Questões de Vestibular IF-PR 2018 para Vestibular

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Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944488 Português
     Em texto publicado no New York Times, Neal Gabler, da Universidade do Sul da Califórnia, argumenta que vivemos em uma sociedade na qual ter informações tornou-se mais importante do que pensar: uma era pós-ideias(...). Seu ponto de partida é uma constatação desconcertante: vivemos em uma sociedade vazia de grandes ideias, leia-se, conceitos e teorias influentes, capazes de mudar nossa maneira de ver o mundo. (...) Não somos menos inteligentes do que nossos ancestrais. A razão para a esqualidez de nossas ideias, segundo o autor, é que vivemos em um mundo no qual ideias que não podem ser rapidamente transformadas em negócios, lucros, são relegadas às margens. Tal condição é acompanhada pelo declínio dos ideais iluministas – o primado da razão, da ciência e da lógica – e a ascensão da superstição, da fé e da ortodoxia. (...)

    O autor aponta que a principal causa da debilidade das nossas ideias é o excesso de informações. Hoje, graças à internet, temos acesso facilitado a qualquer informação, de qualquer fonte, em qualquer parte do planeta. Colocamos a informação acima do conhecimento. Temos acesso a tantas informações que não temos tempo para processá-las. (...) Saber, ou possuir informação, tornou-se mais importante do que conhecer; mais importante porque tem mais valor, porque nos mantêm à tona, conectados em nossas infinitas redes de pseudorrelações.

   As novas gerações estão adotando maciçamente as mídias sociais, fazendo delas sua forma primária de comunicação. Para Glaber, tais mídias fomentam hábitos mentais que são opostos àqueles necessários para gerar ideias. Elas substituem raciocínios lógicos e argumentos por fragmentos de comunicação e opiniões descompromissadas.

   O mesmo fenômeno atinge as gerações mais velhas. Nas empresas, muitos executivos passam parte considerável de seu tempo captando fragmentos de notícias sobre mercados, concorrentes e clientes. (...) Vivem a colher informações e distribuí-las, sem vontade ou tempo para analisá-las. Tornam-se máquinas de captação e reprodução. À noite, em casa, repetem o comportamento nas mídias sociais. Seguem a vida dos amigos e dos amigos dos amigos; comunicam-se por uma orgia de imagens e frases curtas, signos cheios de significado e vazios de sentido. (Carta Capital, 16/10/2011)

Analise as assertivas dadas a seguir.

I) A sociedade atual não produz conhecimentos impactantes.

II) No mundo em que vivemos, a ciência tem pouco valor; predominam as ideias infundadas, e os dogmatismos.

III) Com tanta informação disponível, as novas gerações não precisam aprofundar seus conhecimentos: sabem de tudo um pouco.

IV) Os ideais iluministas são muito marcantes e a sociedade atual não consegue ultrapassá-los.

V) Na atualidade, as sociedades são regidas por interesses negociais que se traduzam em lucro.

Assinale aquelas que estão de acordo com as ideias do texto.

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944489 Português
     Em texto publicado no New York Times, Neal Gabler, da Universidade do Sul da Califórnia, argumenta que vivemos em uma sociedade na qual ter informações tornou-se mais importante do que pensar: uma era pós-ideias(...). Seu ponto de partida é uma constatação desconcertante: vivemos em uma sociedade vazia de grandes ideias, leia-se, conceitos e teorias influentes, capazes de mudar nossa maneira de ver o mundo. (...) Não somos menos inteligentes do que nossos ancestrais. A razão para a esqualidez de nossas ideias, segundo o autor, é que vivemos em um mundo no qual ideias que não podem ser rapidamente transformadas em negócios, lucros, são relegadas às margens. Tal condição é acompanhada pelo declínio dos ideais iluministas – o primado da razão, da ciência e da lógica – e a ascensão da superstição, da fé e da ortodoxia. (...)

