Questões de Concurso Sobre flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) em português

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Q1376831 Português

TEXTO 2


Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas

A Assembleia Geral,

Guiada pelos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e pela boa-fé no cumprimento das obrigações assumidas pelos Estados de acordo com a Carta,


Afirmando que os povos indígenas são iguais a todos os demais povos e reconhecendo ao mesmo tempo o direito de todos os povos a serem diferentes, a se considerarem diferentes e a serem respeitados como tais,

[...]

Proclama solenemente a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, cujo texto figura à continuação, como ideal comum que deve ser perseguido em um espírito de solidariedade e de respeito mútuo:


Artigo 1

Os indígenas têm direito, a título coletivo ou individual, ao pleno desfrute de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais reconhecidos pela Carta das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o direito internacional dos direitos humanos.


Artigo 2

Os povos e pessoas indígenas são livres e iguais a todos os demais povos e indivíduos e têm o direito de não serem submetidos a nenhuma forma de discriminação no exercício de seus direitos, que esteja fundada, em particular, em sua origem ou identidade indígena. [...]

https://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/portugues/BDL/Declaracao_das_Nacoes_Unidas_sobre_os_Direitos_dos_Povos_Indigenas.pdf. Excerto adaptado

Assinale a alternativa na qual as formas verbais estão corretas.
Alternativas
Q1375727 Português

TEXTO 1


(1) Até a Independência, as referências à língua europeia no Brasil se faziam, sem titubeio, pelas expressões português ou língua portuguesa. Já no século XVI, encontramos o Padre Anchieta, em seu “Breve informação do Brasil”, mencionando os meninos índios que eram entregues aos jesuítas “para que fossem ensinados, dos quais se ajuntou muitos e os batizou, ensinando-os a falar português, ler e escrever”.

(2) No início do século XIX, frei Caneca, herói da revolução de 1817, escreveu seu “Breve compêndio de grammatica portuguesa” (publicado em 1875), entendida a gramática como “a arte que ensina a falar, ler e escrever correctamente a Língua Portugueza”.

(3) Contudo, com a Independência, passou-se a viver um longo período de incertezas, titubeios e ambiguidades, sendo a língua ora designada de língua brasileira, ora de língua nacional, ora de português e língua portuguesa.

(4) Em 1826, na Câmara dos Deputados, José Clemente Pereira apresentou um projeto propondo que os diplomas dos médicos cirurgiões fossem redigidos “em língua brasileira, que é a mais própria”. 

(5) Mas a expressão língua brasileira não fez, de fato, história no século XIX. Em 15 de outubro de 1827 foi aprovada a lei que “manda criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império”. Nela, se introduziu a expressão que faria história no país: língua nacional, muitas vezes utilizada na legislação posterior até praticamente a Constituição de 1988.

(6) No contexto escolar, porém, língua nacional conviveu com português e língua portuguesa. A disciplina escolar era, em geral, referida por estas duas últimas expressões, e as gramáticas escolares brasileiras tinham, em geral, essa qualificação em seu título. Já nos textos analíticos, nos debates e polêmicas do século XIX, em que se procurava dar conta das especificidades da língua no Brasil, predominou uma grande oscilação terminológica, que perdurou no século XX. 

(7) No âmbito constitucional, a questão do nome da nossa língua só se pacificará com a Constituição de 1988 que, em seu art. 13, diz: “A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil”. E no seu art. 210, 2, estipula: “O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.”

(8) Apesar disso tudo, a questão da língua está de volta, pelo menos nos meios universitários de Brasil e Portugal. São outros os tempos e outros os argumentos, mas retorna à cena saber se os dois países têm ou não a mesma língua. 

FARACO, Carlos Alberto. História sociopolítica da língua portuguesa. São Paulo: Parábola, 2016, p.161-171. Adaptado.

Assinale a alterantiva em que as formas verbais estão corretamente conjugadas.
Alternativas
Q1369522 Português

TEXTO 3

Por que ler Literatura?


Vamos, primeiramente, adotar como princípio que a Literatura é uma forma de arte, assim como a música, a pintura, a dança, a escultura e a arquitetura.

Há algo, porém, que a diferencia das demais manifestações artísticas. A Literatura nos permite, pela interação com o texto através do qual ela se manifesta, tomar contato com o vasto conjunto de experiências acumuladas pelo ser humano ao longo de sua trajetória. Sem que seja preciso vivê-las novamente.

