Questões de Vestibular Sobre colocação pronominal em português

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Foram encontradas 82 questões

Ano: 2017 Banca: UDESC Órgão: UDESC Prova: UDESC - 2017 - UDESC - Vestibular - Segundo Semestre (Manhã) |
Q1265320 Português
Assinale a alternativa incorreta tendo como base o Texto 5.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UDESC Órgão: UDESC Prova: UDESC - 2017 - UDESC - Vestibular - Segundo Semestre (Manhã) |
Q1265310 Português
Assinale a alternativa correta em relação à obra Esaú e Jacó, Machado de Assis, e ao Texto 2.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: UDESC Órgão: UDESC Prova: UDESC - 2018 - UDESC - Vestibular - Segundo Semestre (Manhã) |
Q1264821 Português

Analise as proposições em relação à obra Um lugar na janela 2: relatos de viagem, Martha Medeiros, e ao Texto 5.
I. Da leitura da obra, infere-se que a autora, nos seus relatos de viagem, quanto à linguagem, usa um estilo coloquial e simples, a exemplo, emprego dos vocábulos “fajuta” (linha 3) e “cutucavam” (linha 10). II. Depreende-se que a autora, na obra, além de registrar lugares que visitou, registrou, também, os próprios sentimentos e as emoções que as viagens lhe despertaram. III. O período “Me despedi da cidade” (linhas 16 e 17) apresenta, quanto à colocação pronominal, próclise, a única forma correta, de acordo com a norma culta e os padrões gramaticais. IV. Na estrutura “um calor que fazia gotejar todas as impurezas do meu corpo” (linha 18), tem-se a figura de linguagem aliteração. V. Do segmento “Chorava de felicidade, de solidão, de medo, de alegria, de orgulho, de susto” (linhas 11 e 12), infere-se a confusão de sentimentos e a dos motivos que deixaram a narradora em prantos.
Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2013 Banca: FATEC Órgão: FATEC Prova: FATEC - 2013 - FATEC - Vestibular |
Q1264771 Português
Leia o texto para responder a questão.

