quando essa emoção passa do ponto. Em vez de mover para frente, o nervosismo exagerado deixa o indivíduo travado, impede que ele faça suas tarefas e atrapalha os seus compromissos. “Isso lesa a autonomia e prejudica a realização de atividades simples e corriqueiras”, caracteriza o médico Antônio Geraldo da Silva, diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Aí, sair de casa torna-se um martírio. Entregar o trabalho no prazo é praticamente missão impossível. Convites para festas e encontros viram alvo de desculpas. A concentração some, os lápis são mordidos, as unhas, roídas… e a qualidade de vida cai ladeira abaixo.
Em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento com estatísticas dos distúrbios psiquiátricos ao redor do globo. Os transtornos de ansiedade atingem um total de 264 milhões de indivíduos – desses, 18 milhões são brasileiros. Nosso país, aliás, é campeão nos números dessa desordem, com 9,3% da população afetada. A porcentagem fica bem à frente de outras nações: nas Américas, quem chega mais perto da gente é o Paraguai, com uma taxa de 7,6%. Na Europa, a dianteira fica com Noruega (7,4%) e Holanda (6,4%).
Afinal, o que explicaria dados tão inflados em terras brasileiras? “Fatores como índice elevado de desemprego, economia em baixa e falta de segurança pública representam uma ameaça constante”, responde o psiquiatra Pedro Eugênio Ferreira, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Preocupações com a saúde, notícias políticas e relações sociais também parecem influenciar por aqui.
Apesar de os achados da OMS assustarem, é um erro considerar que estamos na era mais ansiosa da história – muitos estudos sugerem justamente o contrário. Em primeiro lugar, a ansiedade só passou a ser encarada com mais coerência a partir dos escritos de Sigmund Freud (1856- 1939) e foi aceita nos manuais médicos como um problema de saúde digno de nota a partir da década de 1980. Portanto, é impossível comparar presente e passado sem uma base de dados confiável.
Além disso, com raras exceções, vivemos um dos momentos mais tranquilos de toda humanidade. Há quantas décadas não temos batalhas ou epidemias de grandes proporções? O que acontece hoje é uma mudança nos gatilhos: se atualmente nos preocupamos com a iminência de um assalto ou de uma demissão, nossos pais se afligiam pela proximidade de uma guerra nuclear entre Estados Unidos e União Soviética e nossos avós perdiam noites de sono com o avanço nazista sobre França e Polônia durante a Segunda Guerra Mundial.
Existem, porém, alguns fatores que são patrocinadores em potencial de ansiedade independentemente do intervalo histórico. A infância, por exemplo, é fundamental. “Crianças que passaram por abuso ou negligência têm um risco duas a três vezes maior de sofrer com transtornos mentais na adolescência ou na fase adulta”, descreve o psiquiatra Giovanni Abrahão Salum, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A genética e a própria convivência próxima a um familiar com os nervos à flor da pele já elevam a probabilidade de desenvolver a condição posteriormente.
(BIERNATH, André. Transtorno de ansiedade: sem tempo para o agora.
Texto adaptado. Disponível em: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/ansiedade-afeta-o-organismo-e-pode-paralisar-sua-vida/
Acesso em: 28/10/2019.)
Leia o texto para a questão.
Bem no fundo
(Paulo Leminski)
No fundo, no fundo, bem lá no fundo, a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data, aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso, maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada, e nada mais
mas problemas não se resolvem, problemas têm família grande, e aos domingos
saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
Disponível em: http://www.revistabula.com/385-15-melhores-poemas-de-paulo-leminski/. Acesso em 22 de Dezembro de 2017
As boas lições do meu pai
Um dia, numa visita ao meu pai, notei que ele me olhava longamente, daquele jeito que fazia quando tinha uma questão na cabeça. E veio o comentário, “sua calça está rasgada.” Era o começo da tendência dos jeans detonados. “Sim, pai, está”, eu respondi. Naquela época eu já há muito tinha uma profissão e pagava minhas próprias contas. Ele me deu então aquele olhar apertado e o sorriso de canto de boca que eu conheço tanto. Era uma aprovação.
