Questões de Vestibular UEM 2010 para Vestibular - Primeiro Semestre - Prova 2- Inglês

Foram encontradas 25 questões

Q1351074 Literatura
Leia o poema e assinale o que for correto.

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)
O poema apresenta uma estruturação labiríntica, como demonstra a presença sistemática do enjambement ou encavalgamento. O enjambement mostra uma sequência de sintaxe e de sentido que se encerra em cada verso, tornando-o semanticamente autônomo. Essa forma de organização dos versos se deve ao desespero emocional do eu lírico, provocado pela perda da amada.
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Q1351075 Literatura
Leia o poema e assinale o que for correto.

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)
O eu lírico se utiliza do diálogo cerrado com os pastores para revelar seu estado interior, que é de mágoa e martírio. Ele conclama os pastores para que, contemplando a paisagem (“monte”, “gado”, “serra”, “terra”), chorem, com ele, a perda de sua amada.
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Q1351076 Literatura
Leia o poema e assinale o que for correto.

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)
A “terra” é o lugar onde o eu lírico se encontra no momento em que expressa o temor de que seu estado emocional se estenda à natureza (“Que para dar contágio a toda a terra,/ Basta ver o meu rosto magoado”). A forte religiosidade dos escritores árcades explica, no poema transcrito, a exaltação da natureza, pois, segundo a visão bíblica, a “terra” é sagrada porque deu origem ao homem.
Alternativas
Q1351077 Literatura
Leia o poema e assinale o que for correto.

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)
Trata-se de um soneto, tipo de composição poética com quatro estrofes, sendo as primeiras com quatro versos e as duas últimas com três versos. É composto por versos decassílabos com rimas ABBA, nas duas primeiras estrofes, e CDC e DCD, nas duas últimas. Na poesia, a metrificação, o ritmo, as rimas, entre outros recursos, buscam realçar a musicalidade poética.
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Q1351078 Literatura
Leia o poema e assinale o que for correto.

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)
A “pastora” que “faz guerra”, ou seja, que causa o tormento emocional ao eu lírico, representa o ideal de mulher na estética árcade. Trata-se de uma mulher individualizada, emocionalmente forte, independente e autossuficiente em suas atitudes. Nos poemas do autor, é comum a aproximação entre a pastora e as “guerreiras amazonas”, mulheres que, segundo as lendas, povoavam as matas brasileiras. A recuperação de figuras lendárias colabora para a exaltação do passado nacional, o que promove a consolidação de uma literatura tematicamente brasileira, intenção da estética árcade.
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Q1351079 Literatura
Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.

“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”

Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.
O conto, que se ocupa da história de um carregador da Estação da Luz dividido entre o nacionalismo cego e o inconformismo com a situação do país, é narrado em terceira pessoa e se utiliza também do discurso indireto livre. Esse tipo de discurso é uma estratégia narrativa que permite aproximar a voz do narrador à voz da personagem, dando a impressão de que falam a partir de uma mesma perspectiva. É o que se pode verificar, mais especificamente, na seguinte sequência da narrativa: “Não era medo, mas por que que a gente havia de ficar encurralado assim! É! é pra eles depois poderem cair em cima da gente, (palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou sim! desaforo! (palavrão) ...”
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Q1351080 Literatura
Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.

“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”

Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.
No fragmento transcrito, a atitude do protagonista de vestir-se também com as cores da bandeira brasileira é, em alguma medida, ridicularizada pelo narrador. A expressão “estava lindo” aponta certa simpatia do narrador pelo protagonista, por causa de sua (do personagem) concepção pura e inocente de patriotismo. Mas também se percebe aí, e em outras passagens do conto, certo tom de ironia, pela concepção acrítica de nacionalismo que move os passos do “35”.
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Q1351081 Literatura
Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.