Toda forma de arte apresenta um determinado conhecimento. Mas esta apresentação é feita de modo particularizado: o artista transpõe para um quadro, para uma música, para um livro, sua visão pessoal sobre determinada experiência ou acontecimento.

Dessa forma, observando as manifestações artísticas, temos condições de recuperar conhecimentos mais abstratos e sutis do que aqueles apresentados pelas ciências. Podemos, por exemplo, experimentar diferentes sensações ou estados de ânimo ou reconhecer que uma determinada obra expressa uma fantasia de seu autor...

Nesse sentido, apreciar a arte significa lidar com aquilo que nos caracteriza como seres humanos: nossos sentimentos e dúvidas, emoções e perplexidades; enfim, todas as particularidades relativas ao fato de estarmos vivos.

A arte, inclusivamente a arte literária, pode ser considerada, então, como um espelho muito especial, porque, além de nos mostrar a face do artista, permite-nos vislumbrar o cenário no qual produziu sua obra: a sociedade em que viveu.

Maria Luíza Abaurre et alli. Português, Língua e Literatura. São Paulo: Moderna, 2000. p. 311-312. Adaptado

Assinale a alternativa em que o enunciado apresenta formas verbais conforme as regras de sua conjugação gramatical.
Alternativas
Q1361991 Português
Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
I. As palavras “chegavam” e “saíam” são verbos e estão no pretérito imperfeito. II. As palavras “chegavam” e “saíam” são verbos e estão no pretérito perfeito. III. As palavras “chegavam” e “saíam” são verbos e estão no pretérito-mais-que-perfeito. IV. As palavras “soubesse” e “pudesse” são verbos no modo subjuntivo. 
Alternativas
Q1360457 Português
Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE com o verbo conjugado no presente do subjuntivo:
Preciso me manter sério, para que tu te _____________.
Alternativas
Q1360456 Português
Em relação aos modos verbais, assinalar a alternativa que apresenta verbo no indicativo:
Alternativas
Q1357729 Português

O amor é um pássaro que não sobrevive em gaiolas

Rebeca Bedone



Tive um canário quando era criança. A avezinha cabia na palma da minha mão. Alegre, distinto e bonito, o pássaro amarelo cantava o tempo todo. Seu canto pacífico era deliciosamente agradável: parecia uma composição poética e ritmada. A gaiola ficava pendurada na varanda de casa, e o vento que passava levava a melodia para quem estivesse por perto.
Certo dia, fui até a gaiola e chamei pelo passarinho; mas ele não apareceu, como sempre fazia. Tomada por um estranhamento, subi na cadeira para procurá-lo: o canário estava deitado, quieto, imóvel. Chamei pelo meu pai, que examinou o bichinho e, tristemente, me informou que ele havia morrido. Dizem que o canário vive cerca de 10 anos, mas aquele teve uma vida breve.
Já faz muito tempo que o canarinho se foi. Naquela época, eu não sabia nada sobre aves; nem sobre tantas outras coisas, como o amor. Não imaginava que seria impossível viver uma vida sem decepções ou arrependimentos. Que pessoas me desapontariam. Que eu magoaria alguém. Que sentiria remorso por ter sido egoísta, como quando prendi a avezinha que tanto gostava. Que pela necessidade de ter alguém ou pelo medo de ficar só, tentaria prender um companheiro ou um amigo.
Assim, houve um tempo em que resolvi andar sozinha. No decorrer dos anos, entre uma e outra decepção amorosa, meu coração calejado se fechou. Prendi a mim mesma, como no poema de Charles Bukowski: “há um pássaro azul em meu peito que quer sair, mas sou duro demais com ele, eu digo, fique aí, não deixarei que ninguém o veja”.
É que eu não queria mais sentir frio na barriga, aperto no peito e dores de adeus. Parecia quase impossível encontrar alguém que estivesse disposto ao amor e ao relacionamento — só mais tarde fui descobrir que era eu quem não estava disposta a me entregar. O silêncio após as partidas nunca deixou de tocar a minha alma, como a ausência do canto do meu canarinho.
Até que um dia, num desses dias em que não se espera da vida nada além do que ela já nos ofereceu, resolvi deixar de ser tão dura comigo mesma. Não foi fácil, houve um longo processo de paciência e autoconhecimento; mas houve, sobretudo, vontade de voar outra vez. O pássaro em meu peito partiu sem rumo nem expectativas, ele só queria ser livre das minhas dores e inseguranças. 
Conheci meu namorado. Não foi amor à primeira vista, como nos contos de fadas; mas foi paixão da vida real: “você se apaixona quando se desprende da necessidade de ter alguém”. Quando você menos espera, as conversas ao telefone se perdem nas horas, junto com a alegria que chega na proximidade do reencontro; de repente, o tempo em que não houve afeto recíproco se preenche com um sentimento bom. E ao perceber a felicidade explodir dentro do peito, percebe-se que ela é verdadeira porque não tem obrigação.
O amor é um pássaro que não sobrevive em gaiolas. Gaiolas podem ser o ciúme, a insegurança ou o próprio egoísmo. Gaiolas podem ser o medo de amar outra vez; ou pode ser a incompreensão de que amor e liberdade caminham juntos: amamos porque somos livres e temos liberdade porque confiamos no amor.


