Questões de Vestibular de Português - Morfologia
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TEXTO 4
Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma festa
onde o homem não mate
nem bicho nem homem
e deixe em paz
as árvores da floresta.
Procura-se algum lugar no planeta
onde a vida seja sempre uma dança
e mesmo as pessoas mais graves
tenham no rosto um olhar de criança.
MURRAY, Roseana. Disponível em https://www.orelhadelivro.com.br/livros
Em relação aos recursos de estilo no TEXTO 3, analise as afirmativas abaixo.
I. Os compositores optaram por empregar uma linguagem predominantemente denotativa, impessoal, o que comunga com o gênero em que se enquadra o TEXTO 3.
II. A seleção vocabular em pares como “varanda/descansa”, “fartos/fortes” e “sonhos/semeando” revela o emprego de figuras como aliteração e assonância, o que contribui para a sonoridade do texto.
III. No verso “Sonhos semeando o mundo real”, infere-se que os sonhos não se contrapõem à realidade; eles são importantes para a construção de um mundo mais justo.
IV. Uma interpretação possível para o TEXTO 3 é a de que o “Vilarejo” é uma metáfora de um lugar onde existam segurança e igualdade social.
V. Levando-se em consideração que o sufixo da palavra “Vilarejo” expressa uma ideia de pequeno tamanho, é um equívoco que nesse lugar não haja exclusão – “Toda a gente cabe lá”.
Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas
TEXTO 1
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA
(1) Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal – o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. Mas Lewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como “As Crônicas de Nárnia”.
(2) Em um universo completamente mágico e original, C.S. Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis. “As Crônicas de Nárnia” é um conjunto de histórias que abrangem diversas épocas dentro de um cenário repleto de castelos, membros da realeza, guerreiros, criaturas fantásticas, feiticeiras e uma mitologia bem extensa.
(3) O autor buscou uma forma de elaborar a história da Bíblia em um contexto original e inspirado no livro sagrado, de modo que até mesmo quem não concorda com os seus preceitos e ensinamentos sinta interesse em iniciar a sua leitura. Além disso, há também referências claras às mitologias grega e nórdica e aos contos de fada, além da inserção de seres icônicos como o Papai Noel. Desde o Gênese ao Apocalipse, Nárnia vivencia muitos períodos, nos quais questões muito diferentes são abordadas. Entretanto, há um elemento comum em todos os livros: os papéis principais são dados a crianças. São esses pequenos heróis que se descobrem grandes salvadores e se sentem no dever de lutar para proteger a terra que tanto amam e que depende deles.
(4) A oposição entre Aslam e Tash começa a ganhar força no decorrer da cronologia dos livros, sempre camuflada em um contexto de conflitos por terras e guerras entre reinos. Em “A Última Batalha”, é citado que Aslam remete ao bem e Tash, ao mal. Qualquer um que estiver seguindo a um dos dois e praticar o bem estará, na verdade, seguindo a Aslam. Se for o oposto, estará seguindo a Tash. Ambos são os contrastes de atitudes boas e ruins que podem ser cometidas de acordo com o caráter, o comportamento e as escolhas de cada um.
(5) No geral, os personagens de mais destaque em toda a obra são: Aslam, Digory Kirke, Polly Plummer, A Feiticeira Branca, Pedro Pevensie, Susana Pevensie, Edmundo Pevensie, Lucy Pevensie, Sr. Tumnus, Os Castores, Caspian X, Ripchip, Trumpkin, Shasta, Aravis, Eustáquio Mísero, Jill Pole, Brejeiro, Rilian, Confuso, Manhoso, Tirian e Tash. Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos em uma obra que é considerada essencial na vida de uma criança, mas que também pode ser apreciada por pessoas de qualquer faixa etária.
[...]
LIMA, Victor. Disponível em:
TEXTO 2
As assertivas a seguir se referem aos TEXTOS 1 e 2. Analise-as
I. O TEXTO 2 remete explicitamente ao objeto temático do TEXTO 1 – “As Crônicas de Nárnia”. Assim, considerando-se o título do livro “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa” (1º parágrafo do TEXTO 1), verifica-se que, no TEXTO 2, a referência à obra de Lewis é feita também por elementos não verbais.
II. Entre os dois períodos do TEXTO 2 há uma relação semântica de causa e consequência. Situação semelhante ocorre em “Cada um possui uma personalidade bastante distinta do outro e todos apresentam características que os tornam originais e clássicos [...].” (5º parágrafo do TEXTO 1).
III. Em “Estou indo para Nárnia!” (TEXTO 2), a preposição “para” indica que a personagem irá permanentemente para lá, ao passo que “Estou indo a Nárnia!” expressa a ideia de que a ida não é definitiva, ou seja, pressupõe-se a intenção de que haja uma volta.
IV. Em “Lewis conduz a terra de Nárnia desde a sua criação até o seu fim em sete livros incríveis.” (2º parágrafo do TEXTO 1), verifica-se um desrespeito à regência verbal. Segundo a norma culta, deveria ser “Lewis conduz à terra de Nárnia [...]”.
