Questões de Vestibular de História
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O que muitos cristãos parecem procurar é o martírio. Muitos governadores de províncias, quando recebem cristãos, fornecem a eles todas as oportunidades para se conformarem com os mais básicos requisitos do Estado – uma oferenda de incenso para o gênio do imperador, por exemplo – mas muitas vezes têm sido repelidos com repetidas manifestações de fé. Os governadores relutam, mas no final são obrigados a expor esses fanáticos às feras e ao martírio. Talvez seja isso o que torna a religião cristã tão atraente para alguns. Acima de tudo, eles seguem os preceitos de um fazedor de milagres que foi, ele próprio, crucificado como um criminoso. (LAURENCE, Ray. Guia do Viajante Pelo Mundo Antigo – Roma no ano 300 d.C. SP: Ciranda Cultural, 2008, p. 31.)
Os cristãos mataram muçulmanos nas Cruzadas. Os cristãos mataram judeus em muitos massacres. Enquanto isso, outra dimensão foi adicionada: os cristãos começaram a matar companheiros cristãos acusados de “hereges”. [...] Em Alexandria, em 415, a grande cientista Hypatia, chefe da Biblioteca de Alexandria, foi espancada até a morte pelos monges e outros seguidores de São Cirilo, que viam a ciência dela muito como a Igreja, mais tarde, veria a de Galileu. (HAUGHT, James A. Perseguições Religiosas – Uma história do fanatismo e dos crimes religiosos. RJ: Ediouro, 2003, p. 53.)
A relação entre os excertos pode ser encontrada em:
O Palácio de Versalhes é um castelo real localizado na cidade de Versalhes [distante cerca de 22 quilômetros do centro de Paris]. Desde 1682 até 1789, ano em que teve início a Revolução Francesa, foi o centro do poder do Antigo Regime na França. Sua localização deve-se ao fato da procura de um local afastado dos grandes centros, devido ao grande tumulto de gente e doenças nesses locais. [...] Considerado o maior palácio da época e um dos maiores atualmente, o Palácio de Versalhes possui uma ampla extensão que ocupa mais de 100 hectares, possuindo 700 quartos, 352 chaminés, 1250 lareiras, 67 escadas, 2153 janelas e um parque de 700 hectares. (História do Palácio de Versalhes. Disponível em: http://espacodahistoriasempre.blogspot.com.br/ p/historia-do-palacio-de-versalhes.html. Acesso em: 18 ago. 2015, às 17h00.)
O que muitos se perguntam é porque tendo o Rio de Janeiro como capital federal, optou-se por transferir o centro das decisões para um lugar no meio do nada (pelo menos naquela época). Até a decisão de Juscelino, a localização da nova capital federal era uma incógnita. Só o que se sabia era que ela precisaria ser erguida em um local geograficamente estratégico e protegida de possíveis invasões - segurança que, à época, a cidade do Rio não oferecia. (Como foi escolhida a localização de Brasília? Disponível em: http://pessoas.hsw.uol.com.br/brasilia.htm. Acesso em: 18 ago. 2015, às 17h30.)
Da leitura dos fragmentos infere-se que:
Foi em plena ditadura do Estado Novo (1937-1945), no governo Getúlio Vargas, que o Brasil assistiu à criação da chamada lei da vadiagem. Num país com históricos problemas de falta de trabalho, especialmente para a população de renda baixa e pouca escolaridade, a legislação previa a punição por ociosidade de uma pessoa apta a trabalhar. [...] A pessoa classificada como “vadia” poderia ser levada à prisão simples, com pena de 15 dias até três meses. Na época da criação da lei, existiam a chamada Delegacia da Vadiagem e a figura do Delegado de Costumes e Diversões, encarregados de reprimir também os contraventores do jogo do bicho. (VILLELA, Gustavo. Lei de 1941 considera ociosidade crime e pune ‘vadiagem’ com prisão de 3 meses. Disponível em:http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/ lei-de-1941-considera-ociosidade-crime-pune-vadiagem-com-prisao-de-3-meses-14738298. Acesso em: 10 ago. 2015, às 15h00.)