Me lembrei de quando tinha nove ou dez anos de idade e ia com ele para os botecos onde uma rodinha de homens tomava cerveja e todos falavam de política. A menina que prestava muita atenção na conversa ganhava aquele meio sorriso do pai. Alguns anos mais tarde bati o carro dele e trabalhei três meses seguidos para pagar a conta do conserto. A família criticava o pé pesado da jovem ao volante. Meu pai devolvia os comentários com aquele mesmo sorriso de ironia e um certo orgulho.
Minha profissão me levou a muitas viagens arriscadas. Guerras, desastres naturais, acidentes nucleares. Nunca ouvi de meu pai o tradicional “Mas minha filha, isso é muito perigoso!”, compreensível vindo de um homem da geração dele. Alguns amigos diziam que ele me criou para agir como um menino. Prefiro achar que ele me educou para que eu tivesse coragem de ser aquilo que eu quisesse.
Essa semana acompanhei com prazer a sequência de posts nas redes sociais com fotos de magistradas, atletas, astronautas, acompanhadas da hashtag #dresslikeawoman (vista-se como uma mulher). Meu pai, muito velhinho, já não consegue expressar com clareza as suas opiniões. Mas sei que em algum lugar ali ainda está acesa a chama de intelectual da esquerda que abominaria um presidente - qualquer que seja seu viés político - que se meta com a maneira como uma mulher deve se vestir.
Meu pai me ensinou, sem nunca ter dito uma palavra sobre isso, que conhecimento, seriedade e trabalho bem feito são bens que não têm gênero e que quem os acumula pode se vestir e se comportar da maneira que achar melhor. Homens e mulheres só devem satisfação a si mesmos e à coerência no caminho que escolheram.
Eu teria muito a dizer a um homem que tivesse a pretensão de criticar a maneira como uma mulher se veste. Mas meu pai me ensinou a não perder tempo com a vida dos outros. Esse texto é uma homenagem a ele. Meu pai. Agora com licença que preciso me vestir para o trabalho.
Padrão, Ana Paula. As boas lições do meu pai. Isto é, 2017. Disponível em: <https://istoe.com.br/as-boas-licoes-do-meu-pai/>. Acesso em: 20 de fev. 2019.
Ansiedade pode ser agravada com a chegada do fim do ano
Camila Tuchlinski
Quando a folha do calendário virou para novembro, bateu o desespero. Não é raro ficarmos mais ansiosos nessa época do ano. Alguns estabelecimentos comerciais já começam a colocar os enfeites natalinos, os supermercados já vendem panetone e a família já começa a se organizar para saber como serão realizados os festejos da virada de ano.
Alguns sentimentos como angústia, desânimo e frustração podem surgir nesse período. Mas por que isso ocorre?
A psicóloga Marcia Tabone responde: “A sensação de ansiedade aumenta conforme o estresse gerado por fatores associados a cobranças externas e internas. No trabalho, o medo ou insegurança em conseguir cumprir metas exigidas, o trabalho que deve ser concluído antes das festas e das férias. No plano emocional/afetivo, frustração ou carência não preenchidas durante o ano. Na dimensão existencial, objetivos de vida não alcançados que não puderam se cumprir”, explica.
O neuropsicólogo Fábio Roesler lembra que o aumento da ansiedade pode ser sazonal. “Assim como em alguns países temos, durante o inverno longo, o que chamamos de depressão sazonal, em outros, como aqui no Brasil, temos um aumento da ansiedade na época final do ano. O cansaço, o sentimento de não ter completado todos os planos pensados no começo do ano, aspectos financeiros e outros fatores individuais são os motivos mais comuns”, afirma.
No nosso cérebro, uma série de atividades começa a ocorrer também com a proximidade do Natal e do réveillon, como explica o especialista: “As áreas do cérebro responsáveis pelo aumento da ansiedade são, a princípio, a amídala, que seleciona e designa o tipo inicial de temor e sua amplitude, o hipotálamo e a hipófise funcionam de forma a controlar os hormônios que atuam no corpo acionando os sintomas somáticos tais como tremores, aumento da frequência cardíaca, dilatação da pupila e respiração suspirosa”. No começo do ano, nossos pensamentos estão repletos de expectativas pelos meses que virão. Listas de metas são comuns: conquistar uma vida mais saudável, praticar exercícios físicos, mudar de emprego ou começar novos cursos.