Aptidão
– Bom dia, Senhor Pacheco. Sente-se, por favor. Temos uma ótima notícia. Como o senhor deve saber, contratamos uma firma de psicomputocratas para fazer testes de aptidão nos dez mil empregados desta firma. Precisamos nos atualizar. Acompanhar os tempos.
 – Sim, senhor.
– Os dez mil testes foram submetidos a um computador, e os resultados estão aqui. O senhor é o primeiro a ser chamado porque o computador nos forneceu os resultados em rigorosa ordem alfabética.
– Mas o meu nome começa com P.
– Hum, sim, deixa ver. Pacheco. Sim, sim. Deve ser por ordem alfabética do primeiro nome, então. Este computador é de última geração. Nunca erra. Como é seu primeiro nome?
– Xisto.
– Bom, isso não tem importância. Vamos adiante. Vejo aqui pela sua ficha que o senhor está conosco há vinte e oito anos. Sempre na seção de entorte de fresos. O senhor nunca falhou no serviço, nunca tirou férias e já recebeu várias vezes nosso prêmio de produção.
– Sim, senhor.
– O senhor começou na seção de entorte de fresos como faxineiro, depois passou a assistente de entortador, depois entortador, e hoje é o chefe de entorte. Me diga uma coisa, o senhor nunca se sentiu atraído para outra função, além do entorte de fresos? Nunca achou que entortar não era bem sua vocação?
– Nunca, não senhor.
– Pois veja só! O computador nos revela que a sua verdadeira vocação não é o entorte de fresos e sim o bistoque de tronas! O senhor é um bistocador de tronas nato, segundo o computador. Não é fantástico? E ainda tem gente que critica a tecnologia. O senhor era um homem deslocado no entorte de fresos e não sabia. Se não fosse o teste, nunca ficaria sabendo. Claro que essa situação vai ser corrigida. O senhor, a partir deste minuto, deixa de entortar.
– Sim, senhor.
– Só tem uma coisa, Senhor Pacheco. Nossa firma não trabalha com tronas. Pensando bem, ninguém trabalha com tronas, hoje em dia.
– Olha, tanto faz. Eu estou perfeitamente satisfeito no entorte e faltam só vinte anos pra me aposentar...
 – Então a firma gasta um dinheirão para descobrir a sua verdadeira vocação e o senhor quer jogá-la fora? Reconheço que o senhor tem sido um chefe de entorte perfeito. Aliás, o computador não descobriu ninguém com aptidão para o entorte. Vai ser um problema substituí-lo. Mas não podemos contestar a tecnologia. O senhor está despedido. Por favor, mande entrar o seguinte e passe bem.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2003. Adaptado)
Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta sobre o trecho selecionado do texto.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UDESC Órgão: UDESC Prova: UDESC - 2017 - UDESC - Vestibular - Primeiro Semestre (Manhã) |
Q1264152 Português
Analise as proposições em relação à obra Lucíola, José de Alencar, e ao Texto 4.
I. Dígrafo é o encontro de duas letras para representar um só fonema. Nos vocábulos “Amanhã” (linha 3), “romper” (linha 3) e “passeios” (linha 8) ocorre dígrafo. II. No romance Lucíola, a protagonista, ainda que resgatada pelo amor de Paulo, continua a prostituir-se, levando, também, a irmã, Ana, à prostituição. III. Da leitura da estrutura “ Apesar da revelação da véspera” (linha 10), infere-se o momento em que Lúcia conta a Paulo sobre a troca do verdadeiro nome dela com o da amiga que morreu tísica, e que isso fez para aliviar o desgosto do pai, ao sabê-la prostituta. IV.Em “fizemos um dos mais belos passeios de que se pode gozar” (linhas 8 e 9) a preposição destacada não pode ser retirada, devido à regência, uma vez que é exigida pela palavra que a antecede. V. Nas estruturas “Quando me chamas assim” (linha 17) e “beijo que me envolve toda (linha 18), em relação à colocação pronominal, ocorre próclise, de acordo com a língua padrão culta, devido às partículas atrativas conjunção subordinada temporal e pronome relativo, sequencialmente.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UDESC Órgão: UDESC Prova: UDESC - 2017 - UDESC - Vestibular - Primeiro Semestre (Manhã) |
Q1264149 Português
Analise as proposições em relação à obra Nós, Salim Miguel, e ao Texto 3, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Os vocábulos “mesinha” (linha 3), “cachacinha” (linha 5) e “pedrinha” (linha 6) apresentam na sua formação o sufixo inh. Este sufixo designa a flexão de grau diminutivo e tem, geralmente, sentido conotativo para caracterizar a função expressiva da linguagem, nos entanto, nos segundo e terceiro vocábulos o sufixo perde esta função, adquirindo a pejorativa. ( ) As expressões “outros” (linha 1), “floresta encobrindo a casa” (linhas 9 e 10), “do comissário” (linha 11) e “desesperado” (linha 13) representam pontos obscuros para fechar com as personagens mascaradas nominalmente pelos pronomes. ( ) O clima de suspense, que a novela de Salim pretende passar, é reforçado pelos nomes das personagens – que são apenas nominados por pronomes, exceto o comissário Sr. Watson. ( ) Nas estruturas “não lhe parece” (linha 7), “o ranger da porta se abrindo e, sem conseguir identificá-las” (linhas 8 e 9) há, quanto à colocação pronominal, próclise, próclise e ênclise, sequencialmente; e na oração destacada o pronome pode estar, também, enclítico ou proclítico, de acordo com a língua culta e os padrões gramaticais. ( ) A leitura da obra leva o leitor a inferir que em “Espero que em pouco tempo os nós sejam desfeitos” (linha 12) e “mas nem ele conseguiu desfazer os nós” (linhas 14 e 15) o autor está se referindo aos embaraços, ao enigma do caso policial, que precisam ser esclarecidos; e quanto a Nós, o título da novela, alude à primeira pessoa do plural, e o autor usa a ambiguidade para reforçar o clima de suspense, e até sugerir que o leitor também se insira, ficcionalmente, no contexto, compondo o Nós.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
Alternativas
Ano: 2013 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2013 - UECE - Vestibular - Português - 1º Dia |
Q1260363 Português