Há pessoas que têm receio da palavra liberdade; alguns até acreditam que ser livre é individualismo. Talvez, faltalhes a compreensão da honestidade de Bukowski, aquela que “não me deixa fingir que sou uma coisa que não sou”. Talvez, falta-lhes saber que a vida é efêmera, como o canto que inicia e termina antes de que gostaríamos. Mas, com a janela do coração aberta, os pássaros voam; e a pessoa permanece no relacionamento não por estar presa a ele, mas porque é genuíno o seu desejo de ficar.

FONTE: https://www.revistabula.com/23923-o-amor-e-um-passaro-que-nao-sobreviveem-gaiolas/
Em “Já faz muito tempo que o canarinho se foi”, se a expressão em destaque fosse substituída pela expressão “longos, longos anos” e se acrescentássemos ao verbo fazer o verbo auxiliar dever, mantendo-se o tempo verbal, o modo verbal e a correção gramatical, teríamos:
Alternativas
Q1357522 Português

Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em http://desacontecimentos.com/?p=301.  

Na frase “minha proposta é que cada um de nós se arrisque a descobrir a literatura” (l. 07), o verbo reflexivo “arriscar” está devidamente conjugado no:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: CIEE Órgão: TRE-SP Prova: CIEE - 2019 - TRE-SP - Estagiário |
Q1351396 Português
Tempo incerto

        Os homens têm complicado tanto o mecanismo da vida que já ninguém tem certeza de nada: para se fazer alguma coisa é preciso aliar a um impulso de aventura grandes sombras de dúvida. Não se acredita mais nem na existência de gente honesta; e os bons têm medo de exercitarem sua bondade, para não serem tratados de hipócritas ou de ingênuos.
        Chegamos a um ponto em que a virtude é ridícula e os mais vis sentimentos se mascaram de grandiosidade, simpatia, benevolência. A observação do presente leva‐nos até a descer dos exemplos do passado: os varões ilustres de outras eras terão sido realmente ilustres? Ou a História nos está contando as coisas ao contrário, pagando com dinheiro dos testamentos a opinião dos escribas? 

        Se prestarmos atenção ao que nos dizem sobre as coisas que nós mesmos presenciamos – ou temos que aceitar a mentira como a arte mais desenvolvida do nosso tempo, ou desconfiaremos do nosso próprio testemunho, e acabamos no hospício! 

        Pois assim é, meus senhores! Prestai atenção às coisas que vos contam, em família, na rua, nos cafés, em várias letras de forma, e dizei‐me se não estão incertos os tempos e se não devemos todos andar de pulga atrás da orelha! 

        A minha esperança estava no fim do mundo, com anjos descendo do céu; anjos suaves e anjos terríveis; os suaves para conduzirem os que se sentarão à direita de Deus, e os terríveis para os que se dirigem ao lado oposto. Mas até o fim do mundo falhou; até os profetas se enganam, a menos que as rezas dos justos tenham podido adiar a catástrofe que, afinal, seria também uma apoteose. E assim continuaremos a quebrar a cabeça com estes enigmas cotidianos. [...] 

        Os pedestres pensam que devem andar no meio da rua. Os motoristas pensam que devem pôr os veículos nas calçadas. Até os bondes, que mereciam a minha confiança, deram para sair dos trilhos. Os analfabetos, que deviam aprender, ensinam! Os revólveres, que eram consideradas armas perigosas, e para os quais se olhava a distância, como quem contempla a Revolução Francesa ou a Guerra do Paraguai – pois os revólveres andam agora em todos os bolsos, como troco miúdo. E a vocação das pessoas, hoje em dia, não é nem para o diálogo com ou sem palavras, mas para balas de diversos calibres. Perto disso a carestia da vida é um ramo de flores. O que anda mesmo caro é a alma. E o demônio passeia pelo mundo, glorioso e impune.