No entanto, as cobranças do cotidiano podem fazer com que o indivíduo não perceba uma eventual mudança de objetivos no meio do caminho e tenha a sensação de que o tempo passou tão rápido que não foi capaz de realizar tudo o que queria.
Por que nos sentimos frustrados no fim do ano?
Será que nos cobramos demais e colocamos metas pouco factíveis todo o início de um ano novo? O neuropsicólogo Fábio Roesler tem outra percepção. “O mais comum, na verdade, é a impressão pessoal do paciente que lhe diz o quão pouco ele fez, durante o ano, por si e por suas metas. Ou seja: ‘Até onde me impliquei naquilo que eu desejava?’.
Algumas dicas podem ser úteis para quem se sente assim com a proximidade do fim de um ano. “Refletir sobre o que é realmente essencial para a tranquilidade e a paz consigo mesmo e com o próximo. Desapegar dos valores consumistas, ver que um ano termina e outro se inicia, viver o fluir da vida”, na opinião da psicóloga Márcia Tabone.
“Uma reflexão possível para aplacar um pouco da ansiedade é pensar que, ainda que simbolicamente, o final do ano representa um final de ciclo, talvez com um toque de incompletude e irrealização. O começo de outro ano abre uma chave nova, na qual pode ser possível relacionar-se consigo mesmo e com o mundo, de modo mais pessoal, autorizando-se a não ser no mundo só a expectativa que os outros têm sobre você”, conclui o neuropsicólogo Fábio Roesler.
Adaptado de https://emais.estadao.com.br/noticias/comportament o,ansiedade-pode-ser-agravada-com-a-chegada-do-fim-do-ano,70003081631
Texto 02
Festa junina à maranhense: conheça a tradição
do bumba meu boi
Murilo Busolin, São Luís
22 de maio de 2018 | 04h00
Esqueça a paçoca em formato de rolha e a quadrilha com casamento do noivo e da noiva. Substitua o emblemático “olha a cobra/ é mentira” por “foi em uma noite estrelada de São João / que eu encontrei meu boizinho encantado”. Pronto: você chegou à festa junina de São Luís, que este ano ocorre, oficialmente, de 15 de junho a 1.º de julho. A capital maranhense não segue exatamente o roteiro das celebrações que estamos acostumados por aqui. Começando pelo básico: a estrela, ali, é o boi.
Não qualquer boi: o bumba meu boi, cuja lenda, estima-se, venha lá do século 18, repleta de folclore indígena e negro. Conta-se que Catirina, grávida, sentiu desejo de comer a língua do boi mais precioso da fazenda onde trabalhava. Para satisfazer as vontades da amada, Pai Chico matou o boi – causando a ira de seu patrão. Mas, com ajuda de seres mitológicos, o boi ressuscitou, deixando todos felizes. [...]
In: https://viagem.estadao.com.br/noticias/geral,festa-junina
a-maranhense-conheca-a-tradicao-do-bumba-meuboi,70002317862
Observe na tirinha a fala da professora e do aluno.
Conforme a classificação gramatical, relacione adequadamente as colunas a seguir.
1. Artigo.
2. Vocativo.
3. Verbo da 1ª conjugação.
4. Verbo da 2ª conjugação.
( ) Juca.
( ) gosto.
( ) são.
( ) os.
A sequência está correta em
CIDADE DE MESENTÉRICOS [OLAVO BILAC, 1899]
Há casas vastas e belas que ficam longo tempo fechadas, num silêncio de morte, num sono de aniquilamento.
Conhecem os senhores cousa mais triste do que um palácio desabitado? Enquanto os outros prédios, em torno, abrem o seio, durante o dia, ao sol, e à noite, despejam para fora, pelas janelas rasgadas, o pairar da alegria, da música e das conversas — a casa vazia fica fechada e triste como um túmulo.
