Questões de Vestibular de Português - Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos.

Foram encontradas 1.059 questões

Ano: 2012 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2012 - USP - Vestibular - Prova 01 |
Q384504 Português
            V - O samba

            À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão um maciço de construções, ao qual às vezes recortam no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas fustigadas pelo vento.
            (...)
            É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome que tem um grande pátio cercado de senzalas, às vezes com alpendrada corrida em volta, e um ou dois portões que o fecham como praça d’armas.
            Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os pretos o samba com um frenesi que toca o delírio. Não se descreve, nem se imagina esse desesperado saracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar- se.
            Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam no cangote das mães, ou se enrolam nas saias das aparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um desses corta jaca no espinhaço do pai, negro fornido, que não sabendo mais como desconjuntar-se, atirou consigo ao chão e começou de rabanar como um peixe em seco. (...)


                                                                                                José de Alencar, Til.

(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se.
Para adequar a linguagem ao assunto, o autor lança mão também de um léxico popular, como atestam todas as palavras listadas na alternativa
Alternativas
Ano: 2012 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2012 - USP - Vestibular - Prova 01 |
Q384503 Português
            A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos n econômicos, políticos, ou sociais n são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos.

                                    Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.


Dos seguintes comentários linguísticos sobre diferentes trechos do texto, o único correto é:
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Ano: 2012 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2012 - USP - Vestibular - Prova 01 |
Q384502 Português
            A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos n econômicos, políticos, ou sociais n são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos.

                                    Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.


No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor
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Ano: 2012 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2012 - USP - Vestibular - Prova 01 |
Q384501 Português
            A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos n econômicos, políticos, ou sociais n são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos.

                                    Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.


De acordo com o texto, a sociedade será democrática quando
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Ano: 2012 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2012 - USP - Vestibular - Prova 01 |
Q384500 Português
Considere as seguintes substituições propostas para diferentes trechos do texto:

I. “o número a que chegasse” (L. 14-15) = o número a que alcançasse.
II. “Lembro o orgulho” (L. 18) = Recordo-me do orgulho.
III. “coisas que deixamos de fazer” (L. 28-29) = coisas que nos descartamos.
IV. “não há mais bondes” (L. 31) = não existe mais bondes.


A correção gramatical está preservada apenas no que foi proposto em
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Ano: 2012 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2012 - USP - Vestibular - Prova 01 |
Q384499 Português
Um dos contrastes entre passado e presente que caracterizam o desenvolvimento do texto manifesta-se na oposição entre as seguintes expressões:
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Ano: 2012 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2012 - USP - Vestibular - Prova 01 |
Q384498 Português
A palavra que o cronista omite no título, substituindo-a por reticências, ele a emprega no último parágrafo, na posição marcada com pontilhado. Tendo em vista o contexto, conclui-se que se trata da palavra
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Ano: 2012 Banca: FUNIVERSA Órgão: UCB Prova: FUNIVERSA - 2012 - UCB - Vestibular - Prova 1 |
Q384231 Português
Machado de Assis foi romancista, contista, poeta, crítico literário e, por vários anos, escreveu crônicas para os jornais, comentando a vida cotidiana do Rio de Janeiro. Considerando esse fragmento de uma das crônicas de Machado de Assis, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos.

A palavra “abalizados”, tal como foi empregada na linha 7, pode ser substituída por infectados, sem prejuízo para o sentido.
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Ano: 2012 Banca: FUNIVERSA Órgão: UCB Prova: FUNIVERSA - 2012 - UCB - Vestibular - Prova 1 |
Q384213 Português
Considerando os aspectos sintáticos e semânticos do texto, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos.

A palavra “ademais”, no último período do texto, pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido, por ainda mais.
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Ano: 2010 Banca: UFGD Órgão: UFGD Prova: UFGD - 2010 - UFGD - Vestibular - Prova 1 |
Q384172 Português
                         Erradicar a pobreza nas metrópoles

