Questões de Concurso
Sobre crase em português
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É correto afirmar que deveria haver sinal indicativo de crase na expressão “frente a frente” (linha 9).
Na linha 12, o emprego do acento indicativo de crase em “à nossa” é facultativo, pois está diante de pronome possessivo substantivo feminino.
O outro marido
Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.
Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.
Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.
– Quando você ficar bom…
– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.
Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.
– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.
(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.
– Pelo rádio — explicou Santos. (...)
Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.
Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?
– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.
O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.
E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.
– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me
refiro não é essa — disse d. Laurinha,
despedindo-se.
ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível
em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)
I. Ele realmente fez um gol à Pelé. II. Resolvi ir a pé até a padaria. III. Parabéns a você! IV. À partir de agora não vamos mais falar nisso.
Estão corretas as afirmativas:
I. Não há crase antes de palavras masculinas. II. A crase é uma junção de artigo feminino e preposição. III. Não se usa crase diante de verbo.
Assinale a alternativa correta
- ______ partir de hoje, estamos em férias! - No próximo ano, iremos ______ Itália! - Vou ao mercado ______ pé. - No Natal, iremos ______ compras!

Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. Em “há semanas”, o “há” escrito dessa forma denota tempo passado, transcorrido. II. “Ora” não está correto, pois deve ser escrito com “h”: hora. III. Em “A chuva faz bem às plantinhas”, a crase substitui o “para as”. IV. O personagem masculino disse “obrigado”. Se fosse uma personagem feminina, diria “obrigada”.
Assinale a alternativa correta.
.....................dias que Marina não voltava ....................... casa de seus pais. Afinal encontraram-se cara ............. cara com ela. Estavam nervosos, ................. espera de uma explicação para esta longa ausência!
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas do texto.
I – O verbo “obedecer é tradicionalmente transitivo indireto
PORQUE
II – a crase antes do pronome possessivo “minha” é obrigatória.
Sobre as asserções, é correto afirmar que
Antes de ir ....................... compras, peça informações ............................ amigos que entendem de moda e economia. Antes de efetuar a compra, analise bem entre pagar .................... prazo ou .................. vista. ....................... sempre diferenças sutis entre as formas de pagamento.
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas do texto.
I – Voltando àquele tempo remoto, onde as lembranças, pensei, há muito havia se perdido.
II – Indubitavelmente, prefiro vinho à cerveja.
III – Lembro-me de, quando criança, chegar da escola, largar a mochila e correr à beça para ver o sol se pôr na praia.
IV – Precisamos de uma conversa cara à cara.
V – A cerimônia de formatura da Betina foi igual à do Lorenzo no que se refere ao glamour.
“Tratavam-se de indivíduos macérrimos, entregues à pauperização, submetidos a coerção dos agentes do Estados, na periferia do mundo.”
I – No excerto há correto uso de ênclise, pois o verbo inicia a oração.
II – Em “indivíduos macérrimos” temos um substantivo epiceno e um adjetivo no grau superlativo absoluto sintético, respectivamente.
III – macérrimo -e o aumentativo de magro.
IV– No excerto, falta um acento indicativo de crase.
V – Em “na periferia do mundo” temos uma preposição de lugar.
Considere o trecho destacado do texto e informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma quanto aos aspectos fonéticos e ao emprego da crase.
( ) Os vocábulos “ser”, “uma” e “não” são monossílabos tônicos.
( ) “Inteligência” e “sério” podem ser pronunciados como proparoxítonos.
( ) Os termos “época” e “obstáculo" foram acentuados pelo mesmo motivo.
( ) No 1º período do trecho a crase se justifica diante de palavra formada por hiato.
De acordo com as afirmações, a sequência correta é
Texto 1A1
A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.
Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado. O propósito básico da quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos contra invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita individualizada da prática de um delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.
A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.
Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado. Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou quando os interesses do Estado superarem os do particular.
Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).
No primeiro período do primeiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase em “à entrega” deve-se à regência do nome “submissão” e à determinação do vocábulo “entrega” por artigo definido.
A respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1, julgue o item que se segue.
Estaria mantida a correção gramatical do quinto período do
primeiro parágrafo caso fosse empregado o sinal indicativo
de crase no “a” que antecede o nome “formas”.
Texto para o item.
Internet: <cienciahoje.org.br>.
No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.
A crase utilizada em “entre tantas outras ameaças à
manutenção” (linhas 20 e 21) poderia ser retirada, pois
seu uso é facultativo.