Texto 1

O texto 1 desta prova é da autoria do intelectual cearense Gustavo Barroso, que nasceu em Fortaleza, no ano de 1888 e morreu no Rio de Janeiro, em 1959. Professor, jornalista, ensaísta, romancista, foi membro da Academia Brasileira de Letras. A obra À margem da história do Ceará, em dois volumes, foi seu último trabalho. É uma reunião de setenta e seis artigos e crônicas que falam exclusivamente sobre a história do Ceará entre 1608 e 1959. O texto transcrito abaixo foi extraído do segundo volume e, como vocês poderão ver, é um artigo sobre a obra do também cearense Manuel de Oliveira Paiva, Dona Guidinha do Poço. Servindo-se de uma pesquisa feita pelo historiador Ismael Pordeus, Gustavo Barroso fala do romance de Oliveira Paiva, mais especificamente, das relações entre essa obra literária e a verdade histórica que ela transfigura. 


Gustavo Barroso. À margem da história do Ceará. v. 2, 3 ed. p. 347-350. Texto adaptado.

Reflita sobre os enunciados transcritos e o que se diz sobre eles.


I. “estava eu de supor que contemplava na mendiga semitrôpega a figura central duma tragédia real e dum romance destinado a certa celebridade literária” (linhas 18-22). A construção sintática “estava eu de supor” não é comum no português brasileiro contemporâneo. Atualmente, evitaríamos esse torneio sintático e o reduziríamos: (Eu) estava supondo ou (Eu) supunha.

II. “O que até recentemente se não sabia sobre este livro notável é que não passa de uma história romanceada com a maior fidelidade possível aos elementos humanos, sociais e paisagísticos da realidade.” (linhas 26-30) A posição do pronome oblíquo átono em “até recentemente se não sabia sobre este livro notável” recebe o nome de apossínclise e está em desuso no português brasileiro contemporâneo. Nesse caso, se usaria a próclise: até recentemente não se sabia sobre este livro notável.

III. “Sua figura acurvada e encanecida me impressionava” (linhas16-17); “sem bulha nem matinada, dela se afastou” (linhas 41-42). Nesses casos, o enunciador emprega a próclise. No português do Brasil, atualmente, há preferência pela ênclise, assim sendo, hoje, esses enunciados teriam a seguinte estrutura: Sua figura acurvada e encanecida impressionava-me; sem bulha nem matinada, dela afastou-se.


Está correto o que se diz em

Alternativas
Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2017 - UNESP - Vestibular - Segundo Semestre |
Q815334 Português

Para responder à questão, leia a crônica “Seu ‘Afredo’”, de Vinicius de Moraes (1913-1980), publicada originalmente em setembro de 1953.

      Seu Afredo (ele sempre subtraía o “l” do nome, ao se apresentar com uma ligeira curvatura: “Afredo Paiva, um seu criado...”) tornou-se inesquecível à minha infância porque tratava-se muito mais de um linguista que de um encerador. Como encerador, não ia muito lá das pernas. Lembro-me que, sempre depois de seu trabalho, minha mãe ficava passeando pela sala com uma flanelinha debaixo de cada pé, para melhorar o lustro. Mas, como linguista, cultor do vernáculo¹e aplicador de sutilezas gramaticais, seu Afredo estava sozinho.