V. Com base nas informações contidas no TEXTO 1, é possível se inferir que, no TEXTO 2, a personagem sente-se insatisfeita com a realidade do mundo em que está inserida. Por essa razão, está fugindo para Nárnia, um lugar mágico e original.
Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas
Excerto de Folha Universal, 16 de agosto de 2015, pp. 4 a 5.
Leia os provérbios (itens A e B) e a citação (item C) abaixo.
A. “A palavra é prata, o silêncio é ouro.”
B. “Os sábios não dizem o que sabem, os tolos não sabem o que dizem.”
C. “Há coisas que melhor se dizem calando.” (Machado de Assis)
Com base na leitura acima, assinale a proposição CORRETA.
No provérbio (B) as orações “o que sabem” e “o que dizem” funcionam como adjetivos que
caracterizam, respectivamente, os sábios e os tolos.
Com base no texto 3 e no romance Memórias de um Sargento de Milícias e levando em consideração o contexto do Romantismo brasileiro, marque a proposição CORRETA.
Nas linhas 1, 6 e 8, observa-se a anteposição de uma vírgula à conjunção “e”. Segundo
as regras atuais de pontuação, essas vírgulas poderiam ser omitidas, porque em cada
caso o sujeito da oração introduzida por “e” é o mesmo da oração anterior.
Nota: O texto 1 contém trechos da carta, datada de 1º de maio de 1500, que Pero Vaz de Caminha
escreveu ao rei D. Manuel, relatando os primeiros contatos com a terra e os habitantes do que viria a
ser o Brasil. O texto foi adaptado para a ortografia atual. O texto 2, extraído de uma reportagem de
revista, trata de Chiloé, um arquipélago no sul do Chile.
Considerando a variedade padrão escrita da língua portuguesa, marque a proposição CORRETA relativamente aos textos 1 e 2.
No trecho “E eram de madeira, e das ilhargas de tábuas, e cobertas de palha, de razoável
altura; e todas de um só espaço, sem repartição alguma” (texto 1, linhas 9-11), ocorre um
polissíndeto, que é o emprego repetido de uma conjunção coordenativa.
Nota: O texto 1 contém trechos da carta, datada de 1º de maio de 1500, que Pero Vaz de Caminha
escreveu ao rei D. Manuel, relatando os primeiros contatos com a terra e os habitantes do que viria a
ser o Brasil. O texto foi adaptado para a ortografia atual. O texto 2, extraído de uma reportagem de
revista, trata de Chiloé, um arquipélago no sul do Chile.
Considerando a variedade padrão escrita da língua portuguesa, marque a proposição CORRETA relativamente aos textos 1 e 2.
O advérbio “acerca” (texto 1, linha 3) também pode ser usado para indicar tempo
decorrido, como em “Ele saiu acerca de duas horas”.
I. Foi empregado na acepção de sem graça, desinteressante, monótono.
II. Foi empregado no seu sentido literal, não figurado.
III. A mudança da posição desse adjetivo para depois do substantivo não alteraria o significado do substantivo.
Está correto o que se afirma somente em
I. A preposição de, sozinha, sem contração, como é usada nesse título, generaliza o substantivo, no caso do texto, colégio.
II. A contração da preposição de com o pronome demonstrativo aquele, que resultaria em daquele, manteria inalterado o sentido do título.
III. A introdução, no título do texto, do artigo definido o, que resultaria em do, alteraria o sentido do título.
Está correto o que se diz apenas em
A partir da leitura do texto 10 e do romance Iracema, e considerando o contexto do Romantismo brasileiro, assinale a proposição CORRETA.
A adjetivação abundante (“ardente chama”; “intenso fogo”; “tépido ninho”; “vivos rubores”) é
uma importante característica da prosa romântica, que será mais tarde evitada por escritores
realistas.
Ainda considerando o texto 4, assinale a proposição CORRETA.
A preposição para indica direção nas duas ocorrências sublinhadas no texto (linhas 5 e 9).
Ainda considerando o texto 4, assinale a proposição CORRETA.
A conjunção enquanto (linha 4) expressa, simultaneamente, as noções de ao mesmo tempo
em que e ao passo que.
( ) Da leitura do período “Mas me amavam e acreditaram em mim” (linha 9), infere-se que os familiares, mesmo surpresos e duvidosos com a notícia, deixaram que o amor fosse mais forte que a dúvida.
( ) Em “Mas me amavam” (linha 9) e “Beijou-me na testa” (linha 12), quanto à colocação pronominal, têm-se próclise e ênclise, sequencialmente, porém, na segunda oração, o pronome pode estar também proclítico e, mesmo assim, mantém-se a língua culta e a correção gramatical.
( ) No período “Minha filha pediu que o descrevesse, pediu que o desenhasse e que o pintasse com todas as cores” (linhas 9 e 10) as palavras destacadas são, sequencialmente, na morfossintaxe, pronome pessoal/ objeto direto; pronome pessoal/objeto direto; pronome pessoal/objeto direto e artigo definido/adjunto adnominal.
( ) A estrutura “Sei que era um beija-flor feito os de antigamente” (linha 19) revela que o beija-flor, devido ao avanço da civilização, sofreu mutações e portanto diferente do beija flor conhecido em outra época.