    O autor aponta que a principal causa da debilidade das nossas ideias é o excesso de informações. Hoje, graças à internet, temos acesso facilitado a qualquer informação, de qualquer fonte, em qualquer parte do planeta. Colocamos a informação acima do conhecimento. Temos acesso a tantas informações que não temos tempo para processá-las. (...) Saber, ou possuir informação, tornou-se mais importante do que conhecer; mais importante porque tem mais valor, porque nos mantêm à tona, conectados em nossas infinitas redes de pseudorrelações.

   As novas gerações estão adotando maciçamente as mídias sociais, fazendo delas sua forma primária de comunicação. Para Glaber, tais mídias fomentam hábitos mentais que são opostos àqueles necessários para gerar ideias. Elas substituem raciocínios lógicos e argumentos por fragmentos de comunicação e opiniões descompromissadas.

   O mesmo fenômeno atinge as gerações mais velhas. Nas empresas, muitos executivos passam parte considerável de seu tempo captando fragmentos de notícias sobre mercados, concorrentes e clientes. (...) Vivem a colher informações e distribuí-las, sem vontade ou tempo para analisá-las. Tornam-se máquinas de captação e reprodução. À noite, em casa, repetem o comportamento nas mídias sociais. Seguem a vida dos amigos e dos amigos dos amigos; comunicam-se por uma orgia de imagens e frases curtas, signos cheios de significado e vazios de sentido. (Carta Capital, 16/10/2011)

O autor utiliza, reiteradamente, o sentido conotativo das palavras, em busca da melhor e mais expressiva construção do texto. Analise as assertivas (negritadas no texto e transcritas abaixo), em que esse recurso está presente.


I) “Seu ponto de partida é uma constatação desconcertante...”

II) “A razão para a esqualidez de nossas ideias...”

III) “Tal condição é acompanhada pelo declínio dos ideais iluministas...”

IV) “Saber, ou possuir informação (...) tem mais valor, porque nos mantêm à tona.”

V) “... tais mídias fomentam hábitos mentais que são opostos àqueles necessários para gerar ideias.”

VI) “... comunicam-se por uma orgia de imagens e frases curtas...”


Estão corretas apenas:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944490 Português

Os dois amigos se encontram, para um dia de pescaria. Um deles estranha a “bagagem” do outro:

– Ô cumpade, pra mode quê tá levano esses dois embornal? Tudo é isca?

– Não... É que tô levano uma pingazinha, cumpade.

– Pinga, cumpade? Nóis num tinha acertado que num ia bebê mais?!

– Cumpade, é que pode aparecê uma cobra e picá a gente. Aí nóis desinfeta com a pinga e toma uns gole, que é pra mode num sinti a dô.

– É... e na outra sacola, o que cê tá levano?

– É a cobra, cumpade. Pode num tê lá...

Assinale a alternativa correta em relação ao texto.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944491 Português

Os dois amigos se encontram, para um dia de pescaria. Um deles estranha a “bagagem” do outro:

– Ô cumpade, pra mode quê tá levano esses dois embornal? Tudo é isca?

– Não... É que tô levano uma pingazinha, cumpade.

– Pinga, cumpade? Nóis num tinha acertado que num ia bebê mais?!

– Cumpade, é que pode aparecê uma cobra e picá a gente. Aí nóis desinfeta com a pinga e toma uns gole, que é pra mode num sinti a dô.

– É... e na outra sacola, o que cê tá levano?

– É a cobra, cumpade. Pode num tê lá...