      Tratava-se de um mulato quarentão, ultrarrespeitador, mas em quem a preocupação linguística perturbava às vezes a colocação pronominal. Um dia, numa fila de ônibus, minha mãe ficou ligeiramente ressabiada2 quando seu Afredo, casualmente de passagem, parou junto a ela e perguntou-lhe à queima-roupa, na segunda do singular:

      – Onde vais assim tão elegante?

      Nós lhe dávamos uma bruta corda. Ele falava horas a fio, no ritmo do trabalho, fazendo os mais deliciosos pedantismos que já me foi dado ouvir. Uma vez, minha mãe, em meio à lide3 caseira, queixou-se do fatigante ramerrão4 do trabalho doméstico. Seu Afredo virou-se para ela e disse:

      – Dona Lídia, o que a senhora precisa fazer é ir a um médico e tomar a sua quilometragem. Diz que é muito bão.

      De outra feita, minha tia Graziela, recém-chegada de fora, cantarolava ao piano enquanto seu Afredo, acocorado perto dela, esfregava cera no soalho. Seu Afredo nunca tinha visto minha tia mais gorda. Pois bem: chegou-se a ela e perguntou-lhe:

      – Cantas? Minha tia, meio surpresa, respondeu com um riso amarelo:

      – É, canto às vezes, de brincadeira...

      Mas, um tanto formalizada, foi queixar-se a minha mãe, que lhe explicou o temperamento do nosso encerador:

       – Não, ele é assim mesmo. Isso não é falta de respeito, não. É excesso de... gramática.

      Conta ela que seu Afredo, mal viu minha tia sair, chegou-se a ela com ar disfarçado e falou:

      – Olhe aqui, dona Lídia, não leve a mal, mas essa menina, sua irmã, se ela pensa que pode cantar no rádio com essa voz, ‘tá redondamente enganada. Nem em programa de calouro!

      E, a seguir, ponderou:

      – Agora, piano é diferente. Pianista ela é!

      E acrescentou:

      – Eximinista pianista!

                                                                           (Para uma menina com uma flor, 2009.)


1 vernáculo: a língua própria de um país; língua nacional.

2 ressabiado: desconfiado.

3 lide: trabalho penoso, labuta.

4 ramerrão: rotina.

Observa-se no texto um desvio quanto às normas gramaticais referentes à colocação pronominal em:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: UFPR Prova: NC-UFPR - 2016 - UFPR - Vestibular |
Q814874 Português
Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal!
(Antônio Vieira, Sermão de Santo Antônio, em: .)
Vieira é um homem do século XVII. É possível detectar, no texto de Vieira, características da língua portuguesa que divergem de seu uso contemporâneo. Pensando nessa diferença entre o português atual e o português usado por Vieira, considere as seguintes afirmativas:
1. Diferentemente de hoje, o pronome pessoal oblíquo átono antecedia a negação.
2. O “porque” é empregado no texto como conjunção explicativa e sua grafia é a mesma usada atualmente. 3. A conjunção “ou” tem no texto um uso que não é o de alternância.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2016 - PUC - RS - Vestibular - Primeiro Semestre - 1º Dia |
Q761291 Português
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC-PR Órgão: PUC - PR Prova: PUC-PR - 2016 - PUC - PR - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q748111 Português

Observe a tirinha.

