Questões de Vestibular
Sobre advérbios em português
Foram encontradas 127 questões
“A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira coisa... e enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita.”
(Mario Quintana – Caderno H)
Relativamente ao texto, assinale a alternativa correta.
LÍNGUA FALADA POR APENAS 1.000 PESSOAS É DESCOBERTA NA ÍNDIA
Pesquisadores pensavam que idioma ´koro` era
dialeto da cultura aka.
Falantes moram no nordeste do país asiático.
Do G1, com informações da AP
Uma língua falada por apenas mil pessoas foi descoberta na Índia, conforme revelou o especialista David Harrison nesta terça-feira (6). Chamado ´Koro`, o idioma é usado no estado de Arunachal Pradesh, no extremo nordeste do país.
Os pesquisados da Swarthmore College, nos Estados Unidos, afirma que nem mesmo os falantes sabiam que o koro era uma língua totalmente distinta de qualquer outra. Anteriormente, acreditava-se que o idioma era apenas um dialeto aka, típico daquela região, na fronteira com a China e Mianmar.
Segundo Harrison, há 6.910 línguas documentadas no mundo, contando o koro. O idioma está ameaçado de cair no esquecimento, já que os jovens tendem a utilizar línguas mais comuns para garantir maior aceitação.
Composta por tribos que vivem da agricultura e da caça, a cultura aka é encontrada em um local de acesso restrito na Índia. Para chegar lá, os linguistas da instituição norte-americana precisaram passar por uma zona montanhosa.
A pesquisa da equipe de Harrison começou em 2008. Para o time, o inventário de sons em koro é completamente distinto da família aka. O mesmo vale para a formação das palavras, feitas a partir da combinação dos fonemas da língua recém-descoberta.
Os estudiosos, que receberam a ajuda do linguista Ganesh Murmu, especialista da Universidade Ranchi, na Índia, colocaram o koro dentro de um grupo de idiomas os quais estão o birmanês e o tibetano. A equipe ainda não sabe dizer como o koro sobreviveu até hoje. Os resultados do trabalho serão publicados na revista Indian Linguistics.
Sobre o texto, responda à questão.
Nesses clássicos, o espaço é menos uma “fronteira final” que uma sementeira psicológica em que os escritores plantam os frutos exóticos de maneiras de ser alternativas.
É correto afirmar que no enunciado acima os advérbios em negrito indicam:
TEXTO II
O texto II desta prova foi extraído do segundo capítulo da novela A indesejada aposentadoria, do escritor maranhense Josué Montello (*1917 — †2006). Contemporâneo dos escritores que fizeram o romance de 30, Montello enveredou por outro caminho: explorou a narrativa urbana. Escreveu uma das obras-primas da literatura brasileira: Os tambores de São Luís (1975). A novela A indesejada aposentadoria, de 1972, conta a história de Guihermino Pereira, um funcionário público, já nas vésperas de se aposentar.
Josué Montello. A indesejada aposentadoria.
Capítulo II, p. 11-14. Texto adaptado.
Leia o que se diz sobre a partícula “ali” — “Guihermino ali sentava às onze horas” (linha 85).
I. O advérbio “ali” (linha 85) tem dois possíveis antecedentes no parágrafo anterior.
II. Sendo “(n)a sua cadeira rotativa” (linha 79) o antecedente mais próximo de “ali”, o leitor poderá considerar essa expressão como o antecedente verdadeiro.
III. Nada obsta a que o antecedente de “ali” seja ”(a)a repartição” (linha 75), o que resultará em uma construção metonímica.
Está correto o que se diz em
O advérbio necessariamente, nas três ocorrências verificadas na passagem mencionada, equivale, pelo sentido, a:
Considere os usos de advérbios no texto e assinale com 1 aqueles em que o advérbio modifica o sentido de apenas uma palavra e com 2 aqueles em que modifica o sentido de segmentos textuais.
( ) Certamente (l. 06)
( ) menos (l. 15)
( ) mais (l. 34)
( ) talvez (l. 35)
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
O texto apresenta sentimentos de admiração de Ema por sua amiga Bárbara. Esses sentimentos transparecem na relação entre palavras.
Assinale a alternativa em que a reunião de advérbios e adjetivo expressa esse sentido de admiração de Ema por sua amiga.
Texto 1
Os teus olhos espalham luz divina,
a quem a luz do sol em vão se atreve;
papoila ou rosa delicada e fina
te cobre as faces, que são cor da neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
teu lindo corpo bálsamo vapora.
Ah! não, não fez o céu, gentil pastora,
para a glória de amor igual tesouro!
Graças, Marília bela,
graças à minha estrela!
(Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas)
Texto 2
Jerônimo levantou-se, quase que maquinalmente, e, seguido por Piedade, aproximou-se da grande roda que se formara em torno dos dois mulatos. Aí, de queixo grudado às costas das mãos contra uma cerca de jardim, permaneceu, sem tugir nem mugir, entregue de corpo e alma àquela cantiga sedutora e voluptuosa que o enleava e tolhia, como à robusta gameleira brava o cipó flexível, carinhoso e traiçoeiro.
E viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de ombros e braços nus, para dançar. A lua destoldara-se nesse momento, envolvendo-a na sua cama de prata, a cujo refulgir os meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito de serpente e muito de mulher.
(Aluísio Azevedo, O Cortiço, 1991)
Observe as passagens do texto:
– papoila ou rosa delicada e fina / te cobre as faces, que são cor da neve. (Texto 1);
– Ah! não, não fez o céu, gentil pastora, / para a glória de amor igual tesouro! (Texto 1);
– ... aproximou-se da grande roda que se formara em torno dos dois mulatos. (Texto 2);
– Aí, de queixo grudado às costas das mãos contra uma cerca de jardim... (Texto 2).
Na organização textual, as informações em destaque expressam, correta e respectivamente, sentido de:
História da pintura, história do mundo
(BATISTA, Domenico, inédito)
Os advérbios são uma classe de palavras que tem como finalidade modificar um verbo, um adjetivo, ou até mesmo um outro advérbio. Essa função de modificador faz com que o advérbio atribua uma circunstância ao termo que ele modifica.
A partir dessa afirmação, analise os enunciados a seguir:
I. “[...] algo bem brasileiro [...]” (linha 12). II. “[...] onde se localiza o Big Ben” (linha 22). III. “[...] podemos agir pateticamente [...]” (linha 34).IV. “Talvez até descobríssemos [...]” (linhas 52/53).
De acordo com o texto, os advérbios “bem”, “onde”,
“pateticamente” e “talvez”, nas passagens acima,
exprimem, respectivamente, as circunstâncias de:
Texto 1
O texto I é um excerto de Baú de Ossos (volume 1), do médico e escritor mineiro Pedro Nava. Inclui-se essa obra no gênero memorialístico, que é predominantemente narrativo. Nesse gênero, são contados episódios verídicos ou baseadas em fatos reais, que ficaram na memória do autor. Isso o distingue da biografia, que se propõe contar a história de uma pessoa específica.
(Pedro Nava. Baú de ossos. Memórias 1. p. 308 a
310.)
Leia o texto, para responder à questão.
Contra a mera “tolerância” das diferenças
Renan Quintanilha
“É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.
“Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.
“Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.
Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegemônica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.
Tolerar não deve ser celebrado e buscado nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.
Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.
Marcuse1 identificava dois tipos de tolerância: a passiva e a ativa. No primeiro caso, a tolerância é vista como uma resignação e uma omissão diante de uma sociedade marcadamente injusta em suas diversas dimensões. Por sua vez, no segundo caso, ele trata da tolerância enquanto uma disposição efetiva de construção de uma sociedade igualitária. Não é este, no entanto, o discurso mais recorrente da tolerância em nossos tempos.
Assim, quando alguém te disser que é preciso “tolerar” a liberdade das mulheres, os direitos das pessoas LGBT, a busca por melhores condições de vida das pessoas pobres, as reivindicações por igualdade material das pessoas negras, dentre outros segmentos vulneráveis, simplesmente não problematize esse discurso.
Admitir a existência do outro não significa aceitá-lo em sua particularidade como integrante da comunidade política. É preciso valorizar os laços mais profundos de reciprocidade e respeito pelas diferenças, o que só o reconhecimento, estágio superior da tolerância, pode ajudar a promover, como ensinou Axel Honneth2.
Diversidade é um valor em si mesmo e não depende da concordância dos que ocupam posições de privilégios. Direitos e liberdades não se “toleram”. Devem ser respeitados e promovidos, por serem conquistas jurídicas e políticas antecedidas de muitas lutas.
O que não se pode tolerar é o discurso aparentemente “benevolente” e “generoso” – mas na verdade bem perverso – da “tolerância das diferenças”. Ninguém precisa da licença de ninguém pra existir.
Disponível em:<http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/>
Às vezes, também (l. 4)
Ao estabelecer coesão entre os dois primeiros parágrafos, a palavra “também”, nesse contexto, expressa determinado sentido.
Considerando esse sentido, “também” poderia ser substituído pela seguinte expressão:
As palavras classificadas como advérbios agregam noções diversas aos termos a que se ligam na frase, demarcando posições, relativizando ou reforçando sentidos, por exemplo.
O advérbio destacado é empregado para relativizar o sentido da palavra a que se refere em:
Instrução: A questão toma por base uma passagem da Proposta Curricular do Estado de São Paulo (2008).
Prioridade para a competência da leitura e da escrita
A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo. O ser humano constitui-se assim um ser de linguagem e disso decorre todo o restante, tudo o que transformou a humanidade naquilo que é. Ao associar palavras e sinais, criando a escrita, o homem construiu um instrumental que ampliou exponencialmente sua capacidade de comunicar-se, incluindo pessoas que estão longe no tempo e no espaço.