(MEIRELES, Cecília. 1901‐1964. Escolha o seu sonho. Crônicas – 26ª ed.– Rio de Janeiro: Record, 2005 ‐ Adaptado.)
Em “Chegamos a um ponto em que a virtude é ridícula (...)” (2º§), a ação verbal expressa um fato:
Alternativas
Q1351349 Português

Assinale a alternativa que apresenta um verbo no mesmo tempo e modo do destacado na oração abaixo:

Ele também correria aos domingos, se pudesse

Alternativas
Q1351348 Português
Leia a oração abaixo. Eu ganho todas as medalhas. Assinale a alternativa que apresenta a oração flexionada no modo subjuntivo:
Alternativas
Q1347522 Português
Sua carreira combina com o seu propósito de vida?

    Todos nós buscamos um propósito, um objetivo de vida. Um dos grandes sonhos da maioria das pessoas está em conciliar carreira, família e lazer. Pesquisas revelam, como a da International Stress Management Association, realizada no Brasil, que diversos profissionais não conseguem trabalhar naquilo que mais gostam e despendem horas do seu dia executando tarefas que não __________________ prazer, tornando-se assim pessoas amargas e insatisfeitas. E muitos se acostumam a essa rotina maçante e passam, assim, grande parte de suas vidas infelizes.
    Os jovens atuais procuram empresas que possuem um propósito definido e com o impacto que elas geram na sociedade, seja com relação ao meio ambiente e social, bem-estar, diversidade e inclusão. O que é maravilhoso, pois ____ tempos, quando os jovens tinham que decidir que caminho percorrer profissionalmente, muitos optavam por cursos que, em princípio, tivessem mais visibilidade e que no futuro remunerassem bem.
    Depois de um tempo, os olhares foram se transformando, e começou-se a construir uma carreira, com objetivos mais definidos. E, num terceiro momento, já mais amadurecidos, os profissionais trabalham por algo que dê sentido à vida, ou seja, que tenha um objetivo e uma finalidade.
    O propósito vem com o autoconhecimento, da descoberta do que realmente importa e com a consciência de que somos seres humanos únicos e exclusivos. E assim, começamos a construir nossa identidade e nosso legado, com a prática, paixão e persistência indispensáveis para se atingir objetivos, e conquistar o tão sonhado estado de felicidade no trabalho.
    Graças ao autoconhecimento, identificam seus talentos. Profissionais satisfeitos tendem a ser mais produtivos, criativos e a encararem o mundo de forma positiva, com otimismo estampado no rosto, além de se arriscarem mais, pois enxergam oportunidades que outras pessoas não ______, atuando lado a lado com a sua autoestima e as relações interpessoais.

 https://exame.abril.com.br... - adaptado.
Considerando-se alguns verbos do texto, analisar os itens abaixo:
I. No trecho “muitos optavam por cursos que, em princípio, tivessem mais visibilidade” (segundo parágrafo), considera-se o fato expresso pelo verbo sublinhado como certo e real. II. Em “pois enxergam oportunidades” (último parágrafo), o verbo sublinhado expressa uma ação no presente.
Alternativas
Q1347150 Português

“Verbos são as palavras da língua portuguesa que mais possuem flexões, e são justamente essas flexões que os caracterizam como verbos. Diferente do que muitos pensam, verbos não se referem apenas a ações, mas também a fenômenos naturais, caráter de estado, desejo e ocorrências.” (Gramática.net.br, Verbo. Disponível em: <https://www.gramatica.net.br/verbo/> . Acesso em: 5 nov. 2019). Com base nessa informação, analise as afirmativas a seguir:


I.O verbo pode ser flexionado em forma nominal.

II.O verbo pode ser flexionado em pessoa, modo e tempo.

III.O verbo pode ser flexionado em voz - ativa, passiva e reflexiva.


Agora, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Ano: 2019 Banca: TJ-AP Órgão: TJ-AP Prova: TJ-AP - 2019 - TJ-AP - Estagiário - Direito |
Q1347018 Português

“Verbos são as palavras da língua portuguesa que mais possuem flexões, e são justamente essas flexões que os caracterizam como verbos. Diferente do que muitos pensam, verbos não se referem apenas a ações, mas também a fenômenos naturais, caráter de estado, desejo e ocorrências.” (Gramática.net.br, Verbo.Disponível em: <https://www.gramatica.net.br/verbo/>. Acesso em: 5 nov. 2019).


Com base nessa informação, analise as afirmativas a seguir:

I. O verbo pode ser flexionado em forma nominal.

II. O verbo pode ser flexionado em pessoa, modo e tempo.

III. O verbo pode ser flexionado em voz - ativa, passiva e reflexiva.


Agora, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Ano: 2019 Banca: FEPESE Órgão: ABEPRO Prova: FEPESE - 2019 - ABEPRO - Pós-Graduação |
Q1336706 Português
Carlos Drummond de Andrade,
Itabira e a Mineração

Em julho de 2014 o acaso me levou a Itabira, onde eu nunca tinha estado. A viagem teve efeitos inesperados, que desembocam neste livro: na cidade natal de Carlos Drummond de Andrade as marcas do passado, assim como sinais contemporâneos gritantes, pareciam estar chamando, todos juntos, para uma releitura da obra do poeta. A estranha singularidade do lugar incitava a ir mais fundo na relação do autor de “A máquina do mundo” com as circunstâncias que envolvem a “estrada de Minas, pedregosa”, a geografia física e humana, a história da mineração do ferro.

Nascido em 1902, Drummond viveu pouco tempo em Itabira. Mas os ecos da cidade retornam em sua obra inteira, e permanecem nela qual uma inscrição latejante, sem correspondente cronológico contabilizável – como a tal “fotografia na parede”, que dói, ou como um sino repercutindo traumas e avivando o vivido. José Maria Cançado, seu primeiro biógrafo, diz, a propósito, que ali o “mundo não se assemelha nem à natureza nem à cultura, mas a uma terceira coisa entre os dois, uma espécie de grande alucinação, uma monstruosidade geológica, uma dissonância planetária, com sua quantidade astronômica de minério”. A imagem não é despropositada, por mais que possa parecer. Chegar a esse lugar é sentir, de fato, o impacto da geologia e da história, acopladas. Algo de alucinado se passou e se passa naquele sítio, implicando uma torção desmedida entre a paisagem e a máquina mineradora, com quantidades monstruosas de ferro envolvidas. Há no ar a sensação de que um crime não nomeado, ligado à fatalidade de um “destino mineral”, foi cometido a céu aberto.

O grande buraco geral que a mineração cavou no território de Minas, multiplicado por outras tantas Itabiras e Itabiritos, e que em Belo Horizonte fez da serra do Curral uma paisagem de fachada que esconde uma ruína mineral, está exposto em Itabira de maneira exemplar e obscena, de tão real e tão próximo. Em outras palavras, se o horizonte de Belo Horizonte é sustentado hoje por uma espécie de telão montanhoso, mera película residual preservada por conveniência – afinal, é dele que a capital do estado extrai seu nome –, em Itabira a exploração mineradora sentiu-se à vontade para abolir a serra e anular o horizonte sem maior necessidade de manter as aparências.

Impossível não associar tal visão à catástrofe de Mariana e do rio Doce, desencadeada em 5 de novembro de 2015, desvelando uma nova dimensão desse todo. Em Mariana, a derrama dos rejeitos, empilhados como um castelo de cartas em barragens a montante, apoiando-se a si mesmas sem outros critérios a não ser o da acumulação sem freios, pela empresa Samarco, braço da atual Vale, cobrou seu tributo às comunidades e a todos os reinos da natureza em vidas e em destruição, no distrito de Bento Rodrigues e em tudo que se estende pelo rio Doce até o mar.

Associar os acontecimentos de Itabira e de Mariana não significa equipará-los – um é efeito do lento desenrolar de uma exploração que opera em surdina ao longo de décadas, de modo crônico, localizado e praticamente invisível na cena pública nacional; outro eclode súbito e estrondoso, esparramado no espaço e reconhecido imediatamente como uma das maiores hecatombes socioambientais do país, desmascarando a pulsão destrutiva da sanha extrativa e acumuladora. Embora diferentes, o acontecimento catastrófico de Mariana, com tudo que tem de fragoroso e letal, pode ser visto como o raio que ilumina o que há de silencioso e invisível na catástrofe de Itabira.

WISNIK, José Miguel. Disponível em: <http://www.viladeutopia. com.br/o-poeta-e-a-pedra>. Acesso em 18 de fevereiro de 2019. [Adaptado].

Obs.: Wisnik é autor do livro “Maquinação do mundo: Drummond e a mineração”. 
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), em relação ao primeiro parágrafo do texto 4.