Imagem associada para resolução da questão

A fala da garota na tirinha explica-se porque o

Alternativas
Q590777 Português
                   
          O velho Lima

      O velho Lima, que era empregado – empregado antigo – numa das nossas repartições públicas, e morava no Engenho de Dentro, caiu de cama, seriamente enfermo, no dia 14 de novembro de 1889, isto é, na véspera da Proclamação da República dos Estados Unidos do Brasil.
      O doente não considerou a moléstia coisa de cuidado, e tanto assim foi que não quis médico. Entretanto, o velho Lima esteve de molho oito dias.
      O nosso homem tinha o hábito de não ler jornais e, como em casa nada lhe dissessem (porque nada sabiam), ele ignorava completamente que o Império se transformara em República.
      No dia 23, restabelecido e pronto para outra, comprou um bilhete, segundo o seu costume, e tomou lugar no trem, ao lado do comendador Vidal, que o recebeu com estas palavras:
      – Bom dia, cidadão.
      O velho Lima estranhou o cidadão, mas de si para si pensou que o comendador dissera aquilo como poderia ter dito ilustre, e não deu maior importância ao cumprimento, limitando-se a responder:
      – Bom dia, comendador.
      – Qual comendador! Chama-me Vidal! Já não há mais comendadores!
      – Ora essa! Então por quê?
      – A República deu cabo de todas as comendas! Acabaram-se!
      O velho Lima encarou o comendador e calou-se, receoso de não ter compreendido a pilhéria.
      Ao entrar na sua seção, o velho Lima sentou-se e viu que tinham tirado da parede uma velha litografia representando D. Pedro de Alcântara. Como na ocasião passasse um contínuo, perguntou-lhe:
      – Por que tiraram da parede o retrato de Sua Majestade?
      O contínuo respondeu num tom lentamente desdenhoso:
      – Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana?
      – Pedro Banana! – repetiu raivoso o velho Lima.
      – Não dou três anos para que isso seja República!

                                                  (Arthur Azevedo. Seleção de contos, 2014)

Assinale a alternativa em que a passagem está reescrita, de acordo os sentidos do original e com a norma-padrão de emprego e colocação de pronomes.
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Ano: 2010 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2010 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q577805 Português
Instrução: A questão  toma por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986).

                                                          O Bumba-Meu-Boi

Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi.
Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”.
Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumbameu-boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.

Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita:
                                 
                                  Não sou padre, não sou nada
                                  “Quem me ver estar dançando
                                  Não julgue que estou louco;
                                  Secular sou como os outros”.

Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo:
                                 
                                 “CAPITÃO – Eu te atiro, negro
                                                      Eu te amarro, ladrão,
                                                      Eu te acabo, cão.”

Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis:

                                     “CORO – Capitão de campo
                                                     Veja que o mundo virou
                                                     Foi ao mato pegar negro
                                                     Mas o negro lhe amarrou.

                                  CAPITÃO – Sou valente afamado
                                                     Como eu não pode haver;
                                                     Qualquer susto que me fazem
                                                     Logo me ponho a correr”.

(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.)
Quem me ver estar dançando. – Mas o negro lhe amarrou.
Nos dois versos acima, do exemplo de estrofes de um bumba-meu-boi recolhidas por Sívio Romero, as formas ver e lhe caracterizam um uso popular. Se se tratasse de um discurso obediente à construção formal em Língua Portuguesa, tais formas seriam substituídas, respectivamente, por:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: FGV Prova: FGV - 2014 - FGV - Vestibular - 1° Fase - Prova Tarde- 2015 |
Q539064 Português

    Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com a fita verde- amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar. E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão, achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.

– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.

– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?

– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.

(José Lins do Rego, Fogo Morto)

A colocação do pronome está adequada à situação comunicativa da narrativa literária, mas está em desacordo com a norma-padrão, na seguinte passagem do texto:
Alternativas
Ano: 2014 Banca: UniCEUB Órgão: UniCEUB Prova: UniCEUB - 2014 - UniCEUB - Vestibular - 2º Vestibular |
Q516011 Português
Texto para responder a questão.

                 Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro

                                       Oswald de Andrade
Leia o poema de Oswald de Andrade e assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Ano: 2014 Banca: UniCEUB Órgão: UniCEUB Prova: UniCEUB - 2014 - UniCEUB - Vestibular - 2º Vestibular |
Q516005 Português
Texto para responder a questão.

