Questões de Vestibular de Português

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Q1399899 Português

A primeira Terra

O verdadeiro Pai Ñamandu, o primeiro,            

seu leito na Terra para si mesmo concebendo,

 com o saber contido em seu ser-de-céu,          

 e sob o sol de seu lume criador,                       

fez com que da ponta de seu cetro                 

 fosse surgindo a Terra.                                     

MBYA GUARANI. In: COHN, S. Poesia.br:

cantos ameríndios. Rio de Janeiro:

Azougue, 2012 (fragmento).


O registro escrito de cantos indígenas contribui para preservar memórias de culturas ameaçadas. Nesse canto guarani, o tema mostra-se culturalmente relevante na medida em que expressa uma
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Q1399898 Português

Anedota búlgara

Era uma vez um czar naturalista

 que caçava homens.                   

    Quando lhe contaram que também

    se caçam borboletas e andorinhas

 ficou muito espantado                 

e achou uma barbaridade.

ANDRADE, C. D. Alguma poesia. São Paulo: Cia. das Letras, 2013.

A ironia do fato narrado no poema manifestase na

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Q1399897 Português

    Faz dois anos que Madalena morreu, dois anos difíceis. E quando os amigos deixaram de vir discutir política, isto se tornou insuportável. Foi aí que me surgiu a ideia esquisita de, com o auxílio de pessoas mais entendidas que eu, compor esta história. A ideia gorou, o que já declarei. [...] De repente voltou-me a ideia de construir o livro. Assinei a carta ao homem dos porcos e, depois de vacilar um instante, porque nem sabia começar a tarefa, redigi um capítulo.

RAMOS, G. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1986.

Nesse relato em primeira pessoa, o narrador apresenta-se como um indivíduo

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Q1399896 Português

    O sol poente desatava, longa, a sua sombra pelo chão, e protegido por ela — braços largamente abertos, face volvida para os céus —, um soldado descansava. Descansava... havia três meses. Morrera no assalto de 18 de julho.

CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1946.


Nesse fragmento, o narrador leva o leitor auma quebra de expectativa provocada pelo

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Q1399895 Português

Doping no esporte

    A dopagem no esporte é o uso de agentes estranhos ao organismo ou de substâncias fisiológicas em quantidade anormal, capazes de provocar no atleta, no momento da competição, um comportamento anormal, positivo ou negativo, sem correspondência com sua real capacidade orgânica ou funcional. O doping é proibido por representar uma vantagem desleal que pode ser obtida por atletas para melhorar o desempenho e também por poder produzir efeitos colaterais prejudiciais à saúde.

Disponível em: web.taktos.com.br. Acesso em: 11 out. 2013 (adaptado).

O texto permite entender que a proibição da dopagem esportiva tem o objetivo de
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Q1399894 Português

Canção do exílio

Minha terra tem macieiras da Califórnia

 onde cantam gaturamos de Veneza.     

Os poetas da minha terra                      

          são pretos que vivem em torres de ametista, 

               os sargentos do exército são monistas, cubistas,

               os filósofos são polacos vendendo a prestações.

A gente não pode dormir                       

    com os oradores e os pernilongos.           

         Os sururus em família têm por testemunha a

                                                                [Gioconda.


    Eu morro sufocado                                  

em terra estrangeira.                           

   Nossas flores são mais bonitas              

nossas frutas mais gostosas               

mas custam cem mil réis a dúzia.        

MENDES, M. Disponível em: www.vidaempoesia.com.br.

Acesso em: 30 jul. 2014 (fragmento).

No poema, o eu lírico emprega um tomnacionalista que se modifica de acordo com uma visão
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Q1399893 Português

    No Brasil, a presença de modalidades como o futebol tem se destacado historicamente, mostrando-se predominante em inúmeros contextos e circunstâncias: nas “peladas”, disputadas em praças, várzeas e em ruas pouco movimentadas; no vestuário, mediante o uso dos uniformes de grandes e pequenos clubes; na tela da televisão, distribuindo-se entre transmissões ao vivo de partidas e noticiários especializados que retratam a rotina dos atletas e as competições. Frente a essa realidade, é comum que o futebol seja encarado como um componente fundamental de nossa identidade nacional, atuando como símbolo de uma suposta “brasilidade”.

Disponível em: http://catalogo.educacaonaculturadigital. mec.gov.br. Acesso em: 18 mar. 2018 (adaptado).

O texto representa historicamente o futebol como uma modalidade

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Q1399892 Português

Em 1970, chegam às lojas o G.I. Joe Action Team. Agora ele não era mais um militar, era um aventureiro, possibilitando uma gama quase infinita de equipamentos e acessórios. O seu visual também mudou. Agora ele tinha versões com barba e tanto ela quanto o cabelo eram flocados, criando uma aparência mais realista e máscula. Também com essa intenção o molde do corpo foi mudado por um mais musculoso (o Muscle Body) e que agora era “vestido” com uma sunga azul. Essa nova linha, que durou de 1970 a 1976, foi a que deu origem ao Falcon.