( ) O verbo aspirar em “aspiraram as flores” (linha 21), quanto à regência, classifica-se como transitivo direto e o vocábulo flores, sintaticamente, é objeto direto. Substituindo-se o objeto direto pelo pronome pessoal oblíquo tem-se: aspiraram-nas.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
I. Da leitura da estrutura “De manhã reuni a família ao redor da mesa do café e disse: Gente, vou contar uma coisa importante e vocês precisam acreditar em mim” (linhas 2 e 3), inferese a importância da notícia a ser dada, a relevância do que iria ser dito.
II. Da leitura da estrutura “E de repente” (linha 6), infere-se o tom do suspense, do inesperado quanto ao visitante que chega - o beija-flor.
III. No período “Mas o dia me pareceu tão novo gue parei para olhar.” (linhas 5 e 6) a palavra destacada pode ser substituída pela conjunção porque e, mesmo assim, mantém-se o sentido original no texto.
IV. Da leitura da crônica constata-se que, embora a aparição do beija-flor causasse espanto, os amigos e os empregados acreditaram e apoiaram as declarações de Marina.
V. Em “Era de madrugada” (linha 5) o verbo destacado é impessoal e, portanto, tem-se uma oração sem sujeito.
Assinale a alternativa correta.
( ) Em “Onde já se viu favelado com estas finezas?” (linha 7) as palavras destacadas são, na morfologia, sequencialmente, pronome interrogativo, advérbio, conjunção subordinada integrante, preposição e pronome demonstrativo.
( ) A obra retrata que Carolina era uma mulher forte, com planos e objetivos determinados e que em momento algum, durante o período em que viveu na favela, deixou-se abater pela pobreza e pelas dificuldades encontradas.
( ) Da estrutura “ A unica coisa que eles querem saber são os nomes e os endereços dos pobres” (linhas 22 e 23) percebe-se a crítica de Carolina em relação à assistência social aos necessitados, uma crítica aos órgãos governamentais assistencialistas para quem deles precisa.
( ) Da leitura do período “vende eu para a Dona Julita, porque lá tem comida” (linha 16), infere-se que a maior necessidade da família de Carolina é a sobrevivência, e que a maior mazela da classe social, a que Carolina pertence, é a fome.
( ) Em “Eu hoje estou triste” e “Estou nervosa” (linha 1) as duas orações, quanto à sintaxe, têm predicado nominal, e as palavras destacadas são predicativo do sujeito.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
I. Da leitura da obra, percebe-se que a escritora emprega uma linguagem que ora se aproxima da oralidade, a exemplo “viludo” (linha 13), por não ter concluído o ensino básico; ora faz uso de palavras mais cultas como “ostenta” (linha 12) e “propalado” (linha 20), evidenciando o conhecimento de suas leituras.
II. Da leitura da obra, infere-se que Carolina não gostava de dias chuvosos, uma vez que nestes dias não conseguia catar papelão, outros materiais e, consequentemente, eram dias em que não obtinha dinheiro para o sustento dela e da família.
III. No período “ - Mamãe, vende eu para a Dona Julita” (linha 16) a palavra destacada é, na morfossintaxe, substantivo e sujeito.
IV. A obra pertence ao gênero “diário”, está em 1a pessoa, e registra, entre 1955 e primeiro de janeiro de 1960, a vida de Carolina, dos filhos dela e de outras pessoas que viviam na favela do Canindé (SP).
V. No período “Tem uns metais e um pouco de ferro que eu vou vender no Seu Manuel" (linhas 4 e 5) destacou-se o personagem que juntamente com Raimundo, um belo cigano, e também Orlando, um corajoso nortista, disputavam o amor de Carolina e com ela desejavam casar.
Assinale a alternativa correta.
( ) Na estrutura “um pequeno crânio de uma brancura de çal” (linha 5) a palavra destacada, quanto ao gênero, é classificada feminina, por referir-se à cor, quando ela se referir ao óxido de cálcio, substância química, ela será classificada masculina.
( ) No período “Soltou uma baforada final: Não deixem a porta aberta senão meu gato foge” (linhas 11 e 12) a oração destacada, sintaticamente, é classificada subordinada substantiva apositiva, uma vez que está exercendo a função de um aposto para o termo substantivado - final.
( ) Na oração “sentei meu urso de pelúcia em cima do travesseiro" (linhas 16 e 17) tem-se, quanto à sintaxe, sujeito desinencial/elíptico e, em relação às expressões destacadas, objeto direto, adjunto adnominal e adjunto adverbial, sequencialmente.
( ) A oração “a lâmpada fraquíssima que pendia de um fio solitário” (linha 18) contribui para a criação de uma atmosfera sombria, nebulosa que é desfeita pela lâmpada de 200 velas - “O quarto ficou mais alegre” (linhas 19 e 20).
( ) Os adjetivos “fraquíssima” (linha 18) e Raríssimo ” (linha 24), quanto à flexão de grau, encontram-se na forma sintética - superlativo absoluto sintético, para estabelecer a relação de simetria entre a luminosidade e o anão.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.