( ) Em “eu nunca tinha estado”, a forma verbal pode ser substituída por “estivera” sem alterar seu significado temporal.
( ) Em “A viagem teve efeitos inesperados”, o verbo tem sentido existencial.
( ) No primeiro parágrafo, as expressões “(d)o poeta” e “(d)o autor de ‘A máquina do mundo’” fazem referência a Carlos Drummond de Andrade.
( ) Em “onde eu nunca tinha estado”, “que desembocam neste livro” e “que envolvem […]”, os vocábulos sublinhados funcionam como pronomes relativos que substituem termo da respectiva oração anterior e estabelecem relação entre orações.
( ) A expressão “todos juntos” é uma retomada de “sinais contemporâneos gritantes”.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q1329210 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Fonte: https://super.abril.com.br/saude/suplementos-proteicos-podem-afetar-o-humor-e-o-peso/ – texto adaptado.

No terceiro parágrafo do texto, no período que inicia na linha 13 e se estende até a linha 14, o primeiro verbo, está conjugado no:
Alternativas
Q1324217 Português
Em qual alternativa abaixo a forma verbal não está correta?
Alternativas
Ano: 2019 Banca: IF-SC Órgão: IF-SC Prova: IF-SC - 2019 - IF-SC - Nível Médio |
Q1317774 Português

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) de acordo com o texto II.

( ) Em: “a idade da primeira menstruação diminuiu progressivamente desde o início do século 20”, linhas 1 - 2 , as palavras em destaque são artigos.

( ) Em: “Em 1900, as moças menstruavam pela primeira vez ao redor dos 17 anos. Hoje, nem bem completam 11 ou 12 anos e já menstruam”, linhas 3 - 4, as palavras em destaque são numerais ordinais.

( ) Em: “o investimento na educação de uma ou duas crianças consome tanta energia, que os casais responsáveis planejam com extremo cuidado o tamanho de suas famílias”, linhas 12 - 14, as palavras em destaque são verbos conjugados no presente do indicativo.

( ) Em: “as mulheres brasileiras seguem de perto a tendência internacional de completar os estudos”, linhas 15 - 16, as palavras em destaque são substantivos.

( ) Em: “as mulheres brasileiras seguem de perto a tendência internacional de completar os estudos”, linhas 15 -16, as palavras sem destaque são adjetivos.


Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Ano: 2019 Banca: IF-MA Órgão: IF-MA Prova: IF-MA - 2019 - IF-MA - Nível Médio |
Q1316020 Português
TEXTO 01
Aves de Bom jardim

    No mês de junho (melhor mês do ano), no interior do maranhão, homens e crianças compartilham o mesmo sonho de poder voar pelos céus, cortando os ares como um pássaro. Esse sonho é reduzido em uma brincadeira que deixa o céu de minha cidade colorido como um arco-íris.
    Pássaros de todas as cores e tamanhos sendo controlados pela meninada. Aves que voam sobre as casas acabam acidentadas em fios de energia, que por acidente acabam enfeitando todas as ruas. São tantos! Todos bem enfeitados com fitas, sedas e sacolas, conduzidos pelos seus criadores que entram em uma bela disputa onde o mais afiado corta outro e é capturado pelo oponente. São poucos que conseguem permanecer uma hora no ar, restando os melhores pássaros que desfilam vitoriosos sobre a cidade.
    E quando, de repente, aparece um bando de crianças correndo, sem parar, de cara para cima e suas mães gritando: - Volta aqui, meninoooo! Não fique preocupado! É apenas mais uma ave sem rumo, guiada pelo vento que perdeu uma batalha. 
    Realmente não há brincadeira melhor do que empinar uma pipa com seu melhor amigo e sair correndo por aí, nos céus de Bom Jardim.

(Autor: Rivaldo dos Santos da Silva, aluno do Curso de Logística, IFMA Campus Santa Inês. Texto produzido para Olimpíada de Língua Portuguesa, 2016, em versão integral). 
As formas verbais em destaque: “Aves que voam sobre as casas [...]”; “Volta aqui, meninoooo!” podem ser classificadas, respectivamente, como
Alternativas
Respostas
1561: A
1562: D
1563: E
1564: B
1565: C
1566: D
1567: B
1568: C
1569: A
1570: B
1571: D
1572: C
1573: C
1574: C
1575: C
1576: B
1577: D
1578: C
1579: A
1580: D