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O texto e as imagens dos bonecos G. I. Joe e Falcon traduzem as

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Q1399891 Português

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A palavra soft, em inglês, pode significar macio. Na propaganda do hotel, essa palavra foi usada para expressar a ideia de que os hotéis da rede Soft Inn são

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Q1399890 Português

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Na tirinha, os questionamentos da personagem Mafalda evidenciam a

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Q1399888 Português

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O texto aborda o incêndio no Museu Nacional do Brasil. As imagens retratadas representam os(as)

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Q1399887 Português

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As informações contidas no texto reforçam a ideia de que

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Q1399886 Português

Amendoim mais rico

O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) acaba de apresentar uma nova variedade de amendoim. Ela sobressai em relação à original por contar com 40% a mais de ácido oleico, um tipo de gordura monoinsaturada. “Esse nutriente ajuda a reduzir as taxas de triglicérides e aumentar as do colesterol HDL, que é benéfico para a saúde”, conta Ignácio José de Godoy, pesquisador do IAC. Há outra vantagem: o prazo de validade é maior. Para ter ideia, enquanto a vida de prateleira do amendoim comum varia entre quatro e seis meses, a do amendoim cheio de ácido oleico chega a um ano. Só o sabor permanece igualzinho.

Disponível em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 18 set. 2013 (adaptado).


O propósito do texto é

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Q1399885 Português

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Disponível em: www.metro.sp.gov.br. Acesso em: 25 set. 2013.


De acordo com as informações do texto, seu objetivo é

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Ano: 2018 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2018 - UNICENTRO - Vestibular - Português |
Q1399849 Português

Para responder à questão , considere a tira abaixo.



Na interação verbal entre Susanita e Mafalda, o humor é desencadeado pelo neologismo INVEJÓLOGO, criado para designar a futura especialidade médica do “filho da D. Susanita”. O processo de formação dessa palavra indica
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Ano: 2018 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2018 - UNICENTRO - Vestibular - Português |
Q1399848 Português
Texto para a questão:
Não há vagas
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
 Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira

Gullar, Ferreira in 'Antologia Poética'. Disponível em Acesso em 08 de ago. 2018.
Analise, no contexto do poema, os dois procedimentos distintos utilizados para a concordância entre o verbo caber e o sujeito a ele posposto. Em relação à concordância feita na quarta estrofe, é correto afirmar que
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Ano: 2018 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2018 - UNICENTRO - Vestibular - Português |
Q1399847 Português
Texto para a questão:
Não há vagas
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
 Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira

Gullar, Ferreira in 'Antologia Poética'. Disponível em Acesso em 08 de ago. 2018.
Considerando os recursos linguísticos que atuam na construção dos sentidos do poema, avalie as seguintes afirmativas:
I. A recorrência das estruturas sintáticas funciona como um elemento de coesão textual e não interfere na formação do ritmo do poema.
II. O vocativo senhores é dirigido aos leitores e, ironicamente, aos poetas que produzem poemas que não fedem e não cheiram.
III. A frase “não fede nem cheira” está empregada em sentido conotativo e expressa uma ideia de indiferença.
IV. As aspas em “Não há vagas” são empregadas porque se trata de uma gíria utilizada no âmbito do mercado de trabalho.
É correto apenas o que se afirma em
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Ano: 2018 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2018 - UNICENTRO - Vestibular - Português |
Q1399846 Português
Texto para a questão:
Não há vagas
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
 Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira

Gullar, Ferreira in 'Antologia Poética'. Disponível em Acesso em 08 de ago. 2018.
Valendo-se de um tom de contestação, o poema “Não há Vagas” critica, fundamentalmente,
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Ano: 2018 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2018 - UNICENTRO - Vestibular - Português |
Q1399845 Português
Texto para a questão 

A Velhice 
    A velhice é uma idade sagrada. Foi venerada em todos os tempos. Na antiguidade teve obséquios e cultos oficiais. Pode apreciar-se o grau de cada civilização histórica pelo respeito e pelo carinho dispensados a estes seres de energia quebrada e de esperanças desfeitas, que trazem nos olhos tristes o reflexo, cada vez maior, da morte pavorosa que se aproxima.
    A velhice é a quadra sem prazer de toda a vida humana. A infância sabe só que vive, e ri; a mocidade tem o sonho que a embala e canta; a vida adulta conta com o futuro, ambiciona e trabalha; a velhice é um sonambulismo trêmulo e quase sempre atormentado, de que só se acorda na agonia extrema... para morrer.