Pai Francisco (Cantiga de Roda – Domínio Público) Pai Francisco entrou na roda Tocando seu violão Balalan ban ban ban ban balalan ban ban Vem de lá seu delegado E Pai Francisco foi pra prisão Como ele vem todo requebrado Parece um boneco desengonçado. (Letra disponível em: http://letras.mus.br/temas-infantis/1054029/. Acesso em: 10 ago. 2015, às 15h30.)
O Bonde São Januário (Ataulfo Alves e Wilson Batista) Quem trabalha é quem tem razão Eu digo e não tenho medo de errar O Bonde São Januário leva mais um operário Sou eu que vou trabalhar Antigamente eu não tinha juízo Mas resolvi garantir meu futuro Vejam vocês: Sou feliz Vivo muito bem A boemia não dá camisa a ninguém É, vivo bem. (Letra disponível em: http://letras.mus.br/wilson-batista/259906/. Acesso em: 10 ago. 2015, às 15h40.)
A canção O Bonde São Januário foi escrita em 1940 e trazia em sua letra original o verso “O Bonde São Januário leva mais um sócio otário, só eu não vou trabalhar”, mas a censura do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) obrigou a mudança para a forma como aparece acima. Tomando por base o contexto do Estado Novo, relacione sua letra com a cantiga de roda e com o texto sobre a Lei da Vadiagem e julgue as afirmativas:
I. A cantiga de roda pode ser interpretada como um estímulo às crianças para não praticarem a vadiagem, representada pelo personagem Pai Francisco, que é punido pelo delegado por estar “tocando seu violão” ao invés de estar trabalhando. II. Ao mudarem o verso da canção O Bonde São Januário, os autores acabaram contribuindo para a exaltação ao trabalho, necessária ao projeto político de Getúlio Vargas. III. A Lei da Vadiagem teve como função principal estimular o trabalho e, ao mesmo tempo, inibir a produção artística, cuja função principal era de criticar o governo, tendo, por isto, sido proibida em qualquer forma.
Está (ão) correta (s):
Leia as informações para responder a questão:
(SOUSA, Maurício de. A Independência da Turma, 2001. In____História em Quadrões com a Turma da Mônica. SP: Globo, 2010, p. 50.)
Quando se fala em Independência do Brasil, quase todo mundo se lembra do painel Independência ou Morte, que retrata a cena de 7 de setembro de 1822, às margens do ribeirão do Ipiranga, em São Paulo. Esta obra foi pintada por Pedro Américo de Figueiredo e Melo, em Florença, na Itália, entre 1886 e 1888 [...]. Esta paródia de seu quadro mais famoso mostra um raro momento em que o Cebolinha toma o coelhinho Sansão da Mônica.
(SOUSA, Maurício. Ob cit. p. 50.)
A respeito da paródia feita por Maurício de Sousa do famoso quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, julgue os itens:
I. A paródia é uma crítica às tentativas, ao longo da história do Brasil, de se criarem heróis nacionais, mascarando as verdadeiras realidades ocultas por trás das versões oficiais dos fatos.
II. A obra de Maurício de Sousa é um desrespeito à história do Brasil, uma vez que o quadro original mostra a verdadeira história da independência, que, como nele demonstrado, não excluiu nenhum grupo social de sua realização.
III. Por ter acesso às novas gerações de leitores, a obra de Maurício de Sousa pode ser entendida como uma tentativa de preservar a memória iconográfica brasileira, garantindo que estas gerações tenham acesso a obras clássicas, adaptadas à sua realidade cultural.
Está (ão) correto (s):
Dentre os fatores que favoreceram a reestruturação econômica desse país, destaca-se
Sobre as agremiações políticas às quais essas imagens estão vinculadas, é correto afirmar:
A eclosão de movimentos sociais rurais ocorridos durante a República Velha decorreu, dentre outros fatores, do quadro de injustiça social e violência a que estavam submetidas as camadas populares.
A Guerra de Canudos foi representativa desse contexto, pois
FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, Imprensa Oficial do Estado, 2002. p. 89.