Considerando o texto, selecione, entre as alternativas, o dizer popular ao qual se pode relacionar algum fragmento dele, ou sua totalidade.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944492 Português
Leia atentamente os textos a seguir.
Texto 1 Baralho cigano - A carta 30 “Os Lírios” rege o período. Uma semana que lágrimas poderão rolar de nossos olhos. Os lírios simbolizam tristeza, perdas e sofrimentos na vida amorosa e familiar. Tudo causado por situações que irão se revelar neste período. Mas, com calma, amor e inteligência, tudo irá se resolver para seu bem. Só que a carta avisa: haverá perdas necessárias, para que uma nova fase comece já. (www.terra.com.br)

Texto 2 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade... (Constituição Federal, 1988, art. 5º).
Texto 3 A excelente coluna “Auxílio é para quem precisa?”, de Fernanda Mena (Opinião, 21/7), aborda de maneira oportuna e objetiva a imoralidade da concessão de auxílio-moradia de R$4,378 mensais para juízes. Abdias Ferreira Filho (São Paulo, SP)
Texto 4 Imagem associada para resolução da questão
Tomando por base esses textos, pode-se afirmar, a respeito de “gêneros textuais”, que:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944493 Português

Analise a charge com atenção.


Imagem associada para resolução da questão

    Nessa charge, os recursos não-verbais são suficientes para a compreensão da mensagem, que poderia ser assim registrada: 

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944494 Português
O adiado avô.

Mia Couto.
  Nossa irmã Glória pariu e foi motivo de contentamentos familiares. Todos festejaram, exceto o nosso velho, Zedmundo Constantino Constante, que recusou ir ao hospital ver a criança. No isolamento de seu quarto hospitalar, Glória chorou babas e aranhas. Todo o dia seus olhos patrulharam a porta do quarto. A presença de nosso pai seria a bênção, tão esperada quanto o seu próprio recém-nascido. - Ele há-de vir, há-de vir. Não veio. Foi preciso trazerem o miúdo a nossa casa para que o avô lhe passasse os olhos. Mas foi como um olhar para nada. Ali no berço não estava ninguém. Glória reincidiu no choro. (...). Suplicou a sua mãe Dona Amadalena. Ela que falasse com o pai para que este não mais a castigasse. Falasse era fraqueza de expressão: a mãe era muda, a sua voz esquecera de nascer. O menino disse as primeiras palavras e, logo, o nosso pai Zedmundo desvalorizou: - Bahh! Contrariava a alegria geral. À mana Glória já não restava sombra de glória. (...) O homem sempre acinzentava a nuvem. Mas Zedmundo, no capítulo das falas, tinha a sua razão: nós, pobres, devíamos alargar a garganta não para falar, mas para melhor engolir sapos. - E é o que repito: falar é fácil. Custa é aprender a calar. E repetia a infinita e inacabada lembrança, esse episódio que já conhecíamos de salteado. Mas escutamos, em nosso respeitoso dever. Que uma certa vez, o patrão português, perante os restantes operários, lhe intimou: - Você, fulano, o que é que pensa? Ainda lhe veio à cabeça responder: preto não pensa, patrão. Mas preferiu ficar calado. - Não fala? Tem que falar, meu cabrão. Curioso: um regime inteiro para não deixar nunca o povo falar e a ele o ameaçavam para que não ficasse calado. E aquilo lhe dava um tal sabor de poder que ele se amarrou no silêncio. E foram insultos. Foram pancadas. E foi prisão. Ele entre os muitos cativos por falarem de mais: o único que pagava por não abrir a boca. - Eu tão calado que parecia a vossa mãe, Dona Amadalena, com o devido respeito... Meu velho acabou a história e só minha mãe arfou a mostrar saturação. Dona Amadalena sempre falara suspiros. Porém, em tons tão precisos que aquilo se convertera em língua. Amadalena suspirava direito por silêncios tortos. (...) A mulher puxou-o para o quarto. Ali, no côncavo de suas intimidades, o velho Zedmundo se explicou. (...). Eu não sou avô, eu sou eu, Zedmundo Constante. Agora, ele queria gozar o merecido direito: ser velho. A gente morre ainda com tanta vida! - Você não entende, mulher, mas os netos foram inventados para, mais uma vez, nos roubarem a regalia de sermos nós. E ainda mais se explicou: primeiro, não fomos nós porque éramos filhos. Depois, adiámos o ser porque fomos pais. Agora, querem-nos substituir pelo sermos avós. (...)

Mia Couto, autor moçambicano, é conhecido por abordar o passado colonial de sua terra natal, a opressão feminina, a família patriarcal e a luta do povo em busca de sua identidade. Metaforicamente, de modo implícito, ou explícito, essas marcas se evidenciam nesse texto, nas situações:

I) silêncio de Amadalena.

II) insistência de Zedmundo em ser ele mesmo.

III) insistência de Glória na bênção do pai ao neto.

IV) postura autoritária do patrão português.

V) mágoa explícita do narrador.


Estão corretos apenas:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944495 Português
O adiado avô.

Mia Couto.
  Nossa irmã Glória pariu e foi motivo de contentamentos familiares. Todos festejaram, exceto o nosso velho, Zedmundo Constantino Constante, que recusou ir ao hospital ver a criança. No isolamento de seu quarto hospitalar, Glória chorou babas e aranhas. Todo o dia seus olhos patrulharam a porta do quarto. A presença de nosso pai seria a bênção, tão esperada quanto o seu próprio recém-nascido. - Ele há-de vir, há-de vir. Não veio. Foi preciso trazerem o miúdo a nossa casa para que o avô lhe passasse os olhos. Mas foi como um olhar para nada. Ali no berço não estava ninguém. Glória reincidiu no choro. (...). Suplicou a sua mãe Dona Amadalena. Ela que falasse com o pai para que este não mais a castigasse. Falasse era fraqueza de expressão: a mãe era muda, a sua voz esquecera de nascer. O menino disse as primeiras palavras e, logo, o nosso pai Zedmundo desvalorizou: - Bahh! Contrariava a alegria geral. À mana Glória já não restava sombra de glória. (...) O homem sempre acinzentava a nuvem. Mas Zedmundo, no capítulo das falas, tinha a sua razão: nós, pobres, devíamos alargar a garganta não para falar, mas para melhor engolir sapos. - E é o que repito: falar é fácil. Custa é aprender a calar. E repetia a infinita e inacabada lembrança, esse episódio que já conhecíamos de salteado. Mas escutamos, em nosso respeitoso dever. Que uma certa vez, o patrão português, perante os restantes operários, lhe intimou: - Você, fulano, o que é que pensa? Ainda lhe veio à cabeça responder: preto não pensa, patrão. Mas preferiu ficar calado. - Não fala? Tem que falar, meu cabrão. Curioso: um regime inteiro para não deixar nunca o povo falar e a ele o ameaçavam para que não ficasse calado. E aquilo lhe dava um tal sabor de poder que ele se amarrou no silêncio. E foram insultos. Foram pancadas. E foi prisão. Ele entre os muitos cativos por falarem de mais: o único que pagava por não abrir a boca. - Eu tão calado que parecia a vossa mãe, Dona Amadalena, com o devido respeito... Meu velho acabou a história e só minha mãe arfou a mostrar saturação. Dona Amadalena sempre falara suspiros. Porém, em tons tão precisos que aquilo se convertera em língua. Amadalena suspirava direito por silêncios tortos. (...) A mulher puxou-o para o quarto. Ali, no côncavo de suas intimidades, o velho Zedmundo se explicou. (...). Eu não sou avô, eu sou eu, Zedmundo Constante. Agora, ele queria gozar o merecido direito: ser velho. A gente morre ainda com tanta vida! - Você não entende, mulher, mas os netos foram inventados para, mais uma vez, nos roubarem a regalia de sermos nós. E ainda mais se explicou: primeiro, não fomos nós porque éramos filhos. Depois, adiámos o ser porque fomos pais. Agora, querem-nos substituir pelo sermos avós. (...)
A linguagem do texto é marcada por uma profusão de recursos literários, entre os quais, a intertextualidade. Assinale a alternativa que registra esse recurso.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944496 Português
O adiado avô.