OSTA, Antonio Cândido. A Velhice.Disponível em http://rascunhorasgado.blogspot.com/2015/10/a-velhice.html. Acesso em 10 de ago. 2018.
Considerando os verbos que foram empregados no texto e as relações sintáticas que estabelecem, analise as afirmativas abaixo.
I. A expressão verbal se acorda está empregada na forma pronominal, portanto o pronome se é classificado como objeto indireto. II. A oração “Foi venerada em todos os tempos” foi formada com a voz passiva do verbo venerar e seu sujeito paciente é retomado da oração anterior.
III. O verbo trazer que aparece no primeiro parágrafo é um verbo irregular e está empregado no tempo presente do modo subjuntivo.
IV. Os verbos ambicionar e trabalhar que foram usados no segundo parágrafo, no tempo presente do modo indicativo, se empregados no pretérito mais que perfeito do mesmo modo verbal, apresentariam as seguintes formas: ambicionara e trabalhara.
V. A forma verbal se aproxima é pronominal, o se é um pronome oblíquo reflexivo e exerce a função sintática de objeto direto reflexivo.
É correto apenas o que se afirma na alternativa
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Ano: 2018 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2018 - UNICENTRO - Vestibular - Português |
Q1399844 Português
Leia o texto a seguir e responda à questão:

Viver em cima do muro é prejudicial à saúde
Élida Ramirez
    Ocre. Sempre me incomodou essa cor. Sabe aquele marrom amarelado? O tal burro fugido? Exato isso! Quando vejo alguém com roupa ocre, tenho maior aflição. Certa feita, entrei em um consultório médico to-di-nho ocre. Paredes, chão, quadros. Tive uma gastura horrorosa. A sensação é que o ocre existe no dilema de não ser amarelo nem marrom. Invejando o viço das outras colorações definidas e nada fazendo para mudar sua tonalidade. Isso explica meu desconforto. O ocre, para mim, ultrapassa o sentido de cor. Ele dá o tom da existência do viver em cima do muro. E conviver com gente assim é um transtorno.
    É fato que a tal “modernidade líquida”, definida por Bauman, favorece o comportamento. Pensemos. Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias, borrando fronteiras. E, ao reconfigurar esses limites geográficos, mudou a concepção de si do sujeito bem como sua relação com as instituições. Muito rapidamente houve um esfacelamento de estruturas rígidas como a família e o estado. Essa mudança do sólido para líquido detonou o processo de individualização generalizado no mundo ocidental reforçando o conceito de que “Nada é para durar” (Bauman). Então, desse jeito dá para ser mutante pleno nesse viver em cima do muro. Nem amarelo ou marrom. Ocre. Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço. E vão tomando a forma do ambiente, assim como a água. Uma fusão quase nebulosa que embaça o comprometimento.
    Nota-se ainda certo padrão do viver em cima do muro. Como uma receitinha básica. Vejam só: Misture meias palavras em um discurso politicamente correto. Inclua, com ar de respeito, a posição contrária. Cozinhe em banho-maria. Deixe descansar, para sempre, se puder. Se necessário, volte ao fogo brando. Não mexa mais. Sirva morno. Viu? Simples de fazer. Difícil é digerir.
    É porque, na prática, a legião de ocres causa a maior complicação. Quem vive do meio de campo, sem decidir sua cor publicamente, não tem o inconveniente de arcar com as escolhas. Quase nunca se tornará um desafeto. Fará pouco e, muitas vezes, será visto com um sujeito comedido. Quem não escolhe tem mais liberdade para mudar de ideia. Não fica preso ao dito anteriormente. Exatamente porque não disse nada. Não se comprometeu com nada. Apenas proferiu ideias genéricas e inconclusivas estando liberado para transitar por todos os lados, segundo sua necessidade. Ao estar em tudo não estando em nada, seja para evitar responsabilidades, não se expor à crítica ou fugir de polêmicas, o em cima do muro se esconde, sobrecarrega e expõe aqueles que bancam opiniões.
    Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar. Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo. Todos temos medos que nos impedem de agir. Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia. Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter. É que o sacana, ao menos, se define. Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento. Já o indefinido, não. Ele vive na toada do alheio. E, curiosamente, também avacalha o próprio percurso por delegar ao outro a sua existência.
    Recorro outra vez a Bauman para esclarecer: “Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas da felicidade genuína, adequada e total, sempre parece residir em algum lugar à frente”. Por isso, atenção! Viver em cima do muro é prejudicial à sua própria saúde. Facilita a queda e impede novos caminhos. Um deles, o da alegria de poder ser. Talvez seja isso a que Bauman se refere quando trata da fuga da incerteza para alcançar a felicidade genuína. E, pensando bem, desconheço imagem de alegria predominantemente ocre.
    
Texto adaptado e disponível em: https://www.revistabula.com/16514-viver-em-cima-do-muro-e-prejudicial-a-saude/. Acesso em 14 de ago. 2018.
Assinale a alternativa correta sobre o reconhecimento de orações em períodos do texto.
Alternativas
Respostas
1521: B
1522: A
1523: B
1524: D
1525: B
1526: A
1527: B
1528: D
1529: B
1530: C
1531: C
1532: A
1533: B
1534: C
1535: C
1536: D
1537: A
1538: B
1539: C
1540: E