Questões de Vestibular Sobre não definido
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Candido Portinari. Meninos brincando.
Rio de Janeiro, 1955. Internet:<www.portinari.org.br>.
Roger Mayne. Handstand. London, 1956.
Internet: <viewingroom.huxleyparlour.com>.
O pátio, que se desdobrava diante do copiar, era imenso, julgo que não me atreveria a percorrê-lo. O fim dele tocava o céu. Um dia, entretanto, achei-me além do pátio, além do céu. Como cheguei ali não sei. Homens cavavam o chão, um buraco se abria, medonho, precipício que me encolhia apavorado entre montanhas erguidas nas bordas. Para que estariam fazendo aquela toca profunda? Para que estariam construindo aqueles montes que um pó envolvia como fumaça? Retraí-me na admiração que me causava o extraordinário formigueiro. As formigas suavam, as camisas brancas tingiam-se, enegreciam, ferramentas cravavam-se na terra, outras jogavam para cima o nevoeiro que formava os morros. (...) O que então me pasmou foi o açude, maravilha, água infinita onde patos e marrecos nadavam. Surpreenderam-me essas criaturas capazes de viver no líquido. O mundo era complicado. O maior volume de água conhecido antes continha-se no bojo de um pote e aquele enorme vaso metido no chão, coberto de folhas verdes, flores, aves que mergulhavam de cabeça para baixo, desarranjava-me a ciência. Com dificuldade, estabeleci relação entre o fenômeno singular e a cova fumacenta. Esta, porém, fora aberta numa região distante, e o açude se estirava defronte da casa. Estava ali, mas tinha caprichos, mudava de lugar, não se aquietava, era uma coisa vagabunda.
Graciliano Ramos. Infância.
Rio de Janeiro: Record, 2003, pp. 14 e 15.
A declaração do narrador de que “O mundo era complicado” não corresponde à visão de mundo de um adulto, pois expressa a incapacidade da mente infantil em formação de compreender fenômenos básicos como a diferença entre a água no pote e aquela contida no açude.
Candido Portinari. Meninos brincando.
Rio de Janeiro, 1955. Internet:<www.portinari.org.br>.
Roger Mayne. Handstand. London, 1956.
Internet: <viewingroom.huxleyparlour.com>.
O pátio, que se desdobrava diante do copiar, era imenso, julgo que não me atreveria a percorrê-lo. O fim dele tocava o céu. Um dia, entretanto, achei-me além do pátio, além do céu. Como cheguei ali não sei. Homens cavavam o chão, um buraco se abria, medonho, precipício que me encolhia apavorado entre montanhas erguidas nas bordas. Para que estariam fazendo aquela toca profunda? Para que estariam construindo aqueles montes que um pó envolvia como fumaça? Retraí-me na admiração que me causava o extraordinário formigueiro. As formigas suavam, as camisas brancas tingiam-se, enegreciam, ferramentas cravavam-se na terra, outras jogavam para cima o nevoeiro que formava os morros. (...) O que então me pasmou foi o açude, maravilha, água infinita onde patos e marrecos nadavam. Surpreenderam-me essas criaturas capazes de viver no líquido. O mundo era complicado. O maior volume de água conhecido antes continha-se no bojo de um pote e aquele enorme vaso metido no chão, coberto de folhas verdes, flores, aves que mergulhavam de cabeça para baixo, desarranjava-me a ciência. Com dificuldade, estabeleci relação entre o fenômeno singular e a cova fumacenta. Esta, porém, fora aberta numa região distante, e o açude se estirava defronte da casa. Estava ali, mas tinha caprichos, mudava de lugar, não se aquietava, era uma coisa vagabunda.
Graciliano Ramos. Infância.
Rio de Janeiro: Record, 2003, pp. 14 e 15.
Do trecho “Estava ali, mas tinha caprichos, mudava de lugar, não se aquietava” infere-se que a percepção do açude pela perspectiva infantil, aberta ao contato mais dinâmico com os objetos, vistos ao revés como nas imagens apresentadas, mostra-se mais criativa, móvel e realista que a experimentada pelos adultos já integrados a uma visão estanque da realidade.