Mia Couto.
  Nossa irmã Glória pariu e foi motivo de contentamentos familiares. Todos festejaram, exceto o nosso velho, Zedmundo Constantino Constante, que recusou ir ao hospital ver a criança. No isolamento de seu quarto hospitalar, Glória chorou babas e aranhas. Todo o dia seus olhos patrulharam a porta do quarto. A presença de nosso pai seria a bênção, tão esperada quanto o seu próprio recém-nascido. - Ele há-de vir, há-de vir. Não veio. Foi preciso trazerem o miúdo a nossa casa para que o avô lhe passasse os olhos. Mas foi como um olhar para nada. Ali no berço não estava ninguém. Glória reincidiu no choro. (...). Suplicou a sua mãe Dona Amadalena. Ela que falasse com o pai para que este não mais a castigasse. Falasse era fraqueza de expressão: a mãe era muda, a sua voz esquecera de nascer. O menino disse as primeiras palavras e, logo, o nosso pai Zedmundo desvalorizou: - Bahh! Contrariava a alegria geral. À mana Glória já não restava sombra de glória. (...) O homem sempre acinzentava a nuvem. Mas Zedmundo, no capítulo das falas, tinha a sua razão: nós, pobres, devíamos alargar a garganta não para falar, mas para melhor engolir sapos. - E é o que repito: falar é fácil. Custa é aprender a calar. E repetia a infinita e inacabada lembrança, esse episódio que já conhecíamos de salteado. Mas escutamos, em nosso respeitoso dever. Que uma certa vez, o patrão português, perante os restantes operários, lhe intimou: - Você, fulano, o que é que pensa? Ainda lhe veio à cabeça responder: preto não pensa, patrão. Mas preferiu ficar calado. - Não fala? Tem que falar, meu cabrão. Curioso: um regime inteiro para não deixar nunca o povo falar e a ele o ameaçavam para que não ficasse calado. E aquilo lhe dava um tal sabor de poder que ele se amarrou no silêncio. E foram insultos. Foram pancadas. E foi prisão. Ele entre os muitos cativos por falarem de mais: o único que pagava por não abrir a boca. - Eu tão calado que parecia a vossa mãe, Dona Amadalena, com o devido respeito... Meu velho acabou a história e só minha mãe arfou a mostrar saturação. Dona Amadalena sempre falara suspiros. Porém, em tons tão precisos que aquilo se convertera em língua. Amadalena suspirava direito por silêncios tortos. (...) A mulher puxou-o para o quarto. Ali, no côncavo de suas intimidades, o velho Zedmundo se explicou. (...). Eu não sou avô, eu sou eu, Zedmundo Constante. Agora, ele queria gozar o merecido direito: ser velho. A gente morre ainda com tanta vida! - Você não entende, mulher, mas os netos foram inventados para, mais uma vez, nos roubarem a regalia de sermos nós. E ainda mais se explicou: primeiro, não fomos nós porque éramos filhos. Depois, adiámos o ser porque fomos pais. Agora, querem-nos substituir pelo sermos avós. (...)
Assinale a alternativa que explica corretamente a atitude do protagonista, de se “amarrar no silêncio” (negritado, no texto).
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944497 Português
O adiado avô.

Mia Couto.
  Nossa irmã Glória pariu e foi motivo de contentamentos familiares. Todos festejaram, exceto o nosso velho, Zedmundo Constantino Constante, que recusou ir ao hospital ver a criança. No isolamento de seu quarto hospitalar, Glória chorou babas e aranhas. Todo o dia seus olhos patrulharam a porta do quarto. A presença de nosso pai seria a bênção, tão esperada quanto o seu próprio recém-nascido. - Ele há-de vir, há-de vir. Não veio. Foi preciso trazerem o miúdo a nossa casa para que o avô lhe passasse os olhos. Mas foi como um olhar para nada. Ali no berço não estava ninguém. Glória reincidiu no choro. (...). Suplicou a sua mãe Dona Amadalena. Ela que falasse com o pai para que este não mais a castigasse. Falasse era fraqueza de expressão: a mãe era muda, a sua voz esquecera de nascer. O menino disse as primeiras palavras e, logo, o nosso pai Zedmundo desvalorizou: - Bahh! Contrariava a alegria geral. À mana Glória já não restava sombra de glória. (...) O homem sempre acinzentava a nuvem. Mas Zedmundo, no capítulo das falas, tinha a sua razão: nós, pobres, devíamos alargar a garganta não para falar, mas para melhor engolir sapos. - E é o que repito: falar é fácil. Custa é aprender a calar. E repetia a infinita e inacabada lembrança, esse episódio que já conhecíamos de salteado. Mas escutamos, em nosso respeitoso dever. Que uma certa vez, o patrão português, perante os restantes operários, lhe intimou: - Você, fulano, o que é que pensa? Ainda lhe veio à cabeça responder: preto não pensa, patrão. Mas preferiu ficar calado. - Não fala? Tem que falar, meu cabrão. Curioso: um regime inteiro para não deixar nunca o povo falar e a ele o ameaçavam para que não ficasse calado. E aquilo lhe dava um tal sabor de poder que ele se amarrou no silêncio. E foram insultos. Foram pancadas. E foi prisão. Ele entre os muitos cativos por falarem de mais: o único que pagava por não abrir a boca. - Eu tão calado que parecia a vossa mãe, Dona Amadalena, com o devido respeito... Meu velho acabou a história e só minha mãe arfou a mostrar saturação. Dona Amadalena sempre falara suspiros. Porém, em tons tão precisos que aquilo se convertera em língua. Amadalena suspirava direito por silêncios tortos. (...) A mulher puxou-o para o quarto. Ali, no côncavo de suas intimidades, o velho Zedmundo se explicou. (...). Eu não sou avô, eu sou eu, Zedmundo Constante. Agora, ele queria gozar o merecido direito: ser velho. A gente morre ainda com tanta vida! - Você não entende, mulher, mas os netos foram inventados para, mais uma vez, nos roubarem a regalia de sermos nós. E ainda mais se explicou: primeiro, não fomos nós porque éramos filhos. Depois, adiámos o ser porque fomos pais. Agora, querem-nos substituir pelo sermos avós. (...)
Assinale a alternativa que melhor caracteriza o texto em relação aos gêneros literários.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944498 Biologia

A temperatura do nosso corpo é normalmente mantida em torno de 36 ºC, enquanto a do ambiente é, em geral, inferior a este valor.

Imagem associada para resolução da questão


Analise as sentenças abaixo, a partir da informação e das imagens acima.


I) Se a temperatura ambiente for muito baixa, a transmissão de calor do corpo para o ambiente se faz com muita rapidez provocando a sensação de frio.

II) Um bom agasalho para o inverno é aquele que impede que o frio passe através dele.

III) Os agasalhos de lã atenuam a sensação de frio, porque são feitos de materiais isolantes térmicos, reduzindo assim a quantidade de calor, que é transmitida de nosso corpo para o exterior.

IV) Em dias de frio, pássaros e gatos ficam com penas e pelos eriçados. Isso mantém, entre penas ou pelos, camadas de ar aquecido, que é um bom isolante térmico.


