Questões de Vestibular
Sobre colonialismo espanhol: ocupação e exploração do território americano em história
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Considere as afirmações abaixo, sobre os processos de colonização e as estruturas sociais das Américas nos séculos XVII e XVIII.
I - Nas colônias inglesas e francesas do Caribe, a unidade de produção predominante foi a pequena propriedade agrícola, em que trabalhavam camponeses livres, de origem majoritariamente europeia.
II - Nas colônias da Nova Inglaterra, predominaram as plantations monocultoras e exportadoras, em que a forma de trabalho principal era a mão de obra escravizada.
III- Na Nova França, atual Quebec, os colonizadores estabeleceram um sistema senhorial baseado no feudalismo francês, o que gerou uma grande concentração de terras e uma baixa atração de imigrantes para esses territórios.
Quais estão corretas?
Eu, Juan Garrido, de cor negra, membro desta comunidade [vecino], e residente nesta cidade, trago um relato de como servi à Vossa Majestade na conquista e pacificação desta Nova Espanha. Desde quando Cortés entrou nela, estive presente em todas as invasões, conquistas e pacificações realizadas no sul do Pacífico, nas ilhas de Porto Rico e de Cuba. Fiz tudo às minhas custas, sem receber nem salário nem repartimiento de índios ou qualquer outra coisa. De todas estas formas, durante trinta anos, servi e continuo a servir à Vossa Majestade.
(Traduzido e adaptado de Matthew Restall, Probanza of Juan Garrido. Black Conquistadors: Armed Africans in Early Spanish America. The Americas, Cambridge, v. 57, n. 2, out. 2000, p. 171.)
Assinale a alternativa correta.
Observe a gravura e leia atentamente os textos:
“Em 1519, a cidade do México-Tenochtitlán contava com cerca de 400 mil habitantes, o que significa que, na época, era provavelmente a maior cidade do mundo, e que essa sociedade urbanizada com certeza dispunha de elites perfeitamente formadas para que pudesse funcionar de maneira eficaz. Compreende-se que, para administrar uma cidade de tal importância, os invasores não pudessem se abster dos saberes sofisticados, do prestígio e da influência da nobreza índia. Essa nobreza tinha uma formação notável. Antes da conquista espanhola, era formada em colégios de ensino superior, os calmecac, onde aprendia os saberes, os mitos, os rituais e as artes do mundo pré-colombiano. [...]”
GRUZINSKI, Serge. O renascimento ameríndio. In: NOVAES, Adauto (Org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 285-286.
“Muitas vezes os comentadores recentes não esconderam sua admiração por um Estado [asteca] que dedicava tamanha atenção à educação das crianças: tanto os ricos como os pobres são ‘escolarizados’, quer na escola religiosa, quer na escola militar.”
TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América. Lisboa: Litoral edições, 1990. p. 105.
A partir da observação da figura e da leitura dos textos, pode-se afirmar que
Após a Conquista da América, o governo espanhol implementou a “encomienda”, um sistema de exploração do trabalho indígena em benefício da emergente elite conquistadora.
Assinale a alternativa que indica características da "encomienda".
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
A imagem representa a morte de Atahualpa, o último imperador inca, em 1533, após a conquista espanhola comandada por Francisco Pizarro.
Analise as quatro afirmações seguintes, a respeito da empresa e da conquista colonial espanhola no Peru e da representação presente na imagem.
I. A conquista foi favorecida pelo conflito interno entre os dois irmãos incas, Atahualpa e Huáscar, aproveitado pelas forças espanholas lideradas por Francisco Pizarro.
II. A produção agrícola das plantations escravistas constituiu-se na base econômica do vice-reinado do Peru, controlado pelos espanhóis.
III. Do lado esquerdo da pintura, há uma movimentação conflituosa, na qual as mulheres incas são contidas por guardas espanhóis, contrastando com a expressão ordenada e solene do lado direito, composto por religiosos e autoridades espanholas em torno do corpo do imperador inca.
IV. A pintura revela o resgate de elementos históricos - importante para a construção do ideário nacionalista no século XIX, no processo pós-independência e de formação do Estado nacional peruano -, mas retrata os personagens indígenas com trajes e feições europeus.
Estão corretas apenas as afirmações
Os ensaios sediciosos do final do século XVIII anunciam a erosão de um modo de vida. A crise geral do Antigo Regime desdobra-se nas áreas periféricas do sistema atlântico – pois é essa a posição da América portuguesa –, apontando para a emergência de novas alternativas de ordenamento da vida social.
István Jancsó, “A Sedução da Liberdade”. In: Fernando Novais,
História da Vida Privada no Brasil, v.1.
São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Adaptado.
A respeito das rebeliões contra o poder colonial português
na América, no período mencionado no texto, é correto
afirmar que,
Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2006, p. 15-16. Adaptado.
O texto mostra um aspecto importante da conquista da América pelos espanhóis, a saber,
Na época colonial, na América hispana e na lusa, o governo local organizava-se em cabidos (câmaras municipais), nos quais tinham assento os melhores cidadãos, denominados homens-bons, o que configurava uma estrutura elitizada de poder e justiça.