Questões de Vestibular de Português - Variação Linguística

Foram encontradas 182 questões

Q1401575 Português

    O coronel recusou a sopa.

    — Que é isso, Juca? Está doente?

    O coronel coçou o queixo. Revirou os olhos. Quebrou um palito. Deu um estalo com a língua.

    — Que é que você tem, homem de Deus?

    O coronel não disse nada. Tirou uma carta do bolso de dentro. Pôs os óculos. Começou a ler:

    — Exmo. Snr. Coronel Juca.

    — De quem é?

    — Do administrador da Santa Inácia.

    — Já sei. Geada?

    — Escute. Exmo. Snr. Coronel Juca. Respeitosas Saudações. Em primeiro lugar Saudo-vos. V.Ecia. e D. Nequinha. Coronel venho por meio desta respeitosamente comunicar para V. E. que o cafezal novo agradeceu bastante as chuvarada desta semana. E tal e tal e tal. Me acho doente diversos incômodos divido o serviço.

    — Coitado.

MACHADO, A. A. Notas biográficas do novo deputado. In: OLIVEIRA, N. Histórias de imigrantes. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado).

Os trechos em itálico no texto sinalizam o que foi escrito pelo remetente da carta. Embora o personagem administrador da Santa Inácia inicie o recado na norma-padrão, em outros momentos usa “as chuvarada” (sem o “s” de plural), “divido o” em lugar de “devido ao”, demonstrando
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Q1401573 Português

O Lavrador

    

    Esse homem deve ser de minha idade – mas sabe muito mais coisas. Era colono em terras mais altas, se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce quando ainda se podia requerer duas colônias de cinco alqueires “na beira da água grande” quase de graça. Brocou a mata com a foice, depois derrubou, queimou, plantou seu café.

    Explica-me: “Eu trabalho sozinho, mais o menino meu.” Seu raciocínio quando veio foi este: “Vou tratar de cair na mata; a mata é do governo, e eu sou fio do Estado, devo ter direito.” Confessa que sua posse até hoje não está legalizada: “Tenho de ir a Linhares, mas eu magino esse aguão...”

BRAGA, R. 200 crônicas escolhidas. Rio Janeiro: Record, 2004.

Nesse texto, as falas do homem descrito pelo narrador são marcadas por aspas e algumas palavras grafadas em itálico. Esses destaques caracterizam uma variedade linguística
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Ano: 2017 Banca: FUVEST Órgão: FUVEST Prova: FUVEST - 2017 - FUVEST - Vestibular - Primeira Fase |
Q1401131 Português


 Aluísio Azevedo, O cortiço.


* ensarilhar-se: emaranhar-se.

** rezinga: resmungo.

Constitui marca do registro informal da língua o trecho
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Ano: 2016 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2016 - UNICENTRO - Vestibular - Língua Portuguesa |
Q1400967 Português


AMARILDO. Charge. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016
A fala da mãe do menino, no último quadrinho, revela o uso de uma variação linguística conhecida como
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Ano: 2011 Banca: ACAFE Órgão: UNC Prova: ACAFE - 2011 - UNC - Vestibular - Verão |
Q1400378 Português
Assinale a frase que está de acordo com a norma padrão escrita da língua portuguesa.
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Q1399907 Português

Assum preto

  Tudo em vorta é só beleza            

  Sol de abril e a mata em frô           

Mas Assum preto, cego dos óio   

Num vendo a luz, ai, canta de dô.


Tarvez por ignorança                   

Ou mardade das pió                    

 Furaro os óio do Assum preto      

 Pra ele assim, ai, cantá mió.        


Assum preto veve sorto              

Mas num pode avuá                    

  Mil vez a sina de uma gaiola         

  Desde que o céu, ai, pudesse oiá.


   Assum preto, o meu cantar            

É tão triste como o teu                

 Também robaro o meu amor        

 Que era a luz, ai, dos óio meu.    

GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em:

www.vagalume.com.br. Acesso em: 17 jul. 2014.

