Questões de Vestibular UNIR 2010 para Vestibular - Segunda Fase

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Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377767 Não definido
A raça humana

A raça humana é
Uma semana Do trabalho de Deus

A raça humana é ferida acesa
Uma beleza, uma podridão
O fogo eterno e a morte
A morte e a ressurreição

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus

A raça humana é o cristal de lágrima
Da lavra da solidão
Da mina, cujo mapa
Traz na palma da mão

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus

A raça humana risca, rabisca, pinta
A tinta, a lápis, a carvão, a giz
O rosto da saudade
Que traz do Gênesis
Dessa semana santa

Entre parênteses
Desse divino oásis
Da grande apoteose
Da perfeição divina
Na Grande Síntese

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus

(GIL, Gilberto. CD Raça Humana.)
Nessa letra, a reflexão se faz sobre um tema que desde sempre inquieta o ser humano. Assinale a alternativa que apresenta tal tema.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377768 Não definido
A raça humana

A raça humana é
Uma semana Do trabalho de Deus

A raça humana é ferida acesa
Uma beleza, uma podridão
O fogo eterno e a morte
A morte e a ressurreição

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus

A raça humana é o cristal de lágrima
Da lavra da solidão
Da mina, cujo mapa
Traz na palma da mão

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus

A raça humana risca, rabisca, pinta
A tinta, a lápis, a carvão, a giz
O rosto da saudade
Que traz do Gênesis
Dessa semana santa

Entre parênteses
Desse divino oásis
Da grande apoteose
Da perfeição divina
Na Grande Síntese

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus

(GIL, Gilberto. CD Raça Humana.)
Sobre os sentidos do texto, analise as afirmativas.
I - A expressão Grande Síntese, na sétima estrofe, significa raça humana. II - Na sexta estrofe, a expressão Dessa semana santa refere-se à semana da criação do mundo. III - A metáfora em A raça humana é ferida acesa remete à morte. IV - As expressões trabalho de Deus e traz do Gênesis comprovam a abordagem mítica do tema.
Estão corretas as afirmativas
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377769 Não definido
A raça humana

A raça humana é
Uma semana Do trabalho de Deus

A raça humana é ferida acesa
Uma beleza, uma podridão
O fogo eterno e a morte
A morte e a ressurreição

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus

A raça humana é o cristal de lágrima
Da lavra da solidão
Da mina, cujo mapa
Traz na palma da mão

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus

A raça humana risca, rabisca, pinta
A tinta, a lápis, a carvão, a giz
O rosto da saudade
Que traz do Gênesis
Dessa semana santa

Entre parênteses
Desse divino oásis
Da grande apoteose
Da perfeição divina
Na Grande Síntese

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus

(GIL, Gilberto. CD Raça Humana.)
Sobre a construção sintática do texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Para conceituar a raça humana foi empregado o predicado nominal, como em A raça humana é o cristal de lágrima. ( ) Verbos transitivos diretos foram empregados para indicar o que a raça humana faz, a exemplo de A raça humana risca, rabisca, pinta / A tinta, a lápis, a carvão, a giz / O rosto da saudade. ( ) Na construção da metáfora em A raça humana é ferida acesa, foi usado verbo de ligação e predicativo do sujeito. ( ) No refrão, a expressão de Deus funciona como complemento nominal da palavra trabalho.
Assinale a sequência correta.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377770 Não definido


(In CEREJA, W. e COCHAR, T. Gramática Reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.)

Sobre o texto, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377771 Não definido


(In CEREJA, W. e COCHAR, T. Gramática Reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.)

Sobre a construção do anúncio, analise as afirmativas.
I - As falas das personagens do anúncio mostram consequências em relação ao enunciado principal. II - A presença de advérbios nas falas serve para indicar a circunstância em que acontece a ação verbal. III - A relação entre a linguagem verbal e a não verbal, além de ser intencional, traz implícito um conhecimento prévio de mundo. IV - A conclamação da sociedade para o combate à dengue é revelada pela linguagem não verbal, como a presença de personagens de diferentes faixas etárias, classes sociais, sexo, profissão.
Estão corretas as afirmativas
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377772 Não definido


(In CEREJA, W. e COCHAR, T. Gramática Reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.)

O que NÃO é possível afirmar em relação ao texto?
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377773 Não definido

No verdô da minha idade

mode acalentá meu choro

minha vovó de bondade

falava em grandes tesôro

era história de reinado

prencesa, prinspe incantado

com feiticêra e condão

essas história ingraçada

tá selada e carimbada

dentro do meu coração

Mas porém eu sinto e vejo

que a grande sodade minha

não é só de história e bejo

da querida vovozinha

demanhazinha bem cedo

sodade dos meu brinquedo

meu bodoque e meu bornó

o meu cavalo de pau

meu pinhão, meu berimbau

e a minha carça cotó.


(Digo e não peço perdão. São Paulo: Escrituras Ed., 2002.)

No poema, o eu lírico fala de aspectos de sua infância, com linguagem regional em registro coloquial. Assinale V para as correlações corretas entre a expressão usada no texto e o sentido dado e F para as correlações incorretas.
( ) mode acalentá ➝ com a finalidade de consolar ( ) verdô da minha idade ➝ idade sem medo, audaciosa ( ) minha carça cotó calça larga, bombacha ( ) prencesa, prinspe incantado princesa, príncipe encantado
Marque a sequência correta.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377774 Não definido

No verdô da minha idade

mode acalentá meu choro

minha vovó de bondade

falava em grandes tesôro

era história de reinado

prencesa, prinspe incantado

com feiticêra e condão

essas história ingraçada

tá selada e carimbada

dentro do meu coração

Mas porém eu sinto e vejo

que a grande sodade minha

não é só de história e bejo

da querida vovozinha

demanhazinha bem cedo

sodade dos meu brinquedo

meu bodoque e meu bornó

o meu cavalo de pau

meu pinhão, meu berimbau

e a minha carça cotó.


(Digo e não peço perdão. São Paulo: Escrituras Ed., 2002.)

Reescrevendo os versos essas história ingraçada / tá selada e carimbada na escrita padrão, ficariam:
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377775 Não definido

No verdô da minha idade

mode acalentá meu choro

minha vovó de bondade

falava em grandes tesôro

era história de reinado

prencesa, prinspe incantado

com feiticêra e condão

essas história ingraçada

tá selada e carimbada

dentro do meu coração

Mas porém eu sinto e vejo

que a grande sodade minha

não é só de história e bejo

da querida vovozinha

demanhazinha bem cedo

sodade dos meu brinquedo

meu bodoque e meu bornó

o meu cavalo de pau

meu pinhão, meu berimbau

e a minha carça cotó.


(Digo e não peço perdão. São Paulo: Escrituras Ed., 2002.)

Em relação à repetição dos conectores grifados no verso Mas porém eu sinto e vejo, considere:
I - Tem a finalidade de enfatizar a ideia de oposição que o eu lírico quer expressar. II - Não tem a função semântica de acrescentar outra relação de sentido. III - É modo de falar popular, sem preocupação com correção gramatical.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377776 Não definido

No verdô da minha idade

mode acalentá meu choro

minha vovó de bondade

falava em grandes tesôro

era história de reinado

prencesa, prinspe incantado

com feiticêra e condão

essas história ingraçada

tá selada e carimbada

dentro do meu coração

Mas porém eu sinto e vejo

que a grande sodade minha

não é só de história e bejo

da querida vovozinha

demanhazinha bem cedo

sodade dos meu brinquedo

meu bodoque e meu bornó

o meu cavalo de pau

meu pinhão, meu berimbau

e a minha carça cotó.


(Digo e não peço perdão. São Paulo: Escrituras Ed., 2002.)

Na construção do poema, o emprego da primeira pessoa marca qual traço discursivo?
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377777 Não definido

No verdô da minha idade

mode acalentá meu choro

minha vovó de bondade

falava em grandes tesôro

era história de reinado

prencesa, prinspe incantado

com feiticêra e condão

essas história ingraçada

tá selada e carimbada

dentro do meu coração

Mas porém eu sinto e vejo

que a grande sodade minha

não é só de história e bejo

da querida vovozinha

demanhazinha bem cedo

sodade dos meu brinquedo

meu bodoque e meu bornó

o meu cavalo de pau

meu pinhão, meu berimbau

e a minha carça cotó.


(Digo e não peço perdão. São Paulo: Escrituras Ed., 2002.)

Além da sonoridade (ritmo, rimas), a métrica desse poema (o número de sílabas poéticas dos versos) é traço da poesia popular oral. A métrica desses versos classifica-os como
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377778 Não definido

Vila Rica


O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;

Sangram, em laivos de ouro, as minas, que ambição

Na torturada entranha abriu da terra nobre:

E cada cicatriz brilha como um brasão.


O ângelus plange ao longe em doloroso dobre,

O último ouro de sol morre na cerração.

E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,

O crepúsculo cai como uma extrema-unção.


Agora, para além do cerro, o céu parece

Feito de um ouro ancião, que o tempo enegreceu...

A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,


Como uma procissão espectral que se move...

Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...

Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.



(BILAC, O. Poesias. São Paulo: Ed. Martim Claret, 2002.)


Cerro – monte, serra

Ciciar – sussurrar Fulvo – dourado,

louro Laivo – mancha

Urbe – cidade



Cancioneiro da Inconfidência

(Excerto Canto XXXI)


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

que reformava este mundo

de cima da montaria.


Tinha um machinho rosilho.

Tinha um machinho castanho.

Dizia: „Não se conhece

país tamanho!‟ „


Do Caeté a Vila Rica,

tudo ouro e cobre!

O que é nosso, vão levando...

E o povo aqui sempre pobre!‟


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

que não passava de Alferes

de cavalaria!


„Quando eu voltar – afirmava –

outro haverá que comande.

Tudo isto vai levar volta,

e eu serei grande!‟


„Faremos a mesma coisa

que fez a América Inglesa!‟

E bradava: "Há de ser nossa

tanta riqueza!"


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

„Liberdade ainda que tarde‟

nos prometia.


(MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar S.A., 1987.)

Da leitura dos textos, pode-se depreender que
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377779 Não definido

Vila Rica


O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;

Sangram, em laivos de ouro, as minas, que ambição

Na torturada entranha abriu da terra nobre:

E cada cicatriz brilha como um brasão.


O ângelus plange ao longe em doloroso dobre,

O último ouro de sol morre na cerração.

E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,

O crepúsculo cai como uma extrema-unção.


Agora, para além do cerro, o céu parece

Feito de um ouro ancião, que o tempo enegreceu...

A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,


Como uma procissão espectral que se move...

Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...

Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.



(BILAC, O. Poesias. São Paulo: Ed. Martim Claret, 2002.)


Cerro – monte, serra

Ciciar – sussurrar Fulvo – dourado,

louro Laivo – mancha

Urbe – cidade



Cancioneiro da Inconfidência

(Excerto Canto XXXI)


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

que reformava este mundo

de cima da montaria.


Tinha um machinho rosilho.

Tinha um machinho castanho.

Dizia: „Não se conhece

país tamanho!‟ „


Do Caeté a Vila Rica,

tudo ouro e cobre!

O que é nosso, vão levando...

E o povo aqui sempre pobre!‟


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

que não passava de Alferes

de cavalaria!


„Quando eu voltar – afirmava –

outro haverá que comande.

Tudo isto vai levar volta,

e eu serei grande!‟


„Faremos a mesma coisa

que fez a América Inglesa!‟

E bradava: "Há de ser nossa

tanta riqueza!"


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

„Liberdade ainda que tarde‟

nos prometia.


(MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar S.A., 1987.)

Sobre a linguagem do poema Vila Rica, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377780 Não definido

Vila Rica


O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;

Sangram, em laivos de ouro, as minas, que ambição

Na torturada entranha abriu da terra nobre:

E cada cicatriz brilha como um brasão.


O ângelus plange ao longe em doloroso dobre,

O último ouro de sol morre na cerração.

E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,

O crepúsculo cai como uma extrema-unção.


Agora, para além do cerro, o céu parece

Feito de um ouro ancião, que o tempo enegreceu...

A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,


Como uma procissão espectral que se move...

Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...

Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.



(BILAC, O. Poesias. São Paulo: Ed. Martim Claret, 2002.)


Cerro – monte, serra

Ciciar – sussurrar Fulvo – dourado,

louro Laivo – mancha

Urbe – cidade



Cancioneiro da Inconfidência

(Excerto Canto XXXI)


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

que reformava este mundo

de cima da montaria.


Tinha um machinho rosilho.

Tinha um machinho castanho.

Dizia: „Não se conhece

país tamanho!‟ „


Do Caeté a Vila Rica,

tudo ouro e cobre!

O que é nosso, vão levando...

E o povo aqui sempre pobre!‟


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

que não passava de Alferes

de cavalaria!


„Quando eu voltar – afirmava –

outro haverá que comande.

Tudo isto vai levar volta,

e eu serei grande!‟


„Faremos a mesma coisa

que fez a América Inglesa!‟

E bradava: "Há de ser nossa

tanta riqueza!"


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

„Liberdade ainda que tarde‟

nos prometia.


(MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar S.A., 1987.)

Assinale a alternativa que apresenta relação INCORRETA entre trecho do poema Vila Rica e a figura de linguagem dada.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377781 Não definido

Vila Rica


O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre;

Sangram, em laivos de ouro, as minas, que ambição

Na torturada entranha abriu da terra nobre:

E cada cicatriz brilha como um brasão.


O ângelus plange ao longe em doloroso dobre,

O último ouro de sol morre na cerração.

E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre,

O crepúsculo cai como uma extrema-unção.


Agora, para além do cerro, o céu parece

Feito de um ouro ancião, que o tempo enegreceu...

A neblina, roçando o chão, cicia, em prece,


Como uma procissão espectral que se move...

Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu...

Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove.



(BILAC, O. Poesias. São Paulo: Ed. Martim Claret, 2002.)


Cerro – monte, serra

Ciciar – sussurrar Fulvo – dourado,

louro Laivo – mancha

Urbe – cidade



Cancioneiro da Inconfidência

(Excerto Canto XXXI)


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

que reformava este mundo

de cima da montaria.


Tinha um machinho rosilho.

Tinha um machinho castanho.

Dizia: „Não se conhece

país tamanho!‟ „


Do Caeté a Vila Rica,

tudo ouro e cobre!

O que é nosso, vão levando...

E o povo aqui sempre pobre!‟


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

que não passava de Alferes

de cavalaria!


„Quando eu voltar – afirmava –

outro haverá que comande.

Tudo isto vai levar volta,

e eu serei grande!‟


„Faremos a mesma coisa

que fez a América Inglesa!‟

E bradava: "Há de ser nossa

tanta riqueza!"


Por aqui passava um homem

– e como o povo se ria! –

„Liberdade ainda que tarde‟

nos prometia.


(MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar S.A., 1987.)

Sobre o poema Cancioneiro da Inconfidência, analise as afirmativas a seguir.
I - O poema mescla dois tempos: o dos eventos relatados e o do presente do sujeito lírico, conforme comprovam os tempos verbais em Por aqui passava um homem / - e como o povo se ria! - II - O sujeito poético se identifica aos recebedores da promessa da personagem, Liberdade ainda que tarde / nos prometia. III - Cancioneiro da Inconfidência é fruto da veia simbolista de Cecília Meireles, marcada pelo vago e impreciso, pela busca de transcendência. IV - A descrição de Tiradentes é interrompida pelo comentário: - e como o povo se ria! - que mostra a ambiguidade no processo de torná-lo herói.

Estão corretas as afirmativas
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377782 Não definido
INSTRUÇÃO: A partir da leitura de Galvez, imperador do Acre, de Márcio de Souza, responda:
Assinale a alternativa que apresenta evento sobre o Acre narrado na obra.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377783 Não definido
INSTRUÇÃO: A partir da leitura de Galvez, imperador do Acre, de Márcio de Souza, responda:
Em relação à construção do romance, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A narrativa é organizada em quatro capítulos nomeados de acordo com o espaço em que se passa a história. ( ) Tópicos curtos apresentam as peripécias de Galvez no Brasil, intercaladas por relatos de suas aventuras anteriores e descrições do contexto histórico. ( ) O tom cômico da obra é abandonado nas passagens que trazem eventos de morte, doença, ou loucura. ( ) Revela uma vertente metatextual: volta-se para sua feitura e comenta a literatura, de modo geral. ( ) O narrador é interrompido por uma segunda voz que coloca em questão a veracidade de alguns fatos. ( ) As personagens femininas são sedutoras, mas submissas, sua atuação não contribui para o desenrolar da ação.
Assinale a sequência correta.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377784 Não definido
INSTRUÇÃO: A partir da leitura de O rio comanda a vida, de Leandro Tocantins, responda:
A respeito da obra, seu gênero e estilo, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377785 Não definido
INSTRUÇÃO: A partir da leitura de O rio comanda a vida, de Leandro Tocantins, responda:
Em relação à análise de Tocantins sobre as lendas pesquisadas, marque a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2010 - UNIR - Vestibular - Segunda Fase |
Q1377786 Não definido
A voz da mulher atraiu tanta gente, que fugi da casa do meu professor e fui para a beira do Amazonas. Uma índia, uma das tapuias da cidade, falava e apontava o rio. Não lembro o desenho da pintura no rosto dela; a cor dos traços, sim: vermelha, sumo de urucum. Na tarde úmida, um arco-íris parecia uma serpente abraçando o céu e a água. Florita foi atrás de mim e começou a traduzir o que a mulher falava em língua indígena; traduzia umas frases e ficava em silêncio, desconfiada. Duvidava das palavras que traduzia. Ou da voz. Dizia que tinha se afastado do marido porque ele vivia caçando e andando por aí, deixando-a sozinha na Aldeia. Até o dia em que foi atraída por um ser encantado. Agora ia morar com o amante, lá no fundo das águas.

(HATOUM, M. Órfãos do Eldorado. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.)
A leitura do romance permite interpretar essa passagem como
Alternativas
Respostas
1: D
2: B
3: C
4: E
5: E
6: A
7: D
8: A
9: C
10: E
11: D
12: A
13: B
14: B
15: C
16: C
17: E
18: B
19: A
20: D