            Vamos nos colocar uma meta: erradicar a pobreza nas metrópoles brasileiras em 8 anos.
            Seria isso possível? Se reunirmos condições políticas para tanto, como poderia ser feito?
            Pobreza é, antes de tudo, a impossibilidade de decidir sobre sua própria vida. Neste sentido, erradicar a pobreza é incluir nas decisões públicas os pobres, suas representações coletivas, e descentralizar e democratizar radicalmente as instâncias públicas de decisão.
            Pobreza é também a privação de direitos sociais. Para garantir a satisfação de necessidades básicas de todo cidadão, estamos falando de segurança alimentar, trabalho, moradia, saneamento básico, mobilidade, saúde, educação, cultura, esportes e lazer. O foco central deve ser a busca da redução das desigualdades. Portanto, a ênfase é atender com qualidade os que até então não tenham acesso a esses direitos.
            O objetivo maior é a reapropriação da gestão das metrópoles por seus cidadãos. Por meio desta reapropriação se mobilizam recursos e se reorientam as políticas públicas para priorizar a redução das desigualdades.
            [...]
            Este projeto de erradicação da pobreza equivale à realização de um novo pacto social, com caráter redistributivo, a exemplo do que muitos países fizeram no século XX. O Estado do Bem-Estar Social era isso, o resultado de um novo pacto, feito sob pressão dos movimentos sociais europeus e da ameaça constituída pelo bloco socialista.
             A magnitude do desafio de erradicar a pobreza e as exigências de novos paradigmas para a vida em sociedade abrem novas possibilidades, como a de convocar um grande mutirão da sociedade, empregando os desempregados, especialmente os jovens, para produzir uma ?economia verde? com planejamento e financiamento públicos: a execução a cargo da iniciativa privada; a fiscalização e o controle dos entes públicos e da sociedade civil.
             [...]
            Se num programa de erradicação da pobreza nas regiões metropolitanas do Brasil for empregado algo como 1% do PIB, anualmente, em 8 anos serão aproximadamente R$ 280 bilhões. Dinheiro que, se bem empregado, fará uma enorme diferença e muito beneficiará todos os cidadãos e cidadãs, assim como as empresas que se dedicarem a este enorme desafio.

BRAVA, Silvio Caccia. Erradicar a pobreza nas metrópoles. Disponível em: . Acesso em: 25 out. 2010


Nesse texto, a expressão “erradicar” assume o sentido de
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Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: UFTM Prova: VUNESP - 2013 - UFTM - Vestibular - Prova 01 |
Q382501 Português

Imagem associada para resolução da questão
Em relação aos dois parágrafos transcritos, o título do texto contém informação.
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Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: UFTM Prova: VUNESP - 2013 - UFTM - Vestibular - Prova 01 |
Q382498 Português
Em nossos dias, o neo­indianismo dos modernos de 1922 (precedido por meio século de etnografia sistemática) iria acen­ tuar aspectos autênticos da vida do índio, encarando­o, não como gentil­homem embrionário, mas como primitivo, cujo inte­ resse residia precisamente no que trouxesse de diferente, contra­ ditório em relação à nossa cultura europeia. O indianismo dos românticos, porém, preocupou­se sobremaneira em equipará­lo qualitativamente ao conquistador, realçando ou inventando aspectos do seu comportamento que pudessem fazê­lo ombrear com este - no cavalheirismo, na generosidade, na poesia.

A altivez, o culto da vindita, a destreza bélica, a genero­ sidade, encontravam alguma ressonância nos costumes abo­ rígines, como os descreveram cronistas nem sempre capazes de observar fora dos padrões europeus e, sobretudo, como os quiseram deliberadamente ver escritores animados do desejo patriótico de chancelar a independência política do país com o brilho de uma grandeza heroica especificamente brasileira.
Considere as passagens do texto:

[...] encarando­o , não como gentil­homem embrionário [...]

[...] cujo interesse residia precisamente [...].

[...] como os descreveram cronistas [...].

Os substantivos retomados pelos pronomes sublinhados são, respectivamente,
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Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: UFTM Prova: VUNESP - 2013 - UFTM - Vestibular - Prova 01 |
Q382495 Português
Na charge, para efeito de humor, faz-se um jogo de palavras
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Ano: 2013 Banca: FATEC Órgão: FATEC Prova: FATEC - 2013 - FATEC - Vestibular - Prova 01 |
Q382441 Português
Leia o poema do escritor Alberto de Oliveira (1857-1937).

Num trem de subúrbio

No trem de ferro vimo-nos, um dia, E amarmo-nos foi obra de um momento, Tudo rápido, como a ventania, Como a locomotiva ou o pensamento.

– “Amo-te!”
– “Adoro-te!”

A estação primeira
Surge. Saltamos nela ao som de um berro. Nosso amor, numa nuvem de poeira, Tinha passado, como o trem de ferro.


Interpretando o poema, é correto afrmar que nessa obra está presente a
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Ano: 2013 Banca: FATEC Órgão: FATEC Prova: FATEC - 2013 - FATEC - Vestibular - Prova 01 |
Q382440 Português
Considerando o título da tirinha e interpretando os quadrinhos, é correto afrmar que as personagens.
Alternativas
Ano: 2013 Banca: FATEC Órgão: FATEC Prova: FATEC - 2013 - FATEC - Vestibular - Prova 01 |
Q382438 Português
Feito em casa

Na era digital, as empresas de tecnologia costumam desbravar novos territórios. No entanto, há duas semanas, uma decisão do Yahoo! causou polêmica: a empresa de tecnologia decidiu banir o home ofice de todas as suas fiais. A justificativa enviada aos funcionários foi a de que “a velocidade e a qualidade são muitas vezes sacrificadas quando se trabalha em casa”
No Brasil, continua-se a defender a prática, mas com ressalvas: há vários cuidados necessários para torná-la realmente eficiente.

