Questões de Vestibular
Sobre modernismo em literatura
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( ) Após o movimento experimentalista da Geração de 22, Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade fazem parte da Geração que traz para a literatura o amadurecimento do movimento modernista. ( ) Na prosa de ficção da geração de 30, a paisagem nos é familiar. Estão ali o nordeste decadente, as agruras das classes médias no começo da fase urbanizadora, os conflitos internos da burguesia entre provinciana e cosmopolita. ( ) Caetés (1933), São Bernardo (1934) e Angústia (1936) são romances autobiográficos de Graciliano Ramos, portanto escritos em primeira pessoa, nos quais as narrativas se prendem à análise do mundo interior, sem desprezar o contexto sócio-político em que vive cada personagem. ( ) Na escrita de Graciliano Ramos, o “herói” é sempre um problema: não aceita o mundo, nem os outros, nem a si mesmo. ( ) Graciliano Ramos é, ao mesmo tempo, ora neo-realista, ao molde de um Machado de Assis, ora neo-naturalista, ao molde de um Aluízio Azevedo, ao contextualizar seus romances no Nordeste ou na memória da vida de origem nordestina de seus personagens.
Assinale a alternativa que relaciona a sequência CORRETA de V e F de cima para baixo:
I. O espaço é essencial no romance, desde o título do livro, até as justificativas, incluídas no trecho, para determinadas ações.
II. O tempo é linear, sem retrospectivas, pois o narrador não se arrepende de eventuais deslizes cometidos em sua trajetória.
III. O narrador limita-se a relatar fatos, sem parcialidade, ainda que a presença de circunstâncias desconhecidas lhe cause angústia.
IV. A condição de protagonista é construída no trecho sem o recurso de dotá-lo de estabilidade moral e do enobrecimento que caracterizam heróis tradicionais.
Assinale a alternativa correta.
( )Joaninha Vintém ficou “caidinha” por Cobra Norato. ( )Pajé-pato dá uma informação errada para Cobra Grande, a pedido da rainha Luzia. ( )A filha da rainha Luzia ia se casar com Boiuna. ( )Tatu-de-bunda-seca torna-se companheiro de aventura de Cobra Norato, após tirá-lo de um buraco.
Assinale a alternativa que relaciona a sequência CORRETA de V e F, de cima para baixo:
Pois é, compadre Siga agora o seu caminho
Procure minha madrinha Maleita diga que eu vou me casar [...]
No caminho vá convidando gente pro Caxiri grande
Haverá muita festa durante sete luas sete sóis Traga a Joaninha Vintém o Pajé-pato Boi-Queixume Não se esqueça dos Xicos Maria-Pitanga o João
Ternura
O Augusto Meyer Tarsila Tatizinha Quero o povo de Belém de Porto Alegre de São Paulo
– Pois então até breve, compadre Fico le esperando atrás das serras do Sem-fim
I. Em Cobra Norato o antropomorfismo do herói em cobra permite-lhe transitar pela floresta. II. Ao longo da narrativa, Cobra Norato vai cumprindo missões para aproximar-se da filha da rainha Luzia. III. O autor recorre a seres do imaginário amazônico para compor as aventuras de Cobra Norato.
Assinale a alternativa correta:
Observe os seguintes excertos do canto II, de Cobra Norato:
Começa agora a floresta cifrada
[...]
Aqui um pedaço de mato está de castigo
Arvorezinhas acocoram-se no charco
Um fio de água atrasada lambe a lama
[...]
Agora são os rios afogados
bebendo o caminho
[...]
– Agora sim
Vou ver a filha da rainha Luzia
Mas antes tem que passar por sete portas
Ver sete mulheres brancas de ventres despovoados
guardadas por um jacaré
[...]
Tem que entregar a sombra para o Bicho do Fundo
Tem que fazer mirongas na lua nova
Tem que beber três gotas de sangue
Assinale a alternativa CORRETA:
I. A narração em primeira pessoa é mediada por outras personagens, o padre e o jornalista, contratados por Paulo Honório para escrever suas memórias.
II. O narrador em primeira pessoa promove um aprofundamento psicológico de Paulo Honório e sua tomada de consciência perante a vida.
III. O tempo da história é o mesmo tempo dos acontecimentos, por isso a personagem se vê perdida em seus pensamentos, quase sempre confusos.
IV. O tempo dos acontecimentos é um elemento supérfluo, visto que o narrador não se preocupa em marcá-los de maneira objetiva, deixando-o em aberto.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
Amanheci um dia pensando em casar. Foi uma ideia que me veio sem que nenhum rabo de saia a provocasse. Não me ocupo com amores, devem ter notado, e sempre me pareceu que mulher é um bicho esquisito, difícil de governar.
A que eu conhecia era Rosa do Marciano, muito ordinária. Havia conhecido também a Germana e outras dessa laia. Por elas, eu julgava todas. Não me sentia, pois, inclinado para nenhuma: o que sentia era desejo de preparar um herdeiro para as terras de São Bernardo.
(RAMOS, G. São Bernardo. 28.ed. Rio de Janeiro: Record, 1977. p.54.)
Sobre a morte de Madalena, assinale a alternativa correta.
Leia o poema a seguir e responda à questão.
Plena Pausa
Lugar onde se faz Nenhuma página
o que já foi feito, jamais foi limpa.
branco da página, Mesmo a mais Saara,
soma de todos os textos, ártica, significa.
foi-se o tempo Nunca houve isso,
quando, escrevendo, uma página em branco.
era preciso No fundo, todas gritam,
uma folha isenta. pálidas de tanto.
(LEMINSKI, P. Toda poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p.185.)
I. O poema nega os elementos essenciais do movimento concretista e, portanto, destoa do clima geral do livro.
II. O poema apresenta o elemento metalinguístico como forma de reforçar a realidade psíquica do eu lírico.
III. O poema reforça a importância da página em branco enquanto parte integrante da significação poética.
IV. Orientalismo, concretismo e tropicalismo estão entre as principais referências formais da produção poética do escritor.
Assinale a alternativa correta.
Vamos, não chores. A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis carro, navio, terra. Mas tens um cão.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Consolo na praia. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 1989. p. 129.
Para o eu poético,
RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1979. p. 179-180.
Na percepção que constrói de si mesmo, o sujeito-narrador