O Rio de Janeiro está, quase sempre, assim... Cidade macambúzia, cidade de dispépticos e de mesentéricos, Sebastianópolis parece estar sempre carregando o luto de uma grande catástrofe. Já alguém notou que o carioca anda sempre olhando para o chão, como quem procura o lugar em que há de cavar a própria sepultura. E quem escreve estas linhas já viu, uma noite, a polícia prender três rapazes que, havendo ceado bem, se recolhiam à casa de amigos cantando um coro de uma opereta qualquer. E prendê-los por quê? Porque cantavam... Triste cidade!
Santo Deus! que sejam tristes, soturnas e embezerradas as cidades do extremo Norte da Europa, que uma névoa perpétua amortalha — cousa é que se compreende. A tristeza do céu entristece as almas... Mas que seja melancólica uma cidade como esta, metida no eterno banho da luz do sol — luz que se desfaz em beijos e sorrisos pelas copas das árvores, pelas fachadas das casas, pelos buracos das ruas —, isso é cousa que não se entende!
Felizmente, agora, o Rio de Janeiro parece sair do seu letargo.
Voltemos à imagem da casa desabitada. Que alegria, quando, depois de longo luto, abrem-se as janelas do prédio à luz e ao ar, e espanam-se os móveis, e sacodem-se as cortinas, e o piano acorda cantando uma valsa leve, e as crianças se espalham pelos corredores, correndo e chalrando!
Assim, o Rio de Janeiro, atualmente, nestes dias de festa. Antes da chegada do presidente Rocca,1 a chegada do governador Viana...
Passeatas, banquetes, espetáculos de gala, corridas — as costureiras trabalhando sem descanso, todo o comércio rejubilando —, uma delícia para todo mundo!
Ah! quem dera que fosse sempre assim, Sebastianópolis!
E por que não és tu sempre assim, uma feira franca do riso e do pagode? Talvez porque o nosso temperamento seja realmente mais sujeito à melancolia do que à jovialidade? Não! há quem diga que a nossa tristeza depende exclusivamente da nossa imundície.
Diz-se que, certa vez, um homem, pouco dado ao uso do banho, sentiu-se atolar no pântano de uma melancolia sem tréguas. Foi consultar um médico, que lhe aconselhou o uso de banhos diários. E logo ao segundo banho o sujeito ficou tão curado, que morreu... de um frouxo de riso.
O remédio é fácil de experimentar. Mal não fará, com certeza: e é mais que provável que faça bem, e grande bem...
Ah! quem poderá viver bastante para te ver saneada, ó cidade do Rio de Janeiro?
A gente, desde que se entende, ouve dizer que o Brasil só não está hoje inteiramente povoado por causa do flagelo periódico da febre amarela. Sabem isto os governos, sabe isto o povo. Todos os médicos que há sessenta anos saem das nossas faculdades, dizem e escrevem que a causa da febre amarela é a falta de saneamento das cidades. Ninguém ignora que o vômito-negro, por anos e anos, devastou as populações de Galveston, de Filadélfia, de Memphis, de New Orleans, e que dessas cidades desapareceu para sempre — assim que, saneadas e acostumadas à limpeza, elas deixaram de oferecer ao desenvolvimento da epidemia um meio favorável. Torres Homem, Ferreira de Abreu, todos os grandes clínicos do Brasil se têm esbofado em pedir o saneamento — declarando terminantemente que ele é o único meio de combater e aniquilar a pirexia assassina.
Mas nada se tem feito. Os dias passam, e a gente continua a esperar que as redes aperfeiçoadas de esgotos, as drenagens do solo e os abastecimentos d'água caiam do céu por descuido — como se o céu tivesse algum interesse nisso.
Agora, parece que o sr. prefeito municipal resolveu meter uma lança em África, pedindo ao conselho que o autorize a abrir largamente os cofres do município em favor da ideia.
Claro está que isso só pode merecer aplauso. Mas... — forte desgraça é esta! Sempre há de aparecer este mas cruel, esta abominável adversativa que atrapalha tudo! Mas... que ideia é esta de pedir a uma corporação médica que estude mais uma vez o saneamento?