 Estão corretas apenas:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944499 Física
Um chuveiro elétrico apresenta uma etiqueta com os seguintes dados nominais fornecidos pelo fabricante: P = 4400 W e V = 220 V. Utilizando essas informações, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944500 Física
Se uma pessoa cai de uma altura elevada, pode sofrer graves lesões corporais, pois a aceleração da gravidade próxima de 10 m/s2 aumenta a velocidade de queda continuamente. Caindo em queda livre, num intervalo de apenas 2,0 s, uma pessoa chegará ao solo com uma velocidade, em km/h, igual a:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944501 Física

    Lançado em 1973 pela banda de rock Pink Floyd, o álbum fonográfico “The Dark Side of the Moon” é um ícone no mundo da música por sua mundialmente famosa capa do disco de vinil. A ilustração abaixo apresenta uma arte que envolve um erro conceitual de Física. Desconsiderando erros conceituais no título do álbum e na figura, o fenômeno físico representado é a: 

Imagem associada para resolução da questão

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944502 Química

    Recentemente, o projeto de Lei 6.299 agregou várias propostas que tramitavam no Congresso, dentre elas alterar o nome dos agrotóxicos para “defensivos agrícolas” e “produtos fitossanitários”. Um dos agrotóxicos mais utilizados no Brasil hoje é o Glifosato®, porém é proibido nos Estados Unidos e na maioria dos países da Europa.

Imagem associada para resolução da questão


Sobre a estrutura química do Glifosato®, são feitas as afirmações abaixo:

I) A estrutura da molécula apresenta um carbono quiral, portanto pode existir numa mistura de enantiômeros R e S.

II) A molécula é um triéster de fosfato, que pode ser hidrolisada em pH neutro em presença de água.

III) Pode-se observar as funções amina e ácido carboxílico, podendo classificar a molécula como um aminoácido não natural.

IV) A molécula possui um átomo de Carbono com hibridização sp2, que pode participar da conjugação do carboxilato, quando este estiver desprotonado em meio básico.


Estão corretas apenas:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944503 Química

Dois grandes grupos de substâncias compõem as células, as substâncias orgânicas e as inorgânicas, sendo as inorgânicas representadas pela água e pelos sais minerais. Os sais minerais atuam no corpo humano na contração muscular, coagulação sanguínea, síntese de proteínas etc. Entre os elementos que são importantes nos sais minerais, podemos citar, 20Ca, 11Na, 12Mg, 26Fe, 30Zn, 24Cr e 25Mn.


Considerando os elementos acima, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944504 Química

A figura a seguir mostra o diagrama de energia da reação A+B→C, ocorrendo via caminho 1 (linha sólida) ou 2 (pontilhado).


Imagem associada para resolução da questão


Com base no diagrama, analise os itens a seguir:

I) Existe a formação de um intermediário de reação no caminho 2.

II) Apenas um estado de transição (complexo ativado) está presente no caminho 1.

III) A reação deve se processar mais rapidamente, se ocorrer pelo caminho 1.

IV) O caminho 2 pode representar a reação A+B→C,na presença de um catalisador.

Estão corretos os itens:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944505 Química

Duas soluções nomeadas X e Y foram preparadas a 25 ºC com as características dadas na tabela a seguir:


Imagem associada para resolução da questão


Considerando as informações fornecidas, analise os itens I a III.

I) A solução Y apresenta pH mais baixo que a solução X.

II) O ácido acético é mais fraco que o ácido tricloroacético.

III) A solução Y apresentará maior condutibilidade elétrica que a X.

Estão corretos os itens:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944506 Biologia
O nitrogênio é um importante elemento constituinte dos seres vivos, como parte das proteínas e dos ácidos nucleicos. Encontra-se fundamentalmente na atmosfera, compondo quase 78% dos gases que a formam, e também está presente nos restos orgânicos em decomposição. Sobre o ciclo do nitrogênio, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2018 - IF-PR - Vestibular |
Q944507 Biologia
A molécula de DNA é o molde para a síntese de proteínas. Nesse processo, pequenos trechos de DNA são, inicialmente, transcritos para a molécula de RNA e essa é então traduzida em uma sequência de aminoácidos, que corresponde à estrutura primária da proteína. Sobre esses processos, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
1: C
2: A
3: D
4: A
5: B
6: B
7: C
8: D
9: A
10: D
11: B
12: C
13: B
14: A
15: D
16: C
17: A
18: D
19: C
20: B