“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”

Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.
A postura do narrador é condenar sistematicamente, e com veemência, o comportamento anarquista e rebelde do protagonista, o “35”, o que torna clara a antipatia do narrador por ele. A morte do “35”, durante um motim, no final do conto, atesta uma espécie de condenação por suas atitudes violentas.
Alternativas
Q1351082 Literatura
Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.

“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”

Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.
A trajetória do protagonista, em termos ideológicos, é marcada pela incoerência e pela falta de caráter. Apesar de ele se vestir com as cores da bandeira para celebrar o dia do trabalhador, acaba por se aliar aos grupos de esquerda com o objetivo de fazer oposição ao governo: organizando motins para tumultuar as comemorações cívicas, vaiando os discursos das autoridades, promovendo, enfim, a baderna.
Alternativas
Q1351083 Literatura
Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.

“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”

Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.
Mário de Andrade empresta ao protagonista do conto a mesma lógica da construção do “herói sem nenhum caráter” retratado em Macunaíma (1928), em que a preguiça, o deboche, a irreverência, a malandragem, a sensualidade, o individualismo e o sentimentalismo justificam a dificuldade de enquadrá-lo ou classificálo de acordo com um “caráter” ou característica específica.
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Q1351084 Literatura
Leia o capítulo 123, “Olhos de ressaca”, a seguir destacado, retirado de Dom Casmurro, de Machado de Assis, e assinale o que for correto sobre o capítulo e sobre o romance ao qual ele pertence.

    “Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
    As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.”
O capítulo destacado flagra um momento importante da dúvida de Bentinho, narrador e protagonista do romance, acerca da infidelidade de Capitu. Como acontece em outros momentos da história, essa dúvida é motivada mais por meio de impressões subjetivas do que por meio de fatos concretos.
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Q1351085 Literatura
Leia o capítulo 123, “Olhos de ressaca”, a seguir destacado, retirado de Dom Casmurro, de Machado de Assis, e assinale o que for correto sobre o capítulo e sobre o romance ao qual ele pertence.

    “Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
    As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.”
O título do capítulo citado faz referência a uma característica que o narrador, em momento anterior (capítulo 32), havia reconhecido em Capitu, que é a de atrair para ela, como as ondas do mar em dia de ressaca, a afeição de Bentinho. Nesse momento anterior, Bentinho, apaixonado, é quem é atraído pelos “olhos de ressaca” da amada; no texto transcrito, o cadáver de Escobar, segundo a visão de Bentinho, é que é fitado fixamente por Capitu.
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Q1351086 Literatura
Leia o capítulo 123, “Olhos de ressaca”, a seguir destacado, retirado de Dom Casmurro, de Machado de Assis, e assinale o que for correto sobre o capítulo e sobre o romance ao qual ele pertence.

    “Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
    As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.”
O fragmento transcrito, assim como outras informações do romance, indica claramente que Capitu traiu Bentinho. Chegamos a essa conclusão porque o narrador se mostra isento e imparcial ao avaliar o comportamento de Capitu, orientado por um realismo que exclui subjetividade, emoção, ressentimento.
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Q1351087 Literatura
Leia o capítulo 123, “Olhos de ressaca”, a seguir destacado, retirado de Dom Casmurro, de Machado de Assis, e assinale o que for correto sobre o capítulo e sobre o romance ao qual ele pertence.

    “Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
    As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.”
Entre os motivos que levam Bento Santiago a suspeitar da traição de Capitu está a semelhança física entre Ezequiel e Escobar. Contudo, o amor por Ezequiel é forte, ao ponto de a morte dele, na Europa, provocar muito sofrimento em Bento Santiago.
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Q1351088 Literatura
Leia o capítulo 123, “Olhos de ressaca”, a seguir destacado, retirado de Dom Casmurro, de Machado de Assis, e assinale o que for correto sobre o capítulo e sobre o romance ao qual ele pertence.