Ninguém se cansaria ainda em reeditar a bolorenta série dos injustos epigramas com que tem sido crivada a classe dos médicos — desde a prosa de Molière até as desaforadas redondilhas de Bocage. Já se sabe que há no Brasil médicos que são glórias legítimas e incontestáveis desta terra. Mas sabe-se também que entre os médicos brasileiros, e principalmente entre os médicos do Rio de Janeiro, há uma rivalidade feroz, uma luta sem tréguas, uma guerra de morte.
Passam-se meses sem que venham a público manifestações desse desacordo profundo: de repente, porém, um alarido cresce nos ares, e, pelas colunas pagas ou não pagas dos jornais, começa a ferver o escândalo, e começam a chocar-se as injúrias, e é um nunca mais acabar de acusações, de doestos, de denúncias, de revelações escabrosas.
Agora mesmo estamos assistindo a uma dessas batalhas edificantes. A galeria baba-se de gosto, e as empresas dos jornais apanham o melhor do combate, que é o dinheiro dos combatentes. Se à cabeceira de um doente, por causa de uma talha malfeita, ou de um tifo mal combatido, há tão ásperas lutas, que não haverá à cabeceira da cidade, por causa do saneamento?
Enfim, o que devemos todos fazer é pedir a Deus que ilumine o Concílio, mantendo sobre ele a sua infinita Graça — e pedir aos médicos que economizem palavras, porque não há de ser com elas que a municipalidade saneará o Rio de Janeiro.
(Gazeta de Notícias, 30/7/1899)
Há algum tempo, o software para hospital tinha uma única função principal, a gestão do negócio. O que se via eram módulos de faturamento, contas a pagar e receber, cálculo de folha e tarefas administrativas sendo geridas através dele. O corpo clínico e os computadores, portanto, viviam em mundos diferentes dentro da mesma instituição.
Como muito da prática médica é sobre coletar e analisar informações, a Tecnologia da Informação passou a ter um papel crítico também na assistência à saúde. O surgimento de softwares especializados para o corpo clínico criou a necessidade de um novo olhar sobre os provedores de saúde no que diz respeito à tecnologia, agora onipresente na organização.
Os benefícios da informatização na assistência à saúde são inúmeros e o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é uma ferramenta tecnológica crucial para extrair plenamente esses benefícios. Além de centralizador da informação dos pacientes, ele se tornou um aliado do médico na prática diária. Hoje, esses sistemas geralmente são equipados com ferramentas de apoio a decisão clínica, que indicam possíveis interações medicamentosas e até auxiliam no diagnóstico através de referências de casos similares. Sem contar no acesso fácil a resultados de exames e imagens, evitando, inclusive, solicitações desnecessárias.
Assim, o que antes estava amontoado no Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) em pastas e papeis embolorados, agora é largamente disponível de forma informatizada. Essa aproximação do corpo clínico e da TI é irreversível e muito proveitosa para todo o sistema de saúde, o que, no final das contas, significa melhoria nos cuidados dos seres humanos.
(Fonte: Saúde Business)
( ) Em “Sairemos nas férias” expõe-se sentido de tempo. ( ) Em “Saíram em viagem de navio”, expõe-se sentido de meio. ( ) Em “O professor andava muito feliz”, apresenta-se sentido de intensidade. ( ) Em “Morava na região sudeste”, apresenta-se sentido de lugar. ( ) Em “Mesmo com chuva, caminharemos ”, expõe-se sentido de tempo.
Assinale a sequência CORRETA:
Leia abaixo um trecho da canção “Ai que saudades da Amélia” (gravada em 1942) do cantor e compositor Ataulfo Alves e um trecho da canção “Não precisa ser Amélia” (gravada em 2018) da cantora e compositora brasileira Bia Ferreira – respectivamente trechos I e II – para responder às questões 5 a 9.
