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Sobre português para unicamp
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Leia o texto a seguir para responder à questão.
O dia em que homens brancos de terno negociaram o futuro dos Indígenas
Na manhã de segunda-feira, 5 de agosto, o governo brasileiro se preparava para enviar às pressas uma comitiva do Ministério dos Povos Indígenas a Mato Grosso do Sul para monitorar os ataques violentos de ruralistas aos Guarani Kaiowá na região de Douradina. Os mercados financeiros viviam mais um dia de pânico, temendo uma recessão nos Estados Unidos. A crise na Venezuela se arrastava (…). Era mais um dia em que o mundo exibia seu mosaico complexo de muitas urgências e profundas assimetrias. Mas nada seria tão relevante para decidir o futuro do planeta quanto uma audiência, naquela mesma data. Em uma pequena sala no 4º andar do prédio onde ministros definem se leis estão sendo aplicadas de acordo com a Constituição brasileira, homens de gravata iriam discutir com representantes dos povos indígenas se deles seria arrancado o direito às terras ocupadas por seus ancestrais desde antes da colonização. Demarcar terras indígenas é uma medida fundamental para garantir a conservação da Amazônia e de todos os biomas. ___________, decisiva para a existência de toda a humanidade.
(Adaptado de DELGADO, Malu. Diário de Guerra. Sumaúma, Brasília, 26 ago. 2024. Disponível em https://sumauma.com/marco-temporal-stf-futuro-indigenas-novas-geracoes/. Acesso em 26/09/2024.)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
O dia em que homens brancos de terno negociaram o futuro dos Indígenas
Na manhã de segunda-feira, 5 de agosto, o governo brasileiro se preparava para enviar às pressas uma comitiva do Ministério dos Povos Indígenas a Mato Grosso do Sul para monitorar os ataques violentos de ruralistas aos Guarani Kaiowá na região de Douradina. Os mercados financeiros viviam mais um dia de pânico, temendo uma recessão nos Estados Unidos. A crise na Venezuela se arrastava (…). Era mais um dia em que o mundo exibia seu mosaico complexo de muitas urgências e profundas assimetrias. Mas nada seria tão relevante para decidir o futuro do planeta quanto uma audiência, naquela mesma data. Em uma pequena sala no 4º andar do prédio onde ministros definem se leis estão sendo aplicadas de acordo com a Constituição brasileira, homens de gravata iriam discutir com representantes dos povos indígenas se deles seria arrancado o direito às terras ocupadas por seus ancestrais desde antes da colonização. Demarcar terras indígenas é uma medida fundamental para garantir a conservação da Amazônia e de todos os biomas. ___________, decisiva para a existência de toda a humanidade.
(Adaptado de DELGADO, Malu. Diário de Guerra. Sumaúma, Brasília, 26 ago. 2024. Disponível em https://sumauma.com/marco-temporal-stf-futuro-indigenas-novas-geracoes/. Acesso em 26/09/2024.)
Parte II
É uma linguagem que trabalha exatamente com as binaridades (...) e divide a existência humana entre duas identidades: o feminino e o masculino, o que é extremamente problemático, porque não leva em conta a complexidade de gêneros (...). É um enorme nó que nós temos que desatar e que mostra que a língua portuguesa não é neutra. É uma língua que traz consigo um exercício do poder, que determina identidades, e que determina quem é “normal” e quem é desviante, e que determina também uma equação que é: quem pode falar e representar a condição humana? O que que significa ser um erro ortográfico na tua própria língua? Que violência é essa quando determinadas identidades não podem existir?
(Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=m-EyJXtlJ0M. Acesso em 26/08/2024.)
Qual alternativa melhor resume os argumentos da autora?
Parte I
Quando nós começamos a fazer tradução para português, eu tive realmente uma grande crise, porque eu comecei a perceber que aquela não era a obra que eu tinha escrito. A obra e tudo o que aparece, os sujeitos, passam a ser masculinos, porque em português, como em outras línguas europeias, quando se está em um coletivo de mulheres, mas há a presença de um indivíduo masculino, o coletivo passa a ser referenciado como masculino. Ou seja, a presença das mulheres passa a ser inexistente. (...)
(Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=m-EyJXtlJ0M. Acesso em 26/08/2024.)
Qual alternativa apresenta um exemplo de plural que resolve o problema citado pela autora em seu depoimento?
É engraçado como eles gozam a gente quando a gente diz que é Framengo. Chamam a gente de ignorante dizendo que a gente fala errado. E de repente ignoram que a presença desse R no lugar do L nada mais é que a marca linguística de um idioma africano, no qual o L inexiste. Afinal, quem que é o ignorante? Ao mesmo tempo acham o maior barato a fala dita brasileira, que corta os erres dos infinitivos verbais, que condensa “você” em “cê”, o “está” em “tá” e por aí afora. Não sacam que tão falando pretuguês (Lélia Gonzalez).
(GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: LIMA, Marcia; RIOS, Flavia (org.), Por um feminismo afro-latino-americano. Rio de Janiero: Zahar, 2020. p. 80.)
Segundo o excerto,
Texto 1
(Adaptado de Instagram de @midianinja. Disponível em https://www.instagram.com/p/CB QdmZZJFmA/?igsh=aXduZmgybDJ1aW1r. Acesso em 04/09/2024.)
Texto 2
(Instagram de @andrevargassantos. Disponível em https://www.instagram.com/p/C46fe85J JjX/?igsh=YjFodmJjM3NmbmM3. Acesso em 04/09/2024.)
As palavras em destaque nos textos 1 e 2 são:
(Adaptado de ANMIGA. “Manifesto das primeiras brasileiras”. Disponível em https://anmiga.org/manifesto/. Acesso em 10/09/2024.)
O uso da expressão de “mil-lheres” no texto indica
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Brasil pode perder o Pantanal até o fim deste século, afirma Marina Silva
Sofrendo com secas e incêndios extremos, o Pantanal pode ser destruído por completo até o fim deste século se o mundo não for capaz de reverter as mudanças climáticas causadas principalmente pela queima de combustíveis fósseis, que estão provocando eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e intensos. Foi o que disse a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em audiência na Comissão de Meio Ambiente do Senado na 4ª feira (4/9) sobre as queimadas e a estiagem prolongada que atinge a maior parte do país – com prejuízo maior ao Pantanal e à Amazônia.
Marina não tirou o fim da maior planície alagável do planeta da cabeça. A Ministra mencionou o que cientistas de todo o mundo apontam há décadas: ou agimos para conter a crise climática, eliminando petróleo, gás fóssil e carvão, combatendo o desmatamento e modificando o uso do solo pelo setor agropecuário, ou ela irá acabar com biomas, com a biodiversidade e com a Humanidade. [...].
(Adaptado de ClimaInfo, 5 de setembro de 2024. Disponível em https://climainfo. org.br/ 2024/09/04/brasil-pode-perder-o-pantanal-ate-o-fim-deste-seculo-afirma-marina-silva/. Acesso em 12/09/2024.)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Brasil pode perder o Pantanal até o fim deste século, afirma Marina Silva
Sofrendo com secas e incêndios extremos, o Pantanal pode ser destruído por completo até o fim deste século se o mundo não for capaz de reverter as mudanças climáticas causadas principalmente pela queima de combustíveis fósseis, que estão provocando eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes e intensos. Foi o que disse a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em audiência na Comissão de Meio Ambiente do Senado na 4ª feira (4/9) sobre as queimadas e a estiagem prolongada que atinge a maior parte do país – com prejuízo maior ao Pantanal e à Amazônia.
Marina não tirou o fim da maior planície alagável do planeta da cabeça. A Ministra mencionou o que cientistas de todo o mundo apontam há décadas: ou agimos para conter a crise climática, eliminando petróleo, gás fóssil e carvão, combatendo o desmatamento e modificando o uso do solo pelo setor agropecuário, ou ela irá acabar com biomas, com a biodiversidade e com a Humanidade. [...].
(Adaptado de ClimaInfo, 5 de setembro de 2024. Disponível em https://climainfo. org.br/ 2024/09/04/brasil-pode-perder-o-pantanal-ate-o-fim-deste-seculo-afirma-marina-silva/. Acesso em 12/09/2024.)
Leia a charge a seguir.
