Questões de Vestibular
Sobre interpretação de textos em português
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Disponível em: www.metro.sp.gov.br. Acesso em: 25 set. 2013.
De acordo com as informações do texto, seu objetivo é
Para responder à questão , considere a tira abaixo.
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
está fechado:
"não há vagas
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
não fede
nem cheira
I. A recorrência das estruturas sintáticas funciona como um elemento de coesão textual e não interfere na formação do ritmo do poema.
II. O vocativo senhores é dirigido aos leitores e, ironicamente, aos poetas que produzem poemas que não fedem e não cheiram.
III. A frase “não fede nem cheira” está empregada em sentido conotativo e expressa uma ideia de indiferença.
IV. As aspas em “Não há vagas” são empregadas porque se trata de uma gíria utilizada no âmbito do mercado de trabalho.
É correto apenas o que se afirma em
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
está fechado:
"não há vagas
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
não fede
nem cheira
PORQUE II. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar.
A alternativa correta é:
O morto e agora desprendeu a cera-lustosa que tampava a panela-dodente e já a dor pernilonga os ouvidos ambicionando achegar novamente, ferroa, entojada, arrodeando, infla em fogo a bochecha, calafrios relampeiam o corpo moído, de frio curvase a noite azul, ronca a saparia, estrilam grilos, voejam brasas acesas de vagalumes, esconjuro de coruja, vasculha o vento as fantasmáticas árvores, em silêncio o balofo sargento perscruta, espia, fareja, arrulham as escassas águas do Rio Pomba ao longe, perfilados, ambos, o jipe estacado, acesos os faróis alumiam o mato, esfrega as mãos, atento aos mínimos gestos do superior, poderiam permanecer afundados no bem-bom da delegacia não fosse a ocorrência, duro renegar aqueles olhos estatelados, como se, escancarando-os, almejassem agarrar o sopro que se esvaía, e sequer uma nódoa de sangue, a lâmina da faca-de-picar-fumo penetrara com tamanha força na linha do coração que se emaranhara em músculos, tendões, ossos, obstruindo o sangramento, isso explicou o sargento, versado, e sondando vagos indícios buscam acossar o assassino (...)
Fonte: RUFFATO, Luiz. Vista parcial da noite. Rio de Janeiro: Record, 2011, p. 131.
Considerando a leitura do fragmento de O morto, é CORRETO afirmar que:
Capítulo II
Que abismo que há entre o espírito e o coração! O espírito do ex-professor, vexado daquele pensamento, arrepiou caminho, buscou outro assunto, uma canoa que ia passando; o coração, porém, deixou-se estar a bater de alegria. Que lhe importa a canoa nem o canoeiro, que os olhos de Rubião acompanham, arregalados? Ele, coração, vai dizendo que, uma vez que a mana Piedade tinha de morrer, foi bom que não casasse; podia vir um filho ou uma filha... – Bonita canoa! – Antes assim! – Como obedece bem aos remos do homem! – O certo é que eles estão no céu!
Fonte: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 1988, p. 13.
O capítulo apresenta reflexões do ex-professor Rubião sobre o “abismo que há entre o espírito e o coração”.
É CORRETO afirmar que no capítulo pode ser observado que:
9 A menina ao pai divorciado: - Pai. Me diga, pai. - Sim, filhinha. - Você já tem namorada? - Não, ainda não. - Sabe, pai... - O que é? -...minha mãe está livre.
27 O casal divorciado assim que a filha nasceu. Aos três anos, ela passa férias com o pai, morando noutra cidade. De volta, com a mãe, folheia um álbum de fotos. - Olha só, mãe. Esse aqui com você... Gritinho de espanto: - Ei, você conhece meu pai!
Fonte: TREVISAN, Dalton. Pico na veia. Rio de Janeiro: Record, 2008, p. 13 e 34.
Considerando-se os dois minicontos, assinale a opção CORRETA.
Pensatorto (1) Comprou, vendeu Vendeu, comprou Comprou e vendeu Vendeu e comprou Trocou o remédio E morreu.
Pensatorto (2) Era um cara assustado Assustado era o cara Ficou corajoso Se meteu numa briga E morreu.
Pensatorto (3) Contador era
Mas histórias não sabia nenhuma Um dia descobriu uma história Nunca mais foi contador.
Fonte: MAÇARANDUBA, Giordano. Todoeu. Goiânia: Trilhas Urbanas, 2008, p.58-60.
Nos poemas, nota-se um uso repetitivo das mesmas palavras, dos tempos verbais e das estruturas frasais que vão sendo reestruturadas.
Considerando a leitura dos três poemas Pensatorto, é CORRETO afirmar que tais recursos poéticos produzem um sentido de
I. Em: “Crenças e opiniões não são argumentos”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um aspecto de aparência de estado.
II. Em: “Jupiter é o maior planeta do sistema solar”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um estado permanente.
III. Em: “Crenças é uma ideia ou convicção que alguém aceita como verdade [...]”, o verbo destacado sugere, predominantemente, um aspecto permanente.
Assinale a alternativa CORRETA.
I. Em: “Eu tenho direito às minhas crenças” (1º parágrafo), as aspas marcam o discurso direto do aluno.
II. Em: “Não creio em bruxas, ainda que existam” (7º parágrafo), as aspas marcam a fala de Sancho Pança, estabelecendo intertextualidade, ou seja, o diálogo entre textos.
III. Em: “[...] passar debaixo de uma escada dá azar” (7º parágrafo), as aspas foram usadas para transcrever um dito popular, com o intuito de exemplificar uma crença que, de acordo com o autor, não pode ser provada.
Assinale a alternativa CORRETA.