Trecho I
Ai, Meu Deus, que saudade da Amélia/ Aquilo sim é que era mulher/ Às vezes passava fome ao meu lado/ E achava bonito não ter o que comer/ Quando me via contrariado/ Dizia: "Meu filho, o que se há de fazer!"/ Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia é que era mulher de verdade. (Ataulfo Alves)
(Fonte: Letras.mus)
Trecho II
Me deram um palco e eu vou cantar/ Canto pela tia que é silenciada/ Dizem que só a pia é seu lugar / Pela mina que é de quebrada/ Que é violentada e não pode estudar (...) Dona de casa limpa, lava e passa/ Mas fora do lar não pode trabalhar/ Não precisa ser Amélia pra ser de verdade/ Cê tem a liberdade pra ser quem você quiser/. (Bia Ferreira)
(Fonte: Letras.mus)
De acordo com os trechos I e II e com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, analise as afirmativas abaixo.
I. Comparando os dois trechos, é correto dizer que no primeiro há a utilização do discurso direto e no segundo trecho há a utilização do discurso indireto.
II. No trecho I, as expressões “Meu Deus” e “Meu filho” são vocativos que imitam um diálogo bíblico: “Deus”, como pai e o eulírico como o “filho” de Deus.
III. No trecho II, os versos “Mas fora do lar não pode trabalhar” e “Cê tem a liberdade pra ser quem você quiser” tornam o texto contraditório, pois, enquanto o primeiro afirma que a mulher não pode trabalhar fora de casa, o segundo diz que ela tem liberdade para ser quem ela quiser.
Assinale a alternativa correta.
A perfeição (adaptado)
O susto de reencontrar alguém que não vemos há anos é o impacto do tempo. O desmanche alheio incomoda? Claro que não, apenas o nosso refletido na hipótese de estarmos também daquele jeito. Há momentos nos quais o salto para o abismo do fim parece mais dramático: especialmente entre 35 e 55. (...)
Agatha Christie deu um lindo argumento para todos nós que envelhecemos. Na sua Autobiografia, narra que a solução de um casamento feliz está em imitar o segundo casamento da autora: contrair núpcias com um arqueólogo (no caso, Max Mallowan), pois, quanto mais velha ela ficava, mais o marido se apaixonava. Talvez o mesmo indicativo para homens e mulheres estivesse na busca de geriatras, restauradores, historiadores, egiptólogos ou, no limite, tanatologistas.
Envelhecer é complexo, a opção é mais desafiadora. O célebre historiador israelense Yuval Harari prevê que a geração alpha (nascidos no século em curso) chegará, no mínimo, a 120 anos se obtiver cuidados básicos. O Brasil envelhece demograficamente e nós poderíamos ser chamados de vanguarda do novo processo. Dizem que Nelson Rodrigues aconselhava aos jovens que envelhecessem, como o melhor indicador do caminho a seguir. Não precisamos do conselho pois o tempo é ceifador inevitável. (...)
Como em toda peça teatral, o descer das cortinas pode ser a deixa para um aplauso caloroso ou um silêncio constrangedor, quando não vaia estrondosa. É sabedoria que o tempo ensina, ao retirar nossa certeza com o processo de aprendizado. Hoje começa mais um dia e mais uma etapa possível. Hoje é um dia diferente de todos. Você, tendo 16 ou 76, será mais velho amanhã e terá um dia a menos de vida. Hoje é o dia. Jovens, velhos e adjacentes: é preciso ter esperança.
Leia com atenção o trecho “O Brasil envelhece demograficamente e nós poderíamos ser chamados de vanguarda do novo processo” e, de acordo com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas do excerto abaixo.
De acordo com a sintaxe a palavra
“demograficamente” é classificada como _____, esse
termo modifica o verbo “envelhece” que é um verbo
_____.
( ) A expressão “No Brasil” é um substantivo, portanto deve ser separada por vírgula. ( ) A palavra “Atualmente” é um adjetivo que deve ser separado por vírgula. ( ) A expressão “ Até pouco tempo” é um adjunto adverbial em início de frase e por isso deve ser separado por vírgula. ( ) Deve-se usar vírgula para separar termos isolados da oração.
Assinale a sequência correta: