Questões de Vestibular UNESPAR 2016 para Vestibular - 1º Dia - Grupos 1, 2, 3 e 4

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Ano: 2016 Banca: UNESPAR Órgão: UNESPAR Prova: UNESPAR - 2016 - UNESPAR - Vestibular - 1º Dia - Grupos 1, 2, 3 e 4 |
Q749816 Português
Em relação à tipologia textual, é CORRETO afirmar que:
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Q749817 Português
As conjunções, as preposições e alguns grupos de pronomes formam a classe dos conectivos, que são palavras de que a língua dispõe para estabelecer relações sintáticas e semânticas entre os diferentes enunciados de um texto, fazendo com que este não seja apenas um aglomerado de frases, mas um todo uno, coeso e coerente. Dessa forma, tais conectivos, muito mais do que “ligar” um enunciado a outro, influenciam na construção do sentido do texto.
Assim sendo, assinale a alternativa INCORRETA em relação ao uso do conectivo e o efeito semântico que esse uso provoca:
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Q749818 Português
Em relação ao emprego dos mecanismos de coesão textual, assinale a alternativa INCORRETA:
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Q749819 Português
O vocábulo “que” pode desempenhar diferentes funções na língua portuguesa, dentre elas, a de pronome relativo e a de conjunção integrante. Com base em tal afirmação, analise os períodos a seguir e assinale a alternativa CORRETA quanto à classificação do conectivo “que”.
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Q749820 Português
Dos pontos de vista abaixo relacionados, qual NÃO É DEFENDIDO PELO AUTOR DO TEXTO:
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Q749821 Português
Assinale a alternativa em que o conectivo conserva o mesmo sentido da conjunção “se”, presente no enunciado “Se quiser, em pouco tempo estou na França [...]” (linhas 23/24).
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Q749822 Português

Em relação às afirmações abaixo descritas:

I. A oração que se inicia na linha 04, seguindo até a linha 08, faz uso de um PARALELISMO SINTÁTICO, ao enumerar as diferentes avaliações dos cegos da fábula hindu. II. No texto, o fato de ter prosperado no negócio da venda de churros é apresentado como CAUSA de o japonês de Cataguases ter passado à frente a carrocinha e mudado para longe (linhas 16/17). III. O suposto fato de que “[...] pode-se cortar o território de leste a oeste, de norte a sul, mais de quatro mil quilômetros em ambas as direções, sem anotar praticamente nenhuma variação significativa de nada.” (linhas 26 a 29) é apresentado como ARGUMENTO para sustentar o ponto de vista de J.T.L de que o Brasil é uma ilha (linha 26). IV. “Resultados evidentemente desastrosos” (linhas 46/ 47) são referidos como CONSEQUÊNCIA do fato de os cegos da fábula hindu terem sido incapazes de perceber o elefante como um todo (linhas 45/46).
São VERDADEIRAS:
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Q749823 Português

Os advérbios são uma classe de palavras que tem como finalidade modificar um verbo, um adjetivo, ou até mesmo um outro advérbio. Essa função de modificador faz com que o advérbio atribua uma circunstância ao termo que ele modifica.

A partir dessa afirmação, analise os enunciados a seguir:

I. “[...] algo bem brasileiro [...]” (linha 12). II. “[...] onde se localiza o Big Ben” (linha 22). III. “[...] podemos agir pateticamente [...]” (linha 34).
IV. “Talvez até descobríssemos [...]” (linhas 52/53).

De acordo com o texto, os advérbios “bem”, “onde”, “pateticamente” e “talvez”, nas passagens acima, exprimem, respectivamente, as circunstâncias de:

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Q749824 Português
Na frase “Havia filas durante todo o dia de pessoas interessadas [...]” (linha 14), o verbo “havia” está no singular porque foi usado no sentido de existir e, por isso, é impessoal, ou seja, não apresenta sujeito. Nesse caso, o verbo em questão só é conjugado na terceira pessoa do singular. Assinale a alternativa em que também ocorre um caso de verbo impessoal.
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Q749825 Português
Das passagens transcritas abaixo, qual pode ser considerada como uma proposta defendida pelo autor para superar o que, ao longo do texto, é caracterizado como o comportamento dos brasileiros frente ao genericamente definido como “diferente”:
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Q749826 Literatura
Leia atentamente o poema a seguir, de Paulo Leminski, e assinale A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA.
“não creio
que fosse maior
a dor de dante
que a dor
que este dente
e agora em diante
sente

não creio que joyce
visse mais numa palavra
mais do que fosse
que nesta pasárgada
ora foi-se
tampouco creio
quemallarmé
visse mais
que esse olho
nesse espelho
agora
nunca
me vê.”
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Q749827 Literatura
Leia o excerto de “O Burrinho Pedrês”, publicado em Sagarana (1946), de Guimarães Rosa, e ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.
“Apuram o passo, por entre campinas ricas, onde pastam ou ruminam outros mil e mais bois. Mas os vaqueiros não esmorecem nos eias e cantigas, porque a boiada ainda tem passagens inquietantes: alarga-se e recomprime-se, sem motivo, e mesmo dentro da multidão movediça há giros estranhos, que não os deslocamentos normais do gado em marcha – quando sempre alguns disputam a colocação na vanguarda, outros procuram o centro, e muitos se deixam levar, empurrados, sobrenadando quase, com os mais fracos rolando para os lados e os mais pesados tardando para trás, no coice da procissão. – Eh, boi lá! ... Eh-ê-ê-eh, boi! ... Tou! Tou! Tou... As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio, na massa embolada, com atritos de couros, estralos de guampas, estrondos e baques, e o berro queixoso do gado Junqueira, de chifres imensos, com muita tristeza, saudade dos campos, querência dos pastos de lá do sertão...
‘Um boi preto, um boi pintado, cada um tem sua cor. Cada coração um jeito de mostrar o seu amor.’ Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando... Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito... Vai, vem, volta, vem na vara, vai não volta, vai varando...”
(ROSA, João Guimarães. Sagarana. Rio de Janeiro: Record, 1984. p. 37)
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Q749828 Literatura

No excerto abaixo estão transcritos dois momentos da narrativa Lucíola, de José de Alencar. Com base neles e pensando nas características da obra de José de Alencar, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.

“Incompreensível mulher!

A noite a vira bacante infrene, calcando aos pés lascivos o pudor e a dignidade, ostentar o vício na maior torpeza do cinismo, com toda a hediondez de sua beleza. A manhã a encontrava tímida menina, amante casta e ingênua, bebendo num olhar a felicidade que dera, e suplicando o perdão da felicidade que recebera.
Se naquela ocasião me viesse a ideia de estudar, como hoje faço à luz das minhas recordações, o caráter de Lúcia, desanimaria por certo à primeira tentativa [...].
Lúcia disse-me adeus; não consentiu que a acompanhasse, porque isso me podia comprometer.” [p. 47-48]
[...]
“Lúcia concluindo essa narração, que a fatigara em extremo, enxugou as lágrimas e deu algumas voltas pela sala.
– Se eu ainda tivesse junto de mim todos os entes queridos que perdi, disse-me com lentidão, veria morrerem um a um diante de meus olhos, e não os salvaria por tal preço. Tive força para sacrificar-lhes outrora o meu corpo virgem; hoje depois de cinco anos de infâmia, sinto que não teria a coragem de profanar a castidade de minha alma. Não sei o que sou, sei que começo a viver, que ressuscitei agora. Ainda duvidará de mim?
– Tu és um anjo, minha Lúcia!” [p. 113]

(ALENCAR, José de. Lucíola (1862). São Paulo: Ática, s/d)

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Q749829 Literatura
Leia atentamente o poema a seguir, de Paulo Leminski, para assinalar a ÚNICA ALTERNATIVA INCORRETA.
[...] “Meiodia três cores Eu disse vento E caíram todas as flores.” (LEMINSKI. Paulo. Toda Poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 135)
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Q749830 Literatura
Sobre “O Rei da vela” de Oswald de Andrade, assinale A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA.
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Q749831 Português
Leia atentamente o trecho a seguir, retirado do livro O filho eterno, de Cristovão Tezza, p. 63 e marque A ÚNICA ALTERNATIVA INCORRETA.
“Escrever: fingir que não está acontecendo nada, e escrever. Refugiado nesse silêncio, ele voltava à literatura, à maneira de antigamente. Uma roda de amigos- o retorno a tribo- e ele lê em voz alta o capítulo quatro do Ensaio da Paixão, que continua a escrever para esquecer o resto. Ler em voz alta: um ritual que jamais repetiu na vida. Naquele momento, ouvir a própria voz e rir de seus próprios achados, com a plateia exata, é um bálsamo. E ele escreve de outras coisas, não de seu filho ou de sua vida- em nenhum momento, ao longo de mais de vinte anos, a síndrome de Down entrará em seu texto. Esse é um problema seu, ele repete, não dos outros, e você terá que resolvê-lo sozinho.” (TEZZA, Cristovão. Rio de Janeiro: Record, 2009. p.63)
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Q749832 Literatura
Na coletânea Sagarana (1946), de Guimarães Rosa, há uma unidade resultante do ordenamento e da disposição dos elementos estéticos e contextuais constitutivos da narrativa, que revelam a circularidade das histórias e, ao mesmo tempo, a unidade da obra como um todo. Nessa perspectiva, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.
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Q749833 Português
Assinale A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA sobre O filho eterno, de CristovãoTezza.
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Q749834 Literatura
Leia o soneto “Já da morte o palor me cobre o rosto”, de Álvares de Azevedo, que pertence à estética romântica brasileira, período em que uma das vertentes passou a ser designada como “geração do mal do século”, e assinale a ALTERNATIVA CORRETA.
Soneto “Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!...já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece... Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade.
Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive!”
(AZEVEDO, Álvares de. Lira dos Vinte Anos (1853), São Paulo: Martin Claret, 1999. p. 187)
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Q749835 Literatura

“E, páginas adiante, o padre se portou ainda mais excelentemente, porque era mesmo uma brava criatura. Tanto assim, que, na despedida, insistiu:
– Reze e trabalhe, fazendo de conta que esta vida é um dia de capina com sol quente, que às vezes custa muito a passar, mas sempre passa. E você ainda pode ter muito pedaço bom de alegria... Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua.” [p. 356]
[...]
“Quando ficou bom para andar, escorando-se nas muletas que o preto fabricara, já tinha os seus planos, menos maus, cujo ponto de início consistia em ir para longe, para o sitiozinho perdido no sertão mais longínquo [...] que era agora a única coisa que possuía de seu. Antes de partir, teve com o padre uma derradeira conversa, muito edificante e vasta. E, junto com o casal de pretos samaritanos, que, ao hábito de se desvelarem, agora não o podiam deixar nem por nada, pegou chão, sem paixão.
Largaram à noite, porque o começo da viagem teria de ser uma verdadeira escapada. E, ao sair, Nhô Augusto se ajoelhou, no meio da estrada, abriu os braços em cruz, e jurou:
– Eu vou p’ra o céu, e vou mesmo, por bem ou por mal!... E a minha vez a de chegar... P’ra o céu eu vou, nem que seja a porrete!...
E os negros aplaudiram, e a turminha pegou o passo, a caminho do sertão.” [p. 357-358]
[...]
“E o povo, enquanto isso, dizia: – ‘Foi Deus quem mandou esse homem no jumento, por mór de salvar as famílias da gente!...’” [p. 385]
“Mas Nhô Augusto tinha o rosto radiante, e falou:
– Perguntem quem é aí que algum dia já ouviu falar no nome de Nhô Augusto Esteves, das Pindaíbas! [...]
Então, Augusto Matraga fechou um pouco os olhos, com sorriso intenso nos lábios lambuzados de sangue, e de seu rosto subia um sagaz contentamento. [...]
Depois, morreu.” [p. 386]

(ROSA, João Guimarães. Sagarana. Rio de Janeiro: Record, 1984)

Leia o excerto de “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, publicado em Sagarana (1946), de Guimarães Rosa, e ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA.
Alternativas
Respostas
1: C
2: C
3: E
4: B
5: D
6: A
7: A
8: E
9: D
10: D
11: C
12: A
13: B
14: C
15: E
16: B
17: A
18: E
19: D
20: B