O texto poético Assum preto apresenta uma variedade linguística caracterizada pela informalidade da situação de comunicação e pelo gênero letra de canção regional. Essa variedade de língua está marcada no texto pela
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Q1399264 Português
A defesa da língua O jornalista Eduardo Martins, colaborador de Agitação e autor do Manual de Redação do jornal O Estado de S. Paulo, foi o convidado de honra do almoço realizado no dia 31 de agosto, em São Paulo, pelas academias Paulista de Letras, Cristã de Letras, Internacional de Direito Econômico, Paulista de Educação, de Medicina de São Paulo e Paulista de História. O evento faz parte do calendário mensal das academias e sempre conta com uma personalidade para falar sobre temas atuais ligados à educação e à literatura. Martins abordou os vícios que castigam a língua portuguesa. Os mais comuns, de acordo com o jornalista, são o descaso com a concordância – principalmente no caso do plural –, o uso de estrangeirismos, a utilização errônea da crase e o internetês, a linguagem cifrada adotada pelos jovens na rede mundial de computadores e que começa a migrar para as lições escolares. Agitação, n. 65, set.-out. 2005.
A língua portuguesa, como toda língua viva, agrega ao longo de seu desenvolvimento histórico elementos que marcam variações em seu sistema. Entretanto, algumas pessoas veem tais variações como “erros”. Percebe-se que o jornalista citado tem esse pensamento, pois, segundo a notícia, ele
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Q1399263 Português
Aos dezoito anos pai Norato deu uma facada num rapaz, num adjutório, e abriu o pé no mundo. Nunca mais ninguém botou os olhos em riba dele, afora o afilhado. — Padrinho, evim cá chamá o sinhô pra mode i morá mais eu. — Quá, flo, esse caco de gente num sai daqui mais não. — Bamo. Buli gente num bole, mais bicho... O sinhô anda perrengado... ÉLIS, B. Obras reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987.
A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma grande variedade de dialetos. Nesse sentido, a linguagem usada no texto
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Ano: 2018 Banca: IF-AL Órgão: IFAL Prova: IF-AL - 2018 - IFAL - Vestibular |
Q1380911 Português
Para a questão, leia o texto abaixo.

Qual a nota máxima que alguém já tirou no teste de QI?


    Foi 162. Nos últimos anos, três crianças conseguiram essa pontuação, no processo de avaliação da Mensa, a famosa sociedade exclusiva para pessoas de alto QI.
    Isso não quer dizer que dá para cravar que esses geniozinhos são os mais inteligentes da Terra.
    É que não existe um único teste padronizado para avaliar o nível de inteligência das pessoas. Mesmo entre as oficiais e confirmadas pelas ciências, há um punhado de avaliações diferentes. Só dentro da Mensa, existe três.
    Além disso, essas crianças não passaram pelo mesmo teste que seria aplicado a um adulto. Essas provas levam em conta a faixa etária – só indicam, portanto, que há uma inteligência acima do esperado para determinada fase da vida. Sabendo disso, fica complicado comparar gente de idades muito diferentes.
    Em terceiro lugar, vale lembrar que não existe “nota 10” quando estamos falando de teste de QI.
    No Wais-IV, nome dado ao mais difundido teste de QI, não existe um teto. Pior: quanto maior a pontuação, menos ela diz sobre uma pessoa.
    Uma nota 100 significa uma inteligência mediana. Pessoas de inteligência muito superior tiram a partir de 130. A partir de 160, o teste perde a capacidade de assimilar todas as nuances dessas mentes brilhantes. No fim, todos esses testes de QI têm algo em comum: depende de Quem Indica.
(https://super.abril.com.br/blog/oraculo/qual-a-nota-maxima-que-alguem-jatirou-no-teste-de-qi/. Acesso em 17/9/2018. Texto adaptado)
Marque a alternativa que faz uma afirmação errada quanto aos aspectos linguísticos e/ou discursivos do texto.
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Ano: 2012 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2012 - ULBRA - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1378905 Português
A questão refere-se à tira abaixo, disponível no site: http://search.babylon.com/?s= img&babsrc=HP_ss&rlz=0&q=radicci+-+tiras+de+humor&start=24.