Diego Gomes, paulistano, funcionário de uma instituição bancária, trabalha dois dias por semana em casa. Ele optou pelo trabalho remoto no dia do rodízio de seu carro e na sexta-feira, quando o trânsito é pior.

Apesar de reconhecer os benefícios, ele afirma que precisou tomar precauções para sua produtividade não ser afetada, como criar um ambiente de escritório em casa e conversar com sua família. “[Com a família] precisa ser duro: das 9 h às 18 h, estou trabalhando: não vou ao mercado e não vou consertar chuveiro. Tem que deixar claro.”

No banco onde Diego atua, os funcionários que se interessam pelo teletrabalho têm de participar de um workshop e precisam fazer uma autoavaliação. Eles precisam verificar, por exemplo, se trabalham com independência e se sabem cumprir metas diárias ou se sua performance precisa de acompanhamento constante.

As empresas também procuram descartar certos funcionários na hora de escolher quem fará home office. A diretora de RH Edna Bedani afirma que estagiários não devem atuar em casa. “São pessoas em formação, que precisam de orientação”, afirma.

Especialistas também destacam a necessidade de disciplina do profissional que fica em casa. “É preciso manter a rotina como se você fosse para o escritório: acordar, tomar banho, tomar café, vestir-se etc., afirma Jorge Matos, presidente de uma agência especializada em gestão de pessoas e carreiras.

Releia o segundo parágrafo do texto.

No Brasil, continua-se a defender a prática, mas com ressalvas: há vários cuidados necessários para torná-la realmente efciente.

O trecho em destaque pode ser substituído, corretamente e sem alteração do sentido do texto, por:
Alternativas
Ano: 2013 Banca: FATEC Órgão: FATEC Prova: FATEC - 2013 - FATEC - Vestibular - Prova 01 |
Q382437 Português
Feito em casa

Na era digital, as empresas de tecnologia costumam desbravar novos territórios. No entanto, há duas semanas, uma decisão do Yahoo! causou polêmica: a empresa de tecnologia decidiu banir o home ofice de todas as suas fiais. A justificativa enviada aos funcionários foi a de que “a velocidade e a qualidade são muitas vezes sacrificadas quando se trabalha em casa”
No Brasil, continua-se a defender a prática, mas com ressalvas: há vários cuidados necessários para torná-la realmente eficiente.

Diego Gomes, paulistano, funcionário de uma instituição bancária, trabalha dois dias por semana em casa. Ele optou pelo trabalho remoto no dia do rodízio de seu carro e na sexta-feira, quando o trânsito é pior.

Apesar de reconhecer os benefícios, ele afirma que precisou tomar precauções para sua produtividade não ser afetada, como criar um ambiente de escritório em casa e conversar com sua família. “[Com a família] precisa ser duro: das 9 h às 18 h, estou trabalhando: não vou ao mercado e não vou consertar chuveiro. Tem que deixar claro.”

No banco onde Diego atua, os funcionários que se interessam pelo teletrabalho têm de participar de um workshop e precisam fazer uma autoavaliação. Eles precisam verificar, por exemplo, se trabalham com independência e se sabem cumprir metas diárias ou se sua performance precisa de acompanhamento constante.

As empresas também procuram descartar certos funcionários na hora de escolher quem fará home office. A diretora de RH Edna Bedani afirma que estagiários não devem atuar em casa. “São pessoas em formação, que precisam de orientação”, afirma.

Especialistas também destacam a necessidade de disciplina do profissional que fica em casa. “É preciso manter a rotina como se você fosse para o escritório: acordar, tomar banho, tomar café, vestir-se etc., afirma Jorge Matos, presidente de uma agência especializada em gestão de pessoas e carreiras.

De acordo com as informações do texto, é correto afrmar que:
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Ano: 2012 Banca: FATEC Órgão: FATEC Prova: FATEC - 2012 - FATEC - Vestibular - Prova 1 |
Q382207 Português
O labirinto dos manuais

Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

- Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!

Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*?

Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!
Entre as características que definem uma crônica, estão presentes no texto de Walcyr Carrasco:
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Ano: 2012 Banca: FATEC Órgão: FATEC Prova: FATEC - 2012 - FATEC - Vestibular - Prova 1 |
Q382205 Português
O labirinto dos manuais

Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

- Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!

Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*?

Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!
Analise as afirmações sobre trechos do texto e assinale a correta.
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Ano: 2012 Banca: FATEC Órgão: FATEC Prova: FATEC - 2012 - FATEC - Vestibular - Prova 1 |
Q382204 Português
O labirinto dos manuais

Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

- Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!

Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*?

Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!
Pelos comentários feitos pelo narrador, pode-se concluir corretamente que
Alternativas
Respostas
701: C
702: D
703: E
704: A
705: B
706: D
707: E
708: E
709: C
710: B
711: A
712: E
713: B
714: B
715: C
716: D
717: E
718: C
719: C
720: B