    “Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
    As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.”
No trecho transcrito, é possível reconhecer um dos principais argumentos que põe em dúvida a tese da traição defendida pelo narrador. Sendo um narrador em primeira pessoa (o titular do discurso), ele conduz as informações de acordo com seus interesses. Assim, ele interpreta as reações de Capitu como sinais claros de infidelidade e não de amizade. Mas o leitor atento não se convence disso e percebe tratar-se de uma reação motivada pelo ciúme.
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Q1351089 Literatura
Assinale o que for correto.
Os textos escritos no Brasil, logo após a sua descoberta, são chamados de “Literatura de informação”. Além da Carta de Caminha, fazem parte desse tipo de literatura as crônicas, relatos e tratados escritos por viajantes portugueses. A literatura do século XVI, no Brasil, não apresenta textos de poesia, nem de teatro. Além do valor documental, os textos de informação apresentam alto valor estético, resultado do sentimento nacionalista e do caráter experimental da linguagem (neologismos e metáforas abundantes), o que coloca a “Literatura de informação” como o primeiro momento de uma literatura esteticamente expressiva, brasileira e rica em imagens poéticas.
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Q1351090 Literatura
Assinale o que for correto.
No Brasil, o Barroco vigorou, durante os séculos XVII e parte do século XVIII, e foi muito expressivo nas artes plásticas em Minas Gerais, particularmente no século XVIII, quando a província passava por um momento de riqueza econômica centrada na mineração. O Aleijadinho foi o maior nome da escultura sacra barroca, o que se explica pela forte influência da Igreja. Na Literatura, o nome mais conhecido é o de Gregório de Matos, que escreveu poemas satíricos, líricos e religiosos. Na produção religiosa, o autor mostrava um eu tentado a aproveitar a vida mundana (o que era tido como pecado pela Igreja) e sensível aos valores religiosos da Contra Reforma.
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Q1351091 Literatura
Assinale o que for correto.
No Brasil, o Realismo/Naturalismo iniciou com a publicação de dois romances no ano de 1881: Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e O mulato, de Aluísio Azevedo. Embora tenham publicado no mesmo ano e tenham vivido na mesma época, há muitas diferenças entre o estilo dos dois autores. A prosa de Machado de Assis busca as motivações psicológicas e secretas que regem o comportamento social das pessoas, enquanto Aluísio Azevedo busca a exposição da espiritualidade e da fé, principalmente nas pessoas que são alvo de preconceito social. Em O mulato, um romance de temática religiosa, o autor critica ostensivamente o racismo e o preconceito, como uma estratégia para que a sociedade da época corrigisse antigas crenças, de forma que os homens pudessem se reconhecer como irmãos em Deus.
Alternativas
Q1351092 Literatura
Assinale o que for correto.
Cruz e Sousa é o grande nome do Simbolismo brasileiro, que se manifestou quase que exclusivamente na poesia. Como o próprio nome designa, o Simbolismo corresponde à estética que se expressa por meio de símbolos, ou seja, de figuras que substituem a imagem de uma realidade visível e imediata por outra coisa, ideia ou valor correspondente, produzindo uma mensagem com tonalidades às vezes semanticamente obscuras e vagas, como se vê nestes versos: “Indefiníveis músicas supremas,/ Harmonias da Cor e do Perfume”.
Alternativas
Q1351093 Literatura
Assinale o que for correto.
A poesia de Oswald de Andrade apresenta marcas próprias do movimento modernista em sua primeira fase. Valoriza a cultura popular, o uso de vocábulos retirados da linguagem coloquial, a aproximação entre prosa e poesia, o compromisso da poesia com os problemas sociais. Esses elementos também estão presentes no poema abaixo:

O capoeira

- Qué apanhá, sordado?
- O quê??
- Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.
Alternativas
Respostas
1: E
2: E
3: E
4: C
5: E
6: C
7: C
8: E
9: E
10: E
11: C
12: C
13: E
14: E
15: C
16: E
17: C
18: E
19: C
20: C