Nesse fragmento, o historiador Boris Fausto refere-se às
“Sem a derrama, o movimento esvaziavase. Para a população em geral, se a derrama não fosse imposta, não fazia grande diferença se Minas era ou não independente. O movimento era fundamentalmente motivado por interesses, não por ideais [...]. A prisão dos homens mais eminentes de Vila Rica provocou [...] alvoroço na cidade [...] e o Visconde de Barbacena foi obrigado a admitir que a tentativa de manter sigilo sobre o processo seria inútil”.
LEMINSKI, Cristina. Tiradentes e a conspiração de Minas Gerais. São Paulo: Scipione, 1994. p. 59-64.
O movimento do século XVIII abordado nesse fragmento textual relaciona-se com a
A imagem ao lado ilustra um aspecto da política
externa norte-americana no período posterior à
Segunda Guerra Mundial.
O Plano Marshall ao qual o cartaz se refere visava a
“Saber se a Revolução Industrial deu à maioria dos britânicos mais ou melhor alimentação, vestuário e habitação, em termos absolutos ou relativos, interessa, naturalmente, a todo [estudioso]. Entretanto, ele terá deixado de apreender o que a Revolução Industrial teve de essencial, se esquecer que ela não representou um simples processo de adição ou subtração, mas sim uma mudança social fundamental”.
HOBSBAWM, Eric. Da Revolução Industrial inglesa ao imperialismo. Rio de Janeiro: Editora ForenseUniversitária, 1983. p. 74. A mudança referida acima resultou na
Figura 1 – Camponês arando a terra
Figura 2 – Relações de suserania e de vassalagem
“O feudalismo foi constituído pela articulação entre dois eixos de relações: as relações feudo-vassálicas e as relações servis de produção. As relações feudovassálicas estabeleciam-se entre membros da aristocracia militar e territorial e baseavam-se no feudo, na fidelidade e na reciprocidade. As relações servis de produção estabeleciam-se entre o senhor da terra e o trabalhador e estavam baseadas na desigualdade de condições e na exploração do trabalho.”
PEDRO, Antonio; LIMA, Lizânias de Souza; CARVALHO, Yvone de. História do mundo ocidental: ensino médio. São Paulo: FTD, 2005. p. 97.
A partir da análise das imagens e do fragmento textual, sobre a sociedade medieval na Europa Ocidental é correto afirmar:
“O faraó passou a concentrar todos os poderes em suas mãos, sendo cada vez mais considerado um deus vivo. Boa parte das terras passou a ser controlada por ele, a quem a população deveria pagar tributos e servir, por meio de trabalho compulsório. A personificação do Estado na figura do faraó e a sua identificação com um deus, permitenos, portanto, falar em uma monarquia teocrática no Egito Antigo.”
VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o ensino médio: história geral e do Brasil: volume único. São Paulo: Scipione, 2001. p. 40.
Muitos Estados nacionais, no mundo contemporâneo ocidental, orientam-se pelo ideário laico e liberal-democrático, diferentemente do Estado organizado no antigo Egito, no qual predominava
Dois símbolos propostos nessa ocasião evidenciam aspectos dessa disputa entre as diferentes facções republicanas e estão reproduzidos a seguir.
Desde a própria existência da sociedade civil, o atributo mais belo do homem vem sendo reconhecido sem oposição, mas nem uma só vez pôde ver-se convertido em realidade: a igualdade nunca foi mais do que uma bela e estéril dicção da lei. E hoje, q uando essa igualdade é exigida numa voz mais forte do que nunca, a resposta é esta: ―Calai-vos, miseráveis! A igualdade não é realmente mais do que uma quimera; contentai-vos com a igualdade relativa: todos sois iguais em face da lei. Que quereis mais, mis eráveis?‖ Que mais queremos? Queremos igualdade efetiva ou a morte. De que mais precisamos além da igualdade de direitos? Queremos vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas.