(Charge extraída do Jornal Porantim. Porantim, ano XLVI, n. 466, Brasíllia, Junho 2024, p. 2.)
É possível afirmar que a linguagem não verbal da charge explora em relação à demarcação de terras indígenas no Brasil,
Leia os versos da canção “Silêncio de um cipreste” – composição de Cartola e Carlos Cachaça.
Todo mundo tem o direito
De viver cantando.
O meu único defeito
É viver pensando
Em que não realizei
E é difícil realizar.
Se eu pudesse dar um jeito
Mudaria o meu pensar.
O pensamento é uma folha desprendida
Do galho de nossas vidas
Que o vento leva e conduz,
É uma luz vacilante e cega,
É o silêncio do cipreste
Escoltado pela cruz.
Nesta canção, é possível afirmar que o eu-lírico
“Foi ali que eu atinei que tinha algo na perspectiva dos povos indígenas, em nosso jeito de observar e pensar, que poderia abrir uma fresta de entendimento nesse entorno que é o mundo do conhecimento. Naquele tempo eu comecei a visitar as florestas (...) e, por todos os lados, os pajés diziam: ‘vocês precisam tomar cuidado porque o mundo dos brancos está invadindo a nossa existência.’ Invadindo.”.
(KRENAK, A. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, p. 35-36, 2020.)
No trecho, as preocupações dos pajés evocam
(ABREU, Caio Fernando. Além do ponto. Morangos Mofados. São Paulo: Companhia das Letras, p. 42, 2019.)
No conto “Além do ponto”, observa-se que o contraste entre o “eu”, personagem que deseja, e o “ele”, personagem imaginado,
“Lembro-me ainda do temor de minha mãe nos dias de fortes chuvas. Em cima da cama (...) ela nos protegia com seu abraço (...). Nesses momentos os olhos de minha mãe se confundiam com os olhos da natureza. Chovia, chorava! Chorava, chovia! Então, por que eu não conseguia lembrar a cor dos olhos dela?” (EVARISTO, Conceição. Olhos D’água. Rio de Janeiro: Pallas; Fundação Biblioteca Nacional, p. 17-18, 2016.)
A partir da leitura dos trechos e da compreensão do todo da narrativa, podemos afirmar que, comparativamente, os textos exprimem,
Num país em que, com tanta facilidade, se fabricam manipansos milagrosos, ídolos aterradores e deuses onipotentes, causa pasmo que a Secretaria dos Cultos não seja tão conhecida como a da Viação. Há, entretanto, nela, no seu Museu e nos seus registros, muita cousa interessante e digna de exame.
Foi, por ocasião de desempenhar-me da incumbência do meu diretor, que vim a conhecer Gonzaga de Sá, afogado num mar de papeis, na seção de “alfaias, paramentos e imagens”, informando muito seriamente a consulta do vigário de Sumaré, versando sobre o número de setas que devia ter a imagem de S. Sebastião.
(BARRETO, Lima. Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá. São Paulo: Edição da Revista do Brasil, p. 17, 1919.)
A partir dessa citação e da leitura do romance, é correto afirmar que Lima Barreto usa a personagem Gonzaga de Sá para
O Gato apenas sorriu ao avistá-la. Alice achou que ele parecia afável. Mas como tinha garras muito compridas e dentes bem graúdos, sentiu que devia tratá-lo com respeito. – Gatinho de Cheshire – começou a dizer timidamente, sem ter certeza se ele gostaria de ser tratado assim, mas ele apenas abriu um pouco mais o sorriso. “Ótimo, parece que ele gostou”, pensou ela, e prosseguiu: – Podia me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui? – Isso depende muito do lugar para onde você quer ir – disse o Gato. – Não me importa onde... – disse Alice. – Nesse caso não importa por onde você vá – disse o Gato. – ...conquanto que eu chegue a algum lugar – acrescentou Alice como explicação. – É claro que isso acontecerá – disse o Gato –, desde que você ande por algum tempo.
(CARROLL, L. Aventuras de Alice no país das maravilhas. Tradução de Sebastião Uchoa Leite. São Paulo: Editora 34, p. 68-69, 2016.)
A partir da leitura do trecho e da compreensão do todo da narrativa, pode-se afirmar que o excerto é um exemplo