Qual é a linguagem predominante nos quadrinhos acima?
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Ano: 2012 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2012 - ULBRA - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1378894 Português

A questão está baseada no fragmento do conto O Alienista, da Machado de Assis, disponível no site: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000231.pdf.


Assinale a alternativa correta quanto à linguagem predominante no texto acima.
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Ano: 2017 Banca: INEP Órgão: IF Sul Rio-Grandense Prova: INEP - 2017 - IF Sul Rio-Grandense - Vestibular - Integrado |
Q1378064 Português

Texto 1



LHULLIER, Luciana. Onde mora sua muiteza? In: No coração da floresta (blog). 08 out. 2013 (adaptado). Original disponível em: <https://contesdesfee.wordpress.com/page/2/>. Acesso: 05 ago. 2016.


Vocabulário:

Onírico: de sonho e/ou relativo a sonho.

Pantomima: representação teatral baseada na mímica (ou seja, em gestos corporais); por extensão, situação falsa, representação, ilusão, fraude.

Patético: que provoca sentimento de piedade ou tristeza; indivíduo digno da piedade alheia.

Leia os trechos abaixo, retirados do texto. Neles, observa-se a recorrência do advérbio “lá” (sublinhado nos trechos, a seguir), empregado como recurso de coesão.

Para responder à questão, marque (V) para as justificativas verdadeiras e (F) para as falsas, considerando as palavras ou expressões às quais se refere o advérbio “lá”.

( ) [...] Alice seguiu um coelho até sua toca e lá se viu em um espaço totalmente novo. (linhas 5 e 6) – “lá” significa “toca do coelho” ( ) É lá que ela [...] encontra velhos amigos [...]. (linha 14) – “lá” significa “toca do coelho” ( ) [...] você perdeu sua muiteza. dentro. Falta alguma coisa. (linha 17) – “lá” significa “infância” ( ) Talvez tenha sido isso que ela fora até lá buscar. (linha 19) – “lá” significa “infância” ( ) Vagamos pelo mundo com alguma coisa faltando. dentro. (linha 26) – “lá” significa “um espaço dentro de nós”

A sequência correta dessa associação, de cima para baixo, é
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Ano: 2011 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2011 - ULBRA - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1377150 Português
A questão está baseada na charge abaixo, publicada na Folha de São Paulo no dia 28 de maio de 2009. 


No primeiro quadrinho, a utilização das palavras “Droga!” e “tá notando” apontam para uma variação linguística. Que tipo de registro linguístico está sendo empregado?
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Ano: 2015 Banca: UNIVIÇOSA Órgão: UNIVIÇOSA Prova: UNIVIÇOSA - 2015 - UNIVIÇOSA - Vestibular - Primeiro Semestre - Prova 2 |
Q1376786 Português
A linguagem usada neste texto pode ser classificada como
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Ano: 2019 Banca: FAG Órgão: FAG Prova: FAG - 2019 - FAG - Vestibular - Segundo Semestre - Medicina |
Q1369785 Português
Texto 2


Uma boa comunicação pode impulsionar a carreira corporativa

    Não se trata apenas de saber se vender no mercado; a capacidade de lidar com colegas e equipes é fundamental para estimular o desempenho e a produtividade.
    Que a comunicação é primordial, na vida particular e no mundo corporativo, não há a menor dúvida. A capacidade de expressar ideias e mobilizar outras pessoas é essencial para construir relacionamentos, educar filhos, formar equipes, superar concorrentes. Mas existem alguns mal-entendidos a respeito dessa competência tão importante.
    Um dos mais comuns é: comunicar-se bem significa falar bem. Não necessariamente. “Saber ouvir é uma qualidade indispensável e pouco encontrada no mundo corporativo”, afirma Mara Behlau, professora do Insper, especialista em voz e consultora em comunicação humana. “Muitas vezes, as pessoas falam sem parar e têm certeza de que o outro entendeu.”
    A professora lembra que, em diversos casos, a fala excessiva surge da necessidade que muitos profissionais sentem de se mostrar ativos. “Um gestor extrovertido parece muito participativo, mas também repetitivo. O introvertido é mais observador, porém parece desinteressado, sem opinião.” O ideal, diz ela, é ser ambivertido: “Há momentos para observar e momentos para se expor, trazer ideias”.
Texto disponível em: https://exame.abril.com.br/geral/uma-boa-comunicacao-podeimpulsionar-a-carreiracorporativa (Adaptado).
Dentre as considerações a seguir, acerca do vocábulo AMBIVERTIDO contido no texto 2, está CORRETO o que se afirma em:
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Ano: 2015 Banca: IF-AL Órgão: IFAL Prova: IF-AL - 2015 - IFAL - Vestibular |
Q1369384 Português
Marque abaixo a única alternativa que não está de acordo com o texto.
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Ano: 2015 Banca: IF-AL Órgão: IFAL Prova: IF-AL - 2015 - IFAL - Vestibular |
Q1369381 Português

Texto 2


Será que os dicionários liberaram o ‘dito-cujo’?


Por Sérgio Rodrigues


Brasileirismo informal, termo não está proibido, mas deve ser usado de forma brincalhona


O registro num dicionário não dá certificado automático de adequação a expressão alguma: significa apenas que ela é usada com frequência suficiente para merecer a atenção dos lexicógrafos.

O substantivo “dito-cujo”, que substitui o nome de uma pessoa que já foi mencionada ou que por alguma razão não se deseja mencionar, é um brasileirismo antigo e, de certa forma, consagrado, mas aceitável apenas na linguagem coloquial.

Mais do que isso: mesmo em contextos informais seu emprego deve ser sempre “jocoso”, ou seja, brincalhão, como anotam diversos lexicógrafos, entre eles o Houaiss e o Francisco Borba. Convém que quem fala ou escreve “dito-cujo” deixe claro que está se afastando conscientemente do registro culto.

Exemplo: “O leão procurou o gerente da Metro e se ofereceu para leão da dita-cuja, em troca de alimentação”, escreveu Millôr Fernandes numa de suas “Fábulas fabulosas”.  



(http://veja.abril.com.br/blog/sobrepalavras/consultorio/sera-que-os-dicionarios-liberaram-odito-cujo/>. Acesso em 13/11/2015. Texto adaptado) 

Em vista da intenção do autor – refletir sobre o uso da expressão “dito-cujo” –, o texto se organiza linguisticamente observando certas propriedades de estilo. Quanto a essas propriedades, apenas está correto o que se afirma em:
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Ano: 2014 Banca: FAG Órgão: FAG Prova: FAG - 2014 - FAG - Vestibular - Primeiro Semestre - Medicina |
Q1365380 Português
Leia, atentamente, o Texto I para responder à questão.


TEXTO I

Mas pensar positivo funciona?

    Funciona. Mas não como a maioria das pessoas gostaria. O pensamento positivo não vai engordar sua conta bancária do dia para a noite. Nem fará carros e diamantes orbitar ao seu redor. Porém, segundo várias pesquisas, uma atitude otimista pode influenciar muito a resistência do organismo às doenças. Uma comprovação disso veio da Universidade Harvard, nos EUA. Há 5 anos, um grupo de médicos da instituição descobriu que pensar positivamente pode fazer bem para os pulmões. Os pesquisadores avaliaram o estado de saúde de 670 homens na faixa dos 60 anos de idade. Também aplicaram testes de personalidade para identificar quem eram os otimistas e os pessimistas.
    Depois de 8 anos, constatou-se que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais resistente a doenças pulmonares quando comparada ao grupo dos estressados. Até mesmo os fumantes otimistas apresentaram resultados melhores que os adeptos do tabagismo que eram, digamos, baixo-astral. O coração também bate melhor quando estamos com bom humor. Os pesquisadores do Instituto Delfland de Saúde Mental, na Holanda, monitoraram homens com idade entre 64 e 84 anos durante 15 anos. A incidência de enfartes e derrames foi menor entre os que tinham uma atitude positiva. Os otimistas apresentaram ainda 55% menos risco de ter doenças cardíacas. O que essas pesquisas revelam pode soar óbvio: pessoas com disposição para ver o lado positivo da vida tendem a cuidar mais da saúde, a praticar exercícios e se alimentar melhor.
(Fonte: Revista Superinteressante, 2007). 
O excerto “O que essas pesquisas revelam pode soar óbvio” muda da variável linguística culta para a coloquial se for reescrito da seguinte forma:
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Q1365131 Português