Representar, comunicar e expressar são atividades de construção de significado relacionadas a vivências que se incorporam ao repertório de saberes de cada indivíduo. Os sentidos são construídos na relação entre a linguagem e o universo natural e cultural em que nos situamos. E é na adolescência, como vimos, que a linguagem adquire essa qualidade de instrumento para compreender e agir sobre o mundo real.
A ampliação das capacidades de representação, comunicação e expressão está articulada ao domínio não apenas da língua mas de todas as outras linguagens e, principalmente, ao repertório cultural de cada indivíduo e de seu grupo social, que a elas dá sentido. A escola é o espaço em que ocorre a transmissão, entre as gerações, do ativo cultural da humanidade, seja artístico e literário, histórico e social, seja científico e tecnológico. Em cada uma dessas áreas, as linguagens são essenciais.
As linguagens são sistemas simbólicos, com os quais recortamos e representamos o que está em nosso exterior, em nosso interior e na relação entre esses âmbitos; é com eles também que nos comunicamos com os nossos iguais e expressamos nossa articulação com o mundo.
Em nossa sociedade, as linguagens e os códigos se multiplicam: os meios de comunicação estão repletos de gráficos, esquemas, diagramas, infográficos, fotografias e desenhos. O design diferencia produtos equivalentes quanto ao desempenho ou à qualidade. A publicidade circunda nossas vidas, exigindo permanentes tomadas de decisão e fazendo uso de linguagens sedutoras e até enigmáticas. Códigos sonoros e visuais estabelecem a comunicação nos diferentes espaços. As ciências construíram suas próprias linguagens, plenas de símbolos e códigos. A produção de bens e serviços foi em grande parte automatizada e cabe a nós programar as máquinas, utilizando linguagens específicas. As manifestações artísticas e de entretenimento utilizam, cada vez mais, diversas linguagens que se articulam.
Para acompanhar tal contexto, a competência de leitura e de escrita vai além da linguagem verbal, vernácula – ainda que esta tenha papel fundamental – e refere-se a sistemas simbólicos como os citados, pois essas múltiplas linguagens estão presentes no mundo contemporâneo, na vida cultural e política, bem como nas designações e nos conceitos científicos e tecnológicos usados atualmente.
(Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa / Coord.
Maria Inês Fini. São Paulo: SEE, 2008. p. 16. Adaptado.)
A humanidade criou a palavra, que é constitutiva do humano, seu traço distintivo.
Considerando o contexto e o relacionamento sintático entre os elementos deste período do texto, verifica-se que humano é empregado como
Corrida - Prova 1 500 metros rasos
A prova dos 1 500 metros rasos, juntamente com a da milha (1 609 metros), característica dos países anglo-saxônicos, é considerada prova tática por excelência, sendo muito importante o conhecimento do ritmo e da fórmula a ser utilizada para vencer a prova. Os especialistas nessas distâncias são considerados completos homens de luta que, após um penoso esforço para resistir ao ataque dos adversários, recorrem a todas as suas energias restantes a fim de manter a posição de destaque conseguida durante a corrida, sem ceder ao constante assédio dos seus perseguidores.
[...] Para correr essa distância em um tempo aceitável, deve-se gastar o menor tempo possível no primeiro quarto da prova, devendo-se para tanto sair na frente dos adversários, sendo essencial o completo domínio das pernas, para em seguida normalizar o ritmo da corrida. No segundo quarto, deve-se diminuir o ritmo, a fim de trabalhar forte no restante da prova, sempre procurando dosar as energias, para não correr o risco de ser surpreendido por um adversário e ficar sem condições para a luta final.
Deve ser tomado cuidado para não se deixar enganar por algum adversário de condição inferior, que normalmente finge possuir energias que realmente não tem, com o intuito de minar o bom corredor, para que o companheiro da mesma equipe possa tirar proveito da situação e vencer a prova. Assim sendo, o corredor experiente saberá manter regularmente as suas passadas, sem deixar-se levar por esse tipo de artimanha. Conhecendo o estado de suas condições pessoais, o corredor saberá se é capaz de um sprint nos 200 metros finais, que é a distância ideal para quebrar a resistência de um adversário pouco experiente.
O corredor que possui resistência e velocidade pode conduzir a corrida segundo a sua conveniência, impondo os seus próprios meios de ação. Finalmente, ao ultrapassar um adversário, deve-se fazê-lo decidida e folgadamente, procurando sempre impressioná-lo com sua ação enérgica. Também deve-se procurar manter sempre uma boa descontração muscular durante o desenvolvimento da corrida, nunca levar a cabeça para trás e encurtar as passadas para finalizar a prova.
(http://treino-de-corrida.f1cf.com.br)