Questões de Vestibular de Literatura - Arcadismo
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Leia o poema e observe a pintura a seguir para responder à questão.
Destes penhascos fez a natureza
O berço, em que nasci: oh quem cuidara,
Que entre pedras tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me ele declara
Centra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
Onde há mais resistência mais se apura
COSTA, Claudio Manuel da. Soneto XCVIII. Disponível em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>
CARAVAGGIO, Michelangelo. Conversão de São Paulo – 1600-1601. Óleo sobre tela. Disponível em: <galleryhip.com>
(Antonio Candido. Formação da literatura brasileira, 2013. Adaptado.)
O texto refere-se ao movimento
Os Textos 13, 14, 15 e 16 servem de base à questão.
Texto 13
Cartaz do filme “Caramuru: a invenção do Brasil” (2001) 1h 28min / Comédia Direção: Guel Arraes Elenco: Selton Mello, Camila Pitanga, Deborah Secco Disponível em: http://www.cinemabrasileiro.net/cartazes/caram uru.jpg Acesso em: 06/09/2020.
Texto 14
ZUCARELLI, Francesco. "Uma cena pastoral" (1750). Disponível em: http://vitrineliteraria01.blogspot.com/2020/03/alguns-textospara-comeco-de-conversa.html Acesso em: 07/09/2020.
Texto 15
LIRA I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
[...]
GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: DCL, 2010. Excertos.
Texto 16
CARTA 3ª
Em que se contam as injustiças, e violências, que Fanfarrão executou por causa de uma
Cadeia, a que deu princípio.
[...]
Agora, cuidarás, prezado Amigo,
Que as chaves das cadeias já não abrem,
Comidas da ferrugem? Que as algemas
Como trastes inúteis, se furtaram?
Que o torpe executor das graves penas
Liberdade ganhou? Que já não temos
Descalços guardiães, que à fonte levem,
Metidos nas correntes os forçados?
Assim, prezado Amigo, assim devia
Em Chile acontecer, se o nosso Chefe
Tivesse em governar algum sistema.
Mas, meu bom Doroteu, os homens néscios
Às folhas dos Olmeiros se comparam;
São como o leve fumo, que se move
Para partes diversas, mal os ventos
Começam a apontar, de partes várias.
[...]
GONZAGA, Tomás Antônio. Cartas Chilenas. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. Excertos.
A obra Paisagem italiana (1805), do pintor alemão Jakob Philipp Hackert (1737-1807), remete, sobretudo, ao ideário do