Questões de Vestibular de Português - Morfologia
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( ) As palavras “brancura” (linha 5), “Telefone” (linha 9), “amarrotada” (linha 15), “desatarraxar” (linha 18), quanto ao processo de formação das palavras, são, respectivamente, constituídas por sufixação, hibridismo, parassíntese e prefixação e sufixação.
( ) A leitura do conto leva o leitor a inferir que entre as duas protagonistas universitárias há contraponto, a que faz Medicina é lógica, racional e decidida; enquanto a que cursa Direito é medrosa, insegura, imaginativa. Enquanto uma é razão a outra é emoção, intuição.
( ) A narrativa retrata a figura de um anão, inconsistente pela imagem não definida, que perpassa o conto com uma presença sem corpo - fantasmagórica, materializando-se no desfecho do conto.
( ) Da leitura do conto, pressupõe-se que o sótão também representa um personagem, uma vez que lhe são atribuídas, simbolicamente, algumas ações: pensa, guarda lembranças e decide.
( ) Da leitura da obra, infere-se que em alguns contos, tal como ocorre em As formigas, há um vaivém entre a representação do mundo real e a do ficcional, assim a autora vai construindo as suas narrativas, em que o fantástico e o sobrenatural parecem dialogar com a materialidade.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação ao conto As formigas, Lygia Fagundes Telles, e ao Texto 2.
I. No conto, o tempo é marcado pelas madrugadas preocupantes e pela presença das
formigas. A narrativa ocorre no breve espaço temporal de três noites (curta permanência
das universitárias na casa sinistra). Assim a estrutura alegórica noturna contribui, também,
para propiciar à narrativa um clima mais sombrio, visguento, acentuando a atmosfera
sobrenatural.
II. Na oração ‘‘só vocês é que vão usar” (linha 8) a palavra destacada é invariável, pode ser
substituída por somente, sem que ocorra alteração de sentido, no texto.
III. No texto há predominância do discurso indireto, pois há um narrador onisciente de todos
os sentimentos, pensamentos, falas e reações das personagens.
IV. A linguagem, no conto, está carregada de simbologia existente na imaginação, em especial
da estudante de Direito, e, assim, a autora utiliza-se de climas ambíguos, figuras retóricas,
sentenças premonitórias e outros recursos estilísticos para acentuar o clima do fantástico.
V. As palavras “miudinhos” (linha 1), “dentinhos” (linha 6) e “caixotinho” (linha 21) apresentam
o mesmo sufixo -inho, que indica o grau diminutivo das palavras. Nos dois primeiros
vocábulos o sufixo é usado com o sentido de mostrar a diminuição, enquanto no terceiro
ele é usado com o sentido pejorativo, desprezo.
Assinale a alternativa correta.
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
-Eu soubesse repor
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!
I. Da leitura do poema, reforçado pelo verso “As mais puras alegrias de tua infância”, inferese que os momentos alegres da infância ajudam a curar as mágoas.
II. No verso “Quero apenas contar-te a minha ternura” a palavra destacada, quanto à morfologia, é conjunção temporal, logo pode ser substituída por antes que, pois não há prejuízo quanto à sintaxe e ao sentido, no poema.
III. O sinal de pontuação, travessão ( - ), no verso “-Eu soubesse repor-”, é usado para enfatizar o caráter dissonante e confuso do sentimento que o poeta nutre pelo ser amado e sinalizar a poeticidade.
IV. Da leitura do poema, infere-se que o título do poema traduz a impossibilidade do ato de ternura a que o poeta - eu lírico, se propõe, como também justifica o distanciamento do eu-lírico da mulher amada.
V. Na obra Melhores poemas a maior parte dos poemas apontam características da escola romântica como nacionalismo, valorização da língua - uso da linguagem coloquial e valorização da natureza, além de algumas tragédias de amor não correspondido.
Assinale a alternativa correta.
Trata-se de um homem. Esse homem tinha consciência de sua importância. Enfrentava muitos obstáculos.
I. É um substantivo concreto que indica a penugem dos pássaros.
II. É um substantivo abstrato, que se refere aos sofrimentos humanos, mas também à compaixão e à piedade.
III. É ambíguo: o poeta joga com as duas acepções apresentadas.
É correto o que se afirma em
Ficha técnica do texto “Comunicação e
alteridade”:
Associação Imagem Comunitária
Concepção: Beatriz Bretas, Samuel Andrade e
Victor Guimarães
Redação: Victor Guimarães
I. Os vocábulos processo e produção são substantivos abstratos.
II. A expressão preposicionada de produção [...] relaciona-se com o substantivo processo, completando-lhe o sentido; o mesmo acontece entre as expressões preposicionadas das identidades e das diferenças e o substantivo produção.
III. A expressão de produção deve ser classificada como complemento do vocábulo processo; enquanto as expressões das identidades e das diferenças, como complemento indireto (objeto indireto) do verbo envolver (envolve). Esse verbo tem como complemento direto (objeto direto) “muitos conflitos”.
Está correto o que se diz em
I. Os gramáticos modernos distinguem os advérbios frásicos (aqueles advérbios que modificam um elemento da frase, como em Ele correu muito.) dos advérbios extrafrásicos (aqueles que são exteriores à frase, estão no âmbito da enunciação, como em Ele, naturalmente, passou de primeira, não foi?). Esse segundo grupo congrega os advérbios avaliativos, isto é, que indicam uma avaliação do enunciador acerca do conteúdo enunciado. No texto em estudo, temos um advérbio frásico na linha 61: “sempre”; e um advérbio extrafrásico na linha 62: “infelizmente”.
II. Na expressão “os três prudentes macaquinhos orientais” (linhas 57-58), o artigo definido “os” confere a “três macaquinhos orientais” o status de informação conhecida.
III. O texto 2 da prova, embora constitua apenas um excerto do parágrafo original, apresenta a estrutura paragráfica canônica: tópico frasal ou introdução, desenvolvimento e conclusão.
Está correto o que se diz em
I. Estaria de acordo com os ensinamentos da gramática normativa o acréscimo de duas vírgulas ao enunciado: Ou by serendipity, como dizem os ingleses quando, na caça a um tesouro, se tem a felicidade de deparar com outro bem, mais precioso ainda. II. A regra que ampara o emprego das vírgulas acrescentadas é a seguinte: Separa-se com vírgulas o adjunto adverbial deslocado ou intercalado. III. Haveria diferença de sentido e de classe gramatical se mudássemos a posição da vírgula em “a felicidade de deparar com outro bem, mais precioso ainda”, que passaria a “felicidade de deparar com outro, bem mais precioso ainda”. Na estrutura do texto, bem é um substantivo, e a expressão tem o seguinte sentido: deparar com outra coisa que não é um tesouro, porém é mais precioso do que um tesouro. Na estrutura modificada – com outro, bem mais precioso ainda”, bem seria um advérbio, e a expressão teria o seguinte sentido: deparar com outro tesouro bem mais precioso do que aquele que se procurava.
Está correto o que se diz em
I. O emprego do vocábulo casa sem a determinação do artigo definido, como acontece no texto, indica que a casa é da pessoa que fala.
II. A introdução do artigo definido antes do substantivo casa – garagem da casa – indicaria não só que o falante não é o proprietário da casa, ou pelo menos não a habita, mas também que o referente casa, representado no texto pelo vocábulo casa, já aparecera no texto, portanto não seria novo para o leitor.
III. A introdução do artigo indefinido um antes do substantivo casa – garagem de uma casa – indicaria que o referente casa, representado pelo vocábulo casa, ainda não aparecera no texto, portanto seria novo para o leitor.
Está correto o que se diz em
LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.
Texto 3
O meu guri
Texto 3
O meu guri
O poeta faz um trocadilho, nos quatro primeiros versos, entre “rebento” e “rebentar”. Sobre esse trocadilho, marque com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Entre o substantivo “rebento” e o verbo “rebentar”, há um parentesco etimológico, ou seja, eles pertencem a uma mesma família de palavras, são cognatos. Foi esse parentesco que ensejou o trocadilho.
( ) O verbo “rebentar” tem muitas acepções, que variam de acordo com o contexto linguístico em que é inserido. Pode significar estourar, explodir; arruinar, destruir; levar à exaustão; brotar, jorrar (uma nascente). O substantivo “rebento”, que tem a mesma forma de uma das flexões do verbo “rebentar” (eu rebento), pode significar fruto, produto; filho, descendente. O poeta, aproveitando-se da aproximação formal e semântica das duas palavras, dá ao nascimento do “meu guri” sentido mais negativo do que positivo.
( ) ”Rebentar” e “arrebentar” são formas variantes, isto é, têm o mesmo significado. Assim sendo, o prefixo a(r), empregado na construção de “arrebentar”, tem o sentido de negação.
( ) Quando o filho nasceu, a mãe achou que aquele acontecimento era uma bênção.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
I. Modifica o processo expresso pela forma verbal resistiu. II. Contribui significativamente para traçar o perfil da personagem “filho”. III. Mantém relação semântica com o trecho Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher amargurada (linhas 33- 35).
Está correto o que se declara
Contextualização para o texto III
(Ronald de Carvalho foi um dos escritores brasileiros que tiveram participação ativa na famigerada Semana de Arte Moderna, na qual pronunciou a conferência intitulada “A pintura e escultura moderna no Brasil”. Era um poeta de tendência conservadora, “indeciso entre o Simbolismo e o Parnasianismo”, conforme diz Agripino Grieco e como denunciam suas duas primeiras obras — Luz Gloriosa e Poemas e sonetos. Em 1922, porém, publica Epigramas Irônicos e Sentimentais, onde se pode encontrar uma teoria do verso moderno. Segundo Júlio de Carvalho, Ronald de Carvalho mostra, nessa obra, haver adquirido “consciência de que o poeta rompe em cada poema com uma série de códigos: o da língua, o da arte poética, etc.”.)Ronald de Carvalho foi um dos escritores brasileiros que tiveram participação ativa na famigerada Semana de Arte Moderna, na qual pronunciou a conferência intitulada “A pintura e escultura moderna no Brasil”. Era um poeta de tendência conservadora, “indeciso entre o Simbolismo e o Parnasianismo”, conforme diz Agripino Grieco e como denunciam suas duas primeiras obras — Luz Gloriosa e Poemas e sonetos. Em 1922, porém, publica Epigramas Irônicos e Sentimentais, onde se pode encontrar uma teoria do verso moderno. Segundo Júlio de Carvalho, Ronald de Carvalho mostra, nessa obra, haver adquirido “consciência de que o poeta rompe em cada poema com uma série de códigos: o da língua, o da arte poética, etc.”.)
TEXTO III
( ) Os dois primeiros versos têm valor de afirmação. ( ) O texto pode ser considerado um metapoema. ( ) As aspas usadas nos versos 3 e 4 (Linhas 181-183) e nos versos 15 e 16 (Linhas 195- 197) justificam-se por corresponderem esses versos às vozes do outro. ( ) O emprego do mas no verso 6 (Linha 185) introduz uma oposição: a voz do poeta modernista opõe-se à voz do poeta parnasiano. ( ) O sujeito lírico desautoriza a palavra do poeta parnasiano, usando uma palavra semelhante à desse poeta. ( ) o enunciador fala ao enunciatário, que é o poeta passadista, na segunda pessoa do singular.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
( ) No primeiro quadrinho, a redução da forma verbal apresenta marcas da oralidade. ( ) No segundo quadrinho é atribuído à palavra “graça” o conceito de estatura, tendo em vista o sufixo usado. ( ) No terceiro quadrinho, o contexto discursivo define os efeitos de sentido de humor criados entre a imagem e a palavra.
Marque a alternativa correta.
Leia o enunciado a seguir e responda à questão.
“Um comediante popular, como Tom
Cavalcante, costuma dizer que a diferença
está no uso da voz, não na idade da piada.”
(linhas 16-18)
Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).
I - O artigo indefinido usado em “Um comediante” assume no contexto função semântica valorativa.
II - O termo “não”, no enunciado, foi usado como formador de sentido e funciona como recurso argumentativo.
III - O termo “como”, no enunciado, foi usado para produzir um efeito de relação conformativa.
TEXTO
CIDADE SEM LUZ
(Olavo Drummond. O vendedor de
estrelas. Contos.)
Assinale a alternativa INCORRETA a respeito dessa palavra e de seu uso no texto.
TEXTO
CIDADE SEM LUZ
(Olavo Drummond. O vendedor de
estrelas. Contos.)
( ) Os verbos “espalhar” e “topar”, empregados na terceira pessoa do singular, indicam que a narrativa é feita em terceira pessoa, por um narrador não personagem. ( ) O emprego do advérbio agora, um elemento que indica a posição do falante, sugere um narrador que se imiscui nos fatos narrados. ( ) Os vocábulos esta e assim, na medida em que são próprios do discurso direto, parecem misturar a fala do narrador com a fala da personagem. ( ) O uso do advérbio ali indica o distanciamento do narrador em relação à cena enunciativa.
A sequência correta, de cima para baixo, é
Leia o TEXTO 3 e responda à questão.
TEXTO 3
Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém, em função de crença ou de não ter religião, são crimes inafiançáveis e imprescritíveis.
Disponível em: <http://juventudeespirita.tumblr.com/post/96974768531/intoler%C3%A2ncia-religiosa-
%C3%A9-crime-de-%C3%B3dio-e-fere-a>