Candido Portinari. Meninos brincando.
Rio de Janeiro, 1955. Internet:<www.portinari.org.br>.
Roger Mayne. Handstand. London, 1956.
Internet: <viewingroom.huxleyparlour.com>.
O pátio, que se desdobrava diante do copiar, era imenso, julgo que não me atreveria a percorrê-lo. O fim dele tocava o céu. Um dia, entretanto, achei-me além do pátio, além do céu. Como cheguei ali não sei. Homens cavavam o chão, um buraco se abria, medonho, precipício que me encolhia apavorado entre montanhas erguidas nas bordas. Para que estariam fazendo aquela toca profunda? Para que estariam construindo aqueles montes que um pó envolvia como fumaça? Retraí-me na admiração que me causava o extraordinário formigueiro. As formigas suavam, as camisas brancas tingiam-se, enegreciam, ferramentas cravavam-se na terra, outras jogavam para cima o nevoeiro que formava os morros. (...) O que então me pasmou foi o açude, maravilha, água infinita onde patos e marrecos nadavam. Surpreenderam-me essas criaturas capazes de viver no líquido. O mundo era complicado. O maior volume de água conhecido antes continha-se no bojo de um pote e aquele enorme vaso metido no chão, coberto de folhas verdes, flores, aves que mergulhavam de cabeça para baixo, desarranjava-me a ciência. Com dificuldade, estabeleci relação entre o fenômeno singular e a cova fumacenta. Esta, porém, fora aberta numa região distante, e o açude se estirava defronte da casa. Estava ali, mas tinha caprichos, mudava de lugar, não se aquietava, era uma coisa vagabunda.
Graciliano Ramos. Infância.
Rio de Janeiro: Record, 2003, pp. 14 e 15.
No trecho “As formigas suavam, as camisas brancas tingiam-se, enegreciam”, o emprego da metáfora para representar os trabalhadores é um recurso estético que distancia a narrativa da imaginação infantil.
Candido Portinari. Meninos brincando.
Rio de Janeiro, 1955. Internet:<www.portinari.org.br>.
Roger Mayne. Handstand. London, 1956.
Internet: <viewingroom.huxleyparlour.com>.
O pátio, que se desdobrava diante do copiar, era imenso, julgo que não me atreveria a percorrê-lo. O fim dele tocava o céu. Um dia, entretanto, achei-me além do pátio, além do céu. Como cheguei ali não sei. Homens cavavam o chão, um buraco se abria, medonho, precipício que me encolhia apavorado entre montanhas erguidas nas bordas. Para que estariam fazendo aquela toca profunda? Para que estariam construindo aqueles montes que um pó envolvia como fumaça? Retraí-me na admiração que me causava o extraordinário formigueiro. As formigas suavam, as camisas brancas tingiam-se, enegreciam, ferramentas cravavam-se na terra, outras jogavam para cima o nevoeiro que formava os morros. (...) O que então me pasmou foi o açude, maravilha, água infinita onde patos e marrecos nadavam. Surpreenderam-me essas criaturas capazes de viver no líquido. O mundo era complicado. O maior volume de água conhecido antes continha-se no bojo de um pote e aquele enorme vaso metido no chão, coberto de folhas verdes, flores, aves que mergulhavam de cabeça para baixo, desarranjava-me a ciência. Com dificuldade, estabeleci relação entre o fenômeno singular e a cova fumacenta. Esta, porém, fora aberta numa região distante, e o açude se estirava defronte da casa. Estava ali, mas tinha caprichos, mudava de lugar, não se aquietava, era uma coisa vagabunda.
Graciliano Ramos. Infância.
Rio de Janeiro: Record, 2003, pp. 14 e 15.
A forma narrativa em primeira pessoa impede o narrador - um escritor experiente - de se aproximar da perspectiva infantil do personagem, uma vez que é impossível, mesmo para um artista, representar esteticamente o seu outro de classe, gênero ou etnia.
Considerando a partitura precedente, de Allah-la-ô, julgue o item.
Na parte final de Allah-la-ô, entre os compassos 38 e 39 e entre os compassos 42 e 43, encontram-se alguns desvios de acentuação do tempo, chamados de
C quiáltera.
Para determinar onde estão posicionadas as notas nas linhas e nos espaços, coloca-se uma clave no pentagrama, no início da música, para indicar uma nota de referência, sendo utilizada, em Allah-la-ô, a clave de sol, que indica que a nota sol é a nota de referência e está localizada na segunda linha de baixo para cima.
Considerando a partitura precedente, de Allah-la-ô, julgue o item.
A música é escrita no pentagrama, um sistema de cinco linhas horizontais e quatro espaços entre as linhas, no qual devem ser escritas as notas musicais.
Os grupos de letras e números que aparecem escritos sobre as notas musicais são chamados de cifras e significam o código dos instrumentos que devem tocar a melodia em cada trecho musical.
Na construção melódica da marchinha Allah-la-ô, ora são utilizados saltos entre as notas, o que é uma referência às escalas, ora são utilizadas notas em sequências conjuntas sem saltos, o que é uma referência ao arpejo de acordes.
Considerando a partitura precedente, de Allah-la-ô, julgue o item.
No início do primeiro pentagrama, o número 2 sobre o número 4 indica que o compasso da marchinha Allah-la-ô é binário, ou seja, o compasso tem dois tempos; sendo assim, cada nota escrita no compasso n.º 10 vale ½ tempo.
Na dramaturgia, Chico Buarque se destaca como representante do teatro realista brasileiro.
O teatro naturalista no Brasil aborda questões voltadas à preservação da natureza.
Chiquinha Gonzaga pode ser considerada uma pioneira no reconhecimento dos direitos de igualdade das mulheres no Brasil, tendo podido contribuir para o fato de as mulheres brasileiras terem passado, em 1932, a ter direito ao voto.
Alguns temas e letras de marchinhas de carnaval compostas durante o século XX são considerados, hoje em dia, inadequados, como, por exemplo, os presentes em O teu cabelo não nega, Cabeleira do Zezé, Mamãe eu quero e Touradas de Madrid.
A marchinha Allah-la-ô, apesar de ter sido composta na primeira metade do século XX, traz à tona um tema atual, acentuado, ano a ano, devido ao aumento da emissão de carbono e, consequentemente, da deterioração da camada de ozônio da atmosfera terrestre.
Chico Buarque e Caetano Veloso iniciaram suas carreiras como compositores de marchinhas de carnaval.
Cordões carnavalescos são agremiações recreativas de bairros, predecessores das escolas de samba, os quais, no final do século XIX, desfilavam inicialmente pelas ruas do Rio de Janeiro e, posteriormente, pelas de São Paulo e de outras cidades brasileiras, e o nome “cordão” deve-se ao fato de seus integrantes dançarem enfileirados, mas sem a existência real de um cordão que os una.
A marchinha de carnaval é uma música puramente europeia, embasada em ritmos, harmonias, melodias e instrumental advindos do velho continente, portanto suas melodias possuem uma alta complexidade técnica, sendo difícil cantá-las.
Tendo como referência os textos precedentes, julgue o item a seguir.
A marchinha de carnaval tem sua origem rítmica nas marchas militares, compostas em compasso de dois tempos com acentuação no segundo tempo.
Suponha que um laboratório que produz camundongos tenha cruzado um camundongo macho com fenótipo Balb-c, de linhagem pura para ausência de pigmentação nos pelos, com uma fêmea do tipo selvagem, de linhagem pura para a presença de coloração nos pelos, gerando prole. Dadas as informações e a situação hipotética precedente, julgue o item.
Na situação hipotética, a prole do cruzamento apresentará pelos brancos.