Questões de Vestibular de Português
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Texto para a questão
CAPÍTULO 73 - O Luncheon*
O despropósito fez-me perder outro capítulo. Que melhor não era dizer as coisas lisamente, sem todos estes solavancos! Já comparei o meu estilo ao andar dos ébrios. Se a ideia vos parece indecorosa, direi que ele é o que eram as minhas refeições com Virgília, na casinha da Gamboa, onde às vezes fazíamos a nossa patuscada, o nosso luncheon. Vinho, frutas, compotas. Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces, de olhares ternos, de criancices, uma infinidade desses apartes do coração, aliás o verdadeiro, o ininterrupto discurso do amor. Às vezes vinha o arrufo temperar o nímio adocicado da situação. Ela deixava-me, refugiava-se num canto do canapé, ou ia para o interior ouvir as denguices de Dona Plácida. Cinco ou dez minutos depois, reatávamos a palestra, como eu reato a narração, para desatá-la outra vez. Note-se que, longe de termos horror ao método, era nosso costume convidá-lo, na pessoa de Dona Plácida, a sentar-se conosco à mesa; mas Dona Plácida não aceitava nunca.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
(*) Luncheon (Ing.): lanche, refeição ligeira, merenda.
Considere as seguintes afirmações sobre o excerto das Memórias póstumas de Brás Cubas, obra fundamental da literatura brasileira:
I Depois de haver comparado seu estilo ao andar dos ébrios, o narrador resolve compará-lo também ao "luncheon", penitenciando-se, assim, dos vícios que praticara em vida - entre eles, o do alcoolismo.
II Nas comparações com o "luncheon", presentes no excerto, o narrador revela ser o capricho (ou arbítrio) o móvel dominante tanto de seu estilo quanto das ações que relata.
III Na autocrítica do narrador, realizada com ingenuidade no excerto, oculta-se a crítica do realista Machado de Assis ao Naturalismo dominante em sua época.
Está correto o que se afirma em
Texto para a questão
CAPÍTULO 73 - O Luncheon*
O despropósito fez-me perder outro capítulo. Que melhor não era dizer as coisas lisamente, sem todos estes solavancos! Já comparei o meu estilo ao andar dos ébrios. Se a ideia vos parece indecorosa, direi que ele é o que eram as minhas refeições com Virgília, na casinha da Gamboa, onde às vezes fazíamos a nossa patuscada, o nosso luncheon. Vinho, frutas, compotas. Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces, de olhares ternos, de criancices, uma infinidade desses apartes do coração, aliás o verdadeiro, o ininterrupto discurso do amor. Às vezes vinha o arrufo temperar o nímio adocicado da situação. Ela deixava-me, refugiava-se num canto do canapé, ou ia para o interior ouvir as denguices de Dona Plácida. Cinco ou dez minutos depois, reatávamos a palestra, como eu reato a narração, para desatá-la outra vez. Note-se que, longe de termos horror ao método, era nosso costume convidá-lo, na pessoa de Dona Plácida, a sentar-se conosco à mesa; mas Dona Plácida não aceitava nunca.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
(*) Luncheon (Ing.): lanche, refeição ligeira, merenda.
Leia também este texto, para responder às questão.
Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em redor animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os adversários atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...)
Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos.
O fragmento em que a convergência estilística predominante é a que se estabelece entre metonímia e personificação encontra-se em
Texto para a questão.
Leia também este texto, para responder às questão. ]
Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em redor animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os adversários atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...)
Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos.
Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002.
Ambos os textos - o de Nélson Rodrigues e o de Drummond - pertencem à modalidade textual
conhecida como
Texto para a questão.
Leia também este texto, para responder à questão.
Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em redor animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os adversários atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...)
Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos.
Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002.
O gênero literário que Drummond tomou como base para a composição de seu texto revela, no
escritor mineiro, uma determinada visão do futebol que também reponta no seguinte trecho do
texto de Nélson Rodrigues:
Texto para a questão.
Leia também este texto, para responder à questão.
Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em redor animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os adversários atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...)
Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos.
Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002.
Referem-se apenas aos inimigos, e não aos heróis, as seguintes caracterizações presentes no texto:
Texto para a questão.
Texto para a questão.
Texto para a questão.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132.