Questões de Vestibular
Sobre arcadismo em literatura
Foram encontradas 72 questões
O poema de Murilo Mendes, apesar de escrito após o início da revolução tecnológica, inerente à estética das vanguardas modernistas do dadaísmo e do surrealismo, mostra-se deslocado do seu tempo e enraizado no Arcadismo colonial.
Considerando o fragmento do poema de Cecília Meireles apresentado, que compõe a obra Romanceiro da Inconfidência, publicada em 1953, julgue o próximo item.
Os poemas do Romanceiro da Inconfidência contêm
elementos característicos da forma clássica pastoril, à
maneira do Arcadismo, o que fica evidente nas imagens
descritas nesse fragmento.
(Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira, 2006. Adaptado.)
O texto refere-se
GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. In: Sérgio Buarque de
Hollanda (Org.) Antologia dos poetas brasileiros da fase colonial. São
Paulo, Perspectiva.1979. p.301.
A conhecida pintura de Pedro Américo (1840-1905) remete a um fato histórico relacionado à seguinte escola literária brasileira:
“Identificação da poesia com a escultura; correção métrica e gramatical; ausência de sentimentalismo (mas não de sentimento); ‘mot juste’, a palavra exata; gosto pelos poemas descritivos e/ou narrativos; uso do alexandrino (o que nem sempre foi seguido); apreço pela rima (raros poemas em versos brancos); predileção pela forma fixa (soneto, balada etc); presença da mitologia greco-latina; história grega ou romana; exotismo, focalizando o mundo oriental; tudo isso constitui o conjunto das principais características desse movimento.”
O texto refere-se ao
Read the text and asnwer questions:
HOME
They rose up like men. We saw them. Like men they stood.
We shouldn’t have been anywhere near that place. Like most farmland outside Lotus, Georgia, this here one had plenty scary warning signs. The threats hung from wire mesh fences with wooden stakes every fifty or so feet. But when we saw a crawl space that some animal had dug—a coyote maybe, or a coon dog—we couldn’t resist. Just kids we were. The grass was shoulder high for her and waist high for me so, looking out for snakes, we crawled through it on our bellies. The reward was worth the harm grass juice and clouds of gnats did to our eyes, because there right in front of us, about fifty yards off, they stood like men. Their raised hooves crashing and striking, their manes tossing back from wild white eyes. They bit each other like dogs but when they stood, reared up on their hind legs, their forelegs around the withers of the other, we held our breath in wonder. One was rust-colored, the other deep black, both sunny with sweat. The neighs were not as frightening as the silence following a kick of hind legs into the lifted lips of the opponent. Nearby, colts and mares, indifferent, nibbled grass or looked away. Then it stopped. The rust-colored one dropped his head and pawed the ground while the winner loped off in an arc, nudging the mares before him.
As we elbowed back through the grass looking for the dug-out place, avoiding the line of parked trucks beyond, we lost our way. Although it took forever to re-sight the fence, neither of us panicked until we heard voices, urgent but low. I grabbed her arm and put a finger to my lips. Never lifting our heads, just peeping through the grass, we saw them pull a body from a wheelbarrow and throw it into a hole already waiting. One foot stuck up over the edge and quivered, as though it could get out, as though with a little effort it could break through the dirt being shoveled in. We could not see the faces of the men doing the burying, only their trousers; but we saw the edge of a spade drive the jerking foot down to join the rest of itself. When she saw that black foot with its creamy pink and mud-streaked sole being whacked into the grave, her whole body began to shake. I hugged her shoulders tight and tried to pull her trembling into my own bones because, as a brother four years older, I thought I could handle it. The men were long gone and the moon was a cantaloupe by the time we felt safe enough to disturb even one blade of grass and move on our stomachs, searching for the scooped-out part under the fence. When we got home we expected to be whipped or at least scolded for staying out so late, but the grown-ups did not notice us. Some disturbance had their attention.
Since you’re set on telling my story, whatever you think and whatever you write down, know this: I really forgot about the burial. I only remembered the horses. They were so beautiful. So brutal. And they stood like men.
SOURCE: Excerpted from MORRISON, Toni. Home (2012), Harmondsworth: Penguin, 2012.
Leia o poema e observe a pintura a seguir para responder à questão.
Destes penhascos fez a natureza
O berço, em que nasci: oh quem cuidara,
Que entre pedras tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me ele declara
Centra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
Onde há mais resistência mais se apura
COSTA, Claudio Manuel da. Soneto XCVIII. Disponível em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>
CARAVAGGIO, Michelangelo. Conversão de São Paulo – 1600-1601. Óleo sobre tela. Disponível em: <galleryhip.com>
(Antonio Candido. Formação da literatura brasileira, 2013. Adaptado.)
O texto refere-se ao movimento
Os Textos 13, 14, 15 e 16 servem de base à questão.
Texto 13
Cartaz do filme “Caramuru: a invenção do Brasil” (2001) 1h 28min / Comédia Direção: Guel Arraes Elenco: Selton Mello, Camila Pitanga, Deborah Secco Disponível em: http://www.cinemabrasileiro.net/cartazes/caram uru.jpg Acesso em: 06/09/2020.
Texto 14
ZUCARELLI, Francesco. "Uma cena pastoral" (1750). Disponível em: http://vitrineliteraria01.blogspot.com/2020/03/alguns-textospara-comeco-de-conversa.html Acesso em: 07/09/2020.
Texto 15
LIRA I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
[...]
GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: DCL, 2010. Excertos.
Texto 16
CARTA 3ª
Em que se contam as injustiças, e violências, que Fanfarrão executou por causa de uma
Cadeia, a que deu princípio.
[...]
Agora, cuidarás, prezado Amigo,
Que as chaves das cadeias já não abrem,
Comidas da ferrugem? Que as algemas
Como trastes inúteis, se furtaram?
Que o torpe executor das graves penas
Liberdade ganhou? Que já não temos
Descalços guardiães, que à fonte levem,
Metidos nas correntes os forçados?
Assim, prezado Amigo, assim devia
Em Chile acontecer, se o nosso Chefe
Tivesse em governar algum sistema.
Mas, meu bom Doroteu, os homens néscios
Às folhas dos Olmeiros se comparam;
São como o leve fumo, que se move
Para partes diversas, mal os ventos
Começam a apontar, de partes várias.
[...]
GONZAGA, Tomás Antônio. Cartas Chilenas. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. Excertos.
A obra Paisagem italiana (1805), do pintor alemão Jakob Philipp Hackert (1737-1807), remete, sobretudo, ao ideário do
A obra Prisão de Tiradentes (datada de 1914), do pintor brasileiro Antônio Parreiras (1860-1937), remete a evento histórico
relacionado ao seguinte movimento literário brasileiro:
Leia o trecho do poema “Os sapos”, de Manuel Bandeira.
O sapo-tanoeiro
[...]
Diz: — “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia
Mas há artes poéticas...”
(Estrela da vida inteira, 1993.)
“Com a facilidade da sua elocução, fez o Doutor Cláudio a crítica geral da literatura brasileira: a galhofa de Gregório de Matos e Antônio José, a epopéia de Durão, o idílio da escola mineira, a unção de Souza Caldas e S. Carlos, a influência de Magalhães, os ensaios do romance nacional, a glória de Gonçalves Dias e José de Alencar.”
POMPÉIA, Raul. O Ateneu. Fortaleza: ABC, 2006. p. 88.
Os dois trechos que aparecem sublinhados nesse fragmento fazem referência, respectivamente,
Texto 1
“Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que vive de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelado e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!”
(Tomás Antonio Gonzaga)