ANDRADE. Carlos Drummond de. Prece do brasileiro. Disponível em: <http://www.memoriaviva.com.br/drummond/poema064.htm>. Acesso em: 30 maio 2011.

A linguagem do texto caracteriza-se pelo uso

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Ano: 2017 Banca: FPS Órgão: FPS Prova: FPS - 2017 - FPS - Vestibular - Segundo dia |
Q1363302 Português

Texto 2
Nada cai do céu


O racionamento a que pode ser submetida boa parte da população paulistana – e de outras cidades e estados brasileiros – poderia ser evitado? A questão é muito mais complexa do que possa parecer. Afinal, todos que vivemos nessas áreas já somos e seremos ainda mais afetados. 
O calor bate recordes no mundo. Dados recentes apontam 2014 como o ano mais quente da história. A temperatura média no solo e nos oceanos aumentou 0,69 graus, superando recordes anteriores. Parece pouco, mas não é. A cada 20 ou 30 anos, em média, o Oceano Pacífico, a maior massa de água do Planeta, sofre variações de temperatura, ficando mais quente ou mais frio que o normal. Essas oscilações interferem nos ventos, na chuva e na temperatura em muitas regiões do globo. No Brasil, diversos estados já sentem os impactos dessa alteração climática. O verão passado foi um dos mais secos e quentes, não apenas na região da capital paulista e seu entorno, mas também em grande parte do Sudeste, sobretudo em Minas Gerais, de onde vem a maior parte da água que abastece a região metropolitana, por meio do sistema Cantareira. Áreas dessa região registraram anomalias de até 5 graus nas temperaturas máximas.
Com pouca água e maior consumo, devido ao calor, os rios e represas que abastecem o sistema caíram aos menores níveis já vistos. Em São Paulo, desde 2012, o Cantareira vem sofrendo com chuva abaixo do normal. 
As previsões não são as melhores. Segundo o estudo da Climatempo, apenas no verão de 2017, é que se poderá esperar por uma chuva normal ou acima da média, para uma consistente recuperação do sistema.
Reverter a situação é um desafio. Trata-se de algo muito mais educativo do que meteorológico. Desde o final de 2013, meteorologistas têm alertado sobre esse cenário crítico. Já se sabe que o quadro não é favorável, e há pouca chance de mudança em curto prazo. Porém, em um planeta onde 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos é ocupado por água, o ser humano ainda parece acreditar que ela nunca irá acabar. Com ou sem chuva à vista, a população precisa entender que a água pode – e vai – acabar se não forem tomadas medidas preventivas. 
A conscientização sobre o consumo deve ser permanente. O que as nossas autoridades precisam entender é que não dá para passar uma vida acreditando na ajuda divina. É preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito a fazer e a investir. Porque nada cai do céu – nem mesmo a água tem caído, ultimamente. 


MAGNO, Carlos. Folha de S. Paulo. Opinião,
25 fev. 2015. Adaptado. 

Analise a natureza da linguagem em uso no trecho: “É preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito a fazer e a investir. Porque nada cai do céu.” (6º parágrafo) Nesse trecho:
Alternativas
Respostas
21: D
22: D
23: E
24: B
25: B
26: A
27: B
28: D
29: E
30: A
31: B
32: B
33: D
34: B
35: D
36: A
37: B
38: A
39: A
40: C