                        Diálogo de todo o dia

- Alô, quem fala?
- Ninguém. Quem fala é você que está perguntando quem fala.
- Mas eu preciso saber com quem estou falando.
- E eu preciso saber antes a quem estou respondendo.
- Assim não dá. Me faz o obséquio de dizer quem fala?
- Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.
- Isso eu sei, não precisava me dizer como novidade. Eu queria saber é quem está no aparelho.
- Ah, sim. No aparelho não está ninguém.
- Como não está, se você está me respondendo?
- Eu estou fora do aparelho. Dentro do aparelho não cabe ninguém.
- Engraçadinho. Então, quem está fora do aparelho?
- Agora melhorou. Estou eu, para servi-lo.
- Não parece. Se fosse para me servir já teria dito quem está falando.
- Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não  conhece o outro.
- Se eu conhecesse não estava perguntando.
- Você é muito perguntador. Pois se fui eu que telefonei.
- Não perguntei nem vou perguntar. Não estou interessado em conhecer outras pessoas.
- Mas podia estar interessado pelo menos em responder a quem telefonou.
- Estou respondendo.
- Pela última vez, cavalheiro, e em nome de Deus: quem fala?
- Pela última vez, e em nome da segurança, por que eu sou obrigado a dar esta informação a um desconhecido?
- Bolas!
- Bolas digo eu. Bolas e carambolas. Por acaso você não pode dizer com quem deseja falar, para eu lhe responder se essa pessoa está ou não aqui, mora ou não mora neste endereço? Vamos, diga
de uma vez por todas: com quem deseja falar?
…Silêncio.
- Vamos, diga: com quem deseja falar?
- Desculpe, a confusão é tanta que eu nem sei mais. Esqueci.
Tchau!

                                                                                                                            Carlos Drummond de Andrade
Assinale a alternativa que contém assertivas verdadeiras.
I - É predominante, em toda a crônica, o discurso direto.
II - Em “Me faz o obséquio de dizer quem fala?”, a forma correta, de acordo com a norma culta, seria “Faça-me o obséquio de dizer quem fala?”
III -Em “Bolas digo eu. Bolas e carambolas.”, há o emprego da linguagem denotativa.
Alternativas
Ano: 2012 Banca: FATEC Órgão: FATEC Prova: FATEC - 2012 - FATEC - Vestibular - Prova 1 |
Q382206 Português
O labirinto dos manuais

Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

- Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!

Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*?

Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!
No trecho do 5º parágrafo, observe que o cronista empregou um pronome para evitar a repetição de palavras.

Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?


Tendo por referência a gramática normativa, a alternativa em que os pronomes substituem corretamente, as expressões em destaque no Tentei ouvir as mensagens. A secretária ele disparou todas as mensagens, desde o início do
Alternativas
Q342203 Português
Se a personagem fosse enfática e dissesse: “... eu não reconheço o documento, eu não reconheço o documento...”, a oração repetida, de acordo com a norma padrão, assumiria a seguinte forma:

Alternativas
Ano: 2013 Banca: IF-SP Órgão: IF-SP Prova: IF-SP - 2013 - IF-SP - Vestibular |
Q341031 Português
                              Imagem 070.jpg

Substituindo-se a informação destacada no trecho – ... as organizações buscam soluções inovadoras... – por um pronome correspondente, o resultado gramaticalmente correto é o seguinte:
Alternativas
Ano: 2013 Banca: IF-SP Órgão: IF-SP Prova: IF-SP - 2013 - IF-SP - Vestibular |
Q341030 Português
                                Imagem associada para resolução da questão



Os sinônimos das expressões destacadas no trecho – O profissional que resolve problemas e ajuda as empresas a atingir resultados destaca-se, ganha reconhecimento e larga em vantagem na disputa por uma promoção. – estão apresentados corretamente em

Alternativas
Respostas
61: D
62: D
63: A
64: D
65: A
66: A
67: C
68: B
69: C
70: A
71: A
72: D
73: A
74: E
75: A
76: B
77: A
78: A
79: C
80: B