BABEUF, Graco. Manifesto dos Iguais. Disponível em: <www.marxists.org/portugues /babeuf/1796/mes/ manifesto.html>. Acesso em: 17 set. 2012. [Adaptado]
Elaborado na fase do Diretório, esse Manifesto inspirou a ˜Conspiração dos Iguais˜, que foi sufocada, e seu líder, Graco Babeuf, preso e executado.
No contexto da Revolução Francesa, esses acontecimentos evidenciam que
A autora Lilia Schwarcz trata da construção do argumento racial após a abolição da escravidão (1888) e o advento da República (1889).
Interessa compreender como o argumento racial foi política e historicamente construído nesse momento, assim como o conceito de raça, que além de sua definição biológica acabou recebendo uma interpretação, sobretudo social.
[...]
É nesse sentido que o tema racial, apesar de suas implicações negativas, se transforma em um novo argumento de sucesso para o estabelecimento das diferenças sociais.
Fonte: SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: Cientistas, Instituições e Questão Racial no Brasil (1870-1930). SP: Cia das Letras, 1993. p.23-24
Sobre a interpretação social do conceito de raça expresso no fragmento citado, é possível afirmar que:
Observe este cartaz.
Fonte: < http://textosdetherezapires.blogspot.com.br/2015/08/da-campanha-pela-anistia-1978-28-de.html> Acesso em 29 maio 2017.
Esse cartaz é uma campanha política pela:
Este fragmento refere-se ao 231º artigo do Tratado de Versalhes, assinado em 1919, entre os países europeus participantes da Primeira Guerra Mundial.
Artigo 231 - Os Governos aliados e associados declaram e a Alemanha reconhece que a Alemanha e os seus aliados são responsáveis, por deles ter sido a causa, por todas as perdas e por todos os prejuízos sofridos pelos Governos aliados e associados e pelos seus nacionais em consequência da guerra, que lhes foi imposta pela agressão da Alemanha e dos seus aliados.
Os Governos aliados e associados exigem (...) e a Alemanha a tal se obriga, que sejam reparados todos os prejuízos causados à população civil de cada uma das Potências aliadas e associadas e aos seus bens (...)
Fonte: O Tratado de Versalhes. São Paulo: UNESP, 2011.
Esse fragmento traz como principal deliberação a:
Neste trecho, Lênin destaca uma divergência interpretativa da doutrina marxista entre algumas correntes políticas.
Assim, na revolução de 1917, quando a questão da significação do papel do Estado foi posta em toda a sua amplitude, posta praticamente, como que reclamando uma ação imediata das massas, todos os socialistasrevolucionários e todos os mencheviques, sem exceção, caíram, imediata e completamente, na teoria burguesa da "conciliação" das classes pelo "Estado". Inúmeras resoluções e artigos desses políticos estão profundamente impregnados dessa teoria burguesa e oportunista da "conciliação". Essa democracia pequeno-burguesa é incapaz de compreender que o Estado seja o órgão de dominação de uma determinada classe que não pode conciliar-se com a sua antípoda (a classe adversa). A sua noção do Estado é uma das provas mais manifestas de que os nossos socialistas-revolucionários e os nossos mencheviques não são socialistas, como nós, os bolcheviques, sempre o demonstramos, mas democratas pequeno-burgueses de fraseologia aproximadamente socialista.
Fonte: LENIN, Vladimir Ilitch. O Estado e a revolução. São Paulo: Expressão Popular, 2007. p. 12.
Sobre a divergência interpretativa da doutrina marxista, o revolucionário critica a ideia de que o Estado poderia:
A década de 1980 foi marcada pelo processo que findava o mundo bipolar, cujas potências econômicas e bélicas estavam centradas em dois países: ______________________ e ________________________. O mundo socialista iniciava o seu processo de abertura com o governo de Mikhail Gorbachev, em 1989, com a política de reestruturação econômica denominada de _______________. Essa reestruturação abriu a antiga URSS ao comércio exterior, liberou os preços e as importações, liberou a moeda e reduziu o subsídio à economia interna.
Com base no texto, ASSINALE a alternativa que contém as opções corretas para preencher as lacunas: