Questões de Vestibular Sobre sintaxe em português

Foram encontradas 1.498 questões

Ano: 2014 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: UFAL Prova: COPEVE-UFAL - 2014 - UFAL - Vestibular - Física |
Q1274331 Português

Passam-se meses. Acaba-se o flagelo. Ei-lo de volta. Vence-o a saudade do sertão. Remigra. E torna feliz, revigorado, cantando; esquecido de infortúnios.

CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: M. Claret, 2002.


Analise as reescritas do trecho sublinhado e assinale aquela que não apresenta danos à norma culta da língua portuguesa.

Alternativas
Ano: 2014 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: UFAL Prova: COPEVE-UFAL - 2014 - UFAL - Vestibular - Física |
Q1274328 Português
FACULTATIVO Estatuto dos Funcionários, artigo 240: “O dia 28 de outubro será consagrado ao Servidor Público” (com maiúscula). Então é feriado, raciocina o escriturário, que, justamente, tem um “programa” na pauta para essas emergências. Não, responde-lhe o governo, que tem o programa de trabalhar; é consagrado, mas não é feriado. ANDRADE, C.D. Obra completa. São Paulo, SP.: Editora Nova Aguilar, 2002.
As orações em destaque no texto exercem a mesma função sintática, sendo classificadas como orações subordinadas
Alternativas
Ano: 2014 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: UFAL Prova: COPEVE-UFAL - 2014 - UFAL - Vestibular - Física |
Q1274327 Português

Sei que um dia abrirão as asas para o voo necessário, e eu ficarei sozinha. É fatal, porque a gente não cria os filhos para a gente, nós os criamos para eles mesmos”.

LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 9.


Sintaticamente, o trecho sublinhado no fragmento é

Alternativas
Ano: 2014 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: UFAL Prova: COPEVE-UFAL - 2014 - UFAL - Vestibular - Física |
Q1274325 Português
[...] Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na área do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala. [...] RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2008.
Analise as assertivas abaixo, baseando-se no período: “Fazia horas que procuravam uma sombra.” I. A primeira oração do período apresenta um sujeito inexistente e o verbo encontra-se impessoal. II. Pode-se substituir o verbo da oração “Fazia horas” por uma locução verbal (“Devem fazer...”), alterando assim a classificação do sujeito. III. A segunda oração do referido período é classificada como subordinada substantiva.
verifica-se que está(ão) correta(s)
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-RR Órgão: IF-RR Prova: IF-RR - 2016 - IF-RR - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1274229 Português
Para responder a questão, considere o fragmento do conto O Enfermeiro, de Machado de Assis, da obra Várias Histórias.

     Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; estou desenganado. 
    Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.
    Já sabe que foi em 1860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fiz-me teólogo, — quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro de colégio, que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859, recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao coronel Felisberto, mediante um bom ordenado. O padre falou-me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à Corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.
     Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios. A dous deles quebrou a cara. Respondi que não tinha medo de gente sã, menos ainda de doentes; e depois de entender-me com o vigário, que me confirmou as notícias recebidas, e me recomendou mansidão e caridade, segui para a residência do coronel.
    Achei-o na varanda da casa estirado numa cadeira, bufando muito. Não me recebeu mal. Começou por não dizer nada; pôs em mim dous olhos de gato que observa; depois, uma espécie de riso maligno alumiou-lhe as feições, que eram duras. Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada, dormiam muito, eram respondões e andavam ao faro das escravas; dous eram até gatunos!
    — Você é gatuno?
    — Não, senhor
   Em seguida, perguntou-me pelo nome: disse-lho e ele fez um gesto de espanto. Colombo? Não, senhor: Procópio José Gomes Valongo. Valongo? achou que não era nome de gente, e propôs chamar-me tão somente Procópio, ao que respondi que estaria pelo que fosse de seu agrado. Conto-lhe esta particularidade, não só porque me parece pintá-lo bem, como porque a minha resposta deu de mim a melhor idéia ao coronel. Ele mesmo o declarou ao vigário, acrescentando que eu era o mais simpático dos enfermeiros que tivera. A verdade é que vivemos uma lua-de-mel de sete dias.
     No oitavo dia, entrei na vida dos meus predecessores, uma vida de cão, não dormir, não pensar em mais nada, recolher injúrias, e, às vezes, rir delas, com um ar de resignação e conformidade; reparei que era um modo de lhe fazer corte. Tudo impertinências de moléstia e do temperamento. A moléstia era um rosário delas, padecia de aneurisma, de reumatismo e de três ou quatro afecções menores. Tinha perto de sessenta anos, e desde os cinco toda a gente lhe fazia a vontade. Se fosse só rabugento, vá; mas ele era também mau, deleitava-se com a dor e a humilhação dos outros. No fim de três meses estava farto de o aturar; determinei vir embora; só esperei ocasião. Não tardou a ocasião.
      Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dous ou três golpes. Não era preciso mais; despedi-me imediatamente, e fui aprontar a mala. Ele foi ter comigo, ao quarto, pediu-me que ficasse, que não valia a pena zangar por uma rabugice de velho. Instou tanto que fiquei.
      — Estou na dependura, Procópio, dizia-me ele à noite; não posso viver muito tempo. Estou aqui, estou na cova. Você há de ir ao meu enterro, Procópio; não o dispenso por nada. Há de ir, há de rezar ao pé da minha sepultura. Se não for, acrescentou rindo, eu voltarei de noite para lhe puxar as pernas. Você crê em almas de outro mundo, Procópio?
      — Qual o quê!
     — E por que é que não há de crer, seu burro? redargüiu vivamente, arregalando os olhos.
    Eram assim as pazes; imagine a guerra. Coibiu-se das bengaladas; mas as injúrias ficaram as mesmas, se não piores. Eu, com o tempo, fui calejando, e não dava mais por nada; era burro, camelo, pedaço d’asno, idiota, moleirão, era tudo. Nem, ao menos, havia mais gente que recolhesse uma parte desses nomes.
      Não tinha parentes; tinha um sobrinho que morreu tísico, em fins de maio ou princípios de julho, em Minas. Os amigos iam por lá às vezes aprová-lo, aplaudi-lo, e nada mais; cinco, dez minutos de visita. Restava eu; era eu sozinho para um dicionário inteiro. Mais de uma vez resolvi sair; mas, instado pelo vigário, ia ficando. Não só as relações foram-se tornando melindrosas, mas eu estava ansioso por tornar à Corte. Aos quarenta e dois anos não é que havia de acostumar-me à reclusão constante, ao pé de um doente bravio, no interior.
     Para avaliar o meu isolamento, basta saber que eu nem lia os jornais; salvo alguma notícia mais importante que levavam ao coronel, eu nada sabia do resto do mundo. Entendi, portanto, voltar para a Corte, na primeira ocasião, ainda que tivesse de brigar com o vigário. Bom é dizer (visto que faço uma confissão geral) que, nada gastando e tendo guardado integralmente os ordenados, estava ansioso por vir dissipá-los aqui. Era provável que a ocasião aparecesse.
     O coronel estava pior, fez testamento, descompondo o tabelião, quase tanto como a mim. O trato era mais duro, os breves lapsos de sossego e brandura faziam-se raros. Já por esse tempo tinha eu perdido a escassa dose de piedade que me fazia esquecer os excessos do doente; trazia dentro de mim um fermento de ódio e aversão.
     No princípio de agosto resolvi definitivamente sair; o vigário e o médico, aceitando as razões, pediram-me que ficasse algum tempo mais. Concedi-lhes um mês; no fim de um mês viria embora, qualquer que fosse o estado do doente. O vigário tratou de procurar-me substituto. Vai ver o que aconteceu. Na noite de vinte e quatro de agosto, o coronel teve um acesso de raiva, atropelou-me, disse-me muito nome cru, ameaçou-me de um tiro, e acabou atirando-me um prato de mingau, que achou frio, o prato foi cair na parede onde se fez em pedaços.
         — Hás de pagá-lo, ladrão! bradou ele. Resmungou ainda muito tempo.
       Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um velho romance de d’Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o. (...)
Analise o trecho abaixo: Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel.
Do ponto de vista da construção sintática, é correto afirmar que esse período é composto por:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-RR Órgão: IF-RR Prova: IF-RR - 2016 - IF-RR - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1274228 Português
Para responder a questão, considere o fragmento do conto O Enfermeiro, de Machado de Assis, da obra Várias Histórias.

     Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; estou desenganado. 
    Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.
    Já sabe que foi em 1860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fiz-me teólogo, — quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro de colégio, que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859, recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao coronel Felisberto, mediante um bom ordenado. O padre falou-me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à Corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.
     Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios. A dous deles quebrou a cara. Respondi que não tinha medo de gente sã, menos ainda de doentes; e depois de entender-me com o vigário, que me confirmou as notícias recebidas, e me recomendou mansidão e caridade, segui para a residência do coronel.
    Achei-o na varanda da casa estirado numa cadeira, bufando muito. Não me recebeu mal. Começou por não dizer nada; pôs em mim dous olhos de gato que observa; depois, uma espécie de riso maligno alumiou-lhe as feições, que eram duras. Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada, dormiam muito, eram respondões e andavam ao faro das escravas; dous eram até gatunos!
    — Você é gatuno?
    — Não, senhor
   Em seguida, perguntou-me pelo nome: disse-lho e ele fez um gesto de espanto. Colombo? Não, senhor: Procópio José Gomes Valongo. Valongo? achou que não era nome de gente, e propôs chamar-me tão somente Procópio, ao que respondi que estaria pelo que fosse de seu agrado. Conto-lhe esta particularidade, não só porque me parece pintá-lo bem, como porque a minha resposta deu de mim a melhor idéia ao coronel. Ele mesmo o declarou ao vigário, acrescentando que eu era o mais simpático dos enfermeiros que tivera. A verdade é que vivemos uma lua-de-mel de sete dias.
     No oitavo dia, entrei na vida dos meus predecessores, uma vida de cão, não dormir, não pensar em mais nada, recolher injúrias, e, às vezes, rir delas, com um ar de resignação e conformidade; reparei que era um modo de lhe fazer corte. Tudo impertinências de moléstia e do temperamento. A moléstia era um rosário delas, padecia de aneurisma, de reumatismo e de três ou quatro afecções menores. Tinha perto de sessenta anos, e desde os cinco toda a gente lhe fazia a vontade. Se fosse só rabugento, vá; mas ele era também mau, deleitava-se com a dor e a humilhação dos outros. No fim de três meses estava farto de o aturar; determinei vir embora; só esperei ocasião. Não tardou a ocasião.
      Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dous ou três golpes. Não era preciso mais; despedi-me imediatamente, e fui aprontar a mala. Ele foi ter comigo, ao quarto, pediu-me que ficasse, que não valia a pena zangar por uma rabugice de velho. Instou tanto que fiquei.
      — Estou na dependura, Procópio, dizia-me ele à noite; não posso viver muito tempo. Estou aqui, estou na cova. Você há de ir ao meu enterro, Procópio; não o dispenso por nada. Há de ir, há de rezar ao pé da minha sepultura. Se não for, acrescentou rindo, eu voltarei de noite para lhe puxar as pernas. Você crê em almas de outro mundo, Procópio?
      — Qual o quê!
     — E por que é que não há de crer, seu burro? redargüiu vivamente, arregalando os olhos.
    Eram assim as pazes; imagine a guerra. Coibiu-se das bengaladas; mas as injúrias ficaram as mesmas, se não piores. Eu, com o tempo, fui calejando, e não dava mais por nada; era burro, camelo, pedaço d’asno, idiota, moleirão, era tudo. Nem, ao menos, havia mais gente que recolhesse uma parte desses nomes.
      Não tinha parentes; tinha um sobrinho que morreu tísico, em fins de maio ou princípios de julho, em Minas. Os amigos iam por lá às vezes aprová-lo, aplaudi-lo, e nada mais; cinco, dez minutos de visita. Restava eu; era eu sozinho para um dicionário inteiro. Mais de uma vez resolvi sair; mas, instado pelo vigário, ia ficando. Não só as relações foram-se tornando melindrosas, mas eu estava ansioso por tornar à Corte. Aos quarenta e dois anos não é que havia de acostumar-me à reclusão constante, ao pé de um doente bravio, no interior.
     Para avaliar o meu isolamento, basta saber que eu nem lia os jornais; salvo alguma notícia mais importante que levavam ao coronel, eu nada sabia do resto do mundo. Entendi, portanto, voltar para a Corte, na primeira ocasião, ainda que tivesse de brigar com o vigário. Bom é dizer (visto que faço uma confissão geral) que, nada gastando e tendo guardado integralmente os ordenados, estava ansioso por vir dissipá-los aqui. Era provável que a ocasião aparecesse.
     O coronel estava pior, fez testamento, descompondo o tabelião, quase tanto como a mim. O trato era mais duro, os breves lapsos de sossego e brandura faziam-se raros. Já por esse tempo tinha eu perdido a escassa dose de piedade que me fazia esquecer os excessos do doente; trazia dentro de mim um fermento de ódio e aversão.
     No princípio de agosto resolvi definitivamente sair; o vigário e o médico, aceitando as razões, pediram-me que ficasse algum tempo mais. Concedi-lhes um mês; no fim de um mês viria embora, qualquer que fosse o estado do doente. O vigário tratou de procurar-me substituto. Vai ver o que aconteceu. Na noite de vinte e quatro de agosto, o coronel teve um acesso de raiva, atropelou-me, disse-me muito nome cru, ameaçou-me de um tiro, e acabou atirando-me um prato de mingau, que achou frio, o prato foi cair na parede onde se fez em pedaços.
         — Hás de pagá-lo, ladrão! bradou ele. Resmungou ainda muito tempo.
       Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um velho romance de d’Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o. (...)
Assinale a alternativa cuja frase apresenta concordância correta, obedecendo à regra empregada em "Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada".
Alternativas
Ano: 2016 Banca: IF-RR Órgão: IF-RR Prova: IF-RR - 2016 - IF-RR - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1274226 Português
Para responder a questão, considere o fragmento do conto O Enfermeiro, de Machado de Assis, da obra Várias Histórias.

     Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; estou desenganado. 
    Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras cousas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.
    Já sabe que foi em 1860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fiz-me teólogo, — quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro de colégio, que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859, recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao coronel Felisberto, mediante um bom ordenado. O padre falou-me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à Corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.
     Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios. A dous deles quebrou a cara. Respondi que não tinha medo de gente sã, menos ainda de doentes; e depois de entender-me com o vigário, que me confirmou as notícias recebidas, e me recomendou mansidão e caridade, segui para a residência do coronel.
    Achei-o na varanda da casa estirado numa cadeira, bufando muito. Não me recebeu mal. Começou por não dizer nada; pôs em mim dous olhos de gato que observa; depois, uma espécie de riso maligno alumiou-lhe as feições, que eram duras. Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada, dormiam muito, eram respondões e andavam ao faro das escravas; dous eram até gatunos!
    — Você é gatuno?
    — Não, senhor
   Em seguida, perguntou-me pelo nome: disse-lho e ele fez um gesto de espanto. Colombo? Não, senhor: Procópio José Gomes Valongo. Valongo? achou que não era nome de gente, e propôs chamar-me tão somente Procópio, ao que respondi que estaria pelo que fosse de seu agrado. Conto-lhe esta particularidade, não só porque me parece pintá-lo bem, como porque a minha resposta deu de mim a melhor idéia ao coronel. Ele mesmo o declarou ao vigário, acrescentando que eu era o mais simpático dos enfermeiros que tivera. A verdade é que vivemos uma lua-de-mel de sete dias.
     No oitavo dia, entrei na vida dos meus predecessores, uma vida de cão, não dormir, não pensar em mais nada, recolher injúrias, e, às vezes, rir delas, com um ar de resignação e conformidade; reparei que era um modo de lhe fazer corte. Tudo impertinências de moléstia e do temperamento. A moléstia era um rosário delas, padecia de aneurisma, de reumatismo e de três ou quatro afecções menores. Tinha perto de sessenta anos, e desde os cinco toda a gente lhe fazia a vontade. Se fosse só rabugento, vá; mas ele era também mau, deleitava-se com a dor e a humilhação dos outros. No fim de três meses estava farto de o aturar; determinei vir embora; só esperei ocasião. Não tardou a ocasião.
      Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dous ou três golpes. Não era preciso mais; despedi-me imediatamente, e fui aprontar a mala. Ele foi ter comigo, ao quarto, pediu-me que ficasse, que não valia a pena zangar por uma rabugice de velho. Instou tanto que fiquei.
      — Estou na dependura, Procópio, dizia-me ele à noite; não posso viver muito tempo. Estou aqui, estou na cova. Você há de ir ao meu enterro, Procópio; não o dispenso por nada. Há de ir, há de rezar ao pé da minha sepultura. Se não for, acrescentou rindo, eu voltarei de noite para lhe puxar as pernas. Você crê em almas de outro mundo, Procópio?
      — Qual o quê!
     — E por que é que não há de crer, seu burro? redargüiu vivamente, arregalando os olhos.
    Eram assim as pazes; imagine a guerra. Coibiu-se das bengaladas; mas as injúrias ficaram as mesmas, se não piores. Eu, com o tempo, fui calejando, e não dava mais por nada; era burro, camelo, pedaço d’asno, idiota, moleirão, era tudo. Nem, ao menos, havia mais gente que recolhesse uma parte desses nomes.
      Não tinha parentes; tinha um sobrinho que morreu tísico, em fins de maio ou princípios de julho, em Minas. Os amigos iam por lá às vezes aprová-lo, aplaudi-lo, e nada mais; cinco, dez minutos de visita. Restava eu; era eu sozinho para um dicionário inteiro. Mais de uma vez resolvi sair; mas, instado pelo vigário, ia ficando. Não só as relações foram-se tornando melindrosas, mas eu estava ansioso por tornar à Corte. Aos quarenta e dois anos não é que havia de acostumar-me à reclusão constante, ao pé de um doente bravio, no interior.
     Para avaliar o meu isolamento, basta saber que eu nem lia os jornais; salvo alguma notícia mais importante que levavam ao coronel, eu nada sabia do resto do mundo. Entendi, portanto, voltar para a Corte, na primeira ocasião, ainda que tivesse de brigar com o vigário. Bom é dizer (visto que faço uma confissão geral) que, nada gastando e tendo guardado integralmente os ordenados, estava ansioso por vir dissipá-los aqui. Era provável que a ocasião aparecesse.
     O coronel estava pior, fez testamento, descompondo o tabelião, quase tanto como a mim. O trato era mais duro, os breves lapsos de sossego e brandura faziam-se raros. Já por esse tempo tinha eu perdido a escassa dose de piedade que me fazia esquecer os excessos do doente; trazia dentro de mim um fermento de ódio e aversão.
     No princípio de agosto resolvi definitivamente sair; o vigário e o médico, aceitando as razões, pediram-me que ficasse algum tempo mais. Concedi-lhes um mês; no fim de um mês viria embora, qualquer que fosse o estado do doente. O vigário tratou de procurar-me substituto. Vai ver o que aconteceu. Na noite de vinte e quatro de agosto, o coronel teve um acesso de raiva, atropelou-me, disse-me muito nome cru, ameaçou-me de um tiro, e acabou atirando-me um prato de mingau, que achou frio, o prato foi cair na parede onde se fez em pedaços.
         — Hás de pagá-lo, ladrão! bradou ele. Resmungou ainda muito tempo.
       Às onze horas passou pelo sono. Enquanto ele dormia, saquei um livro do bolso, um velho romance de d’Arlincourt, traduzido, que lá achei, e pus-me a lê-lo, no mesmo quarto, a pequena distância da cama; tinha de acordá-lo à meia-noite para lhe dar o remédio. Ou fosse de cansaço, ou do livro, antes de chegar ao fim da segunda página adormeci também. Acordei aos gritos do coronel, e levantei-me estremunhado. Ele, que parecia delirar, continuou nos mesmos gritos, e acabou por lançar mão da moringa e arremessá-la contra mim. Não tive tempo de desviar-me; a moringa bateu-me na face esquerda, e tal foi a dor que não vi mais nada; atirei-me ao doente, pus-lhe as mãos ao pescoço, lutamos, e esganei-o. (...)

Considere o seguinte fragmento e assinale a alternativa incorreta:


Um dia, como lhe não desse a tempo uma fomentação, pegou da bengala e atirou-me dous ou três golpes.

Alternativas
Ano: 2017 Banca: UFVJM-MG Órgão: UFVJM-MG Prova: UFVJM-MG - 2017 - UFVJM-MG - Vestibular - 1º Etapa |
Q1274180 Português
Texto II

     Em 27 de julho de 2016, circulou nas redes sociais uma foto na qual um médico do interior de São Paulo exibe um receituário com os seguintes dizeres: “Não existe peleumonia e nem raôxis”. Segundo reportagens da época, a imagem seria uma forma de médico debochar da forma não-padrão de falar de um paciente seu, que havia acabado de ser atendido. O caso gerou polêmica, levando posteriormente o médico a ser demitido de seu emprego por sua atitude – a qual ele teria classificado como “uma brincadeira de Facebook”. Em 29 de julho, a médica mineira Júlia Rocha também participou desse debate ao publicar em rede social uma resposta à foto original. A resposta da médica pode ser lida na imagem a seguir: 




Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2016/07/
medico-debocha-de-paciente-na-internet-nao-existe-peleumonia.html http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2016/07/
apos-foto-medico-pede-desculpas-e-diz-foi-uma-brincadeira-de-facebook.html http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/mundo/brasil/noticia/2016/08/01/
medica-e-alvo-de-ofensas-na-internet-apos-criticar-colega
-de-profissao-que-debochou-de-paciente-246826.php
Acesso em: 27/04/2017
ASSINALE a alternativa na qual há exemplos de um uso NÃO-PADRÃO de concordância nominal da Língua Portuguesa:
Alternativas
Q1273919 Português
Leia o texto para responder a questão.

Foi exatamente durante o almoço que se deu o fato.
Almira continuava a querer saber por que Alice viera atrasada e de olhos vermelhos. Abatida, Alice mal respondia. Almira comia com avidez e insistia com os olhos cheios de lágrimas.
– Sua gorda! disse Alice de repente, branca de raiva. Você não pode me deixar em paz?!
Almira engasgou-se com a comida, quis falar, começou a gaguejar. Dos lábios macios de Alice haviam saído palavras que não conseguiam descer com a comida pela garganta de Almira G. de Almeida.
– Você é uma chata e uma intrometida, rebentou de novo Alice. Quer saber o que houve, não é? Pois vou lhe contar, sua chata: é que Zequinha foi embora para Porto Alegre e não vai mais voltar! Agora está contente, sua gorda?
Na verdade Almira parecia ter engordado mais nos últimos momentos, e com comida ainda parada na boca.
Foi então que Almira começou a despertar. E, como se fosse uma magra, pegou o garfo e enfiou-o no pescoço de Alice. O restaurante, ao que se disse no jornal, levantou-se como uma só pessoa. Mas a gorda, mesmo depois de ter feito o gesto, continuou sentada olhando para o chão, sem ao menos olhar o sangue da outra.
Alice foi ao pronto-socorro, de onde saiu com curativos e os olhos ainda regalados de espanto. Almira foi presa em flagrante.
Na prisão, Almira comportou-se com delicadeza e alegria, talvez melancólica, mas alegria mesmo. Fazia graças para as companheiras. Finalmente tinha companheiras. Ficou encarregada da roupa suja, e dava-se muito bem com as guardiãs, que vez por outra lhe arranjavam uma barra de chocolate.

(Clarice Lispector. A Legião Estrangeira, 1964. Adaptado)
Considerando-se o contexto em que está empregado o período “O restaurante, ao que se disse no jornal, levantou-se como uma só pessoa.” (7o parágrafo), a oração em destaque pode ser substituída, sem prejuízo de sentido ao enunciado, por:
Alternativas
Q1273912 Português
Leia o texto para responder a questão.

O país tenta se recompor

No Brasil, que enfrenta uma das piores recessões de sua história, a cada novo dado econômico que é divulgado, a questão que se coloca é a mesma: melhoramos ou continuamos a piorar? No final de agosto, os indicadores de desempenho do produto interno bruto do segundo trimestre apontaram uma retração de 0,6%, totalizando assim seis semestres consecutivos no vermelho. Da mesma forma, o último balanço do mercado de trabalho mostrou que o desemprego continua a se encorpar. Conclusão: pioramos. Já o índice que mede a produção industrial registrou em julho a quinta alta consecutiva. Para quem observa o mercado financeiro, com a recente sequência de altas da Bovespa e a valorização do real, a mensagem é de volta da confiança. Nova conclusão: estamos melhorando. A profusão de dados pintando um cenário contraditório apenas confirma que a retomada – por mais que seja desejada – tende a ser difícil e lenta. O que vai ficando claro é que, enquanto grande parte da economia brasileira ainda contabiliza seus mortos, outra parcela – menor, é verdade – começa a se recompor. Trata-se de uma reorganização que, motivada pela crise, deverá redesenhar setores inteiros, determinar novos líderes de mercado e, no longo prazo, tornar a economia brasileira mais competitiva.
(Fabiane Stefano e Flávia Furlan. Exame, 14.09.2016. Adaptado)
Leia os enunciados: • Considerando o cenário econômico atual, a pergunta ___________ qual se quer uma resposta é: melhoramos ou continuamos a piorar?
• Analisando os indicadores de desempenho do produto interno bruto e o último balanço do mercado de trabalho, muitos chegam ____________ conclusão _____________ pioramos.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas nas frases devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Alternativas
Ano: 2013 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: UFAL Prova: COPEVE-UFAL - 2013 - UFAL - Ciências Sociais - Licenciatura |
Q1273835 Português
“Avanços científicos retiram dos corpos físicos a ideia de perfeição e ampliam os espaços da investigação celeste”
CAMENIETZKI, Carlos Ziller. Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 7. Nº 75. Dez. 2012. 
Os vocábulos preposicionados em destaque desempenham, respectivamente, as funções sintáticas de 
Alternativas
Ano: 2013 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: UFAL Prova: COPEVE-UFAL - 2013 - UFAL - Ciências Sociais - Licenciatura |
Q1273834 Português
Grão de Amor
Me deixe sim, mas só se for Pra ir ali e pra voltar Me deixe sim, meu grão de amor Mas nunca deixe de me amar.
Agora as noites são tão longas No escuro eu penso em te encontrar Me deixe só até a hora de voltar.
Disponível em: http://letras.mus.br. Acesso em: 10 dez. 2013 (fragmento).
“Grão de amor” é uma composição intimista de cunho coloquial. Levando em consideração que o interlocutor dirige-se a uma segunda pessoa, como ficaria os dois últimos versos da primeira estrofe, caso fossem reescritos na norma padrão?
Alternativas
Ano: 2012 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2012 - IF-GO - Vestibular |
Q1273701 Português

A questão toma por base o texto a seguir, de Carlos Drummond de Andrade.  

Elegia 1938

Trabalhas sem alegria para um mundo caduco, onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo. Praticas laboriosamente os gestos universais, sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.

Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas, e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção. À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.

Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer. Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.

Caminhas entre mortos e com eles conversas sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito. A literatura estragou tuas melhores horas de amor. Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.

Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota e adiar para outro século a felicidade coletiva. Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia Poética. 47

ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.

Vocabulário:

Elegia – Poema lírico, cujo tom é quase sempre terno e triste. 

“Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas, e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.”
Ao relacionarmos o sentido figurado dos termos “heróis” e “arrastas” nos versos de Drummond transcritos acima, constatamos que:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: INEP Órgão: IF-RR Prova: INEP - 2017 - IF-RR - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1273564 Português

Assinale a sequência que completa corretamente estes períodos:


I. Ela _____________ disse que não faria a prova de proficiência.

II. Vão _____________ os livros. solicitados pela biblioteca.

III. A reitora estava ______________ aborrecida com a falta de recursos financeiros.

IV. É ________________ muita atenção para atravessar a rua.

V. É ________________ a entrada de animais neste estabelecimento.

Alternativas
Ano: 2017 Banca: INEP Órgão: IF-RR Prova: INEP - 2017 - IF-RR - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1273561 Português
Leia o poema “Velho Lucas”, de Eli Macuxi, e responda à questão :
Assim que por gente me entendi
por sua causa acreditei que namorava um bem-te-vi e pelo amor me apaixonei
Você tirou meus dentes de leite e dizia à ‘sua menina’ que deveria jogá-los no telhado declamando uma rima ... ... Quantas vezes cortou minha franja? Quantas vezes fingiu brincar de manja? Quantas vezes me fez ler um mapa? Quantas vezes me educou no tapa?
Num doze de março você veio ao mundo sem saber como seria profundo o sulco na alma da filha mais velha que tanto temeu ser analfabeta
Acho que deu certo, meu velho pai você atingiu a sua meta ... e a ninguém, mais do que a você responsabilizo hoje por eu pretender ser poeta.
Amor para quem odeia, 2ª ed. 2016, p. 23-24.

Aponte a alternativa que contém erro de análise:
Alternativas
Ano: 2010 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2010 - IF-GO - Vestibular |
Q1273503 Português
Texto 4
Subsídio para debate sobre cultura

     Na realidade, não existe filosofia em geral: existem diversas filosofias ou concepções do mundo e sempre se faz uma escolha entre elas. Como ocorre essa escolha? É esta escolha um fato puramente intelectual, ou é um fato mais complexo? E não ocorre frequentemente que entre o fato intelectual e a norma de conduta exista uma contradição? Qual será, então, a verdadeira concepção do mundo: a que é logicamente afirmada como fato intelectual, ou que resulta da atividade real de cada um, que está implícita na sua ação? E, já que a ação é sempre uma ação política, não se pode dizer que a verdadeira filosofia de cada um se acha inteiramente contida na sua política? Este contraste entre o pensar e o agir, isto é, a coexistência de duas concepções do mundo, uma afirmada por palavras e a outra manifestando-se na ação efetiva, nem sempre se deve à má-fé. A má-fé pode ser uma explicação satisfatória para alguns indivíduos considerados isoladamente, ou até mesmo para grupos mais ou menos numerosos, mas não é satisfatória quando o contraste se verifica nas manifestações vitais de grandes massas: neste caso, ele não pode deixar de ser a expressão de contrastes mais profundos de natureza histórico-social.  
Gramsci, Antônio. Concepção Dialética da História. São Paulo:
Civilização Brasileira, s/d. 
Sobre as relações morfossintáticas, analise as seguintes proposições:

I. Em “Na realidade, não existe filosofia em geral: existem diversas filosofias ou concepções...”, as formas verbais destacadas podem ser substituídas pela forma verbal “” preservando-se a correção gramatical.
II. O pronome “esta” em “É esta escolha um fato puramente intelectual, ou é um fato mais complexo?” exerce a função de termo que retoma uma ideia já enunciada.
III. Em “logicamente afirmada como fato intelectual” – os termos grifados participam da mesma classe gramatical.
IV. No período “A má-fé pode ser uma explicação satisfatória para alguns indivíduos considerados isoladamente, ou até mesmo para grupos mais ou menos numerosos...”, estalece-se uma relação de oposição entre as duas orações.

Estão corretas:

Alternativas
Ano: 2010 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2010 - UECE - Vestibular - Primeira Fase - Inglês |
Q1273169 Português

Sobre o emprego do vocábulo ''assim'' nas linhas 19 e 34, considere as seguintes afirmações:

I - Os dois funcionam como elementos de coesão entre parágrafos.

II - O da linha 19 aponta para o que foi dito anteriormente.

III - O da linha 34 tem valor de conclusão.

Está correto o que se afirma

Alternativas
Ano: 2010 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2010 - UECE - Vestibular - Primeira Fase - Inglês |
Q1273168 Português
Considere as proposições abaixo sobre o uso do elemento ''pois'' na linha 19. I - Mesmo sem desempenhar função definida pela gramática, produz efeito de sentido, se considerado no plano textual-discursivo. II - Tem como uma de suas funções convocar o leitor para seguir o raciocínio que se inicia no primeiro parágrafo e continua no segundo. III - Introduz no segundo parágrafo uma relação de conclusão para o que foi informado no parágrafo anterior.
Está correto o que se afirma
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2010 - UECE - Vestibular - Segunda Fase - Redação - Português |
Q1272567 Português
Texto 2

A completude não existe



(Betty Milan. Veja. 1/04/2010. Edição 2161, ano 43, no 16.)
Considere o enunciado “Num de seus seminários, Lacan retomou esse mito para ensinar que, na verdade, o amor é „o desejo impossível de ser um quando há dois‟” (linhas 133-136). Nos itens a seguir, a expressão “na verdade” aparece deslocada em relação ao texto original.
I - Num de seus seminários, Lacan retomou esse mito para ensinar que o amor é, na verdade, “o desejo impossível de ser um quando há dois”. II - Num de seus seminários, Lacan retomou esse mito para ensinar que o amor, na verdade, é “o desejo impossível de ser um quando há dois”. III - Num de seus seminários, Lacan, na verdade, retomou esse mito para ensinar que o amor é “o desejo impossível de ser um quando há dois”.
Em qual(is) dos itens o sentido original se mantém?
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2010 - UECE - Vestibular - Segunda Fase - Redação - Português |
Q1272565 Português
Texto 2

A completude não existe



(Betty Milan. Veja. 1/04/2010. Edição 2161, ano 43, no 16.)
Indique a opção que expressa a ideia que poderia constituir o sujeito do verbo tratar no enunciado “Trata-se de um mito originário da Grécia que se perpetua no nosso imaginário”. (linhas 120-122)
Alternativas
Respostas
961: D
962: C
963: B
964: E
965: E
966: A
967: D
968: C
969: B
970: A
971: C
972: A
973: E
974: B
975: E
976: B
977: B
978: A
979: C
980: C